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ADOLESCÊNCIA: MUDANÇA E DEFINIÇÃO

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Academic year: 2021

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ADOLESCÊNCIA: MUDANÇA E DEFINIÇÃO

Mariana Rosa Cavalli Domingues, Unisalesiano, mrosacavalli@yahoo.com.br Taciano Luiz Coimbra Domingues, CRAS/Guaiçara, taciano_luiz@yahoo.com.br

Resumo

Nossos adolescentes amam, estudam, brigam, trabalham. Batalham com seus corpos, que se esticam e se transformam. Lidam com as dificuldades de crescer no quadro complicado das famílias atuais. Essas crianças, que não são mais crianças, precisam lutar com a adolescência, que é uma criatura desconhecida, enriquecida pela imaginação de médicos, pais, televisão e dos próprios adolescentes. A adolescência é uma mudança biopsicossocial muito poderosa, atualmente ela é estudada por médicos, psicólogos, sociólogos, etc. Contudo esses estudos nem sempre são Interdisciplinares, ficando circunscritos os pesquisadores ao seu campo do conhecimento. O presente trabalho se propõe a contribuir com a integração entre as Ciências, através da contemplação da Adolescência em dois aspectos: num primeiro momento biológico e num segundo momento psicanalítica. Assim, enriquecendo o entendimento dessa fase do desenvolvimento tão importante e ao mesmo tempo tão complicada.

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INTRODUÇÃO

A adolescência é um tema recorrente entre todos os profissionais da saúde, educação, e outras áreas que de alguma forma lidam com adolescentes. Muitos teóricos têm estudado essa fase do desenvolvimento que fica entre a Infância e a vida adulta, permeada de grandes mudanças físicas, cognitivas, psicossociais e afetivas. Contudo esse momento de transição é tratado de forma diferente de acordo com a civilização, tempo histórico, classe social e etnia em que o jovem em questão pertence. Mesmo com tantas diferenças nota-se que em todas as sociedades é comum existirem ritos de passagem.

No Nepal, a mudança de estágio de menina para mulher é marcada por mudanças na forma de se vestir, a jovem a abandona a saia curta e passa a vestir um vestido longo que cobre os tornozelos. Nessa passagem para a adulteza , também fazem parte cerimônias religiosas, separação da família e testes de força e resistência física.

Em outras civilizações, os rituais incluem marcar o corpo com algum sinal, além de realizarem rituais de magia.

Os rituais são realizados numa certa idade, como no caso dos judeus, nas cerimônias de bar mitzvah e bat mitzvah, ocasião em que meninos e meninas têm treze anos de idade. Nessa cerimônia eles assumem a responsabilidade pela retificação da religião. Em outras civilizações, como nos índios Apaches da América do Norte, o inicio dos rituais de passagem estão ligados a maturidade sexual, constatada pela primeira menstruação, a qual é comemorada com festividades que duram quatro dias até o crepúsculo.

Nas Civilizações Ocidentais atuais a passagem para uma vida adulta não é marcada tão claramente por rituais de passagem. Nessas sociedades existe um tempo de transição relativamente longo onde o adolescente aos poucos é reconhecido como adulto, enquanto vai alcançando e tomando seu lugar no mercado de trabalho e na comunidade. O presente trabalho discorrerá sobre os adolescentes ocidentais.

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DESENVOLVIMENTO

Aspectos biológicos da Adolescência

Este período de transição dura em média dez anos, tem inicio em média aos doze ou treze anos e vai até os vinte anos. Uma referencia usada para se dizer que a criança entrou na adolescência é a puberdade. Segundo Papalia e Olds (2000) a Puberdade é o processo que leva a maturidade sexual, ou fertilidade a capacidade de reprodução. A partir de certa idade, a criança começa a sofrer mudanças físicas, começa a crescer rapidamente em peso e altura, as formas do corpo começam a mudar. Essas modificações físicas anunciam o inicio da puberdade. Essas mudanças físicas

dramáticas são parte de um longo processo complexo de maturação que inicia antes mesmo do nascimento, e suas ramificações psicológicas continuam até a idade adulta (PAPALIA E OLDS, 2004, p.312).

