• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ a CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ a CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA"

Copied!
58
0
0

Texto

(1)

DEPARTAMENTO DE MATEM ´ATICA

PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM MATEM ´ATICA

RAIMUNDO NONATO RODRIGUES DA CUNHA

IMERS ˜OES ISOM´ETRICAS E O TEOREMA DE

TAKAHASHI

FORTALEZA 2014

(2)

IMERS ˜OES ISOM´ETRICAS E O TEOREMA DE TAKAHASHI

Disserta¸c˜ao de Mestrado apresentada ao Programa de P´os-gradua¸c˜ao em Matem´atica do Departamento de Ma-tem´atica da Universidade Federal do Cear´a, como parte dos requisitos ne-cess´arios para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Matem´atica. Area de con-´ centra¸c˜ao: Geometria.

Orientador: Prof. Dr. Abdˆenago Alves de Barros

FORTALEZA 2014

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca do Curso de Matemática C98i Cunha, Raimundo Nonato Rodrigues da

Imersões isométricas e o teorema de Takahashi / Raimundo Nonato Rodrigues da Cunha. – 2014. 57 f. : enc. ; 31 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Matemática, Programa de Pós-Graduação em Matemática, Fortaleza, 2014.

Área de Concentração: Geometria Diferencial Orientação: Prof. Dr. Abdênago Alves de Barros.

1. Geometria diferencial. 2. Subvariedades mínimas. 3. Polinômios. I. Título.

(4)
(5)

Dedico este trabalho `a minha fam´ılia, espe-cialmente, minha m˜ae Francisca e meu pai Antonio.

”A grandeza de um ser humano n˜ao est´a no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciˆencia que n˜ao sabe.”Augusto Cury

(6)

Inicialmente, agrade¸co a Deus por ter sido a for¸ca, para enfrentar os obst´aculos e concedendo-me a oportunidade de concluir este trabalho.

`

A minha fam´ılia por estar ao meu lado em todos os momentos, especialmente meu primo Jos´e Rodrigues meu principal exemplo de pessoa e profissional e minha m˜ae Francisca pelo seu amor incondicional.

Aos meus amigos, em especial ao meu irm˜ao Antonio Wilson, Rondinelle Batista, Kel-son , Kelton , Edvalter Senna, Valdir Ferreira, Dami˜ao J´unior, C´ıcero Tiarlos, Francisco Chaves, Leandro Pessoa, com os quais pude e posso contar em todos os momentos. Aos meus amigos , que conheci no in´ıcio da gradua¸c˜ao e ainda tenho o priv´elio de tˆe-los em meu ciclo de amizade.

Tamb´em agrade¸co aos meus colegas de p´os-gradua¸c˜ao em matam´atica da UFC, Adriano Medeiros, Airton, Davi Ribeiro, Diego Sousa, Disson, Elaine, Janielly, Jo˜ao Francisco, Jo˜ao Nunes, Jo˜ao Vitor, Rafael Di´ogenes, Rafael Eufrazio, Rob´erio, Selene, Wanderlley Silva e a todos os outros que, direta ou indiretamente, estiveram comigo ao longo desta caminhada.

N˜ao poderia deixar de agradecer aos professores Barnab´e Lima e Paulo Alexandre, que me incentivaram a tentar fazer Mestrado em Matem´atica.

Um agradecimento especial ao professor Ernani Ribeiro por me incentivar a persistir nos momentos dif´ıceis e tamb´em pela ajuda que me deu a todo momento. Agrade¸co tamb´em ao professor Abdˆenago Barros pela compreens˜ao e paciˆencia durante a parte final da elabora¸c˜ao deste trabalho e tamb´em pela orienta¸c˜ao. Agrade¸co ainda aos professores Greg´orio Pacelli e Rondinelle Batista por aceitarem participar da banca.

`

A Andrea e `a J´essyca pela competˆencia e agilidade. `

A Rocilda pela disponibilidade de sempre. Ao CNPQ pelo apoio financeiro.

`

(7)

O objetivo desse trabalho ´e apresentar o laplaciano de polinˆomios restrito `a esfera canˆonica Sn. Com isso, veremos que a superf´ıcie de Veronese, onde suas coordenadas s˜ao polinˆomios harmˆonicos homogˆeneos de grau 2, pode ser minimamente imersa em S4. Al´em disso,

apre-sentarmos as f´ormulas fundamentais das imers˜oes isom´etricas. Em particular, a equa¸c˜ao de Gauss, que envolve as curvaturas da subvariedade e do ambiente onde est´a imersa. Desse modo, temos que o operador forma da esfera Sn ´e igual a menos a identidade.

Para finalizar, daremos uma prova detalhada do teorema de Takahashi, que caracteriza imers˜oes m´ınimas na esfera. Isso nos leva a pensar sobre a minimalidade do toro de Clif-ford generalizado imerso na esfera.

(8)

The objective of this paper is to present the Laplacian of the canonical polynomials sphere Sn. Thus, we see that the Veronese surface, where its coordinates are polynomials har-monic homogeneous of degree 2, can be minimally immersed in S4. Moreover, presenting

the fundamental equations of Isometric immersions. In particular, the equation Gauss, which involves curvatures of the submanifold and the environment where it submerged. Thus, we have tha operator form of the sphere Sn is equal to minus the identity. Finally,

we give a detailed proof of the theorem of Takahashi, featuring minimal immersions in the sphere. This leads us to think about the minimality of the Clifford torus generalized immersed in the sphere.

(9)

1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 9

2 PRELIMINARES . . . 11

2.1 M´etricas, variedades e conex˜oes riemannianas . . . 11

2.2 Operadores diferenciais . . . 12

2.3 Tensores e curvaturas . . . 22

3 EQUAC¸ ˜OES FUNDAMENTAIS DAS IMERS ˜OES . . . 25

4 POLIN ˆOMIOS RESTRITO `A ESFERA E O TEOREMA DE TA-KAHASHI . . . 34

4.1 Polinˆomios restrito `a esfera . . . 34

4.2 Prova do teorema 4.1 . . . 46

4.3 O Teorema de Takahashi . . . 48

5 CONCLUS ˜AO . . . 56

(10)

1 INTRODUC¸ ˜AO

Este trabalho se concentra no estudo de subvariedades m´ınimas, um t´opico central no estudo de geometria diferencial. Especificamente, apresentamos o laplaciano de polinˆomios restritos `a esfera canˆonica Sn destacando tamb´em o teorema de Takahashi.

Nosso objetivo neste trabalho ´e lidar com imers˜oes m´ınimas em Sn usando polinˆomios em

Rn+1 restritos `a esfera Sn.

No cap´ıtulo 1 introduzimos as nota¸c˜oes e os resultados preliminares que utilizaremos nos demais cap´ıtulos.

No cap´ıtulo 2 apresentaremos as equa¸c˜oes fundamentais da teoria de imers˜oes isom´etricas, ou seja, as equa¸c˜oes de Gauss, Codazzi e de Ricci, que nas variedades com curvatura sec-cional constante, desempenham um papel semelhante ao das equa¸c˜oes de compatibilidade na teoria local das superf´ıcies, generalizando estes conceitos.

No terceiro cap´ıtulo iremos calcular o laplaciano do polinˆomios restritos `a esfera Sn

Rn+1. Para isto, consideremos i = (i1, . . . , in+1) um multindice, isto ´e, cada componente

ik∈ Z+, onde Z+ denota o conjunto dos n´umeros inteiros n˜ao negativos. Dado um vetor

x = (x1, . . . , xn+1) ∈ Rn+1 e um multindice i ∈ Zn+1, formamos o monˆomio xi pondo

xi = xi1 1 · · · x

in+1

n+1. Denotando ai = ai1...in+1 e µ = |i| = i1 + · · · + in+1 temos, com esta

nota¸c˜ao, que um polinˆomio de grau m em Rn+1 ´e escrito da forma P (x) = X

µ≤m

aixi.

Com isto, provaremos o seguinte resultado.

Teorema 1.1 Seja P : Rn+1 → R um polinˆomio e p sua restri¸c˜ao `a esfera Sn. Suponha

que P (x) =P

µ≤maixi. Ent˜ao, temos

∆p = −X µ≤m µ(n + µ − 1)aixi+ ∆0P, onde ∆0 =Pn+1k=1 ∂ 2 ∂x2 k denota o laplaciano em R n+1.

Ainda neste cap´ıtulo, tamb´em iremos apresentar um resultado obtido por Takahashi , que nos fornece uma caracteriza¸c˜ao geral de imers˜oes m´ınimas ϕ : Mn → Sn+k.

Teorema 1.2 (Takahashi). Se ϕ : Mn → Sn+k ´e uma imers˜ao isom´etrica, ent˜ao ∆Mϕ + nϕ = n

− → H ,

(11)

onde ∆Mϕ = (∆Mϕ1, . . . , ∆Mϕn+k+1) se ϕ = (ϕ1, . . . , ϕn+k+1) e

− →

H ´e o vetor curvatura m´edia de Mn. Em particular, ϕ ´e uma imers˜ao m´ınima se, e somente se,

∆Mϕ + nϕ = 0.

Como aplica¸c˜ao destes resultados mostraremos que a superf´ıcie de Veronese est´a minima-mente imersa em S4. Al´em disso, veremos que com certas condi¸c˜oes o toro de Clifford generalizado ´e m´ınimo em Sn.

(12)

Neste cap´ıtulo ser´a apresentada uma breve revis˜ao de alguns conceitos b´asicos de Geome-tria Riemanniana, e tamb´em alguns resultados importantes que ser˜ao utilizados no texto. Em alguns resultados ser˜ao omitidas as demonstra¸c˜oes. Para maiores detalhes veja as seguintes referˆencias [2], [4], [6] e [9].

2.1 M´etricas, variedades e conex˜oes riemannianas

Seja Mnuma variedade diferenci´avel de dimens˜ao n. Definimos uma m´etrica Riemanniana

da seguinte maneira.

Defini¸c˜ao 2.1 Uma m´etrica Riemanniana g, sobre Mn, ´e uma aplica¸ao diferenci´avel

g, definida sobre Mn, tal que, para cada p ∈ Mn, tem-se que g(p) ´e um produto interno definido em TpM .

Defini¸c˜ao 2.2 Um par (Mn, h., .i) chama-se uma variedade Riemanniana de dimens˜ao n,

em que Mn ´e uma variedade diferenci´avel de dimens˜ao n e h., .i ´e a m´etrica Riemanniana

sobre Mn.

Um ingrediente fundamental em uma variedade riemanniana ´e a seguinte.

Defini¸c˜ao 2.3 Uma conex˜ao afim em uma variedade diferenci´avel M , ´e uma aplica¸c˜ao ∇ : X(M ) × X(M ) → X(M )

(X, Y ) 7→ ∇XY

que possui as seguintes propriedades: (1) ∇f X+gYZ = f ∇XZ + g∇YZ,

(2) ∇X(Y + Z) = ∇XY + ∇XZ,

(3) ∇X(f Y ) = f ∇XY + X(f )Y,

onde X, Y, Z ∈ X(M ) e f, g ∈ C∞(M ).

Agora podemos definir o que vem a ser conex˜ao Riemanniana.

Defini¸c˜ao 2.4 Dizemos que ∇ ´e uma conex˜ao Riemanniana (ou de Levi-Civita) quando for uma conex˜ao afim satisfazendo as seguintes propriedades:

(i) XhY, Zi = h∇XY, Zi + hY, ∇XZi,

(ii) ∇XY − ∇YX = [X, Y ],

(13)

2.2 Operadores diferenciais

Seja (Mn, h., .i) uma variedade Riemanniana n-dimensional com m´etrica h., .i e conex˜ao

de Levi-Civita ∇. Denotaremos por X(M ) o conjunto dos campos de vetores de classe C∞ em M e por C∞(M ) o anel das fun¸c˜oes reais de classe C∞ em M .

