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ALTERAÇÕES GLOBAIS OS DESAFIOS E OS RISCOS PRESENTES E FUTUROS

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(1)

ALTERAÇÕES GLOBAIS

OS DESAFIOS E OS RISCOS PRESENTES E

FUTUROS

FILIPE DUARTE SANTOS

SIM – Laboratório de Sistemas, Instrumentação e Modelação em Ciências e Tecnologias do Ambiente e do Espaço

FCUL – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

www.sim.ul.pt

Agência Portuguesa do Ambiente

Lisboa, 2 de Janeiro de 2013

(2)

A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A

(3)

Alterações globais em sentido lato são as mudanças

que se dão à escala planetária na Terra e que

resultam da evolução do sistema terrestre e das

interações e processos físicos, químicos e biológicos

nos seus subsistemas, incluindo a litosfera, a

hidrosfera, a criosfera, a atmosfera e a biosfera.

Nos últimos milénios, e especialmente durante os

séculos XX e XXI, as sociedades humanas, através

de algumas das suas atividades, têm provocado

alterações significativas no ambiente terrestre

que assumem um carácter global, devido à sua

natureza, intensidade e amplitude de distribuição

geográfica

.

(4)

De acordo com a sua origem, as alterações globais podem ser

naturais ou antropogénicas. As últimas dão-se geralmente em

intervalos de tempo mais curtos e, por vezes, designam- se simplesmente alterações globais.

Para poder abordar de forma integrada a problemática das alterações globais, é necessário considerar a dimensão humana dessas alterações, ou seja, as transformações que se dão nas sociedades humanas ao longo do tempo, especialmente à escala global.

Estas transformações, cada vez mais importantes devido à

globalização crescente, constituem grande parte da origem da

componente antropogénica das alterações globais. Neste contexto, é especialmente importante analisar a evolução cultural, em sentido lato, que conduziu à globalização, entendida como um processo de expansão e intensificação das interacções e ligações sociais, económicas, políticas, científicas, tecnológicas, culturais e religiosas à escala mundial.

(5)

Os conceitos de população global, saúde global,

economia

global,

segurança

alimentar

global,

escassez de recursos naturais renováveis e não

renováveis à escala global, fontes primárias globais de

energia, consumo global de energia, mobilidade global,

sistemas de comunicação e informação à escala

global, em especial a Internet e as redes sociais,

traduzem uma realidade cada vez mais importante

para toda a população humana

.

(6)

Importa distinguir as

alterações globais sistémicas

, que

se manifestam diretamente à escala do sistema

terrestre, das

alterações globais cumulativas

, que,

embora se manifestem apenas à escala local ou

regional, adquirem uma expressão global porque

surgem de forma significativa por todo o planeta ou

porque a sua intensidade é de tal modo elevada, que

geram uma problemática de âmbito global, incluindo

situações que põem em risco um recurso natural à

escala mundial

(7)

Alterações globais sistémicas: mudança climática, redução da concentração do ozono estratosférico e alteração do albedo terrestre.

Alterações globais cumulativas: Os principais exemplos são a

progressiva escassez de água resultante da sobre-exploração dos recursos hídricos – rios, lagos e aquíferos –, a degradação e destruição de uma grande diversidade de ecossistemas, tais como as florestas tropicais húmidas e os recifes de corais, a desflorestação, a perda de biodiversidade, a degradação e perda de solos com aptidão agrícola, a desertificação, a perturbação dos ciclos do azoto e do fósforo, a poluição do ar, dos oceanos, da água e dos solos, o aumento da concentração atmosférica de aerossóis antropogénicos e, de modo geral, a crescente escassez de alguns recursos naturais renováveis e não renováveis.

(8)

A Grande Aceleração

Desde o final da 2ª Guerra Mundial até à crise

financeira e económica ocidental de 2008-2009

registou-se um crescimento muito pronunciado

da população humana, da actividade económica,

da produção e do consumo, do uso de recursos

renováveis e não-renováveis, do transporte, dos

fluxos de comunicação e informação, do

conhecimento científico e das aplicações

tecnológicas. Alguns autores designam este

período de crescimento por “A Grande

(9)

• A população humana aumentou 10 vezes nos

últimos 3 séculos e por um factor de 4 no

século XX, atingindo actualmente cerca de

7000 milhões. É muito provável que atinja

cerca de 9000 milhões em 2050.

