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Novas tecnologias para o produtor

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Academic year: 2021

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CORREIOS

Especial

9912200533 AGOPA

Ano VII/ n°135 Goiás-julho de 2011

Fundação Goiás realiza visita técnica nas áreas experimentais e Embrapa

Algodão apresenta pesquisas realizadas com apoio financeiro do Fialgo

Novas tecnologias para o produtor

Valores pressionados

Oferta de algodão no mercado

pressiona preços para baixo

Plano Agrícola e Pecuário

Governo destina R$ 107,2 bi

para o setor agropecuário

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www.promoalgo.com.br Goiânia, julho de 2011

Jor na lis tas res pon sá veis Mi guel Bu e no

(DF – 02606 JP) Ales san dra Go i az (GO - 01772 JP)

Co or de na dor do Pro mo al go Dul ci mar Pes sat to Fi lho (Di re tor exe cu ti vo da Ago pa) Re vi são

Paulo Henrique de Castro

Pro je to Grá fi co e Di a gra ma ção OOT - Design e comunicação Ti ra gem 800 uni da des Im pres são Grá fi ca e Edi to ra Ta len to Fone: +55 (62) 3241 0404 Fax: +55 (62) 3241 2281

promoalgo@pro moal go.com.br

Editorial

Ex pe di en te

Pre si den te: Mar ce lo Swart Vi ce-pre si den te: José Fava Neto Vi ce-pre si den te: Lu iz Re na to Zap pa ro li Di re tor-exe cu ti vo: Dul ci mar Pes sat to Fi lho

Co or de na dor do Con se lho Ges tor: Mar ce lo Swart Di re tor-exe cu ti vo: Pau lo Cé sar Pei xo to

Pre si den te: Ro nal do Lim ber te Vi ce-pre si den te: Ro land van de Groes Diretor-executivo: Mauricio Bernardo Scholtem

Hora de planejar

Opinião - Leonardo Machado é assessor técnico para área de cereais, fibras e oleaginosas da Faeg

Com o fim da safra 2010/2011, uma nova safra começa a ser planejada. Neste mo-mento, o processo de tomada de decisão passa pelo levantamento de informações para analisar os possíveis desdobramentos das ações no que se refere à cultura que será semeada e, principalmente, qual será o investimento empregado.

No que diz respeito às relações de oferta e demanda para a safra 2011/2012, são obser-vadas complicações por parte da oferta e do aquecimento da demanda. Nos Estados Uni-dos, o atraso no plantio de milho e soja, de-vido ao alto volume de chuva, principalmente na porção leste do cinturão produtor dessas culturas (corn belt), tem causado redução na área plantada e queda no potencial produtivo das lavouras desses grãos. No oeste do Texas, região produtora de algodão, o problema cli-mático é outro. A seca deve aumentar a por-centagem de abandono de área, o que reduzirá a produção americana da pluma.

A seca também atinge a China e parte da Europa, principalmente nas regiões produto-ras. O Departamento de Agricultura dos Es-tados Unidos (USDA) estima que o estoque mundial final de trigo na safra 2011/2012 será de 184 milhões de toneladas, 2% menor do que na safra passada e 7% menor do que na safra 2009/2010.

Todas estas preocupações na oferta ge-ram grandes incertezas na parte da demanda, já que esta cresce constantemente. Ainda de acordo com o USDA, os estoques mundiais de milho se encontram nos níveis mais baixos da história. Tais estoques, que já chegaram a ser de 147 milhões de toneladas no fim da safra 2008/2009, devem chegar ao fim de 2011/2012 em torno de 111 milhões de tonela-das, o que representa uma redução de aproxi-madamente 25%.

O aumento no uso do milho para o etanol nos Estados Unidos e a mudança no perfil da

China, que deixou de ser exportadora e passou a ser importadora, são as principais forças mo-trizes deste aumento na demanda pelo cereal. No caso da soja, as compras chinesas se des-tacam. O USDA aponta que na safra 2011/2012 as compras do país asiático deverão ser de 61 milhões de toneladas, um ganho de 11% em relação à safra passada.