Defini¸c˜ao 2.5 Seja f : Mn → R uma fun¸c˜ao suave. O gradiente de f ´e o campo vetorial

suave ∇f , definido em M por

h ∇f, X i = X(f ), (1)

para todo X ∈ X(M ).

Um c´alculo direto mostra que se f, g ∈ C∞(M ), ent˜ao: (a) ∇ (f + g) = ∇f + ∇g,

(b) ∇ (f g) = f ∇g + g∇f .

Observa¸c˜ao 2.1 Dado p ∈ M , existe uma vizinhan¸ca U ⊂ M de p e n campos de vetores E1, . . . , En ∈ X(M ), ortonormais em cada ponto de U. Uma tal fam´ılia {E1, . . . , En} de

campos de vetores ´e chamada um referencial ortonormal m´ovel. Al´em disso, os campos Ei podem ser tomados de tal forma que, em p, (∇EiEj) (p) = 0, ∀ i, j = 1, . . . , n. Neste

caso, dizemos que o referencial ´e geod´esico em p. Para mais detalhes veja [6].

Proposi¸c˜ao 2.1 Seja Mn uma Variedade Riemanniana de dimens˜ao n e f ∈ C(M ).

Seja {E1, . . . , En} um referencial ortonormal em uma vizinhan¸ca aberta U ⊂ M . Ent˜ao,

em U , temos ∇f = n X i=1 Ei(f )Ei. (2)

Al´em disso, o segundo membro da igualdade acima independe do referencial escolhido. Prova : Primeiramente, seja X =Pn

i=1aiEi um campo qualquer em U , temos

X(f ) = n X i=1 aiEi(f ) = * n X i=1 aiEi, n X j=1 Ej(f )Ej + = * X, n X j=1 Ej(f )Ej + .

Portanto, usando a defini¸c˜ao de gradiente temos que

∇f =

n

X

j=1

(14)

Por outro lado, se { eE1, . . . , eEn} for outro referencial ortonormal em U , com eEj =

Pn

i=1aijEj

em U , ent˜ao a matriz (aij(p))n×n ´e ortogonal em todo ponto p ∈ U e neste caso teremos n X j=1 e Ej(f ) eEj = n X j=1 n X k=1 akjEk ! (f ) n X l=1 aljEl ! = n X j=1 n X k,l=1 akjaljEk(f )El = n X k,l=1 δklEk(f )El= n X k=1 Ek(f )Ek,

o que finaliza a prova da proposi¸c˜ao. 

Agora, utilizando um sistema de coordenadas locais obtemos a seguinte proposi¸c˜ao. Proposi¸c˜ao 2.2 Se f : Mn → R ´e uma fun¸c˜ao suave e U ⊂ M ´e uma vizinhan¸ca coordenada, com campos coordenados ∂1, . . . , ∂n, ent˜ao o gradiente de f ´e dado em U por

∇f = n X i,j=1 (gij∂jf )∂i. (3) Em particular, |∇f |2 = n X i,j=1 gij∂jf ∂if. Prova : De fato, se ∇f =Pn i=1ai∂i, ent˜ao ∂jf = h∇f, ∂ji = * n X k=1 ak∂k, ∂j + = n X k=1 akh∂k, ∂ji = n X k=1 akgkj.

Deste modo, temos

n X j=1 gij∂jf = n X j,k=1 akgkjgij = n X k=1 akδik = ai. Portanto, ∇f = n X i=1 n X j=1 gij∂jf ! ∂i = n X i,j=1 gij∂jf ∂i.

(15)

Em particular, temos |∇f |2 = * n X i,j=1 gij∂jf ∂i, n X k,l=1 gkl∂lf ∂k + = n X i,j,k,l=1 gij∂jf gkl∂lf gik = n X i,j,l=1 gij∂jf ∂lf δil = n X i,j=1 gij∂if ∂jf,

o que finaliza a prova da proposi¸c˜ao. 

A seguir, apresentaremos a defini¸c˜ao e algumas propriedades do operador divergente. Defini¸c˜ao 2.6 Seja X um campo vetorial suave em M . A divergˆencia de X ´e uma fun¸c˜ao suave divX : M → R, dada por

(divX)(p) = tr{v 7→ (∇vX)(p)}, (4)

onde v ∈ TpM e tr denota o tra¸co do operador linear entre chaves em p ∈ M .

Decorre da defini¸c˜ao que se X, Y ∈ X(M ) e f ∈ C∞(M ), ent˜ao (i) div(X + Y ) = divX + divY.

(ii) div(f X) = f divX + h∇f, Xi.

Al´em disso, em um referencial ortonormal podemos escrever o divergente de um campo da seguinte forma.

Proposi¸c˜ao 2.3 Seja X um campo vetorial suave em Mn e {E1, . . . , En} um referencial

ortonormal em uma vizinhan¸ca aberta U ⊂ M . Se X =Pn

i=1aiEi em U , ent˜ao divX = n X i=1 [Ei(ai) − h∇EiEi, Xi] . (5)

Em particular, se o referencial for geod´esico em p ∈ U , ent˜ao temos

divX =

n

X

i=1

Ei(ai)(p).

Prova : Usando defini¸c˜ao de divergˆencia de um campo vetorial obtemos

divX = n X i=1 h∇EiX, Eii = n X i=1 [EihX, Eii − hX, ∇EiEii] .

(16)

Por outro lado, note que EihX, Eii = Ei * n X j=1 ajEj, Ei + = Ei n X j=1 ajhEj, Eii = Ei(ai). Portanto, divX = n X i=1 [Ei(ai) − h∇EiEi, Xi] .

Em particular, se o referencial for geod´esico em p ∈ U , ent˜ao ∇EiEi(p) = 0 e neste caso

teremos divX = n X i=1 Ei(ai)(p),

como quer´ıamos demonstrar. 

Para obter a express˜ao do divergente em um sistema de coordenadas arbitr´ario, comecemos com o seguinte lema.

Lema 2.1 Seja B : Rn → Rn um operador linear e sim´etrico e {v

1, . . . , vn} uma base qualquer do Rn. Ent˜ao trB = n X k,l=1 gklhBvk, vli ,

onde gkl ´e a matriz inversa da matriz g kl.

Prova : Dada uma base {v1, . . . , vn} do Rn ponhamos

ei = n

X

k=1

aikvk, (6)

onde i = 1, . . . , n e {ei}ni=1 ´e uma base ortonormal do Rn. Observemos que

δij = hei, eji = * n X k=1 aikvk, n X l=1 ajlvl + = n X k,l=1 aikhvk, vli ajl. (7)

Logo definindo a matriz G = (gij) = (hvi, vji), a equa¸c˜ao acima nos diz que

I = AGAt= AGtAt,

em que I e Bt denotam respectivamente a matriz identidade e a transposta de B, donde

conclu´ımos que

(17)

Fazendo G−1 = (gij) podemos reescrever a ´ultima rela¸c˜ao da seguinte forma gij = n X k,l=1 aikalj. (8)

Agora calculemos trB na base {v1, . . . , vn}. Como trB =Pni=1hBei, eii, temos que

trB = n X i=1 hBei, eii = n X i=1 * B n X k=1 akivk ! , n X l=1 alivl + = n X i=1 n X k,l=1 akialihBvk, vli , ou seja, trB = n X k,l=1 n X i=1 akiali ! hBvk, vli = n X k,l=1 gklhBvk, vli ,

assim provamos o lema. 

Lema 2.2 Seja X um campo vetorial sobre Mn e U ⊂ M uma vizinhan¸ca coordenada

com campos coordenados ∂1, . . . , ∂n. Se X for dado em U por X =

Pn

i ai∂i, ent˜ao a

divergˆencia de X ´e dada em U por

divX = n X i=1 " ∂i(ai) + X k=1 akΓiik # , (9) onde os Γk

ij s˜ao os s´ımbolos de Christoffel da m´etrica de M em U.

Prova : Veja que

∇∂iX = ∇∂i n X k=1 ak∂k ! = n X k=1 [∂i(ak)∂k+ ak∇∂i∂k] = n X k=1 " ∂i(ak)∂k+ ak n X j=1 Γjik∂j # = n X k=1 ∂i(ak)∂k+ n X k,j=1 akΓjik∂j = n X j=1 " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # ∂j.

(18)

Como o tra¸co de um operador ´e dado pelo Lema (2.1) temos que divX = tr (∇vX) = n X i,l=1 gilh∇∂iX, ∂li = n X i,l=1 gil * n X j=1 " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # ∂j, ∂l + = n X i,j,l=1 gilh∂j, ∂li " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # = n X i,j,l=1 gilgjl " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # = n X i,j=1 n X l=1 gilgjl ! " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # = n X i,j=1 δij " ∂i(aj) + X k=1 akΓjik # = n X i=1 " ∂i(ai) + X k=1 akΓiik # ,

portanto, conclu´ımos o lema. 

Proposi¸c˜ao 2.4 Seja X um campo vetorial suave em Mn e U ⊂ M uma vizinhan¸ca

coordenada com campos coordenados ∂1, . . . , ∂n. Se X for dado em U por X =

Pn i ai∂i,

ent˜ao a divergˆencia de X ´e dada em U por

divX = √1 g n X j=1 ∂j(aj √ g) , (10) onde g = det(gij).

Prova : Primeiramente, notemos que

Γjji = 1 2 n X k=1 [∂i(gjk) + ∂j(gki) − ∂k(gij)] gki = 1 2 n X k=1 ∂i(gjk)gki+ ∂j(gki)gki− ∂k(gij)gki  = 1 2 n X k=1 ∂j(gik)gki. (11) Observe que ∂j(aj √ g) = ∂j(aj) √ g + aj 2√g∂j(g).

(19)

Como ∂j(g) = tr ∂j(gik)gik g = g n X i,k=1 ∂j(gik)gik, temos ∂j(aj √ g) = " ∂j(aj) √ g + aj √ g 2 n X i,k=1 ∂j(gik)gik # = √g " ∂j(aj) + aj 2 n X i,k=1 ∂j(gik)gik # . (12)

Usando o Lema 2.2 e (11) temos que

divX = n X j=1 " ∂j(aj) + X i=1 aiΓjji # = n X j=1 " ∂j(aj) + n X i=1 ai 1 2 n X k=1 ∂j(gik)gki !# = n X j=1 ∂j(aj) + n X i,j,k=1 ai 2∂j(gik)g ki = n X j=1 " ∂j(aj) + aj 2 n X i,k=1 ∂j(gik)gki # .

Agora usando (12), temos que

divX = √1 g n X j=1 ∂j(aj √ g) , concluindo o desejado. 

Iremos agora definir o hessiano de uma fun¸c˜ao e destacar uma importante propriedade que este operador possui.

Defini¸c˜ao 2.7 Seja f : Mn → R uma fun¸c˜ao suave. O hessiano de f em p ∈ M ´e o

operador linear (Hessf )p : TpM → TpM , definido por

(Hessf )pv = ∇v∇f , v ∈ TpM. (13)

Podemos considerar Hessf como um tensor de ordem 2 em Mn tal que para cada par de

campos X, Y ∈ X(M ) tem-se

Hessf (X, Y ) = h(Hessf )X, Y i = h∇X∇f, Y i.

Proposi¸c˜ao 2.5 Se f : Mn

R ´e uma fun¸c˜ao suave e p ∈ M , ent˜ao Hessf : TpM → TpM ´e um operador linear auto-adjunto.

(20)

Prova : De fato, se v, w ∈ TpM e V, W s˜ao extens˜oes de v e w respectivamente, a campos

definidos em uma vizinhan¸ca de p ∈ M , ent˜ao h(Hessf )p(v), wi = h∇V∇f, W ip = (V h∇f, W i) (p) − h∇f, ∇VW ip = (V (W f )) (p) − h∇f, ∇WV + [V, W ]ip = (W (V f )) (p) + ([V, W ]f ) (p) − h∇f, ∇WV + [V, W ]ip = (W (V f )) (p) − h∇f, ∇WV ip = h(Hessf )p(w), vi,

o que prova o desejado. 