• A área urbana global cresceu por um factor de

10 no século XX. Actualmente cerca de

metade da população mundial habita em

cidades.

(10)

• No século XX a produção industrial cresceu

por um factor de 40 e a utilização de energia

por um factor de 16;

• Aproximadamente 50% da superfície terrestre

está modificada pela acção humana;

• No século XX o consumo de água aumentou

por um factor de 9. Actualmente é de 800 m

3

por ano e per capita: 65% para a agricultura;

25% para a indústria e cerca de 10% para

(11)

• Aumento da poluição do ar, da água e dos

solos;

• Perda de biodiversidade: o ritmo actual de

extinções é cerca de 100 a 10 000 vezes

superior (valor mais provável 1000) ao

pré-humano, que era de, aproximadamente,

uma espécie por 10

6

espécies por ano (E.O.

Wilson);

(12)

As actividades humanas exercem

actualmente uma interferência

significativa sobre os sistemas

terrestres à escala global, como por

exemplo, o sistema climático.

Iniciou-se uma nova época que P. Crutzen e

E.F. Stoermer designam por

(13)

A GRANDE ACELERAÇÃO 1945 - 2008

População PIB Mundial Investimento Estrangeiro Directo

Barragens nos Rios Uso mundial de Água Consumo de Fertilizantes

ANO ANO ANO

ANO ANO ANO

Núme ro de b arr ag en s (mil ha re s) 10 12 US d ólar es d e 19 90 10 12 US d ólar es d e 19 98 Pe ss oa s ( bil es ) Km 3 p or an o To nelad as de n utrien tes (mil es)

(14)

A GRANDE ACELERAÇÃO 1945 - 2008

População urbana Consumo de papel

Veículos Automóveis Comunicações telefónicas Turismo internacional Pe ss oa s (b iliõ es ) To ne lad as (mil es ) N úme ro de ve ícul os (mil es ) Núme ro de telefon es (mil es ) Núm d e ch eg ad as d e pe ss oa s (mil es ) ANO ANO

(15)

Source: Joel E. Cohen, 1995

(16)
(17)
(18)
(19)
(20)

World Poverty Statistics

Total Percentage of World Population that lives on less than $2.50 a day 50%

Total number of people that live on less than $2.50 a day 3,8 Billion Total Percentage of People that live on less than $10 a day 80%

Total percent of World Populations that live where income differentials are

widening 80%

Total Percentage of World Income the richest 20% account for 75% Total Number of children that die each day due to Poverty 22,000 Total Number of People in Developing Countries with Inadequate Access

to Water 1.1 billion

Total Number of School Days lost to Water Related Illness 443 million school days

Poverty to Wealthy Ratio Statistics

Year Ratio of People at Poverty to Wealthy Level

1820 3 to 1 1913 11 to 1 1950 35 to 1 1973 44 to 1

(21)

Source: Congressional Budget Office, 2007

(22)
(23)

Densidade demográfica em 1995 com uma resolução espacial de 2.5 arc-min latitude/longitude (CIESIN)

(24)
(25)

Quadrado da Insustentabilidade

Desigualdades e Iniquidades de

Desenvolvimento

Pobreza extrema e severa

Alterações

Climáticas

Insustentabilidade

dos sistemas de

Energia

Insegurança

Alimentar,

escassez de água

e de outros

recursos naturais,

perda de

biodiversidade

(26)

1 – Os 4 factores de insustentabilidade

estão fortemente interligados e

interdependentes

2 – Não é possível atingir o desenvolvimento

sustentável sem procurar resolver os 4

desafios de forma integrada

(27)

Nature, 461(2009) 472, 24 September

(28)
(29)

Renováveis modernas: Hidroelectricidade – 3,34% Outras – 1,92%

Total – 5,26%

(30)
(31)