Embora exista um ambiente de oferta e demanda altamente favorável, não podemos deixar de considerar fatores políticos e econô-micos na formação do preço agrícola. A atua-ção de fundos de investimento no mercado de commodities tem proporcionado forte valori-zação dos preços, deixando-os muito voláteis, processo conhecido como financeirização dos produtos agrícolas.

Dentro desta dinâmica, o valor do dólar frente às outras moedas é um fator determi-nante. Com isso, a desvalorização da moeda americana é altamente favorável ao mercado de commodities, e é isso o que vem ocorren-do. Desde janeiro de 2007, o dólar já perdeu 17% em comparação com outras moedas.

A desvalorização da moeda america-na deve continuar a ocorrer se não houver eventos políticos que mudem a dinâmica da economia mundial. Dessa forma, é de grande importância acompanhar a recuperação eco-nômica dos Estados Unidos, que, apesar de lenta, mostra solidez.

O mesmo não pode ser dito da Europa. Países como Grécia, Portugal e Espanha ainda se encontram com dificuldades e podem de-sestabilizar a economia mundial. Este cenário ficou mais complicado e incerto devido à crise política e aos confrontos violentos no Oriente Médio. Portanto, é importante estar atento às volatilidades do mercado e saber que os am-bientes econômico e político são sempre ins-táveis e podem mudar rapidamente. O impor-tante é acompanhar as informações e sempre buscar ferramentas de proteção de risco. A Fundação Goiás e a Embrapa

Al-godão realizaram no mês de junho uma série de visitas técnicas para a apresentação de seus trabalhos e, principalmente, dos resultados obtidos com as pesquisas. Durante uma semana, produtores, técnicos, consultores e estudantes conhece-ram novas variedades em estudo e sistemas de manejo para o controle de pragas e doenças. Neste mês tam-bém, os produtores conheceram o Plano Agrícola e Pecuário. A estima-tiva para este ano é que sejam des-tinados R$ 107 bilhões em recursos, 7,2% a mais do que o efetivado no ano passado. Estas e outras notícias são encontradas na edição de junho do Promoalgo.

Boa leitura! Alessandra Goiaz

Visitas

técnicas

Rua da Pátria n°230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO CEP: 74670-300

A Casa do Cotonicultor de Goiás

CORREIOS

Impresso Especial

9912200533 AGOPA

Ano VII/ n°135 Goiás-julho de 2011

Fundação Goiás realiza visita técnica nas áreas experimentais e Embrapa Algodão apresenta pesquisas realizadas com apoio financeiro do Fialgo

Novas tecnologias para o produtor

Valores pressionados

Oferta de algodão no mercado pressiona preços para baixo

Plano Agrícola e Pecuário

Governo destina R$ 107,2 bi para o setor agropecuário

Capa: OOT - Design e Comunicação Foto: MC Photofilmes Fernando Carri lho /MC Phot ofi lmes

A

pesar dos altos preços regis-trados nos últimos meses, com o início da colheita da safra de algodão, a oferta está pres-sionando os preços para baixo, o que é potencializado com a redução na demanda por parte das indústrias têxteis. No mês de junho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o indi-cador acumulou baixa de 9,07% no Brasil. A colheita da nova safra no Centro-Oeste tem avançado e, aos poucos, novos lotes da temporada 2010/2011 começam a entrar de for-ma efetiva no mercado.

Segundo o assessor técnico para a área de cereais, fibras e oleagino-sas da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Machado, diante deste quadro, o recuo dos valores no mercado in-terno foi maior do que o verificado no mercado internacional. “Sendo assim, o cenário é de queda, que deve permanecer até o fim da co-lheita brasileira”, diz. Porém, con-forme o assessor técnico, não é esperado que os patamares voltem a ser como antes do pico. “Mesmo com a queda, os preços pagos ao produtor ainda estão superiores às médias das safras passadas”, acres-centa. Atualmente, os preços pagos pela pluma de Goiás giram em torno de R$ 60 a R$ 65 por arroba.