Vamos destacar agora a defini¸c˜ao do laplaciano de uma fun¸c˜ao.

Defini¸c˜ao 2.8 Seja f : Mn→ R uma fun¸c˜ao suave. O laplaciano de f ´e a fun¸c˜ao suave ∆f : Mn → R dada por

∆f = div(∇f ). (14)

Al´em disso, em um referencial ortonormal temos a seguinte express˜ao. Proposi¸c˜ao 2.6 Seja f : Mn → R uma fun¸c˜ao suave e {E

1, . . . , En} um referencial

ortonormal em um aberto U ⊂ M . Ent˜ao o laplaciano de f ´e dado em U por

∆f =

n

X

i=1

[Ei(Ei(f )) − (∇EiEi) f ] . (15)

Em particular, se o referencial for geod´esico, teremos

∆f = n X i=1 Ei(Ei(f )). Prova : Como ∇f = Pn i=1Ei(f )Ei em U e divX = Pn

i=1[Ei(ai) − h∇EiEi, Xi], ent˜ao

pela defini¸c˜ao de laplaciano, temos que

∆f = div(∇f ) = n X i=1 [Ei(ai) − h∇EiEi, ∇f i] = n X i=1 [Ei(Ei(f )) − (∇EiEi) f ] .

O que finaliza a prova. 

A express˜ao do laplaciano em um sistema de coordenadas locais ´e dada pela proposi¸c˜ao a seguir.

(21)

coordenada com campos coordenados ∂1, . . . , ∂n, ent˜ao o laplaciano de f ´e dado em U por ∆f = √1 g n X i,j=1 ∂i gij √ g∂jf , (16) onde g = det(gij). Prova : Seja ∇f =Pn i=1ai∂i, com ai = Pn j=1g ij

jf . Segue-se da Proposi¸c˜ao 2.4 que

∆f = div (∇f ) = √1 g n X i ∂i( √ gai) = √1 g n X i ∂i √ g n X j=1 gij∂jf ! = √1 g n X i,j ∂i gij √ g∂jf ,

o que finaliza a prova. 

Em particular, obtemos a seguinte defini¸c˜ao.

Defini¸c˜ao 2.9 Se f : Mn→ R ´e uma fun¸c˜ao suave, ent˜ao

∆f = tr{Hessf }. (17)

Proposi¸c˜ao 2.8 Sejam f1, . . . , fm fun¸c˜oes diferenci´aveis definidas na variedade M . Ent˜ao

a fun¸c˜ao produto

m

Y

i=1

fi = f1· · · fm satisfaz `as seguintes rela¸c˜oes:

(a)∇(f1· · · fm) = m X i=1 f1· · · fm∇fi (b)∆(f1· · · fm) = m X i=1 f1· · · fm∆fi+ 2 X 1≤i<j≤m h∇fi, ∇fji f1· · · ˆfi· · · ˆfj· · · fm.

Prova : Para o item (a), temos

∇(f1· · · fm) = n X i,j=1 gij∂j(f1· · · fm)∂i = n X i,j=1 gij[(∂jf1)f2· · · fm+ · · · + (∂jfm)f1· · · fm−1] ∂i = n X i,j=1 gij∂jf1(f2· · · fm)∂i+ · · · + m X i,j=1 gij∂jfm(f1· · · fm−1)∂i = (∇f1) (f2· · · fm) + · · · + (∇fm) (f1· · · fm−1) = m X i=1 f1· · · fm∇fi.

(22)

No item (b), temos ∆(f1· · · fm) = 1 √ g n X i,j=1 ∂igij √ g∂j(f1· · · fm)  = √1 g n X i,j=1 ∂igij √ g (∂jf1(f2· · · fm) + · · · + ∂jfm(f1· · · fm−1)) .

Distribuindo as somas, temos

∆(f1· · · fm) = 1 √ g n X i,j=1 ∂igij √ g(∂jf1)(f2· · · fm) + · · · + √1 g n X i,j=1 ∂igij √ g(∂jfm)(f1· · · fm−1) .

Derivando estes termos pela regra do produto obtemos

∆(f1· · · fm) = 1 √ g n X i,j=1 ∂igij √ g∂jf1 (f2· · · fm) + √1 g n X i,j=1 gij√g(∂jf1)∂i(f2· · · fm) + · · · + √1 g n X i,j=1 ∂igij √ g∂jfm (f1· · · fm−1) + √1 g n X i,j=1 gij√g(∂jfm)∂i(f1· · · fm−1).

Note que no primeiro e pen´ultimo termos j´a apareceram express˜oes do laplaciano. Can-celando√g nessas express˜oes, teremos

∆(f1· · · fm) = (∆f1)(f2· · · fm) + n X i,j=1 gij(∂jf1)∂i(f2· · · fm) + · · · + (∆fm)(f1· · · fm−1) + n X i,j=1 gij(∂jfm)∂i(f1· · · fm−1).

Derivando os termos restantes ir˜ao aparecer os produto internos dos gradientes produzindo a express˜ao abaixo. ∆(f1· · · fm) = (∆f1)(f2· · · fm) + · · · + (∆fm)(f1· · · fm−1) + + n X i,j=1 gij(∂jf1)∂i(f2· · · fm) + · · · + n X i,j=1 gij(∂jfm)∂i(f1· · · fm−1).

(23)

Assim, teremos ∆(f1· · · fm) = m X i=1 f1· · · (∆fi) · · · fm+ 2 X 1≤i<j≤m h∇fi, ∇fji f1· · · ˆfi· · · ˆfj· · · fm,

conclu´ındo a demonstra¸c˜ao da proposi¸c˜ao. 

O pr´oximo resultado ser´a uma consequˆencia imediata da proposi¸c˜ao anterior.

Corol´ario 2.1 Considerando fi = f , para i = 1, . . . , m na proposi¸c˜ao anterior temos as

seguintes express˜oes: (a) ∇(fm) = mfm−1∇f

(b) ∆fm = mfm−1∆f + m(m − 1)fm−2h∇f, ∇f i .

Prova : Para o item (a), segue do primeiro item da proposi¸c˜ao anterior que

∇(fm) = ∇ m z }| { (f · · · f ) = m X i=1 m−1 z }| { (f · · · f ) ∇f = mfm−1∇f.

No item (b), segue do segundo item da proposi¸c˜ao anterior que

∆(fm) = ∆ m z }| { (f · · · f ) = m X i=1 m−1 z }| { f · · · f ∆f + 2X m−2 z }| { f · · · f h∇f, ∇f i = mfm−1∆f + m(m − 1)fm−2h∇f, ∇f i,

provando o resultado desejado. 

2.3 Tensores e curvaturas

Apresentaremos aqui apenas algumas defini¸c˜oes, propriedades de tensores e curvatura que ser˜ao utilizados neste trabalho. Para maiores detalhes veja [6].

A id´eia de tensor ´e uma generaliza¸c˜ao natural da id´eia de campos de vetores e o ponto importante ´e que analogamente aos campos de vetores, os tensores podem ser derivados covariantemente.

(24)

multilinear

T : X(M ) × · · · × X(M ) → C∞(M ).

Ou seja, dados Y1, . . . , Yr ∈ X(M ), temos que T (Y1, . . . , Yr) ´e uma fun¸c˜ao diferenci´avel

em M , e que T ´e linear em cada argumento, isto ´e,

T (Y1, . . . , f X + gY, . . . , Yr) = f T (Y1, . . . , X, . . . , Yr) + gT (Y1, . . . , Y, . . . , Yr),

para todo X, Y ∈ X(M ), f, g ∈ C∞(M ). ´

E poss´ıvel estender aos tensores a no¸c˜ao de derivada covariante. Desta forma, podemos definir a diferencial covariante da seguinte maneira.

Defini¸c˜ao 2.11 Seja T um tensor de ordem r. A diferencial covariante ∇T de T ´e um tensor de ordem (r + 1) dado por

∇T (Y1, . . . , Yr, Z) = Z(T (Y1, . . . , Yr)) − T (∇ZY1, . . . , Yr) − · · · − T (Y1, . . . , Yr−1, ∇ZYr).

Para cada Z ∈ X(M ), a derivada covariante ∇ZT de T em rela¸c˜ao a Z ´e um tensor de

ordem r dado por

∇ZT (Y1, . . . , Yr) = ∇T (Y1, . . . , Yr, Z).

Apresentaremos, a seguir, uma defini¸c˜ao de curvatura que intuitivavente mede o quanto uma variedade Riemanniana deixa de ser Euclidiana.

Defini¸c˜ao 2.12 A curvatura R de uma variedade Riemanniana M ´e uma correspondˆencia

que associa a cada par X, Y ∈ X(M ) uma aplica¸c˜ao

R(X, Y ) : X(M ) → X(M ) dada por

R(X, Y )Z = ∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z, Z ∈ X(M ),

onde ∇ ´e a conex˜ao Riemanniana de M .

Observa¸c˜ao 2.2 Se M = Rn, ent˜ao R(X, Y )Z = 0 para todos X, Y, Z ∈ X(Rn). De fato, dados X, Y, Z ∈ X(Rn), considere a base canˆonica {e

1, . . . , en} do Rn e escreva X = n X i=1 Xiei, Y = n X i=1 Yiei e Z = n X i=1 Ziei. Ent˜ao, ∇YZ = ∇Y n X i=1 Ziei ! = n X i=1 Zi∇Yei+ n X i=1 Y (Zi)ei = n X i=1 Y (Zi)ei,

(25)

pois ei ´e um campo constante. Segue-se que ∇X∇YZ = ∇X ( n X i=1 Y (Zi)ei ) = n X i=1 X(Y (Zi))ei. Analogamente, temos ∇Y∇XZ = n X i=1 Y (X(Zi))ei. Portanto, obtemos R(X, Y )Z = ∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z = −∇[X,Y ]Z + ∇[X,Y ]Z = 0

O operador de curvatura est´a intimamente relacionado com a curvatura seccional. Vamos finalizar o cap´ıtulo com a defini¸c˜ao de curvatura seccional.

Defini¸c˜ao 2.13 Dado um ponto qualquer p ∈ M e um subespa¸co bi-dimensional σ ∈ TpM . Se {x, y} ´e uma base qualquer de σ, chamamos de cuvatura seccional de σ em p o

n´umero real

K(x, y) = hR(x, y)x, yi hx, xihy, yi − hx, yi2.

(26)

Neste cap´ıtulo apresentaremos as equa¸c˜oes fundamentais da teoria de imers˜oes isom´etricas entre variedades Riemannianas.

Defini¸c˜ao 3.1 Sejam M e M variedades Riemannianas com m´etricas Riemannianas h·, ·iM e h·, ·iM, respectivamente. Dizemos que uma aplica¸c˜ao ϕ : M → M ´e uma imers˜ao

isom´etrica se

hdϕp(Xp), dϕp(Yp)iM = hXp, YpiM

para todo p ∈ M e X, Y ∈ X(M ). ´

E importante destacar que, toda imers˜ao isom´etrica ´e uma imers˜ao e, como tal, ´e local-mente um mergulho. Portanto, podemos identificar p ∈ M com ϕ(p) ∈ M e denotaremos as m´etricas de M e M simplesmente por h·, ·i.

Agora, seja ϕ : Mn→ Mn+k uma imers˜ao de uma variedade diferenci´avel M em uma

va-riedade Riemanniana M com m´etrica h·, ·i. Definindo, para cada p ∈ M e Xp, Yp ∈ TpM,

hXp, YpiM = hdϕp(Xp), dϕp(Yp)iM,

obtemos uma m´etrica em Mn, denominada a m´etrica induzida pela imers˜ao ϕ. Munindo

Mn com tal m´etrica tornamos ϕ automaticamente uma imers˜ao isom´etrica.