Procura mundial de energia primária no cenário de

referência da AIE

•Non-OECD countries account for 93% of the increase in global demand •between 2007 & 2030, driven largely by China & India

0 2 000 4 000 6 000 8 000 10 000 12 000 1980 1990 2000 2010 2020 2030 Mto

e China and India

Rest of non-OECD OECD

(32)

Numero de pessoas sem acesso a electricidade

em 2008 e 2030 no cenário de referência da AIE

$35 billion per year more investment than in the Reference Scenario would be needed to 2030 – equivalent to just 5% of global power-sector investment – to ensure universal access

World population without access to electricity

2008: 1.5 billion people 2030: 1.3 billion people Fonte: AIE, 2011

(33)
(34)

Extreme Energy – Energia Extrema

Unconvencional oil – Petróleo Não Convencional

Oil sands – Areias betuminosas (Canadá)

Tight oil – Xistos petrolíferos (Dakota do Norte, EUA)

Offshore deepwater – Offshore muito profundo (Brasil

e EUA - Golfo do México)

Unconventional gas – Gás Não Convencional

(35)
(36)
(37)
(38)
(39)
(40)
(41)

Gás de xisto: Emissões de gases com efeito de estufa comparáveis ao do carvão quando se contabilizam as emissões de metano durante o processo de exploração

(42)
(43)
(44)
(45)
(46)
(47)

By 2025, nearly 2 billion people will be living in countries or regions with absolute water shortage, where water resources per person fall below the recommended level of 500 cubic metres per year. This is the amount of water a person needs for a healthy and hygienic living.

Water scarcity already affects every continent and four of every ten people in the world. The situation is getting worse due to population growth, urbanization and the increase in domestic and industrial water use.

Millennium Development Goal number 7, target 10 aims "to halve, by 2015, the proportion of people without sustainable access to safe drinking water and basic sanitation". The world is still on track to reach the drinking water target, but increasing water scarcity may seriously undermine progress towards achieving this goal

(48)
(49)
(50)
(51)

Semi-árido

Subhúmido seco Subhúmido húmido Húmido

(52)

• Desertificação é a degradação dos solos

nas terras áridas, semi-áridas e

sub-húmidas secas;

• A desertificação atinge actualmente cerca

de 10 a 20% da área total das regiões

áridas, semi-áridas e sub-húmidas secas e

constitui um dos mais graves problemas

ambientais de âmbito global devido à

relação estreita entre a degradação dos

solos e a produção alimentar.

(53)

Biodiversidade

• A biodiversidade de uma região é a totalidade dos

seus genes, espécies e ecossistemas;

• Os ecossistemas naturais providenciam à

humanidade um vasto e diversificado conjunto de

serviços essenciais à vida: ciclo do carbono,

equilíbrio do oxigénio atmosférico; geração,

manutenção e fertilidade dos solos; novos

medicamentos; valores educativos, culturais,

estéticos e éticos, etc.

(54)

SOURCE: Myers et al., 2000 Fischlin et al., 2007

(55)

• É possível que se esteja na 6ª extinção maciça de

espécies, esta com origem nas actividades

humanas;

• Foram identificadas e descritas cientificamente

cerca de 1,75 milhões de espécies, mas é

provável que o número total seja muito maior, da

ordem de 14 milhões;

• A actual taxa de extinção de espécies é superior

por um factor de 100 a 10 000, à taxa natural de

extinção livre da interferência antropogénica, cujo

valor é da ordem de 1 espécie por milhão e por

ano.

(56)

Desflorestação

• Desde o surgimento da agricultura, há

cerca de 10 000 anos, a área florestal

global reduziu-se da ordem de 20% a 25%.

• As florestas tropicais húmidas, apesar de

cobrirem apenas cerca de 6% da superfície

terrestre, constituem o habitat de mais de

50% e possivelmente 90% das espécies da

fauna e flora do nosso planeta.