Leonardo Machado diz também

que os produtores devem se precaver com o custo de produção da próxima safra, uma vez que o mercado de in-sumos tem demonstrado aumento de preços dos fertilizantes. Ele comenta também que é muito complicada a proteção contra o risco dos preços na negociação do algodão, já que não há mercado futuro no País para a cul-tura. “Porém, a proteção pode ocor-rer quando o produtor tem em mãos o seu custo de produção e avalia a melhor rentabilidade de seu negócio. Sendo assim, ele tem subsídio para tomar a melhor decisão”, explica.

Produção nacional

A falta de algodão no mercado mundial em 2010 resultou em um aumento na produção goiana da plu-ma como há muitos anos não se via. Terceiro maior produtor do Brasil, Goiás, segundo a Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab), foi o Estado que apresentou o maior acréscimo no cultivo na atual safra. A área plantada saltou de 56,7 mil hectares para 106,16 mil hectares, um crescimento de 87%. A produ-ção esperada é de 423,52 mil tone-ladas de algodão em caroço, com uma produtividade média de 265,96 arrobas por hectare.

No Brasil, a realidade é a mesma. Segundo a Conab, no levantamento realizado em junho, o país plantou 1,391 milhão de hectares,

quantida-de superior em 66,4% à área culti-vada na safra 2009/2010. O maior incremento de área foi constatado na região Centro-Oeste, que partici-pa com 64% no total da área planta-da. A estimativa para a produtividade nacional também é positiva, segundo o órgão. Espera-se que o índice de produtividade média do algodão em caroço deverá alcançar 3.774 quilos por hectare, contra 3.634 quilos por hectare obtidos na safra passada, o que representa um incremento mé-dio de 3,9%. Além do fator clima, contribui para o aumento de produ-tividade o pacote tecnológico apli-cado pelos agricultores das diversas regiões do País.

Quanto à produção brasileira de pluma, o acréscimo deverá ser na or-dem de 71,8%. Na safra 2009/2010, a produção totalizou 1,194 milhão de toneladas. Para esta safra, a produção nacional deverá alcançar 2,051 mi-lhões de toneladas. Em valores abso-lutos, serão ofertadas para o mercado mais 857,6 mil toneladas de pluma.

Safra 2010/2011

Preços do algodão

sofrem queda

INíCIO DAS COLHEITAS E OFERTA DA PLUMA MUDAM O

CENáRIO DE ALTA DOS VALORES NO MERCADO

Colheitas se iniciam em Goiás. Mesmo com preços em queda, o cenário é melhor do que nos anos anteriores

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ntre os dias 13 e 21 de junho, a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás recebeu visitas técnicas de produtores e profis-sionais do setor, que tiveram contato com as instalações de pesquisa, os campos experimentais e a vitrine tec-nológica da entidade em Santa Helena de Goiás. O objetivo foi apresentar os resultados de trabalhos desenvolvidos nas últimas safras pela Embrapa Algo-dão, com o apoio financeiro do Fun-do de Incentivo à Cultura Fun-do Algodão em Goiás (Fialgo), além de promover maior integração entre os setores pro-dutivos e de pesquisa e a sociedade.

Os trabalhos se iniciaram no dia 13, com a visita dos consultores de algodão. No dia 14, foram recebidos os membros do Conselho Gestor do Fialgo e produtores. Já no dia 15 houve o comparecimento dos representantes das empresas parceiras da Fundação Goiás. Nos dias 16 e 17, a entidade abriu suas portas às instituições de en-sino superior e, nos dias 20 e 21, as crianças do ensino fundamental das

escolas locais conheceram um pouco mais sobre a produção de algodão e as demais culturas desenvolvidas nas áreas experimentais.

