• Nenhum resultado encontrado

BIG BANDS - A MARAVILHOSA ERA DO SWING

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "BIG BANDS - A MARAVILHOSA ERA DO SWING"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)
(2)

MÚSICOS, FATOS & CURIOSIDADES • Nº 87 • AGOSTO 2013

“BIG BANDS”- A MARAVILHOSA ERA DO SWING

29ª PARTE

Prosseguimos nesta edição com “mini-resumos” das “big bands”, sempre dedicados ao grande AUSTIN ROBERTS, trumpetista da “Traditional Jazz Band Brasil”, que além de excelente músico é figura amiga e dotada de brilhante senso de humor, assim como ao guitarrista/banjoísta EDUARDO “DUDÚ” BUGNI, suporte rítmico/harmônico da “Traditional” e de grande valor pessoal, sempre atencioso.

Cada banda é indicada pelo nome de seu titular (ordem alfabética do sobrenome), seguida de alguns poucos detalhes, apenas como forma de situá-la na “era do swing”.

(11) BARRON, Blue Barron

Após discretas participações em bandas de Ohio, Barron montou banda própria em meados dos anos 1930 em Cleveland / Ohio e atuou até 1949, somente intercalando um intervalo em 1943 para servir nas Forças Armadas americanas em função da IIª Guerra Mundial.

Teve como prefixo o tema “Sometimes I’m Happy” e, como banda estilo “Mickey-Mouse” (bandas do meio oeste americano com arranjos tradicionais e, muitas vezes, dirigidas por comerciantes) foi moldada em suas apresentações acompanhando as “big bands” de Kay Kyser e Sammy Kaye. Tinha como “slogan” a frase = “Music Of Yesterday And Today, Styled The Blue Barron Way”.

Gravou para os selos “Bluebird” e “MGM”.

(3)

Conseguiu manter-se por muito tempo no “Edison Hotel” e apresentou-se, também, no “Pennsylvania Hotel”, ambos de New York. Tocou ainda na “West Coast” no “Hollywood Palladium”. Realizou diversas apresentações em colégios, hotéis e salões de baile.

Contou em suas fileiras com o vocalista Russ Carlyle e com os músicos Clyde Burke, Pat Laird e Tommy Ryan, tendo como vocalistas as três “The Clark Sisters”.

(12) BARRON, Tony Barron

Tony tocou em muitas bandas escolares antes de montar, em South Bend / Indiana, grupo próprio em 1967, portanto já após o “declínio” da era das big bands e como forma de opor-se à invasão do rock. Seu principal sucesso foi o tema da banda, “How I Miss You When The Summer Is Gone”, que havia sido tema da banda de Hal Kemp.

Seu estilo seguia os das bandas de Jan Garber e Guy Lombardo e, portanto, foi uma banda exclusivamente dançante, sendo o próprio Tony o vocalista (em alguns momentos Steve Bice).

Apresentou-se no “Coliseum Ballroom” de Davenport / Iowa, mas sempre manteve sua base na origem (South Bend).

Em 1977 Tony dirigiu outra banda composta exclusivamente de estudantes da “Notre Dame”, tocando em programas de rádio.

(13) BENEKE, Tex Beneke

O sax-tenorista Tex Beneke atuou em diversas bandas regionais antes de entrar em 1938 para a orquestra de Glenn Miller (foi recomendado a Miller pelo baterista Gene Krupa). Após o desaparecimento de Miller, Tex atuou por breve período no grupo de Horace Heidt, serviu na Marinha americana onde comandou sua orquestra de dança, para depois assumir o comando do grupo de Miller, até montar banda própria em 1946, em New York e com apresentação inicial no “Capitol Theater”. A banda de Tex Beneke contabilizou 6.750 dançarinos em 1947 no “Hollywood Palladium”. Manteve como prefixo da banda o clássico “Moonlight Serenade” e gravou para a “RCA Victor”, sempre mantendo o estilo que consagrou a banda de Glenn Miller e adotando para suas apresentações o “slogan” “Tex Beneke And His Orchestra Playing The Music Made Famous By Glenn Miller”.

Apresentou-se no programa radiofônico “Cavalcade Of Bands” e na televisão no “The Chesterfield Supper Club”.