Numa visão mais biológica, afirma-se que a puberdade tem inicio quando genes aliciam a glândula pituitária, que fica na base do cérebro, a enviar mensagens para as gônadas aumentarem a produção de hormônios sexuais. Como conseqüência disso:

1 Nos meninos os testículos aumentam a produção de andrógenos, principalmente testosterona, os quais estimulam o crescimento dos genitais e dos pêlos corporais masculinos.

2 Nas meninas os ovários aumentam abruptamente a produção do hormônio feminino estrogênio, o qual estimula o crescimento dos genitais femininos e o desenvolvimento dos seios.

De acordo com Papalia e Olds (2000) meninos e meninas têm ambos os tipos de hormônios, mas as meninas têm níveis mais altos de estrogênio e os meninos níveis mais altos de andrógenos.

Como os hormônios estão associados com agressão nos meninos e agressão e depressão nas meninas, alguns pesquisadores atribuem a maior emocionalidade e mau humor no início da adolescência às alterações hormonais. Entretanto as influências sociais podem se combinar com as influências hormonais, podendo até suplantá-las. Embora exista um relacionamento entre a produção de hormônios e a sexualidade, os adolescentes podem começar sua atividade sexual mais de acordo com o que os amigos fazem do que com o que suas glândulas secretam . (BROOKS-GUNN E REITER Apud PAPALIA E OLDS, 2000).

Apesar de haver semelhanças hormonais nos meninos e nas meninas, modificada apenas a quantidade de cada hormônio, existe uma diferença do inicio da puberdade em cada sexo. Nas meninas esse processo começa aproximadamente de três a quatro anos antes do que nos meninos, isto é, enquanto as meninas iniciam a puberdade aos oito ou dez anos de idade, e finalizam aos dezesseis anos, os meninos iniciam aos onze ou doze anos, e finalizam aos dezoito anos. Para Tobin e cols (Apud Papalia e Olds, 2000) as mudanças físicas que ocorrem nos adolescentes incluem desenvolvimento de pêlos pubianos e voz mais grave (meninos), crescimento muscular, crescimento dos seios (meninas), maturação dos órgãos reprodutivos, inicio da

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produção de espermatozóides nos meninos, inicio da menstruação nas meninas e aumento rápido do peso e da altura em ambos os sexos. Segue abaixo uma sistematização das mudanças físicas na adolescência, elaborada por Papalia e Olds (2000, p.314):

Seqüência usual de Mudanças fisiológicas na adolescência feminina. CRESCIMENTO DOS SEIOS

Entre os sete e treze anos.

CRESCIMENTO DOS PELOS PUBIANOS Entre sete e catorze anos.

CRESCIMENTO CORPORAL Entre os nove e quinze anos. MENARCA

Entre os dez e dezesseis anos. PÊLOS NAS AXILAS

Cerca de um ou dois anos após o aparecimento dos pelos pubianos

MAIOR PRODUÇÃO DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS E SUDORÍPARAS Aproximadamente na mesma época dos pelos pubianos.

Seqüência usual de Mudanças fisiológicas na adolescência masculina. CRESCIMENTO DOS TESTÍCULOS, SACO ESCROTAL

Entre os dez e treze anos.

CRESCIMENTO DOS PELOS PUBIANOS Entre os dez e quinze anos.

CRESCIMENTO CORPORAL Entre dos dez e dezesseis anos.

CRESCIMENTO DO PÊNIS, PRÓSTATA, VESÍCULAS SEMINAIS Entre os onze e catorze anos

MUDANÇA NA VOZ

Aproximadamente na mesma época do crescimento do pênis. PRMEIRA EJACULAÇÃO COM SÊMEN

Cerca de um ano após o inicio do crescimento do pênis. PÊLOS FACIAIS E AXILARES

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MAIOR PRODUÇÃO DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS E SUDORÍPARAS Aproximadamente na mesma época que os pêlos axilares.