Durante a visita, os pesquisadores da Embrapa Algodão e a equipe téc-nica da Fundação Goiás apresentaram aos visitantes os projetos voltados à cotonicultura em andamento e deta-lharam as atividades desenvolvidas nas áreas experimentais e vitrines tec-nológicas. No campo, foram mostra-dos os ensaios de algodão safrinha em espaçamento adensado, do projeto de sistemas de produção e do programa de melhoramento genético. Na área de vitrine tecnológica, os visitantes conferiram as características dos cul-tivares BRS disponíveis no mercado e de algumas linhagens do programa de melhoramento em fase final de ava-liação, opções de cultivo em safrinha, diferentes espécies para cobertura do solo, entre outras tecnologias.

Segundo o presidente da Fundação Goiás, Ronaldo Limberte, a visita técni-ca às áreas experimentais é importante porque objetiva mostrar as pesquisas

em andamento e resultados já obtidos, medida que visa atender as deman-das do produtor no que diz respeito ao desenvolvimento de variedades, potencial produtivo, de resistência a doenças, característica tecnológica de fibra, entre outros. “As pesquisas têm dado respostas muito positivas e irão contribuir para que o algodão goiano se torne mais rentável, com maior ín-dice de qualidade e mais competitivo no mercado”.

Limberte ressaltou também a im-portância de apresentar in loco o tra-balho, pois a ocasião representava uma grande oportunidade para que os produtores trocassem ideias com os pesquisadores, tirassem dúvidas sobre as variedades e conhecessem quais serão os cultivares que serão lançados no mercado, com as suas respectivas características. “A cadeia produtiva do algodão é unida e trabalha coesa para manter o algodão no patamar de qua-lidade exigido pelo mercado, mas ao mesmo tempo objetivando um custo de produção compatível com a reali-dade do produtor”.

Tecnologia

Aberta à visitação

EM VISITAS TéCNICAS, PARTICIPANTES PUDERAM CONHECER AS INSTALAçõES DA

FUNDAçãO GOIáS E OS ESTUDOS DESENVOLVIDOS PELA EMBRAPA ALGODãO

Produtividade, precocidade, re-sistência a doenças e pragas, tole-rância a herbicidas e qualidade da fibra. Estas são algumas das carac-terísticas das variedades apresenta-das durante a visita técnica à Funda-ção Goiás. Segundo o pesquisador e coordenador do Programa de Me-lhoramento Genético do Algodoei-ro da Embrapa, Camilo Morello, é importante oferecer aos produtores opções de variedades que possuam características de fibra compatíveis aos interesses deles. “Buscamos dar ênfase às características de grande relevância na produção atu-al, bem como buscar inovações que contribuam para uma maior compe-titividade no futuro”, disse.

Também foram mostradas as pesquisas de manejo contra pragas e doenças. Como é o caso do per-cevejo castanho (Scaptocoris casta-nea), inseto de hábito subterrâneo que ataca o algodoeiro, causando danos e prejuízos às lavouras. Se-gundo José Ednilson Miranda, pes-quisador da Embrapa, o controle é relacionado ao manejo adequado do solo. “Ainda não há controle quími-co eficiente, mas há pesquisas neste campo”, acrescentou. Uma das dicas é a utilização do gesso, do sulfato de amônio e do enxofre em pó,

produ-tos que aceleram o desenvolvimento radicular da planta e sua capacidade de suportar o ataque da praga.

O manejo eficiente do algodoeiro também foi discutido durante o en-contro. Alexandre Cunha, pesquisa-dor da Embrapa Algodão, ressaltou a importância de um manejo eficiente e a necessidade dos estudos nesta área para garantir a confiabilidade na técnica antes que esta seja repassa-da aos produtores. Um dos trabalhos mencionados é com a variedade RR Flex, cujos estudos voltados ao ma-nejo são realizados.