Al´em disso, para cada p ∈ M , o produto interno de TpM induz uma decomposi¸c˜ao de

TpM na soma direta

TpM = TpM ⊕ (TpM )⊥,

onde (TpM )⊥ ´e o complemento ortogonal de TpM em TpM .

Denotemos por ∇ e∇ as conex˜oes Riemannianas de M e M , respectivamente. Se X e Y s˜ao campos locais de vetores em M e X, Y s˜ao extens˜oes locais a M , definimos

∇XY = (∇XY ) T.

Esta ´e a conex˜ao Riemanniana relativa `a m´etrica induzida de M . Para mais detalhes veja [6].

Denotemos por X(U )⊥ o espa¸co dos campos diferenci´aveis em U de vetores normais a ϕ(U ) ≈ U . Portanto, temos a seguinte defini¸c˜ao.

Defini¸c˜ao 3.2 Seja ϕ : M → M uma imers˜ao. Dados campos locais X, Y ∈ X(U ), a aplica¸c˜ao α : X(U ) × X(U ) → X(U )⊥ chamamos de segunda forma fundamental da imers˜ao ϕ que ´e dada por

(27)

onde X e Y s˜ao extens˜oes locais de X e Y , respectivamente.

Proposi¸c˜ao 3.1 A aplica¸c˜ao α : X(U ) × X(U ) → X(U )⊥ ´e bilinear e sim´etrica, onde X, Y ∈ X(U ).

Prova : Pelas propriedades de linearidade de uma conex˜ao, conclui-se imediatamente que α ´e aditiva em X e Y , e que α(f X, Y ) = f α(X, Y ), para toda f ∈ C∞(U ).

De fato, sejam X, Y, Z, W ∈ X(U ) e f ∈ C∞(U ). Como ∇ e ∇ s˜ao conex˜oes, temos α(X, Z + W ) = ∇X(Z + W ) − ∇X(Z + W )

= ∇XZ + ∇XW − ∇XZ − ∇XW

= ∇XZ − ∇XZ + ∇XW − ∇XW

= α(X, Z) + α(X, W ),

logo, α ´e aditiva em X. Analogamente, temos que α(Z + W, Y ) = α(Z, Y ) + α(W, Y ). Portanto, conclu´ımos que α ´e aditiva em X e Y .

Agora, usando novamente que ∇ e ∇ s˜ao conex˜oes, temos

α(f X, Y ) =∇f XY − ∇f XY = f ∇XY − f ∇XY = f α(X, Y ).

Falta mostrar que α(X, f Y ) = f α(X, Y ) para f ∈ C∞(U ). Indicando por f uma extens˜ao de f a U , teremos

α(X, f Y ) = ∇X(f Y ) − ∇X(f Y )

= f ∇XY − f ∇XY + X(f )Y − X(f )Y,

como em M temos f = f e X(f ) = X(f ), conclu´ımos que as duas ´ultimas parcelas se anulam, donde α(X, f Y ) = f α(X, Y ), ou seja, α ´e bilinear.

Para mostrar que α ´e sim´etrica, usaremos a simetria da conex˜ao Riemanniana, isto ´e, [X, Y ] = ∇XY − ∇YX e [X, Y ] = ∇XY − ∇YX. De fato,

α(X, Y ) = ∇XY − ∇XY = ∇YX + [X, Y ] − ∇YX − [X, Y ],

uma vez que [X, Y ] = [X, Y ], ent˜ao α(X, Y ) = α(Y, X). 

Corol´ario 3.1 Seja p ∈ M e η ∈ (TpM )⊥. A aplica¸c˜ao Hη : TpM × TpM → R dada por

Hη(X, Y ) = hα(X, Y ), ηi

(28)

Observe que `a aplica¸c˜ao bilinear Hη fica associada uma aplica¸c˜ao linear auto-adjunta

Sη : TpM → TpM , `as vezes tamb´em denominada de segunda forma fundamental ou

operador de forma, dado por

hSηX, Y i = Hη(X, Y ) = hα(X, Y ), ηi, para todo X, Y ∈ TpM.

Para descrever explicitamente como podemos calcular o operador de forma apresentamos o seguinte resultado.

Proposi¸c˜ao 3.2 Seja p ∈ M , x ∈ TpM e η ∈ TpM . Seja N uma extens˜ao local de η

normal a M . Ent˜ao

Sη(x) = −(∇xN )>.

Prova : Sejam x e y ∈ TpM e X, Y extens˜oes locais de x, y, respectivamente. Como

hN, Y i = 0, temos que 0 = XhN, Y i = h∇XY, N i + hY, ∇XN i, ou seja, h∇XY, N i = −hY, ∇XN i. Portanto, hSη(x), yi = hα(X, Y )(p), N i = h∇XY − ∇XY, N i(p)

= h∇XY, N i(p) = −hY, ∇XN i(p) = h−∇xN, yi

= h−(∇xN )>− (∇xN )N, yi = h−(∇xN )>, yi,

para todo y ∈ TpM . Logo,

Sη(x) = −(∇xN )>,

o que prova o resultado desejado. 

J´a a componente normal de∇Xη, denominada conex˜ao normal ∇⊥ da imers˜ao, ´e definida

da seguinte forma

∇⊥: X(M ) × X(M )⊥ → X(M )⊥ (X, η) 7→ ∇⊥Xη = (∇Xη)N.

Explicitamente,

(29)

A igualdade acima ´e conhecida na literatura como a equa¸c˜ao de Gauss. Esta conex˜ao normal ∇⊥ possui as propriedades usuais de uma conex˜ao, ou seja,

(1) ∇⊥f X+hYη = f ∇⊥Xη + h∇⊥Yη, (2) ∇⊥X(η + ξ) = ∇⊥Xη + ∇⊥Xξ,

(3) ∇⊥X(f η) = f ∇⊥Xη + X(f )η, f, h ∈ C∞(M ).

A proposi¸c˜ao a seguir relaciona, para campos em M , as componentes tangencial e normal do tensor curvatura de M com o tensor curvatura de M e a segunda forma fundamental da imers˜ao.

Proposi¸c˜ao 3.3 (Equa¸c˜ao de Gauss) Seja ϕ : M → M uma imers˜ao isom´etrica e X, Y, Z ∈ X(M ), ent˜ao

hR(X, Y )Z, T i = hR(X, Y )Z, T i − hα(Y, T ), α(X, Z)i + hα(X, T ), α(Y, Z)i.

Prova : Considere a equa¸c˜ao

R(X, Y )Z = ∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z.

Tomando o produto interno desta equa¸c˜ao com T ∈ TpM qualquer, temos que

hR(X, Y )Z, T i =∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z, T .

Por outro lado, sabemos que

∇XY = ∇XY + α(X, Y ). (18)

Assim, obtemos

∇Y∇XZ = ∇Y∇XZ + α(Y, ∇XZ). (19)

Logo, usando (18), teremos

hR(X, Y )Z, T i = ∇Y (∇XZ + α(X, Z)) , T − ∇X(∇YZ + α(Y, Z)) , T + ∇[X,Y ]Z + α ([X, Y ], Z) , T = ∇Y∇XZ + ∇Yα(X, Z), T − ∇X∇YZ − ∇Xα(Y, Z), T + ∇[X,Y ]Z + α([X, Y ], Z), T ,

(30)

separando cada produto interno, obtemos

hR(X, Y )Z, T i = ∇Y∇XZ, T + ∇Yα(X, Z), T − ∇X∇YZ, T

− ∇Xα(Y, Z), T + ∇[X,Y ]Z, T + hα([X, Y ], Z), T i .

Agora, usando (19) e que ∇Yα(X, Z), T = − α(X, Z), ∇YT , temos

hR(X, Y )Z, T i = h∇Y∇XZ + α(Y, ∇XZ), T i −α(X, Z), ∇YT

− h∇X∇YZ + α(X, ∇YZ), T i +α(Y, Z), ∇XT

+ ∇[X,Y ]Z, T + hα([X, Y ], Z), T i .

Como α ´e normal, ent˜ao o produto interno dele com T ´e zero. Portanto, a express˜ao acima fica hR(X, Y )Z, T i = ∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z, T − α(X, Z), ∇YT + α(Y, Z), ∇XT = hR(X, Y )Z, T i − hα(X, Z), ∇YT + α(Y, T )i + hα(Y, Z), ∇XT + α(X, T )i = hR(X, Y )Z, T i − hα(X, Z), α(Y, T )i + hα(Y, Z), α(X, T )i = hR(X, Y )Z, T i − hα(Y, T ), α(X, Z)i + hα(X, T ), α(Y, Z)i .

O que demonstra o resultado desejado. 

Da equa¸c˜ao de Gauss decorre, como caso particular

K(x, y) − K(x, y) = hα(x, x), α(y, y)i − kα(x, y)k2.

No caso de hipersuperf´ıcie ϕ : Mn → Mn+1 a f´ormula acima admite uma express˜ao mais

simples. Sejam p ∈ M e η ∈ (TpM )⊥ tal que kηk = 1. Seja {e1, . . . , en} uma base

ortonormal de TpM na qual Sη seja diagonal, isto ´e, Sη(ei) = λiei, i = 1, . . . , n em que

λ1. . . , λn s˜ao os autovalores de S. Ent˜ao

H(ei, ei) = λi

e

(31)

Mas, α(X, Y ) ´e um m´ultiplo de η. Portanto, podemos escrever

K(ei, ej) − K(ei, ej) = hα(ei, ei), α(ej, ej)i − hα(ei, ej), α(ei, ej)i

= hα(ei, ei), hα(ej, ej), ηiηi − hα(ei, ej), hα(ei, ej), ηiηi

= hα(ei, ei), ηihα(ej, ej), ηi − hα(ei, ej), ηihα(ei, ej), ηi

= λiλj. (20)

A proposi¸c˜ao a seguir nos fornece uma esp´ecie de simetria da derivada da segunda forma fundamental da imers˜ao.

Proposi¸c˜ao 3.4 (Equa¸c˜ao de Codazzi) Seja ϕ : M → M uma imers˜ao isom´etrica. Se X, Y, Z ∈ X(M ) e η ∈ X(M )⊥, ent˜ao hR(X, Y )Z, ηi = (∇Yα)(X, Z, η) − (∇Xα)(Y, Z, η). Prova : De (18), temos R(X, Y )Z = ∇Y∇XZ − ∇X∇YZ + ∇[X,Y ]Z = ∇Y∇XZ + ∇Yα(X, Z) − ∇X∇YZ − ∇Xα(Y, Z) + ∇[X,Y ]Z + α([X, Y ], Z). (21)

Fazendo o produto interno de (21) com η, temos

hR(X, Y )Z, ηi = h∇Y∇XZ + ∇Yα(X, Z) − ∇X∇YZ − ∇Xα(Y, Z)

+ ∇[X,Y ]Z + α([X, Y ], Z), ηi.

Agora, usando (19), obtemos

hR(X, Y )Z, ηi = h∇Y∇XZ + α(Y, ∇XZ) + ∇Yα(X, Z) − ∇Y∇XZ

− α(X, ∇YZ) − ∇Xα(Y, Z) + ∇[X,Y ]Z

+ α(∇XY − ∇YX, Z), ηi.