Adolescência e Psicanálise

Diante de todas estas mudanças ocorridas no corpo do adolescente podemos nos perguntar o que acontece com sua subjetividade já que nesta área ocorrem mudanças tão extraordinárias quanto no âmbito do físico. Para compreender quais modificações são vivenciadas pelo adolescente iremos nos voltar para a teoria psicanalítica. Este corpo teórico ficou famoso pela descoberta de Freud sobre a importância do período infantil na determinação das características psíquicas do adulto, mas também contribui na compreensão da adolescência. Em 1905 com a publicação do texto Três ensaios sobre a teoria da sexualidade Freud estabeleceu a importância da sexualidade infantil descrevendo quatro fases do desenvolvimento psicosexual: Fase oral, Fase anal, Fase fálica, período de latência e Fase genital. Durante a fase fálica ocorre um importante processo na determinação de características psíquicas, o Complexo de Édipo.

Segundo Freud1 (1924), o complexo de Édipo é o fenômeno central do período sexual da primeira infância. É no desenrolar deste complexo que se definem as escolhas de objeto sexual e o posicionamento em relação ao seu próprio sexo a partir dos modelos que estão disponíveis para identificação: os meninos tomam o pai como modelo e as meninas percebem na mãe seu modelo; cada um deles se enamorando do progenitor do sexo oposto. Com a consciência da proibição do incesto e da incapacidade sexual infantil, a criança irá abandonar esse amor impossível.

Concomitantemente a este complexo a vida sexual infantil atinge seu ápice o que é demonstrado na investigação dos órgãos genitais. As crianças na fase fálica estão com toda a atenção voltada a questão da sexualidade; as diferenças anatômicas entre os sexos e a origem da vida. A satisfação com o órgão genital provoca na criança prazer e perplexidade, pois ela percebe rapidamente que a masturbação é tida como proibida pelos adultos. Muitas vezes esta proibição se utiliza da ameaça da castração do membro, por exemplo, quando a mãe fala para o filho que se ele não tirar a mão dali vai cortar o seu pipi . A castração é levada a sério pelo menino quando ele se depara com a visão dos genitais femininos e acaba por perceber que ali falta algo.

Este pedido dos pais para que os filhos parem de se masturbar e abandonem este prazer gera nas crianças um conflito narcíseo: o amor dos pais de um lado e o prazer sexual, que sentem em seu próprio corpo, do outro. Freud afirma que se tudo correr bem, vence o interesse na manutenção de seu corpo e de sua satisfação, mesmo que isso implique no abandono momentâneo da satisfação masturbatória. Assim para ocorrer um desenvolvimento normal do sujeito ele deverá passar por um abandono de catexias de objetos parentais, ou seja, todo o amor que é voltado, quase que exclusivamente, para seus pais a partir desta fase poderá se deslocar para outras pessoas pelas quais a criança irá se envolver sentimentalmente.

Assim, no final deste complexo, que ocorre por volta dos 5 anos de idade, ocorre a formação da uma instância psíquica que é responsável pelos julgamentos éticos e

1 Todas as referencias e citações dos textos de Freud foram retiradas da Edição Eletrônica da Imago das obras

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morais assim como pelos ideais de beleza, sucesso, etc. esta instância foi chamada de superego. O superego é formado após o abandono de tanto investimento de energia da criança aos pais que culmina numa internalização das figuras parentais. Em outras palavras, ao invés da mãe real falar o que é certo e o que é errado, a criança passa a se orientar pelas leis que seus pais lhe ensinaram, mesmo na ausência deles, como se já fizessem parte dela. Além da construção destas regras também se desenvolverá na criança no final do Complexo de Édipo, paralelamente a formação do superego, uma instância denominada ideal de eu. Esta instância define a posição da criança sobre sua sexualidade e sua forma de prazer marcando na criança como este sujeito, mesmo depois de adulto irá escolher as maneiras de buscar satisfação em todos os níveis, incluindo o sexual.

Após a dissolução do Complexo de Édipo a criança deixa de sentir toda a excitação sexual em seu corpo e volta-se ao seu desenvolvimento social e cognitivo no chamado período de latência. Este período de calmaria do corpo é interrompido pelo advento da puberdade na qual a excitação sexual ressurge com força total e são retomadas as resoluções edipianas (superego e ideal de ego). No texto Romances Familiares (1906-09) Freud considera que o progresso da sociedade está na diferença entre as gerações, pois estas mudanças de hábitos e formas de posicionamento é que fazem o engrandecimento de cada geração. Isso implica para o filho uma modificação fundamental de posição afetiva em relação aos pais, que até então, eram a autoridade única e fonte de todos os conhecimentos.