O algodão adensado também teve o seu grau de importância nas apresentações. Giovani Greigh de Brito, pesquisador da Embrapa Al-godão, apresentou estudos com fito--hormônios na modalidade de plan-tio adensado, visando quantificar os efeitos na capacidade das plantas em reter maior número de posições.

A conscientização quanto à importância da agricultura deve ser trabalhada desde cedo. Du-rante a semana de visitas à Fun-dação Goiás, as crianças tiveram os seus dois dias de atividades e conhecimento. Alunos do ensi-no fundamental das escolas de Santa Helena de Goiás foram recebidos para conhecer o traba-lho desenvolvido pela Fundação e pela Embrapa e aprender um pouco mais sobre a importância da produção de algodão para o seu dia-a-dia. Eles visitaram as áreas experimentais, viram como é o processo de crescimento da planta e conheceram as varieda-des de algodão, como o conven-cional e o colorido.

Grupo visita área experimental da Fundação Goiás

Ronaldo Limberte e o diretor-executivo do Fialgo, Paulo César Peixoto, durante a abertura das visitas

Áreas experimentais

Área experimental da Fundação Goiás. Ao fundo são realizadas as primeiras colheitas

Para Ronaldo Limberte, as pesquisas contribuirão para que o algodão goiano se torne mais competitivo no mercado

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os: MC Phot

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lmes

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www.promoalgo.com.br Goiânia, julho de 2011

O

s produtores rurais goianos participantes do Programa Socioambiental da Produção de Algodão (Psoal) começaram a ser certificados. Na safra 2010/2011, dez cotonicultores solicitaram, ao órgão certificador Intertek do Bra-sil, a auditoria nas suas respectivas propriedades, sendo que sete foram auditados, cinco já receberam as suas certificações e dois precisam fazer apenas algumas pequenas ade-quações para receber o documento. Outras três propriedades serão audi-tadas até agosto.

Lançado em 2010 pela Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), junto à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Psoal tem o objetivo de intensificar a orientação aos produtores de algodão sobre o cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais no campo. Segundo o consultor do programa em Goiás, Abner Cristian Barreto, cerca de 33 produtores de algodão do esta-do participam esta-do programa e buscam as adequações necessárias nas suas propriedades rurais para o cumpri-mento das leis trabalhistas, como a Instrução Normativa (NR) nº 31, e das leis ambientais.

Abner conta que os produtores participantes do Psoal são desafiados a realizar melhorias nas suas proprie-dades com nenhum investimento fi-nanceiro. “Eles até duvidam no início, mas, após estimularmos mudanças de

comportamento dos trabalhadores ru-rais e dos próprios produtores – como criar espaços próprios para o lixo ou estimular o uso de equipamentos de segurança –, eles percebem que a por-centagem necessária para conseguir a certificação foi alcançada”, explica.

Abner diz também que, se neste ano serão certificados 10 produtores, em 2012, a meta é certificar mais 20 cotoni-cultores e, assim, aumentar a cada ano. “Percebemos que os produtores estão interessados e conscientes do seu pa-pel no que diz respeito às responsabili-dades socioambientais”, completa.

Adesão

O Psoal é um programa que auxilia o produtor rural no cumprimento da legislação e das instruções normativas referentes ao meio ambiente e ao tra-balho executado pelos funcionários da propriedade rural. Para isso, o

progra-ma foi dividido em etapas, iniciando--se pela elaboração e divulgação de material sobre referências normativas, a legislação e os temas da área socio-ambiental, como a CLT e as normas regulamentadoras e rurais aplicáveis à saúde, à segurança e ao meio ambiente do trabalho. O passo seguinte consis-tiu na criação e na divulgação de ma-teriais de orientação às associadas para autoavaliação sobre o alinhamento das propriedades rurais e as exigências tra-balhistas, enquanto técnicos foram ca-pacitados para dar suporte e orientação às estaduais e aos produtores.