Juntando os campos tangentes, temos

hR(X, Y )Z, ηi = hR(X, Y )Z, ηi + hα(Y, ∇XZ) + ∇Yα(X, Z) − α(X, ∇YZ)

(32)

Como ∇Yα(X, Z) = ∇⊥Yα(X, Z)−Sα(X,Z)Y e hR(X, Y )Z, ηi = 0 ent˜ao a ´ultima igualdade

nos d´a

hR(X, Y )Z, ηi = hα(Y, ∇XZ), ηi + h∇⊥Yα(X, Z), ηi

− hα(X, ∇YZ), ηi − h∇⊥Xα(Y, Z), ηi

+ hα(∇XY, Z), ηi − hα(∇YX, Z), ηi. (22)

Assim, definindo a derivada covariante de um tensor α : X(M ) × X(M ) × X(M )⊥ → C∞(M ) por α(X, Y, η) = hα(X, Y ), ηi, (23) obtemos (∇Xα)(Y, Z, η) = X (α(Y, Z, η)) − α(∇XY, Z, η) − α(Y, ∇XZ, η) − α(Y, Z, ∇⊥Xη) = Xhα(Y, Z), ηi − α(∇XY, Z, η) − α(Y, ∇XZ, η) − α(Y, Z, ∇⊥Xη)

= h∇⊥Xα(Y, Z), ηi + hα(Y, Z), ∇⊥Xηi − α(∇XY, Z, η)

− α(Y, ∇XZ, η) − hα(Y, Z), ∇⊥Xηi

= h∇⊥Xα(Y, Z), ηi − α(∇XY, Z, η)

− α(Y, ∇XZ, η). (24)

Da mesma forma, obtemos

(∇Yα)(X, Z, η) = h∇⊥Yα(X, Z), ηi − α(∇YX, Z, η) − α(X, ∇YZ, η). (25)

Portanto, da defini¸c˜ao (23) temos que a express˜ao (22) fica

hR(X, Y )Z, ηi = α(Y, ∇XZ, η) + h∇⊥Yα(X, Z), ηi − α(X, ∇YZ, η)

− h∇⊥Xα(Y, Z), ηi + α(∇XY, Z, η) − α(∇YX, Z, η).

Finalmente, usando (24) e (25), obtemos

hR(X, Y )Z, ηi = h∇⊥Yα(X, Z), ηi − α(∇YX, Z, η) − α(X, ∇YZ, η)

− h∇⊥

Xα(Y, Z), ηi − α(∇XY, Z, η) − α(Y, ∇XZ, η)



(33)

O que demonstra o resultado desejado.  A proposi¸c˜ao a seguir fornece a f´ormula conhecida como Equa¸c˜ao de Ricci.

Proposi¸c˜ao 3.5 (Equa¸c˜ao de Ricci) Seja ϕ : M → M uma imers˜ao isom´etrica. Se X, Y ∈ X(M ) e η, ξ ∈ X(M )⊥, ent˜ao

hR(X, Y )η, ξi − hR⊥(X, Y )η, ξi = h[Sη, Sξ]X, Y i,

onde [Sη, Sξ] indica o operador Sη◦ Sξ− Sξ◦ Sη.

Prova : Primeiramente, temos

∇⊥Xη = ∇Xη + Sη(X). (26) Portanto, de (26) , obtemos ∇⊥Yα(X, Z) = ∇Yα(X, Z) + Sα(X,Z)(Y ). (27) Usando (26), temos R(X, Y )η = ∇Y∇Xη − ∇X∇Yη + ∇[X,Y ]η = ∇Y(−SηX + ∇⊥Xη) − ∇X(−SηY + ∇⊥Yη) + ∇⊥[X,Y ]η − Sη[X, Y ] = ∇Y(−SηX) + ∇Y∇⊥Xη − ∇X(−SηY ) − ∇X∇⊥Yη + ∇ ⊥ [X,Y ]η − Sη[X, Y ]. Por (18) e (26) , obtemos R(X, Y )η = α(Y, −SηX) + ∇Y(−SηX) − S∇⊥ XηY + ∇ ⊥ Y∇ ⊥ Xη − α(X, −SηY ) − ∇X(−SηY ) − h −S⊥ YηX + ∇ ⊥ X∇ ⊥ Yη i + ∇⊥[X,Y ]η − Sη[X, Y ]. Assim, como R⊥(X, Y )η = ∇⊥Y∇⊥ Xη − ∇ ⊥ X∇ ⊥ Yη + ∇ ⊥ [X,Y ]η, temos R(X, Y )η = R⊥(X, Y )η + α(Y, −SηX) + ∇Y(−SηX) − S∇⊥ XηY − α(X, −SηY ) − ∇X(−SηY ) + S∇⊥ YηX − Sη[X, Y ] = R⊥(X, Y )η − S⊥ XηY − ∇Y(SηX) − α(SηX, Y ) + S∇⊥ YηX + ∇X(SηY ) + α(X, SηY ) − Sη[X, Y ].

(34)

Tomando o produto interno com ξ ∈ X(M )⊥, obtemos hR(X, Y )η, ξi = hR⊥(X, Y )η, ξi − hS⊥ XηY, ξi − h∇Y(SηX), ξi − hα(SηX, Y ), ξi + hS∇⊥ YηX, ξi + h∇X(SηY ), ξi + hα(X, SηY ), ξi − hSη[X, Y ]i

= hR⊥(X, Y )η, ξi − hα(SηX, Y ), ξi + hα(X, SηY ), ξi.

Agora, como hα(X, Y ), ξi = hSξX, Y i, temos

hR(X, Y )η, ξi = hR⊥(X, Y )η, ξi + hSξX, SηY i − hSξ(Sη), Y i

= hR⊥(X, Y )η, ξi + hSη(SξX), Y i − hSξ(Sη), Y i

= hR⊥(X, Y )η, ξi + h(SηSξ− SξSη)X, Y i

= hR⊥(X, Y )η, ξi + h[Sη, Sξ]X, Y i.

Portanto, segue-se o resultado desejado. 

Exemplo 3.1 O operador forma da esfera Sn ⊂ Rn+1 ´e menos a identidade. Isto ´e,

Sη = −Id.

De fato, seja M = Rn+1 e N uma extens˜ao local de η, unit´aria e normal a M . Defina

a aplica¸c˜ao normal de Gauss g : Mn → Sn, transladando a origem do campo N para a

origem do Rn+1 e fazendo g(q) = N (q). Temos que dg

q : TqM → TqM ´e dada por

dgq(x) =

d

dt(N ◦ c(t))t=0 = ∇xN.

Como hN, N i = 1 temos que ∇xN = (∇xN )>. Portanto,

dgq(x) = ∇xN = (∇xN )> = −Sη(x),

onde c : (−ε, ε) → M ´e uma curva com c(0) = q e c0(0) = x. Segue-se que −Sη ´e a

derivada da aplica¸c˜ao normal de Gauss. Como g(x) = x ´e a aplica¸c˜ao normal de Gauss de Sn, temos que Sη = −Id.

(35)

4.1 Polinˆomios restrito `a esfera

Dada uma hipersuperf´ıcie Mn⊂ Rn+1, a primeira forma fundamental de M ´e uma forma diferencial positiva ds2definida em M , onde os coeficientes em um sistema de coordenadas locais x : U ⊂ Rn → M ⊂ Rn+1 ao dados por g

ij = h∂u∂x i,

∂x

∂uji. Aqui u = (u1, . . . , un)

representar´a um sistema de coordenadas locais em U ⊂ Rn e h, i denotar´a o produto interno Euclidiano em Rn+1, enquanto (gij) denotar´a a inversa da matriz (g

ij) e ∂i = ∂u∂ i

ser´a o campo vetorial associado ao sistema de coodenadas locais x.

No que segue, Sn = {x ∈ Rn+1 : kxk = 1} denotar´a a esfera unit´aria em Rn+1 com

a m´etrica canˆonica e curvatura seccional igual a 1. Seja P : Rn+1 → R um polinˆomio

definido em Rn+1 e denotemos por p = P |

Sn sua restri¸c˜ao `a esfera S

n. Nosso objetivo

´e calcular o laplaciano do polinˆomio p. Para isto, vamos relembrar a seguinte nota¸c˜ao de multindices. Consideremos i = (i1, . . . , in+1) um multindice, isto ´e, cada componente

ik∈ Z+, onde Z+ denota o conjunto dos n´umeros inteiros n˜ao negativos. Dado um vetor

x = (x1, . . . , xn+1) ∈ Rn+1 e um multindice i ∈ Zn+1, formamos o monˆomio xi pondo

xi = xi1 1 · · · x

in+1

n+1. Tamb´em denotemos ai = ai1...in+1 e µ = |i| = i1+ · · · + in+1. Com essa

nota¸c˜ao, um polinˆomio de grau m em Rn+1 ´e escrito da forma

P (x) = X

µ≤m

aixi. (28)

Agora podemos enunciar o resultado desta se¸c˜ao.

Teorema 4.1 Seja P : Rn+1 → R um polinˆomio e p sua restri¸c˜ao `a esfera Sn. Suponha

que P (x) =P

µ≤maix

i. Ent˜ao, temos

∆p = −X µ≤m µ(n + µ − 1)aixi+ ∆0P, onde ∆0 = Pn+1 k=1 ∂2 ∂x2 k denota o laplaciano em R n+1.

Como consequˆencia deste teorema, temos o seguinte corol´ario. Corol´ario 4.1 Seja P (x) = P

µ=maix

i um polinˆomio harmˆonico homogˆeneo de grau m

em Rn+1, isto ´e, ∆

0P = 0 e p = P |Sn. Ent˜ao

∆p + m(n + m − 1)p = 0.

Este corol´ario nos diz que polinˆomios harmˆonicos homogˆeneos restritos `a esfera Sn s˜ao autofun¸c˜oes do laplaciano. Estas autofun¸c˜oes s˜ao as ´unicas da esfera.

(36)

Para provar isso, seja C(K, R) o conjunto de todas as fun¸c˜oes cont´ınuas do espa¸co m´etrico compacto K em R. Temos a seguinte defini¸c˜ao.

Defini¸c˜ao 4.1 Um subconjunto H ⊂ C(K, R) chama-se uma sub´algebra de C(K, R)

quando ´e um subespa¸co vetorial e se dados f, g ∈ H tem-se que

f g ∈ H.

Defini¸c˜ao 4.2 Um conjunto H ⊂ C(K, R) separa os pontos de K quando, dados arbi-trariamente x 6= y em K, existe f ∈ H tal que f (x) 6= f (y).

Teorema 4.2 (Stone-Weierstrass) Sejam K um espa¸co m´etrico compacto e H ⊂ C(K, R) uma ´algebra de fun¸c˜oes cont´ınuas que cont´em as constantes e separa pontos. Ent˜ao H = C(K, R).

Para uma demonstra¸c˜ao deste teorema indicamos a referˆencia [11].

Corol´ario 4.2 Seja H o espa¸co dos polinˆomios homogˆeneos harmˆonicos de grau m res-trito `a esfera Sn. Ent˜ao H = C(Sn, R), onde H ´e o fecho de H.

Prova : Seja K = Sn que ´e um espa¸co m´etrico compacto. Considere A ⊂ C(Sn, R) o conjunto formado pelas n+1 proje¸c˜oes pi : Rn+1 → R dadas por pi(x) = xi. Este conjunto

A separa pontos, pois dados quaisquer x, y ∈ Sn com x 6= y, temos para algum i que

pi(x) 6= pi(y). Seja ent˜ao H ⊂ C(Sn, R) a ´algebra dos polinˆomios homogˆeneos harmˆonicos

de grau m restrito `a esfera Sn. Observe que H cont´em as constantes e al´em disso, H

cont´em A. Portanto, H separa pontos de Sn. Pelo Teorema 4.2 de Stone-Weierstrass,

temos que H = C(Sn, R). 

Corol´ario 4.3 Se f ´e uma autofun¸c˜ao do laplaciano, ent˜ao f ∈ H, onde H ´e o espa¸co dos polinˆomios homogˆeneos harmˆonicos de grau m restrito `a esfera Sn.

Prova : Seja f uma autofun¸c˜ao, pelo Corol´ario 4.2 existe uma sequˆencia (qk)k∈N ⊂ H tal

que limk→∞qk = f . Tamb´em f satisfaz a express˜ao

∆f + λf = 0.