(57)

• As florestas das zonas temperadas da América

do Norte e da Eurásia estabilizaram ou estão a

crescer enquanto que as florestas tropicais

continuam em declínio acentuado;

• De acordo com várias estimativas, a

manutenção do actual ritmo de desflorestação

da floresta tropical húmida irá conduzir à sua

extinção nos próximos 100 anos;

• Cerca de 15% a 25% das actuais emissões

globais de CO2 para a atmosfera resultam da

desflorestação.

(58)
(59)

Deforestation in Amazonia, seen from satellite. The roads in the forest follow a typical "fishbone" pattern

(60)

Extent of deforestation in Borneo 1950-2005, and projection towards 2020. The tropical lowland and

highland forests of Borneo, including vast expanses of rainforest, have decreased rapidly after the end of the second world war. Forests are burned, logged and clear, and commonly replaced with agricultural land, built-up areas or palm oil plantations. These areas represent habitat for species, such as Orangutan and elephants

(61)
(62)
(63)

Resource Revolution, McKinsey, 2011

(64)
(65)

Download full dataset: Excel

(66)

Porque razão os preços dos alimentos sobem?

- Devido às mudanças climáticas que conduzem a uma maior frequência de secas, inundações e tempestades que diminuem a produção agrícola

- Devido ao cultivo de biocombustíveis em terrenos com boa aptidão para a produção de alimentos

- Devido ao crescimento da população global que é mais rápido do que o crescimento da produção agrícola

- Devido às economias emergentes, especialmente a China e a Índia, onde se estão a consumir cada vez mais produtos

alimentares de qualidade

- Devido ao preço crescente do petróleo que torna mais cara a produção agrícola e o transporte e exportação dos produtos alimentares

- Devido ao aumento global do consumo de carne que exige maior produção de cereais para alimentação do gado

- Devido a décadas de abandono e desinvestimento na agricultura e na investigação e desenvolvimento do sector agrícola,

(67)
(68)
(69)
(70)
(71)
(72)

Keeling‘s Mauna Loa Curve

(73)

New Analysis of Land Surface Temperatures (BEST): A skeptics‘ confirmation of global warming

Decadal Land-Surface Average Temperature

(74)
(75)
(76)
(77)

Figure 1. A comparison of August temperatures, the peak of the great European heat

wave of 2003 (left) with July temperatures from the Great Russian Heat Wave of 2010 (right) reveals that this year's heat wave is more intense and covers a wider area of

(78)
(79)

Rahmstorf, 2007 Em 2100 -IPCC, 2007 0.18 – 0.59 m -Rahmstorf, 2007 0.5 - 1.4 m -Vermeer, 2009 0.81 – 1.79 m -Jevrejeva, 2010 0.59 – 1.8 m

(80)
(81)

3.7

3.8

Environmental constraints to rain-fed agriculture, reference climate 1961-90

(82)
(83)
(84)

SIAM Project :

Climate Change in Portugal: Scenarios, Impacts and Adaptation Measures

Mais Informação ...

http://www.siam.fc.ul.pt/

SIAM II - 2006 SIAM I - 2002

(85)

O crescimento exponencial da oferta e do consumo

material não é indefinidamente sustentável.

Poderá satisfazer as nossas expectativas imediatas,

mas conduz necessariamente a uma situação de

ruptura e crise num futuro mais ou menos próximo.

Há limites para o crescimento económico exponencial,

ou seja a uma taxa anual de crescimento

aproximadamente constante

The Limits to Growth – Club of Rome

D.H. Meadows, D.L. Meadows, J. randers and

W.W.Beherens III, 1972

Limits to growth: The 30 – Year Update

D.H. Meadows, J. Randers and D.L. Meadows, 2004

(86)

- Humans on Earth

Filipe Duarte Santos

(87)

- Alterações Globais

Os desafios e os riscos Presentes e futuros

Filipe Duarte Santos

Fundação Francisco

(88)
(89)
(90)

Desertificação

• Cerca de 41,3% da superfície terrestre emersa

são terras sub-húmidas secas, semi-áridas, áridas

e hiper-áridas (desertos), designados por “terras

secas” ou “drylands”.