Para participar, o ponto de partida do programa para o produtor que ade-rir à iniciativa é o preenchimento de um questionário para que ele possa se autoavaliar em relação à adequação ao cumprimento da legislação trabalhis-ta; à não-utilização do trabalho infantil e do trabalho forçado, indigno ou de-gradante; à adequação às normas de saúde e segurança do empregado; e à adequação às normas relativas ao meio ambiente de trabalho.

Os interessados em aderir ao Pso-al podem entrar em contato com a Agopa, pelo telefone (62) 3241-0404, e falar com a secretária-executiva, La-rissa Fernandes.

Psoal

Responsabilidade

socioambiental nas lavouras

PRODUTORES QUE PARTICIPAM DO PROGRAMA

DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO

ALGODãO RECEBEM CERTIFICAçãO

Lavoura de algodão com reserva legal ao fundo. Psoal emprega a necessidade da conscientização socioambiental

J.Renê/MC Photofilmes

A

presidente da República, Dil-ma Rousseff, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento, Wagner Rossi, anunciaram no dia 17 de junho as diretrizes do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que oferecerá R$ 107,2 bilhões em créditos rurais para a agricultura co-mercial. Este é o maior pacote da história da agropecuária brasileira, com aumento de 7,2%, em compara-ção com os incentivos oferecidos em 2010. Os recursos serão destinados ao financiamento de operações de custeio, investimento, comercializa-ção e subvencomercializa-ção ao prêmio do segu-ro rural. Entre os destaques estão as linhas especiais para pecuária, cana--de-açúcar e laranja, além da amplia-ção do crédito disponível para todos os programas que já faziam parte do plano de crédito do governo federal. Os juros também baixaram, chegando ao patamar de 6,75% ao ano.

A estimativa é que os agentes finan-ceiros iniciem as contratações das no-vas safras no dia 1º de julho. Entre as inovações, foram criadas as linhas de crédito para lavouras de cana, de R$ 1 milhão, e outra de R$ 750 mil para a pe-cuária, destinada à aquisição de repro-dutores e matrizes bovinas e bubalinas.

O Programa ABC passará a incor-porar as linhas de crédito do Propflo-ra e do Produsa, com redução da taxa de juros para 5,5% ao ano. Também foram fixados os preços mínimos para as culturas de verão, regionais e da sociobiodiversidade da safra

2011/2012. O mesmo ocorreu para as culturas das Regiões Norte e Nordes-te da safra 2012.

O Plano Agrícola 2011/2012 trará uma simplificação para as normas do crédito rural e a melhoria das condi-ções de taxas e limites para os pro-dutores. Os recursos para custeio e comercialização (6%) e investimen-tos (13,9%) também tiveram aumen-to. Foi fixado um limite único de R$ 650 mil, em apenas uma faixa, para o financiamento de custeio de todas

as culturas e atividades por produtos, em substituição aos limites anterio-res. Ainda para incentivar e estimular a produção, o limite de financiamento de investimentos, com recursos obri-gatórios do crédito rural, foi elevado de R$ 200 mil para R$ 300 mil.

Os programas agrícolas financia-dos com recursos do BNDES sofre-ram ajustes que facilitam a operacio-nalização pelas instituições financeiras e o acesso pelos agricultores. Entre outras medidas, as federações e con-federações de cooperativas agrícolas passarão a ter acesso às linhas do Procap-Agro, desde que atuem nos moldes de cooperativas centrais.

O Procap-Agro recebeu o reforço de R$ 350 milhões, remanejados do Prodecoop, que devem ser aplicados ainda na safra atual. O Moderagro, que financia a aquisição de corretivos agrícolas, teve seus limites elevados de R$ 300 mil para R$ 600 mil, nos contratos individuais, e de R$ 900 mil para R$ 1,2 milhão nos coletivos.