Observe que para cada k ∈ N, qk ´e polinˆomio harmˆonico homogˆeneo, pelo Corol´ario 4.1

temos que qk ´e uma autofun¸c˜ao para cada k. Ent˜ao

∆qk+ µkqk = 0,

onde µk = mk(mk+ n − 1).

Note que como a convergˆencia ´e uniforme, temos que 0 6= Z Sn f2dSn = Z Sn f f dSn= Z Sn f lim k→∞qkdS n = lim k→∞ Z Sn f qkdSn.

(37)

Portanto, existe k0 ∈ N tal que

R

Snf qkdS

n6= 0, para todo k ≥ k 0.

Agora, multiplicando a express˜ao do laplaciano de f por qke integrando usando a Segunda

identidade de Green temos −λ Z Sn qkf dSn = Z Sn qk∆f dSn = Z Sn f ∆qkdSn = Z Sn f (−µkqk)dSn = −µk Z Sn f qkdSn.

Obtemos ent˜ao que (λ − µk)

R Snf qkdS n = 0. Mas, R Snf qkdS n 6= 0. Portanto λ = µk,

onde µk = mk(mk+ n − 1), para cada k.

Assim, a autofun¸c˜ao f e o polinˆomio qk para cada k est˜ao associadas ao mesmo autovalor

λ, ou seja, est˜ao no mesmo autoespa¸co Vλ. Portanto temos que f ´e combina¸c˜ao linear dos

polinˆomios homogˆeneos qk, isto ´e, f =

Ps0

j=1ajqsj que tamb´em ´e um polinˆomio homogˆeneo

harmˆonico, onde s0 = dimVλ. Assim, temos que f ∈ H. 

Defini¸c˜ao 4.3 O espectro de Sn denotado por Spec(∆) ´e definido por: Spec(∆) = {λ ∈ R; ∆f + λf = 0} ,

onde f : Sn → R ´e diferenci´avel.

Dessa forma, pelo que foi provado acima temos que o espectro da esfera Sn ´e dado por spec(∆) =λm∈ R; λm = m(m + n − 1); m ∈ Z+ .

Para demonstrarmos o Teorema 4.1, precisaremos de algumas considera¸c˜oes iniciais. Defini¸c˜ao 4.4 Um sistema de coordenadas conforme em uma hipersuperf´ıcie M ⊂ Rn+1 ´e um sistema de coordenadas tal que gij = λ2δij, onde λ ´e uma fun¸c˜ao positiva definida

em M e (δij) ´e a matriz identidade.

Neste sistema de coordenadas podemos simplificar o gradiente de uma fun¸c˜ao f ∈ C∞(M ), o divergente de um campo X e o laplaciano de f . De fato, o gradiente conforme toma a seguinte forma ∇f = n X i,j=1 gij∂jf ∂i,

(38)

substituindo gij, temos ∇f = n X i,j=1 λ−2δij∂jf ∂i = λ−2 n X i=1 (∂if )∂i. (29)

Agora, note que

gij = λ−2δij

e

g = det(gij) = det(λ2δij) = (λ2)n= (λn)2.

Portanto, podemos concluir que o laplaciano conforme pode ser escrito da seguinte ma-neira ∆f = √1 g n X i,j=1 ∂i( √ ggij∂jf ) = 1 √ g n X i,j=1 ∂i( √ gλ−2δij∂jf ) = √1 g n X i=1 ∂i( √ gλ−2∂if ) = 1 λn n X i=1 ∂i( λn−2∂if ).

Derivando na ´ultima express˜ao o termo entre parˆenteses, obtemos

∆f = 1 λn n X i=1 (n − 2)λn−3 iλ∂if + λn−2∂i2f .

Separando os somat´orios e fatorando os termos constantes temos

∆f = (n − 2)λ n−3 λn n X i=1 ∂iλ∂if + λn−2 λn n X i=1 ∂i2f. Cancelando λn, obtemos ∆f = (n − 2)λ−3 n X i=1 ∂iλ∂if + λ−2 n X i=1 ∂i2f = (n − 2)λ−1λ−2 n X i=1 ∂iλ∂if + λ−2 n X i=1 ∂i2f.

Mas, note que sendo h∂i, ∂ki = λ2δik temos

h∇f, ∇λi = * λ−2 n X i=1 (∂if )∂i, λ−2 n X k=1 (∂kλ)∂k + ,

(39)

logo, teremos h∇f, ∇λi = λ−4 n X i,k=1 (∂if )(∂kλ)h∂i, ∂ki = λ−4 n X i,k=1 (∂if )(∂kλ)λ2δik = λ−2 n X i=1 (∂if )(∂iλ). (30)

Portanto, substituindo (30) na ´ultima express˜ao do laplaciano obtemos

∆f = λ−1(n − 2)h∇f, ∇λi + λ−2

n

X

i=1

i2f.

O divergente conforme de um campo X =Pn

i=1ai∂i assume a forma

div(X) = div n X i ai∂i ! =√1 g n X i=1 ∂i( √ gai) = 1 λn n X i=1 ∂i(λnai) = λ−n n X i=1 ∂i(λnai). (31)

Exemplo 4.1 A aplica¸c˜ao x : Rn → Sn− {(0, . . . , 1)} dada por x(u) = 2u 1+|u|2, |u|2−1 1+|u|2  ´e conforme.

De fato, consideremos em Sn o sistema de coordenadas dado pela proje¸c˜ao estereogr´afica

via p´olo norte, ou seja,

x(u) = (x1(u), . . . , xn+1(u)) =

 2u 1 + |u|2, |u|2− 1 1 + |u|2  , (32)

onde u = (u1, . . . , un). Fazendo λ = 1+|u|2 2, temos que 2λ

−1 = 1 + |u|2. Assim, podemos

escrever

x(u) = (λu, 1 − λ). (33)

Seja ei o i-´esimo vetor canˆonico em Rn+1. Desde que

∂iλ = ∂ ∂ui  2 1 + |u|2  = −2 · 2ui (1 + |u|2)2 = −4ui (1 + |u|2)2 = −λ 2 ui,

(40)

temos ∂x ∂ui = n X j=1 ∂i[(λuj)ej] + ∂i(1 − λ)en+1 = n X j=1 [(∂iλuj + λ∂iuj)ej] − ∂iλen+1.

Substituindo na express˜ao acima ∂iλ = −λ2ui, obtemos

∂x ∂ui = n X j=1 [(−λ2uiuj + λ∂i(uj))ej] − (−λ2ui)en+1, logo, ∂x ∂ui = λ2uien+1+ n X j=1 (λδij − λ2uiuj)ej = λ2uien+1+ n X j=1 λ2(λ−1δij − uiuj)ej = λ2uien+1+ λ2 n X j=1 (λ−1δij − uiuj)ej. (34)

Assim, podemos concluir de (34) que

∂jxi = λ2(δijλ−1− uiuj), para i = 1, . . . , n (35) e ∂jxn+1 = λ2uj. (36) Portanto, obtemos gij =  ∂x ∂ui , ∂x ∂uj  = * λ2 n X k=1 (δikλ−1− uiuk)ek, λ2 n X l=1 (δjlλ−1− ujul)el + + λ2uien+1, λ2ujen+1 + * λ2 n X k=1 (δikλ−1− uiuk)ek, λ2ujen+1 + + * λ2uien+1, λ2 n X l=1 (δjlλ−1− ujul)el + .

(41)

Como hej, en+1i = 0 para j = 1, . . . , n, temos que as duas ´ultimas parcelas s˜ao iguais a

zero. Assim, temos

gij = λ4 n X k,l=1 (δikλ−1− uiuk)(δjlλ−1− ujul) hek, eli + λ4uiuj = λ4 n X k=1 (δikλ−1− uiuk)(δjkλ−1− ujuk) + λ4uiuj = λ4 n X k=1 (δikδjkλ−2− δikλ−1ujuk− δjkλ−1uiuk+ uiuju2k) + λ 4u iuj.

Separando essas somas, temos

gij = λ4 n X k=1 (δikδjkλ−2) − λ4 n X k=1 δikλ−1ujuk− λ4 n X k=1 δjkλ−1uiuk + λ4 n X k=1 uiuju2k+ λ 4u iuj.

Somando em k, os trˆes primeiros somat´orios, obtemos

gij = λ4(δijλ−2) − λ4(λ−1ujui) − λ4(λ−1uiuj) + λ4uiuj + λ4 n X k=1 uiuju2k = λ2δij − λ3uiuj− λ3uiuj+ λ4uiuj + λ4uiuj n X k=1 u2k. ComoPn k=1u 2 k =| u |2, temos gij = λ2δij − 2λ3uiuj + λ4uiuj+ λ4uiuj | u |2 = λ2δij − 2λ3uiuj + λ4uiuj(1+ | u |2). Agora, como 1+ | u |2= 2λ−1, temos ent˜ao que

gij = λ2δij − 2λ3uiuj + λ4uiuj(2λ−1)

= λ2δij − 2λ3uiuj + 2λ3uiuj

= λ2δij. (37)

De agora em diante, xi denotar´a sempre uma das fun¸c˜oes coordenadas dada por (32) para

i = 1, . . . , n + 1 e Xj = ∂u∂xj com j = 1, . . . , n.

(42)

Lema 4.1 Seja x(u) = (x1(u), . . . , xn+1(u)) =  2u 1+|u|2, |u|2−1 1+|u|2  em Sn e consideremos Xj = ∂u∂xj com j = 1, . . . , n. Temos as seguintes rela¸c˜oes:

(a) ∇xi = λ−2 Pn j=1(λδij − xixj) Xj, para i = 1, . . . , n; (b) ∇xn+1 = λ−1 Pn j=1xjXj;

(c) h∇xi, ∇xji = δij − xixj, para cada i, j. Em particular, temos

Pn+1

i=1 |∇xi|

2 = n;

(d) ∆xi+ nxi = 0, para i = 1, . . . , n + 1. Ent˜ao λ1 = n.

Prova : (a) Substituindo (35) em (29), obtemos para i = 1, . . . , n

∇xi = λ−2 n X j=1 (∂jxi)∂j = λ−2 n X j=1 (∂jxi)Xj = λ−2 n X j=1 [λ2(δijλ−1− uiuj)]Xj = λ−2 n X j=1 (δijλ − λuiλuj)Xj = λ−2 n X j=1 (δijλ − xixj)Xj, (38)

pois λuk = xk para k = 1, . . . , n.

(b) Para xn+1, uma vez que ∂jxn+1 = λ2uj, teremos

∇xn+1 = λ−2 n X j=1 (∂jxn+1)Xj = λ−2 n X j=1 (λ2uj)Xj = λ−2λ n X j=1 (λuj)Xj = λ−1 n X j=1 xjXj. (39)

(c) Para i, j = 1, . . . , n, segue do item (a) que

h∇xi, ∇xji = * λ−2 n X l=1 (λδil− xixl)Xl, λ−2 n X k=1 (λδjk − xjxk)Xk + .

Colocando os somat´orios fora do produto interno, temos

h∇xi, ∇xji = λ−4 n

X

k,l=1

(43)

= λ−4 n X k,l=1 h(λδil− xixl)Xl, (δjk)Xki − λ−4 n X k,l=1 h(λδil− xixl)Xl, (xjxk)Xki .

Desenvolvendo esses produtos, temos

h∇xi, ∇xji = λ−4 n X k,l=1 h(λδil)Xl, (λδjk)Xki − λ−4 n X k,l=1 h(xixl)Xl, (λδjk)Xki − λ−4 n X k,l=1 h(λδil)Xl, (xjxk)Xki + λ−4 n X k,l=1 h(xixl)Xl, (xjxk)Xki .