Dois fatores contribuem para que os pais percam esse lugar central na vida das crianças: o fato da criança conhecer outros adultos que também são pais e a própria rivalidade sexual. Há, portanto, um afastamento do adolescente de seus pais. É neste período que ocorrem fantasias de, por exemplo, ter sido adotado por seus pais e ser na realidade filho de família muito rica e abastada. Aqui a tarefa é livrar-se dos pais, que decresceram em sua estima, e também retificar na fantasia aquilo de que gostariam que fosse diferente. Há verdadeira retaliação nestas fantasias, mas também um saudosismo de tempos em que consideravam seus pais perfeitos.

Esta questão de libertar-se dos pais mostra-se bastante dramática ao adolescente, principalmente para àqueles que foram bastante mimados e investidos de carinho pela mãe. No ato de cuidar da criança, a ternura a mãe estimula, excita o bebê. Estas sensações marcam a criança de forma essencial, pois é a partir deste contato com a mãe que gera a capacidade da criança em realizar ligações afetivas dos futuros adultos. No entanto quando os pais abusam deste afeto e exageram na quantidade de ternura e carinhos voltados à criança acabam causando entraves neste desenvolvimento sexual e afetivo. A medida certa desta ternura de quem cuida da criança seria provocar a capacidade de se envolver afetivamente, ou seja, a capacidade de amar e posteriormente, quando adulto, satisfazer-se sexualmente, porém evitando que a excitação sexual desperte com muita força, ou antes da puberdade.

No período edípico o amor pelos pais impulsiona a criança a querer satisfazer-se sexualmente com eles, mas a barreira do incesto deve ser colocada firmemente a ponto de que, no momento da dissolução do Édipo, a criança renuncie ao objeto parental como objeto sexual. Quando chega à adolescência a criança deve ser capaz de voltar-se a outras pessoas, que não os pais, para satisfazer-se afetivamente e sexualmente, pois sabe da proibição do incesto e pode romper com os laços de dependência para com eles.

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Assim, no adolescente a vida sexual ressurge com toda força e dispõe do espaço da fantasia para se realizar. Nesta esfera as inclinações infantis voltam a emergir em todos os seres humanas, agora reforçadas pela premência somática. Porém como a proibição do incesto já foi instituída a ligação não ocorrerá mais diretamente da filha para o pai ou do filho para a mãe, tomando as palavras de Freud:

Contemporaneamente à subjugação ao repúdio dessas fantasias claramente incestuosas consuma-se uma das realizações mais significativas, porém mais dolorosas, do período da puberdade: o desligamento da autoridade dos pais, unicamente através do qual se cria a oposição, tão importante para o progresso da cultura, entre a nova e a velha geração . (FREUD, 1906).

Alguns jovens podem apresentar muita dificuldade em modificar sua posição infantil em relação aos pais e parecem querer ficar ligados em plenitude, eles não conseguem realizar uma separação de seus pais pela impossibilidade de abrir mão de sua ternura. Ocorre que para alguém se envolver amorosamente com outra pessoa terá de perder um pouco o amor dos pais. Este fato comprova o fato de que o amor sexual e o amor tido como não sexual como o voltado aos pais se abastecem da mesma fonte. Porém mesmo aqueles que não ficam retidos, fixados no amor parental incestuoso, são influenciados por essa vivência. A afeição pelos pais é o mais importante vestígio revivido na adolescência que apontam o caminho para a escolha do objeto, nas palavras de Freud:

Outros rudimentos com essa mesma origem (afeição pelos pais) permitem ao homem, sempre apoiado em sua infância, desenvolver mais de uma orientação sexual e criar condições muito diversificadas para as escolha objetal. (FREUD, 1906).

Percebe-se, portanto, que nem tudo está decidido na dissolução do Complexo de Édipo e que as os aspectos subjetivos neste período desenvolvidos retornam em outra cena, num corpo biologicamente maduro e numa estrutura psíquica que deverá ser capaz de abrir-se ao outro sexo e separar-se dos pais. Há, portanto a mudança do objeto de amor e um possível ajustamento do desejo genital sobre o objeto de amor.