Teve como vocalistas, além dele mesmo (com seu timbre anasalado), Edye Gorme, Greg Lawrence e o grupo “The Moonlight Serenaders”.

No início dos anos 1950 apresentou-se no “Pennsylvania Hotel” em New York e chegou a meados dos anos 1970 apresentando-se na “Disneyland”.

(4)

(14) BERIGAN, Bunny Berigan

O excepcional trumpetista Bunny Berigan transitou por diversas bandas, entre as quais as de Rudy Vallee, Hal Kemp, Abe Lyman, Freddy Rich, Paul Whiteman, Benny Goodman e Tommy Dorsey: um senhor “curriculum” ! ! !

Em 1937 e em New York montou seu próprio grupo e adotou como prefixo o maravilhoso tema de Gershwin / Vernon Duke “I Can’t Get Started With You”, com seu solo que tornou-se clássico.

Gravou para as etiquetas “Brunswick”, “Decca”, “Vocalion” e “RCA Victor”.

Teve como vocalistas Art Gentry, Gail Reese, Chick Bullock, Ruth Gaylor, Kathleen Lane, Jayne Dover, Nita Sharon e Lynne Richards.

Por sua banda desfilaram grandes músicos, citando-se Bud Freeman, Joe Marsala, Edgar Sampson, Joe Bushkin, Dave Barbour, Cozy Cole, Toots Mondello, Babe Russin, Mattie Matlock, Hymie Schertzer, Georgie Auld, Ray Conniff (sim senhor), Buddy Rich, Joe Lippman e Vido Musso, entre outros. Claro que essa constelação teria que gerar grandes sucessos, mas Berigan não foi um lider muito bem organizado, condição indispensável para conduzir grupos grandes. Pagava altos salários e, regularmente, bônus atrativos. Essas duas condições, pouca ordem e altos gastos, conduziram a banda a dificuldades financeiras, além de acarretar sérios problemas de saúde para Berigan.

A banda sofreu interrupções, nas quais Berigan retornava às formações de Dorsey e de Goodman.

Debilitado fisicamente Berigan esteve hospitalizado muitos meses com cirrose, depois com pneumonia e veio a falecer em 02 de junho de 1942.

Morte prematura, mas que deixou um saldo altamente positivo nas gravações felizmente preservadas.

(15) BERNIE, Ben Bernie

Após tocar violino em espetáculos de “vaudeville” com o ator Phil Baker, Bernie montou sua banda em New York, em 1921.

Ficou conhecido como “O Velho Maestro”, adotou como prefixo o tema “Lonesome Old Town” e como sufixo “Au Revoir”.

Gravou para o selo “Decca”.

Teve como vocalistas mais de uma dúzia deles: Jack Kaufman, Irving Kaufman, Arthur Fields, Scrappy Lambert, Eddy Thomas, Lester O’Keefe, Jack Pettis, Frank Luther, Ray Hendricks, Dick Robertson, Donal Saxon, o grupo “The Bailey Sisters”, Johnny Ryan e a grande Dinah Shore.

Alinharam em suas sucessivas formações Harry Henson, Ken Sisson, Hymie Farberman, Don Bryan, Mickey McCullough, Frank Sarlo, Bill Moore, Nick Gerlach, Oscar Levant, Max Rosen, Dick Stabile, Merryll Kline, Lou McGarrity, Julian Davidson e muitos outros.

Atuou com sua banda no programa radiofônico “The Pabst Blue Ribbon Show”, podendo ser considerado o primeiro a lograr esse feito, com grande sucesso.

(5)

Em 1933 esteve na “World’s Fair” atuando no “Chicago’s College Inn” e em 1934 apresentou-se com sua banda nos estúdios da “Paramount Pictures”.

No final dos anos 1920 adotou a fórmula de “música para músicos”, tocando nos melhores e mais prestigiados salões de baile, teatros, hotéis e “night clubs”, por todos os U.S.A.

No final de temporada em 1943 pela “west coast” (“Beverly Hills”), então 52 anos, Bernie faleceu em função de ataque fulminante.

(16) BISHOP, Billy Bishop

Esse canadense de Toronto que nasceu com o nome de Billy Bisse, após atuar na banda de “Bissett-McLean Orchestra” já em 1931 havia montado banda própria em sua terra natal.