Para reforçar o auxílio ao médio produtor rural, a renda bruta anual para enquadramento no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) passou de R$ 500 mil para R$ 700 mil. Com informações da As-sessoria de Imprensa do Mapa

Plano Agrícola e Pecuário

Governo anuncia novas linhas de crédito

PLANO OFERECERá R$ 107,2

BILHõES EM CRéDITOS RURAIS,

VALOR QUE REPRESENTA

UM AUMENTO DE 7,2% EM

COMPARAçãO AO ANO PASSADO

Crédito rurAl

* Para a safra 2011/2012, serão destinados R$ 107,2 bilhões, que se dividem em:

custeio e comercialização

R$ 80,2 bilhões

investimentos

R$ 20,5 bilhões

linhas especiais

R$ 6,5 bilhões

*As linhas especiais compreendem recursos relativos aos Programas de Apoio ao Setor Sucroalcooleiro (Pass-BNDES) e de Sustentação do

Investimento (PSI-BNDES). *Os recursos oferecidos para operações de custeio e de comercialização perfazem um total de R$ 80,2 bilhões, sendo R$ 64,1

bilhões (80%) com juros controlados.

Fonte: Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012

Dilma Rousseff discursa durante lançamento do Plano Agrícola e Pecuário em Ribeirão Preto (SP)

(5)

de toneladas representam a quantidade de algodão que a China deve

importar neste ano, conforme a associação de algodão do país. O

volume ficou abaixo das 3 milhões de toneladas previstas anteriormente.

2,8 milhões

Segundo o estudo Projeções do Agro-negócio 2010/2011 – 2020/2021, rea-lizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil deve avançar na consolidação de potência agrícola nos próximos 10 anos e disputar a liderança na produção de alimentos com os Estados Unidos. Con-forme o levantamento, produtos agríco-las de alto consumo interno e constan-tes da pauta de exportações brasileiras tendem a ter aumento de produção. A projeção é que a produção do algo-dão deve crescer 47,8% nos próximos anos. Já a exportação do produto deve aumentar em mais de 68%.

No dia 4 de junho foi realizado, em Jataí, o 1º Dia de Campo do Algodão. O evento foi realizado pela Syngenta e contou com a participação de 300 pessoas, entre produtores, técnicos, pesquisadores e demais profis-sionais da área. Na ocasião, a Fundação Goiás foi responsá-vel por uma das estações, onde foi apresentado o ciclo produti-vo da cultura (foto).

A Associação Nacional dos Exportado-res de Algodão (Anea) realizou, entre os dias 24 e 26 de junho, em Fortaleza (CE), o X Anea Cotton Dinner and Golf Tournament, um tradicional evento que reúne produtores, consultores e traders de todas as regiões produto-ras de algodão do Bproduto-rasil. A ocasião foi aproveitada para a realização das reu-niões do Conselho de ética do Algodão e da Câmara Setorial da Cadeia Produ-tiva do Algodão e seus Derivados.

A Embrapa Algodão e a Embrapa Agropecuária, em parceria com a Fundação Goiás, a Agopa, a Funda-ção Chapadão, a Ampasul e o Grupo Schlatter, realizaram no dia 1º de ju-lho, em Chapadão do Sul, o workshop “Manejo integrado de pragas de al-godão, milho e soja em sistema de produção” (foto). Os profissionais debateram no evento os problemas que têm ocorrido na região e bus-caram soluções para o manejo

inte-grado de pragas. O workshop reuniu produtores, engenheiros agrônomos, professores, técnicos e pesquisado-res. Durante o evento foram minis-tradas palestras sobre o assunto e grupos de discussão foram formados com o intuito de levantar questões sobre o tema apresentado. Além disso, os participantes avaliaram as dificuldades encontradas na região e apresentaram propostas para minimi-zar ou solucionar os problemas.

Liderança agrícola em 2020

X Anea Cotton

Dia de Campo

do Algodão

Workshop em Chapadão do Sul

Fundação Goiás

Referências

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