• Nas “Terras secas” habitam 2250 milhões de

pessoas, ou seja, cerca de 34,7% da população

mundial;

• Nas “Terras secas” a produção agrícola e florestal

e outros serviços dos ecossistemas estão

(91)
(92)

Biodiversidade

• A biodiversidade de uma região é a totalidade dos

seus genes, espécies e ecossistemas;

• Os ecossistemas naturais providenciam à

humanidade um vasto e diversificado conjunto de

serviços essenciais à vida: ciclo do carbono,

equilíbrio do oxigénio atmosférico; geração,

manutenção e fertilidade dos solos; novos

medicamentos; valores educativos, culturais,

estéticos e éticos, etc.

(93)

• É possível que se esteja na 6ª extinção maciça de

espécies, esta com origem nas actividades

humanas;

• Foram identificadas e descritas cientificamente

cerca de 1,75 milhões de espécies, mas é

provável que o número total seja muito maior, da

ordem de 14 milhões;

• A actual taxa de extinção de espécies é superior

por um factor de 100 a 10 000, à taxa natural de

extinção livre da interferência antropogénica, cujo

valor é da ordem de 1 espécie por milhão e por

ano.

(94)
(95)

Desflorestação

• Desde o surgimento da agricultura, há

cerca de 10 000 anos, a área florestal

global reduziu-se da ordem de 20% a 25%.

• As florestas tropicais húmidas, apesar de

cobrirem apenas cerca de 6% da superfície

terrestre, constituem o habitat de mais de

50% e possivelmente 90% das espécies da

fauna e flora do nosso planeta.

(96)

• As florestas das zonas temperadas da América

do Norte e da Eurásia estabilizaram ou estão a

crescer enquanto que as florestas tropicais

continuam em declínio acentuado;

• De acordo com várias estimativas, a

manutenção do actual ritmo de desflorestação

da floresta tropical húmida irá conduzir à sua

extinção nos próximos 100 anos;

• Cerca de 15% a 25% das actuais emissões

globais de CO2 para a atmosfera resultam da

desflorestação.

(97)

Deforestation in Amazonia, seen from satellite. The roads in the forest follow a typical "fishbone" pattern

(98)

Extent of deforestation in Borneo 1950-2005, and projection towards 2020. The tropical lowland and

highland forests of Borneo, including vast expanses of rainforest, have decreased rapidly after the end of the second world war. Forests are burned, logged and clear, and commonly replaced with agricultural land, built-up areas or palm oil plantations. These areas represent habitat for species, such as Orangutan and elephants

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Download full dataset: Excel

(105)

Porque razão os preços dos alimentos sobem?

- Devido às mudanças climáticas que conduzem a uma maior frequência de secas, inundações e tempestades que diminuem a produção agrícola

- Devido ao cultivo de biocombustíveis em terrenos com boa aptidão para a produção de alimentos

- Devido ao crescimento da população global que é mais rápido do que o crescimento da produção agrícola

- Devido às economias emergentes, especialmente a China e a Índia, onde se estão a consumir cada vez mais produtos

alimentares de qualidade

- Devido ao preço crescente do petróleo que torna mais cara a produção agrícola e o transporte e exportação dos produtos alimentares

- Devido ao aumento global do consumo de carne que exige maior produção de cereais para alimentação do gado

- Devido a décadas de abandono e desinvestimento na agricultura e na investigação e desenvolvimento do sector agrícola,

(106)
(107)
(108)
(109)
(110)

Reconstituição da evolução da temperatura média global da baixa atmosfera, representada por meio da anomalia

relativamente à média do período de 1961 a 1990, e da concentração atmosférica do CO2 nos últimos 400 000 anos (Petit, 1999). Figura adaptada de EEA, 2004. Repare-se na correlação que se observa entre os dois registos. O aumento da concentração do CO2 a partir da revolução

industrial e até ao presente está indicado por um vector

aproximadamente vertical devido à escala de tempo utilizada na figura

(111)
(112)
(113)
(114)