Nos primeiros cinco anos com sua banda atuou em hotéis e locais de convenção em Quebec, Montreal e Toronto. Regularmente apresentava-se na “Canadian Radio Commission” com transmissão para todo o pais pela NBC.

No início de 1936 apresentou-se no “International Sporting Club” de Monte Carlo.

Cumpriu temporadas em Londres, onde atuou nos programas radiofônicos “The Rinso Radio Revue” e “Waltz Time”, interrompeu as atividades em 1939 em consequência da IIª Guerra Mundial, após o que foi para os U.S.A. no início dos anos 1940, montando nova banda na Califórnia.

Dalí foi para Chicago, seu “quartel-general” a partir de então, com temporadas sucessivas nos importantes “Aragon Ballroom”, “Trianon Ballroom”, “Blackhawk Restaurant” e “Shroeder Peabody”. Cumpriu temporadas na cadeia de hotéis “”Roosevelt” em New Orleans.

Adotou como prefixo o tema “Billy” e como sufixo “Hoping”. Gravou para as etiquetas “HMV” e “Victor”.

Interrompeu suas atividades em 1969 e aposentou-se com sua esposa Alice Mann, indo para San Francisco.

(17) BRADLEY, Will Bradley

Após atuar nas bandas de Red Nichols (“And His Five Pennies”), Ray Noble (autor do tema “Cherokee”) e Benny Goodman, o trombonista Will Bradley (nascido Wilbur Schwichtenberger) montou, na cidade de New York, sua própria banda em 1939. Originalmente Bradley foi um executivo da “William Morris Agency”.

Como prefixo adotou o tema “Think” e teve como vocalistas, sucessivamente, Ray McKinley, Larry Southern, Carlotta Dale, Jimmy Valentine, Louise Tobin, Phyllis Myles, Lynn Gardner e Terry Allen.

Alinharam na banda de Bradley ao longo do tempo os músicos Ray McKinley (uma espécie de “co-lider” da banda), Doc Goldberg, Steve Lipkins, Pete Candoli, Art Rollini, John Van Eps, Peanuts Hucko, Hal Mitchell, Lee Castle e muitos outros.

A maior parte dos arranjos da banda foram da autoria de Leonard Whitney, que dava ênfase ao “boogie-woogie”.

Gravou as etiquetas “Vocalion” e “Columbia”, sendo que grande parte de suas gravações eram destinadas às “juke boxes” (as vitrolas que funcionavam com moedas, em bares e estabelecimentos assemelhados).

(6)

A primeira apresentação da banda ocorreu em Boston, no ano de formação da banda, no “Roseland State Ballroom”.

Com base em extensa campanha publicitária a banda conseguiu muitos contratos, sendo que apenas sete meses após sua formação, a banda chegou a apresentar-se no “Famous Door”, em New York.

Realizou temporada de quatro semanas no “New York’s Paramount Theater”, depois no “”New York Biltimore Hotel”.

As principais gravações da banda mostram a tendência ao “boogie-woogie”, já indicada: “Rumboogie”, “Basin Street Boogie”, “Boogie Woogie Conga”, “Boogie Woogie Piggie” e seu principal sucesso, “Beat Me Daddy Eight To The Bar”.

Em 1942 e após desentendimentos Ray McKinley deixou a banda e montou grupo próprio.

Will Bradley desfez a banda durante a IIª Guerra Mundial e não mais a reorganizou, vindo a falecer em 1989.

(18) BRADSHAW, Tiny Bradshaw

O cantor Tiny Bradshaw nasceu em Youngstown / Ohio em 1965, atuou no grupo vocal “Horace Henderson’s Collegians”, depois foi para New York e transitou pelos grupos “The Alabamians”, “The Savoy Bear Cats” e “Mills Blue Rhythm Band” e pela orquestra de “Luis Russell”, até que em 1934 formou sua própria banda, em New York e estreando no “Renaissance Ballroom” no verão desse ano.

Ele foi, logicamente, o próprio vocalista da banda e gravou continuamente para o selo “Decca”.