Deixando apenas os campos nos produtos internos, obtemos

h∇xi, ∇xji = λ−2 n X k,l=1 δilδjkhXl, Xki − λ−3 n X k,l=1 xixlδjkhXl, Xki − λ−3 n X k,l=1 δilxjxkhXl, Xki + λ−4 n X k,l=1 xixlxjxkhXl, Xki .

Agora, como hXl, Xki = λ2δlk, obtemos

h∇xi, ∇xji = λ−2 n X k,l=1 δilδjkλ2δlk− λ−3 n X k,l=1 xixlδjkλ2δlk − λ−3 n X k,l=1 δilxjxkλ2δlk+ λ−4 n X k,l=1 xixlxjxkλ2δlk. Somando em l, temos h∇xi, ∇xji = n X k=1 δikδjk− λ−1 n X k=1 xixkδjk − λ−1 n X k=1 δikxjxk+ λ−2 n X k=1 xixkxjxk. Somando em k, obtemos h∇xi, ∇xji = δij − λ−1xixj− λ−1xjxi+ λ−2xixj n X k=1 x2k = δij − 2λ−1xixj+ xixj n X k=1 λ−2x2k

(44)

= δij − 2λ−1− n X k=1 λ−2x2k ! xixj.

Notemos que como |u|2 =Pn

k=1x 2 kent˜ao 1+|u|2 = 1+ Pn k=1x 2

k. Portanto, sendo xi = λui,

obtemos 2λ−1 = 1 + |u|2 = 1 + n X k=1 u2k= 1 + n X k=1 λ−2x2k. Disso, conclu´ımos que

2λ−1−

n

X

k=1

λ−2x2k = 1. (40)

Portanto, substituindo (40) na express˜ao acima obtemos h∇xi, ∇xji = δij − xixj. Para xn+1, temos |∇xn+1|2 = h∇xn+1, ∇xn+1i = * λ−1 n X i=1 xiXi, λ−1 n X j=1 xjXj + = λ−2 n X i,j=1 xixjhXi, Xji = λ−2 n X i,j=1 xixjλ2δij = n X i,j=1 xixjδij = n X i=1 x2i. (41) Assim, obtemos n+1 X i=1 |∇xi|2 = n X i=1 |∇xi|2 ! + |∇xn+1|2 = n X i=1 h∇xi, ∇xii ! + n X i=1 x2i = n X i=1 (δij − x2i) + n X i=1 x2i = n X i=1 δij = n. Para j = n + 1 e i = 1, . . . , n, temos h∇xi, ∇xn+1i = * λ−2 n X j=1 (λδij− xixj)Xj, λ−1 n X k=1 xkXk + = λ−3 n X j,k=1 (λδij − xixj)xkhXj, Xki .

(45)

Como hXj, Xki = λ2δjk, logo h∇xi, ∇xn+1i = λ−3 n X j,k=1 (λδij − xixj)xkλ2δjk = λ−1 n X j,k=1 (λδijxk)δjk− λ−1 n X j,k=1 (xixjxk)δjk. Somando em k, obtemos h∇xi, ∇xn+1i = n X j=1 δijxj− λ−1 n X j=1 xix2j.

Somando a primeira parcela em j e sendo xj = λuj, temos

h∇xi, ∇xn+1i = xi− λ−1xi n X j=1 λ2u2j = xi 1 − λ n X j=1 u2j ! = xi 1 − λ|u|2  = xi  1 − 2|u| 2 1 + |u|2  = xi  1 + |u|2− 2|u|2 1 + |u|2  = xi  1 − |u|2 1 + |u|2  = −xi  |u|2− 1 1 + |u|2  = −xixn+1.

(d) Consideremos primeiramente o caso i = 1, . . . , n. Lembrando que div(X) = λ−nPn

i=1∂i(λnai) e ∂jλ = −λ2uj, temos pelo item (a) que

∆xi = div(∇xi) = div λ−2 n X j=1 (λδij − xixj) Xj ! = λ−n n X j=1 ∂jλn(λ−2λδij − λ−1xiλ−1xj)  = λ−n n X j=1 ∂jλn(λ−1δij − uiuj)  = λ−n n X j=1 ∂j λn−1δij − λnuiuj .

Derivando o termo do parˆentese na ´ultima express˜ao, temos

∆xi = λ−n n

X

j=1

(46)

= λ−n n X j=1 [(n − 1)λn−2(∂jλ)δij − nλn−1(∂jλ)uiuj] − λ−n n X j=1 [λn∂j(ui)uj + λnui∂j(uj)].

Substituindo ∂jλ = −λ2uj, ∂j(ui) = δij e ∂j(uj) = 1 nesta express˜ao temos

∆xi = λ−n n X j=1 [(n − 1)λn−2δij(−λ2uj) − nλn−1(−λ2uj)uiuj] − λ−n n X j=1 [λnδijuj − λnui] = λ−n n X j=1 [−(n − 1)λnδijuj + nλn+1uiu2j − λ nδ ijuj − λnui]. Cancelando λ−n, temos ∆xi = n X j=1 [−(n − 1)δijuj + nλuiu2j − δijuj− ui] = n X j=1 [−nδijuj+ δijuj+ nλuiu2j − δijuj − ui] = −n n X j=1 δijuj+ nλui n X j=1 u2j − n X j=1 ui.

Agora, somando em j ficamos com

∆xi = −nui− nui+ nλui|u|2 = −2nui+ nλui|u|2

= nui −2 + λ|u|2 = nλui −2λ−1+ |u|2 = −nλui = −nxi.

Para i = n + 1, obtemos ∆xn+1= div (∇xn+1) = div λ−1 n X j=1 xjXj ! = div n X j=1 λ−1xjXj ! = λ−n n X j=1 ∂jλn(λ−1xj) = λ−n n X j=1 ∂j(λnuj) = λ−n n X j=1 nλn−1(∂ jλ)uj + λn∂j(uj)  = λ−n n X j=1 nλn−1(∂ jλ)uj + λn .

(47)

Cancelando λ−n e substituindo ∂jλ = −λ2ui nessa express˜ao, obtemos ∆xn+1 = n X j=1 nλ−1 (−λ2uj)uj + 1  = −nλX j=1 u2j +X j=1 1 = −nλ|u|2+ n = n(1 − λ|u|2).

Agora, como 1 − λ|u|2 = 1 − 2|u|2

1+λ|u|2 = 1+|u|2−2|u|2 1+|u|2 = 1−|u|2 1+|u|2, temos ∆xn+1 = n  1 − |u|2 1 + |u|2  = −n |u| 2− 1 1 + |u|2  = −nxn+1.

O que conclui a demonstra¸c˜ao do lema. 

4.2 Prova do teorema 4.1

Veja que, fazendo f = xi no item (b) do Corol´ario 2.1, temos

∆xmi = mxm−1i ∆xi+ m(m − 1)xm−2i h∇xi, ∇xii.

Mas, h∇xi, ∇xii = δii− xixi = 1 − x2i e como ∆xi = −nxi, obtemos

∆xmi = mxm−1i (−nxi) + m(m − 1)xm−2i (1 − x 2 i) = −mnxmi + m(m − 1)xm−2i − m(m − 1)xm i = −[mn + m(m − 1)]xmi + m(m − 1)xm−2i = −m(n + m − 1)xmi + m(m − 1)xm−2i . (42) Agora, calculemos ∆xi = ∆(xi1 1 · · · x in+1 n+1) para obter-mos ∆xi = ∆(xi1 1 · · · x in+1 n+1) = n+1 X k=1 xi1 1 · · · ∆x ik k · · · x in+1 n+1 + 2 X 1≤k<l≤n+1 h∇xik k, ∇x il l ix i1 1 · · · cx ik k · · · cx il l · · · x in+1 n+1. (43)

Mas, usando (42) e o Corol´ario 2.1 temos os seguintes fatos ∆xik k = −ik(n + ik− 1)xikk + ik(ik− 1)xik −2 k e h∇xik k, ∇x il li = hikxik −1 k ∇xk, ilxil −1 l ∇xli = ikilxik −1 k x il−1 l (δkl− xkxl).

(48)

Substituindo estes fatos em (43), temos ∆xi = n+1 X k=1 xi1 1 · · ·−ik(n + ik− 1)xkik+ ik(ik− 1)xik −2 k  · · · x in+1 n+1 + 2 X 1≤k<l≤n+1 ikilxik −1 k x il−1 l (δkl− xkxl)xi11· · · cx ik k · · · cx il l · · · x in+1 n+1 = − n+1 X k=1 ik(n + ik− 1)xikkx i1 1 · · · x in+1 n+1 + n+1 X k=1 ik(ik− 1)xik −2 k x i1 1 · · · x in+1 n+1 + 2 X 1≤k<l≤n+1 ikilxikk−1xlil−1δklxi11· · · cx ik k . . . cx il l · · · x in+1 n+1 − 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikilxikk−1xlil−1xkxl)xi11· · · cx ik k · · · cx il l · · · x in+1 n+1.

Como k < l o terceiro somat´orio ´e igual a zero. Ent˜ao, cancelando xk e xl ficamos com

∆xi = − n+1 X k=1 ik(n + ik− 1)xi11· · · x in+1 n+1 + n+1 X k=1 ik(ik− 1)xi11· · · x ik−2 k · · · x in+1 n+1 − 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikilxikkxlil)xi11· · · cx ik k · · · cx il l · · · x in+1 n+1 = − n+1 X k=1 ik(n + ik− 1)xi11· · · x in+1 n+1 + n+1 X k=1 ik(ik− 1)xi11· · · x ik−2 k · · · x in+1 n+1 − 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil)xi11· · · x in+1 n+1.

Por outro lado, temos

∆◦xi = n+1 X k=1 ∂2 ∂x2 k  xi1 1 · · · x in+1 n+1  = n+1 X k=1 ik(ik− 1)xi11· · · x ik−2 k · · · x in+1 n+1.

Das rela¸c˜oes acima e sabendo que µ = i1+ · · · + in+1 e xi = xi11· · · x in+1 n+1, obtemos ∆xi = − "n+1 X k=1 ik(n + ik− 1)xi11· · · x in+1 n+1 + 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil)xi11· · · x in+1 n+1 # + ∆◦(xi)

(49)

= − "n+1 X k=1 ikn + n+1 X k=1 i2k− n+1 X k=1 ik # xi1 1 · · · x in+1 n+1 − 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil)xi11· · · x in+1 n+1 + ∆◦(xi).

Somando a primeira e terceira parcelas do colchete, temos

∆xi = − " µn − µ + n+1 X k=1 i2k # xi1 1 · · · x in+1 n+1 − 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil)xi11· · · x in+1 n+1 + ∆◦(xi) = −(µn − µ)xi1 1 · · · x in+1 n+1 − "n+1 X k=1 i2k+ 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil) # xi1 1 · · · x in+1 n+1 + ∆◦(xi) = −(µn − µ)xi− µ2xi + ∆ ◦(xi) = −µ(n + µ − 1)xi+ ∆◦(xi), onde µ2 = (i1+ · · · + in+1)2 = [i1+ (i2+ · · · + in+1)]2 = i21+ 2i1(i2+ · · · + in+1) + (i2+ · · · + in+1)2 = i22+ · · · + i2n+1+ 2i1(i2+ · · · + in+1) + 2i2(i3+ · · · + in+1) + · · · + 2in(in+1) = n+1 X k=1 i2k+ 2[i1(i2+ · · · + in+1) + i2(i3+ · · · + in+1) + · · · + in(in+1)] = n+1 X k=1 i2k+ 2 X 1≤k<l≤n+1 (ikil). Assim, se P (x) = P µ≤maix

i ´e um polinˆomio em Rn+1 e p ´e sua restri¸c˜ao `a esfera Sn

ent˜ao,

∆p = −X

µ≤m

µ(n + µ − 1)aixi+ ∆◦P,

e isto completa a prova do Teorema 4.1.