Emisiones no relacionadas con la energía Emisiones relacionadas con la energía

Emissões de GEE por sector 2007

Desechos y aguas residuales 3% Agrucultura 14% Uso de suelo 17% Energía eléctrica 26% Industria 19% Transporte 13% Edificios 8%

(115)
(116)

Variação da Temperatura Média Global à Superfície

Média 2001-2007 em relação 1951-80 (+0,54º C)

(117)
(118)

Redução do Gelo Oceânico no Ártico

Ca m bio s en la ca ntidad de hielo (G t) Ano 1980 2008

(119)
(120)
(121)

Variabilidade e Alterações Climáticas Impactos Mitigação Adaptação Respostas Efeitos indirectos

(122)
(123)
(124)

Rahmstorf, Cazenave, Church, Hansen, Keeling, Parker and Somerville (Science, 2008)

(125)

Rahmstorf, 2007 Em 2100 -IPCC, 2007 0.18 – 0.59 m -Rahmstorf, 2007 0.5 - 1.4 m -Vermeer, 2009 0.81 – 1.79 m -Jevrejeva, 2010 0.59 – 1.8 m Fonte:

(126)
(127)

3.7

3.8

Environmental constraints to rain-fed agriculture, reference climate 1961-90

(128)
(129)
(130)

Climate Change in Portugal: Scenarios, Impacts and

Adaptation Measures (SIAM Project)

• SIAM I study was the first integrated study on the impacts of climate change in Portugal (and in any Southern European country)

– Integration Team – Scenario Teams • Climate • Socio-economic – Impact Teams • Health Study – National focus – Team • Elsa Casimiro • Jose Calheiros • Suraje Dessai http://www.siam.fc.ul.pt/SIAM_Book Agriculture Human Health Forest & Biodiversity Energy Fisheries Coastal Zones Water Resources IMPACT TEAMS

(131)

SIAM Project :

Climate Change in Portugal: Scenarios, Impacts and Adaptation Measures

Mais Informação ...

http://www.siam.fc.ul.pt/

SIAM II - 2006

http://www.siam.fc.ul.pt/SIAM_Book SIAM I - 2002

(132)

Trajectórias das emissões de CO

2

e

(2005 = 380 ppmv) 4 C 3 C 2 C Miles de mil lo nes de toneladas de C O 2

(133)
(134)
(135)

O crescimento exponencial da oferta e do consumo

material não é indefinidamente sustentável.

Poderá satisfazer as nossas expectativas imediatas,

mas conduz necessariamente a uma situação de

ruptura e crise num futuro mais ou menos próximo.

Há limites para o crescimento económico exponencial,

ou seja a uma taxa anual de crescimento

aproximadamente constante

The Limits to Growth – Club of Rome

D.H. Meadows, D.L. Meadows, J. randers and

W.W.Beherens III, 1972

Limits to growth: The 30 – Year Update

D.H. Meadows, J. Randers and D.L. Meadows, 2004

(136)

Resource Consumption growth rate, annual

Static index Exponential index 5 times reserves exponential index Chromium 2.6% 420 95 154 Gold 4.1% 11 9 29 Iron 1.8% 240 93 173 Petroleum 3.9% 31 20 50 YEARS

The static reserve numbers assume that the usage is constant, and the exponential reserve assumes that the growth rate is constant.

(137)

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2010 6 4 2 0 -2 2,0 2,7 4,0 3,5 4,0 3,9 1,3 -2,2 4,3 2,7

Produto mundial bruto real

(138)

Os países mais industrializados têm frequentemente como objectivo assegurar um crescimento anual da economia de pelo menos 3%.

As economias emergentes ambicionam manter crescimentos anuais superiores, como é o caso da China que nos últimos 30 anos teve um crescimento médio anual de cerca de 10%.

Imaginemos porém que se elege como objectivo um crescimento anual da economia mundial de 3%. Se fosse possível manter este crescimento exponencial indefinidamente a produção económica duplicaria todos os 24 anos. No ano de 2084 a produção económica global seria 8 vezes maior do que em 2012. Será isto credível?