Sua orquestra contou, até ele ser convocado para o serviço militar por ocasião da IIª Guerra Mundial, com valores do melhor nível instrumental, podendo destacar-se, entre muitos outros: Russell Procope, Charlie Shavers, Billy Kyle, Charles Fowlkes, Fred Radcliffe, Duke Anderson, George Mathews, Lincoln Mills, Edgar Courance, Carl Warwick, Oscar Smith e Roger Jones.

Bradshaw teve como “manager” o experiente Eddie MacHarg, sempre ativo para a agenda do grupo. O som da banda era bem musical e voltado para a dança, atuando nos circuitos de New York, da “East Coast” e do “Midwest”, sempre com sucesso. A exceção sempre foi o sul americano, onde a banda pouco atuou.

À época da guerra Bradshaw foi comissionado major no exército americano e dirigiu grande banda voltada para o entretenimento das tropas.

Após o término do conflito Bradshaw dirigiu pequenos grupos, sempre com ele em posição exponencial, com repertório voltado para o “rhythm and blues”.

No final dos anos 1950 Bradshaw sofreu uma série de enfermidades e veio a falecer em 1959.

(19) BRANDWYNNE, Nat Brandwynne

O pianista Nat Brandwynne atuou nas bandas de Leo Reisman e Eddy Duchin (quem não se lembra do longa metragem “Melodia Imortal”, com Kim Novak no auge de sua beleza e ao lado do ator Tyrone Power ? ? ? ! ! !), ambas tocando para a alta sociedade nova-iorquina.

No início dos anos 1930 Brandwynne, então com 19 anos, formou seu próprio grupo também voltado para o mesmo público e apresentou-se pela primeira vez no luxuoso “Waldorf-Astoria”, onde permaneceu atuando por muitos anos, até o final dos anos 1950.

(7)

Brandwynne sempre reservou-se o papel principal, como pianista e como líder. A banda gravou para os selos “Decca”, “ARC” e “Brunswick”.

Seu prefixo, nos salões de baile e nos programas radiofônicos, foi o tema “If Stars Could Talk”.

Pela formação de Brandwynne atuaram como vocalistas Bernice Parks, Buddy Clark, Jerry Wayne, Diane Courtney, Lois Wynne, Art Gentry e Dick Stone.

Seus grandes sucessos, seja nas apresentações seja nas gravações, foram os temas “”Stars Over Bahia”, o prefixo “If Stars Could Talk”, “Peacock Alley” e “Little Rock Rag”.

Brandwynne apresentou-se com a banda no programa radiofônico “Kate Smith Show”.

A banda teve ocasião de realizar temporadas pelo território americano, Canadá e Inglaterra.

No final dos 1950 Brandwynne desfez a banda e foi para Las Vegas, passando a dirigir a banda do “Caesar’s Palace”.

Com 67 anos e em 07 de março de 1978 Brandwynne sofreu um ataque cardíaco e faleceu.

(20) BRIGODE, Ace Brigode

O saxofonista-alto Brigode (também tocava o clarinete) montou seu grupo no início dos anos 1930, em Charleston / Virgínia, com o título de “Virginians”.

Ao longo dos anos a formação oscilou entre dez a quatorze músicos. Adotou como prefixo o tema “Carry Me Back To Old Virginy”.

Gravou para os selos “Edison”, “Okeh”, “Harmony” e “Columbia”.

Atuou nos programas radiofônicos “Jersey Cereal Show” e “White Rose Gasoline Show”.

Apresentou-se em praticamente todos os melhores hotéis costa-a-costa, sob patrocínio da “MCA”.

Contou em suas sucessivas formações com os músicos Fred Brohez, Happy Masefield, Billy Hayes, Penn Fay, Gene Fogarty, Johnny Poston, Jimmy Freshour, Eddie Allen, Al Delaney, Abe Lincoln, Cliff Gamet, Nick Cortez, Teddy King, Dillon Ober, Don Juille, Bud Lincoln, Ray Welch e muitos outros.

A última temporada da banda de Brigode ocorreu em 1945, em Salt Lake City.

Após esse “tour” Brigode estabeleceu-se como publicitário e promotor de eventos no “Chippewa Lake Park” em Cleveland, por muitos anos e até falecer em 1959.