A posição adotada na resolução do Complexo de Édipo no que diz respeito a sua sexualidade e ligação com os pais serão reavaliadas. Há uma tentativa de ratificação, que se mostra como uma tentativa de manutenção do que foi estabelecido, na qual o sujeito reafirma a identificação com o progenitor do mesmo sexo, e identifica as características do progenitor do sexo oposto como aquelas que devem apresentar a pessoa com quem irá se relacionar amorosamente.

Também existem pontos que devem ser retificados da solução edípica como as diversas mudanças pelas quais o adolescente passa, além das físicas. Aqui será aberta uma série, o modelo parental estabelecido no Édipo não é mais o único e o adolescente passa a se arriscar mundo a fora em busca de amor e satisfação para além da família. A renuncia da figura parental e da satisfação própria vivida no Complexo de Édipo poderá ser compensada por outro objeto agora não interdito pela proibição do incesto.

Podemos compreender, portanto, que o adolescente vai ao mesmo tempo poder amar alguém que não faz parte de sua família, mas que deva apresentar características

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que o aproximem dela. E a complicação toda é que este objeto amoroso, esta pessoa que será escolhida para se envolver, ao mesmo tempo está livre da proibição do incesto, mas deve possuir semelhanças com a figura parental proibida - está estabelecido o paradoxo da adolescência.

Tal como teve de optar entre o amor dos pais e a masturbação ele se vê entre o objeto parental e as pulsões sexuais num tempo contemporâneo. Assim pode ligar-se ao desejo dos pais, às suas realizações e viver numa observância da satisfação destes, submetendo seu sujeito ao desejo parental. A tarefa mais árdua para o adolescente é a elaboração da escolha de objeto e a retificação do Édipo, pois teme destruir a mãe, perdendo-a para sempre, enquanto que o que ocorre de fato é que acaba perdendo um pouco de seu amor, mas mantendo-se como sujeito.

A separação do adolescente em relação aos pais inclui abandonar a idéia que a felicidade está em fazer seus pais satisfeitos, e saber que ele pode buscar sua própria satisfação independente dos pais. Os adolescentes passam por muitos processos para conseguirem ficarem felizes longe da mãe ou de seu olhar de aprovação e para perceberem que a mãe deseja algo para além deles. Esta ligação com os pais é muito forte e por isso muitas vezes o adolescente tenta se livrar dela de uma vez mostrando-se rebelde e rude para com os pais, mas estas características apontam a uma imaturidade de seus sentimentos e de sua maneira de se relacionar para com os pais de forma desprendida. Assim o adolescente tem que trilhar um caminho de crescimento que inclui enxergar o mundo com seus próprios olhos, mas estes olhos só começaram a enxergar por influência do relacionamento parental.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho contribui através de informações tanto biológicas como psicanalíticas para uma melhor compreensão dos adolescentes e da Adolescência. Buscando enriquecer, através da presente pesquisa, o conhecimento de profissionais ou de pessoas que de uma forma ou de outra se relacionam com adolescentes, e o acompanham em seu esforço e caminho rumo à maioridade.

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REFERÊNCIAS

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COTTET, S. Puberdade Catástrofe. Salvador: Publicação freudiana, 1988. FREUD, S. A dissolução do complexo de Édipo. Imago, 1924.

_________As transformações da Puberdade. Imago, 1905. _________Romances Familiares. Imago, 1906-08.

GIDDENS, A. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Editora da UNESP, 1993.

ROSSET, M. S. Pais & filhos: uma relação delicada. Curitiba: Sol, 2003. ROUDINESCO, E. Por que a psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

SARTI, C. A. O jovem na família: o outro necessário. In R. Novaes & P. Vannuchi (Org.), Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.

PAPALIA, E. D; OLDS, W. S. Desenvolvimento Humano. 7 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000.

PRETO, N. G. Transformações do sistema familiar na adolescência. In B. Carter & M. Mcgoldrick (Orgs.), As mudanças no ciclo de vida familiar (M. A. V. Veronese, trad., 2a ed., pp. 223-247). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1989).

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