Com o actual sistema económico taxas de crescimento da economia global inferiores a 3% tendem a provocar o colapso devido à

dificuldade de crédito e superiores a 6% a provocar uma inflação crescente e descontrolada.

(139)

By the beginning of the 21st century the world's environment was in critical decline. Oceans are turning acidic from atmospheric CO2 threatening marine life, melting glaciers are flooding cities where soon little water will flow at all, species are disappearing from the Earth at a faster rate than during the dinosaur extinction 65 million years ago. The design of the global economy demands that by 2019 the economy will be twice the size it was in 2000. At its present rate of growth, by 2059 the global economy will be ten times its 2000 size. But Earth cannot sustainably support a global economy the size it was in 2000. Even if the economy slid along at a minimal 3% growth it would still be 10 times its 2000 size by the year 2080. So in order to survive, the global economy is compelled to keep growing like a cancer, at an unsustainable rate that will kill its host. This self-destructive design is a direct result of the flaw in the global money system (see accompanying article Tabela de períodos de crescimento

da economia por factores de 2, 3, 4, 5,…

para taxas anuais de crescimento de

(140)

Há limites ao crescimento económico que decorrem das

leis fundamentais da física. A preservação da vida na

Terra e o crescimento e desenvolvimento da população

humana são processos organizativos em que, por meio

da utilização da energia solar e da exploração dos

recursos naturais, a entropia decresce à custa do seu

aumento no sistema envolvente, ou seja, no ambiente

na Terra.

Nicholas Georgescu – Roegen

The entropy law and the economic process, 1971

Reconheceu a ligação entre a economia, a entropia e a

Biologia e estabeleceu as bases da Economia Ecológica

(141)

The ecological economic approach (left) recognises

that the economy is a smaller system supported by the environment in which it exists. The neoclassical environmental economic system (right) identifies the environment only as a part of the ecological

(142)

A actual situação de fraco crescimento, estagnação ou crise económica na maioria dos países desenvolvidos

poderá ser uma primeira manifestação da insustentabilidade do actual sistema económico.

Recursos naturais mais escassos e com uma procura crescente, especialmente por parte dos países com economias emergentes, tornam-se mais caros e

desaceleram a economia.

A subida dos preços das commodities, especialmente da energia, e a dificuldade de acesso ao crédito estão a

desacelerar o crescimento económico nas economias mais avançadas. O crescimento económico está a tornar-se cada vez mais difícil e problemático na Europa e nos EUA.

(143)

Gerou-se no mundo actual uma profunda dicotomia. De um lado, temos o conjunto dos países desenvolvidos com economias avançadas cuja

população global é cerca de 1400 milhões e que se manterá

aproximadamente constante até 2050, logo com uma idade média crescente.

Por outro lado, temos os países com economias emergentes, entre os quais se destacam o Brasil, a China, a Índia e a Rússia e todos os restantes

países em desenvolvimento, incluindo a maior parte dos países que são actualmente os principais produtores de petróleo e gás natural

convencionais.

O conjunto destes países tem actualmente uma população próxima de 5600 milhões, prevendo-se que cresça para mais de 7800 milhões em

2050. Estamos perante um grupo com uma forte dinâmica de crescimento demográfico e económico e com uma capacidade de criar emprego cada vez mais especializado, com vencimentos muito inferiores aos praticados nos países com economias mais avançadas.

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Os próximos anos vão ser profundamente marcados pela multipolaridade da nova ordem mundial.

Uma parte importante do poder financeiro e económico está a transferir-se dos paítransferir-ses mais industrializados para o outro grupo de paítransferir-ses.

É muito provável que a maioria dos países do primeiro grupo atravesse um período relativamente longo de estagnação ou declínio económico e desemprego elevado.

Esta situação deve-se essencialmente às disparidades de crescimento demográfico já referidas, ao relativo decrescimento da produtividade do investimento, aos elevados défices e dívidas públicas, e ao aumento dos

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- Humans on Earth

Filipe Duarte Santos

Springer, 2011

- Alterações Globais

Os desafios e os riscos Presentes e futuros

Filipe Duarte Santos

Fundação Francisco

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Referências

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