(21) BROWN, Les Brown

Les Brown (Lester Raymond "Les" Brown, Sr., 14/março/1912 a 04/janeiro/2001, clarinetista, saxofonista, compositor, arranjador e líder de “big band”) foi arranjador para as bandas de Ruby Newman, Isham Jones, Jimmy Dorsey, Larry Clinton e Red Nichols (“And His Five Pennies”), após liderar o grupo “The

(8)

Duke Blue Devils” em 1934 (grupo da “Duke University”). Esse grupo tocou em 1937 no “Playland Casino” (Rye / Nova York) e foi desfeito após o feriado do dia 1º de Maio, já que os integrantes tinham que retornar ao estudo.

Em 1938 (já casado com uma fã, Claire) montou sua banda em New York, com o título de “Les Brown And The Band Of Renown”, estreando em outubro no salão verde do “Edison Hotel” da ”grande maçã”. Les Brown costumava alcunhar sua banda de “The Malted Milk Band”. A montagem dessa banda foi encorajada por Eli Oberstein, chefe de elenco e de gravações da “RCA Victor”, o mesmo que lhe conseguiu a estréia no “Edison Hotel”.

Ao longo da carreira teve como prefixos “Dance Of The Blue Devils”, “Shangri La” e, a partir do final de 1943, “Leap Frog”. Os arranjos da orquestra, principalmente os iniciais, foram da autoria do próprio Les Brown.

Gravou para as etiquetas “Bluebird”, “Decca”, “Columbia”, “Okeh” e “Coral”.

Teve como vocalistas nada menos que Miriam Shaw, Betty Bonney, Ralph Young, Doris Day (pela primeira vez na banda

em 1939, ex-dançarina, depois em 1943, até ter sua carreira cinematográfica lançada em 1946 com o filme “Sentimental Journey”, com a banda, que Doris deixou em setembro de 1946), Eileen Wilson, Ray Kellogg, Lucy Ann Polk, Jo Ann Greer e, a partir de 1941, o dublê de saxofonista e comediante Butch Stone.

Entre a mais de centena de músicos que perfilaram na banda ao longo dos anos, destaques para John Atkins, Bill Irwin, Joe Grando, Corky Cornelius, Les Kritz, Wolfe Taninbaum, Bob Thorne, Joe Pillatto, Dutch McMillan, Herb Muse, Coon Pyar, Kenny Dutton, Don Kramer, Stacey McKee, John Pepper, Glenn Osser, Allan Reuss, Lewis Mann, Mel Hurwitz, Don Hammond, Ronnie Lang, Joe Petroni, Herb Tompkins, Si Zentner, Abe Most, Charlie Green, Don Jacoby, Don Fagerquist, Billy Butterfield, Les Jenkins, Shelly Manne, Jimmy Zito, Bill Harris, Barney Kessel, Randy Brooks, Ted Nash, Ray Sims, Don Boyd, Jimmy Rowles, Don Trenner, Buddy Childers, Dave Pell, Tonny Rizzi, Milt Bernhart e tantos outros.

Atuou nos programas radiofônicos “Bob Hope Show”, “Spotlight Bands” e “Rowan And Martin Show”. A banda notabilizou-se pelos arranjos de bom gosto, finos, que inicialmente impressionaram mais os músicos que o público.

Sob a gerência de Joe Glaser (empresário de Louis Armstrong) a banda foi muito bem promovida e atuou nos melhores hotéis, salões de baile e teatros de New York, da Nova Inglaterra e do meio-oeste americano.

Em 1940 atuou no “Blackhawk Restaurant” de Chicago, em 1942 realizou sua primeira temporada na “West Coast”, ocasião em que tocou no “Hollywood Palladium” e atuou no longa metragem “Seven Days Leave”. Após Joe Glaser a banda passou a ser empresariada por Don Kramer.

Atou ainda e posteriormente nos filmes “Sentimental Journey” (1946), “I Want You” (1951), “Anything Goes” (1955), “Rockabilly Baby” (1957), “O Professor Aloprado” (veículo para o humor de Jerry Lewis, 1963), “Ensign Pulver” (1964), “A Summer Without Boys” (1973) e “Pleasure Cove” (1978), além de inúmeros curtas com a banda em destaque.