4.3 O Teorema de Takahashi

O principal resultado deste trabalho foi obtido por Takahashi em [12]. Primeiramente, veremos o que vem a ser um referencial adaptado.

(50)

ortonor-mal {e1, . . . , en+k} em um aberto U ⊂ M ´e dito adaptado `a imers˜ao se as restri¸c˜oes de

e1, . . . , en a U = UT M formarem um referencial em U.

A existˆencia de referenciais adaptados a uma imers˜ao ϕ como acima ´e decorrˆencia imediata da aplica¸c˜ao do algor´ıtmo de ortogonaliza¸c˜ao de Gramm-Schmidt aos campos coordenados de uma parametriza¸c˜ao adaptada `a imers˜ao. Para maiores detalhes, veja [10].

Defini¸c˜ao 4.6 Uma imers˜ao isom´etrica ϕ : Mn → Mn+k ´e m´ınima se −→H (p) = 0, onde

− →

H ´e o vetor curvatura m´edia de M em p ∈ M dado por − → H (p) = 1 n n X i=1 αp(ei, ei),

onde {ei}ni=1 ´e uma base ortonormal de TpM.

Agora enunciaremos o principal teorema deste trabalho. Para isto, consideremos a esfera unit´aria denotada por Sn+k como o conjunto dado por

Sn+k = {x = (x1, . . . , xn+k+1) ∈ Rn+k+1; x21+ · · · + x 2

n+k+1 = 1}.

Teorema 4.3 (Takahashi). Se ϕ : Mn → Sn+k ´e uma imers˜ao isom´etrica, ent˜ao

∆Mϕ + nϕ = n − → H , onde ∆Mϕ = (∆Mϕ1, . . . , ∆Mϕn+k+1) se ϕ = (ϕ1, . . . , ϕn+k+1) e − → H ´e o vetor curvatura m´edia de Mn. Em particular, ϕ ´e uma imers˜ao m´ınima se, e somente se,

∆Mϕ + nϕ = 0.

Prova : Seja p ∈ M e {e1, . . . , en} um referencial m´ovel em uma vizinhan¸ca U ⊂ M

de p, geod´esico em p. Assim, podemos completar {e1, . . . , en} a um referencial adaptado

{e1, . . . , en, η1, . . . , ηk} para ϕ(U ), de modo que

{e1, . . . , en, η1, . . . , ηk, ϕ} ´e uma base ortonormal de TqRn+k+1 para todo q ∈ U. Se α

denota a segunda forma fundamental da imers˜ao ϕ, ∇ a conex˜ao Riemanniana de M , ∇ a conex˜ao Riemanniana de Sn+k e∇ a conex˜ao Riemanniana de Rn+k+1, ent˜ao temos em

p ∆Mϕ = n X i=1 eiei(ϕ1), . . . , n X i=1 eiei(ϕn+k+1) ! = n X i=1 ∇ei∇eiϕ = n X i=1 ∇eiei. (44)

(51)

Escrevendo o vetor ∇eiei acima como combina¸c˜ao linear da base de R n+k+1, acima cons-tru´ıda temos ∇eiei = n X j=1 D ∇eiei, ej E ej + k X l=1 D ∇eiei, ηl E ηl + D∇eiei, ϕ E ϕ. (45) Como∇eiei N

´e um m´ultiplo do vetor normal a Sn+k e ∇eiei

> ´e a proje¸c˜ao tangente sobre Sn+k, ent˜ao ∇eiei =  ∇eiei > +∇eiei N = ∇eiei+ kϕ, onde k =   ∇eiei N , ϕ  =   ∇eiei > +∇eiei N , ϕ  = D∇eiei, ϕ E .

Assim, como hei, ϕi = 0 temos que

D ∇eiei, ϕ E = − D ei, ∇eiϕ E . Portanto, ∇eiei = ∇eiei+ D ∇eiei, ϕ E ϕ = ∇eiei− D ei, ∇eiϕ E ϕ = ∇eiei− hei, eiiϕ.

Mas,∇eiei = α(ei, ei) + ∇eiei, da´ı

∇eiei = α(ei, ei) + ∇eiei− hei, eiiϕ.

Agora, como α(ei, ei) ´e tangente a Sn+k e normal a ej, ent˜ao sabendo que ∇eiei(p) = 0

temos substituindo (45) em (44) que

∆Mϕ = n X i=1 * k X l=1 α(ei, ei), ηl + ηl ! − n X i=1 D ei, ∇eiϕ E ϕ = n X i=1 α(ei, ei) − n X i=1 hei, eiiϕ = n − → H − nϕ,

concluindo assim o resultado desejado. 

(52)

exemplo bem conhecido na literatura, a Superf´ıcie de Veronese.

Exemplo 4.2 (Superf´ıcie de Veronese) Seja ϕ = (ϕ1, . . . , ϕ5) : R3 → R5 definida por

ϕ(x, y, z) =√1 3  xy, xz, yz,x 2 − y2 2 , x2+ y2− 2z2 2√3  .

Ent˜ao ϕ ´e uma imers˜ao m´ınima de S2

3 em S

4.

De fato, observe que

| ϕ(x, y, z) |2 = ϕ2 1+ · · · + ϕ 2 5 = x 2y2 3 + x2z2 3 + y2z2 3 + (x2− y2)2 12 + (x2+ y2− 2z2)2 36 = 1 3  8x2y2+ 8x2z2+ 8y2z2+ 4x4+ 4y4 + 4z4 12  = 1 3  2x2y2+ 2x2z2+ 2y2z2+ x4+ y4+ z4 3  = 1 9 x 2 + y2+ z22, donde conclu´ımos que ϕ(S2(3)) ⊂ S4.

Agora, desde que x2+ y2+ z2 = 3, temos

xdx + ydy + zdz = 0. (46) E veja que ϕ∗(dx21+ · · · + dx25) =  d xy√ 3 2 +  d xz√ 3 2 +  d yz√ 3 2 +  d x 2− y2 2√3 2 +  d x 2+ y2− 2z2 6 2 .

Derivando e desenvolvendo esses termos, obtemos

ϕ∗(dx21+ · · · + dx25) = y 2dx2+ 2xydxdy + x2dy2 3 + z 2dx2+ 2xzdxdz + x2dz2 3 + y 2dz2+ 2yzdydz + z2dy2 3 + x 2dx2− 2xydxdy + y2dy2 3 +  2xdx + 2ydy − 4zdz 6 2 .

(53)

Substituindo 2xdx + 2ydy = −2zdz no ´ultimo termo, temos ϕ∗(dx21+ · · · + dx25) = y 2dx2+ 2xydxdy + x2dy2 3 + z 2dx2+ 2xzdxdz + x2dz2 3 + y 2dz2+ 2yzdydz + z2dy2 3 + x 2dx2− 2xydxdy + y2dy2 3 + 3z 2dz2 3 ϕ∗(dx21+ · · · + dx25) = (x 2+ y2+ z2)dx2+ (x2+ y2+ z2)dy2 3 + (x 2+ y2+ z2)dz2 3 + 2xzdxdz + 2yzdydz + 2zdzzdz 3 .

Colocando x2+ y2+ z2 = 3 e 2zdz em evidˆencia e usando (46) , obtemos

ϕ∗(dx21+ ... + dx25) = (x 2+ y2+ z2)(dx2+ dy2+ dz2) 3 + 2zdz(xdx + ydy + zdz) 3 = dx 2+ dy2+ dz2.

Por outro lado, S2(3) pode ser parametrizada por ψ : R2 → S2(3) dada por ψ(u) =

3 x(u), onde x : R2 → S2(1) ´e dada por x(u) = 2u 1+|u|,

|u|2−1 1+|u|2



. Assim, os coeficientes da m´etrica induzida por ψ e x satisfazem

ij =  ∂ψ ∂ui , ∂ψ ∂uj  = * ∂(√3x) ∂ui ,∂( √ 3x) ∂uj + = 3 ∂x ∂ui , ∂x ∂uj  = 3gijx, ou seja, det(g)ψ = 32det(g)x e gψij = 1 3g ij x.

Denotando o laplaciano de S2 por ∆, temos

ds2 ψ = 1 p gψ n X i,j ∂i  gijψpgψ j  = 1 p32gx n X i,j ∂i  1 3g ij x p 32gx j  = 1 3√gx n X i,j ∂i gxij √ gx j  = 1 3∆ds2x = 1 3∆, (47)

(54)

onde ∆ds2

ψ e ∆ds2x s˜ao os laplacianos na m´etrica induzida por ψ e x, respectivamente.

Agora, como as coordenadas de ϕ s˜ao polinˆomios harmˆonicos homogˆeneos de grau 2, pelo Corol´ario 4.1 temos que

∆ϕ + 6ϕ = 0, equivalentemente, 1 3∆ϕ + 2ϕ = 0, ou seja, ∆ds2 ψϕ + 2ϕ = 0. Como dϕ2 1+ · · · + dϕ25 = dx2+ dy2+ dz2, temos que ∆ds2 ψ = ∆ds2ϕ. Logo, ∆ds2 ϕϕ + 2ϕ = 0.

Segue ent˜ao do teorema de Takahashi que ϕ ´e uma imers˜ao m´ınima de S2(3) em S4.

Exemplo 4.3 (Toro de Clifford Generalizado) Sejam Sn1(r

1), . . . , Snk(rk) esferas de raios

r1, . . . , rk, tal que r12 + · · · + r2k = 1. Agora, sejam ϕ1, . . . , ϕk, as parametriza¸c˜oes de

Sn1(r1), . . . , Snk(rk), respectivamente, dadas pelas proje¸c˜oes estereogr´aficas abaixo,

ϕj = rj  2uj 1+ | uj |2 ,| uj | 2 −1 1+ | uj |2  , (48)

j = 1, . . . , k onde uj = (uj1, . . . , ujnj) ´e um sistema de coordenadas retangulares de R nj.

Considere Mn = Sn1(r

1) × · · · × Snk(rk), ϕ = (ϕ1, . . . , ϕk) : Mn → Sn+k, onde n =

n1+ · · · + nk. Ent˜ao, ϕ ´e m´ınima se e s´o se

n = ni r2 i

, para cada i = 1, . . . , k. (49)

De fato, considere as parametriza¸c˜oes ϕi = riψi, onde ψi : Rni → Sni ´e dada por ψi(u) =

 2ui 1+|ui|2, |ui|2−1 1+|ui|2 

. Denotando por ∆i, o laplaciano de Sni induzido por ϕ

i e notando que ds2ϕi = ri2ds2Sni, (50) obtemos ent˜ao ∆ds2 ϕi = 1 r2 i ∆Sni.

Mas, pelo Lema 4.1 temos

Sniψi+ niψi = 0, consequentemente, 1 r2 i ∆Sni(riψi) + ni r2 i (riψi) = 0,

Referências

Documentos relacionados

Este departamento tem como missão procurar assegurar a gestão corrente e previsional dos recursos humanos, promovendo a formação, o desenvolvimento, a prevenção da saúde

For three women the reasons were related to their personal situa- tion: losing the tablet, forgetting to take the tablet because of an intense labor, and avoiding collecting the

O Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, aliado à revista Granta (2012) intitulada The best of young Brazilian novelists, surge como resposta

A EBT, em sua terceira edição (divulgada em 2017), demostrou que apenas 38% dos municípios regulamentaram os dispositivos da LAI, comprometendo a geração da transparência passiva e

Para se melhor compreender o fenómeno da pulverização catódica á escala atómica pode-se elaborar uma estreita analogia entre esta situação e a que decorre durante as colisões

Apoio: Prefeitura Municipal de Lorena, Lions Clube de Lorena, CORREIOS, Federação Brasileira de Filatelia (FEBRAF), Federação das Entidades Filatélicas do Estado

O propósito dos ensaios é obter dados para o dimensionamento de lajes mistas ao cisalhamento longitudinal, pelo método m-k e/ou pelo método da interação