A banda gravou inúmeros sucessos, tais como “Mexican Hat Dance”, “Tis Autumn”, “Bizet Has His Day”, sendo que no final de 1944 e com o vocal de Doris Day perpetuou o clássico “Setimental Jorney”, que integrou a trilha sonora do longa metragem de mesmo nome em 1946.

(9)

A banda foi desfeita em 1946, quando Les Brown retirou-se para sua residência na Califórnia, mas na primavera de 1947 reorganizou seu grupo, que infelizmente e após temporada no Pacífico voltou a ser interrompida.

Bob Hope levou a banda mais uma vez refeita em 1948 para seu show, iniciando uma ligação perpetuada com Les Brown por muitos anos, resultando que tanto nos programas de rádio quanto nos da televisão de Bob Hope, sempre foi certa a presença da banda de Les Brown.

Durante a década de 1950 a banda de Les esteve sempre ativa, com sucesso de público e de crítica, até que em 1958 a revista especializada “Downbeat” apurou na enquete anual que a banda era a “melhor banda de dança” (a banda vinha sendo votada já há cinco anos); ainda mais, a revista “Metronome” elegeu-a como a “Number One” e a “Billboard’s” apontou-a com a “Favorite Band Of 1958” (enquete com “disc jockeys”).

Na década de 1960 Les Brown ancorou suas atividades em Hollywood, trabalhando para a televisão e, ocasionalmente, com aparições pessoais em excursões.

A banda é uma das selecionadas pela “Great American Gramophone Company” (subsidiária da “Keysor-Century Records”). Em março de 1989 a “Big Band Academy Of America” emitiu saudação especial para Les Brown por seus 50 anos de atividade como “bandleader”.

(22) BURKE, Sonny Burke

Sonny Burke foi natural de Scranton / Pennsylvania (1914), tendo estudado desde jovem piano e violino. Ainda jovem e na “Duke University” dirigiu sua primeira banda colegial.

Em férias escolares Burke dirigiu um grupo com 15 músicos em cruzeiro marítimo, que excursionou até a Europa.

Basicamente um arranjador Sonny Burke participou de bandas colegiais e das orquestras de Xavier Cugat, Buddy Rogers e Joe Venuti, antes de montar elenco próprio em 1938, na cidade de New York.

Gravou para as etiquetas “Vocalion”, “Okeh” e “Decca”, sendo esse o maior foco da banda, as gravações. Figuraram nas formações de Burke diversos músicos expoentes, tais como: Charlie Shavers, Harry Gozzard, Kenny Miesel, Eddie Webb, Ken Haughey, Bill Nichols, Paul Fetrilla, Al Carosell, Pete De Mill, Bernie Mitchell, Conrad Gozzo, Si Zentner, Ray Conniff, Pete Candoli, Milt Bernhart e Milt Raskin, entre muitos outros, a grande maioria deles em sessões de gravação.

Como vocalistas Burke contou com Jo Ann Greer e Don Burke.

O som da banda, sólido, bem calcado nos metais, sempre passou pelos arranjos do próprio Burke. O grande sucesso mundial da banda foi a gravação de “Mambo Jambo”.

A banda foi desfeita em 1940, quando Burke passou a ser arranjador da orquestra de Charlie Spivak. Em 1942 Burke passou a ser arranjador para a “big band” Jimmy Dorsey.

Em meados dos anos 1940 Burke foi para Hollywood, chegando a Diretor de Gravações da etiqueta “Decca”, isso já no início dos anos 1950.

Ocasionalmente Burke montava novas formações para apresentações no “Hollywood Palladium” e para pequenos contratos no sul da Caliofórnia.

(10)

Chegou a montar gravadora própria no início dos anos 1970, a “Daybreak Records”. Vítima de um câncer com a idade de 66 anos, Sonny Burke faleceu em junho de 1980.

APÊNDICE - 2º Capítulo

“Big band – The Evolution Of The Jazz Orchestra – The 1940’s And Beyond” é o título do estojo lançado pela “Smithsonian Collection Of Recordings” (uma divisão do “Smithsonian Institution Press”) em 1995 e, como indicado no “1º Capítulo” deste “Apêndice”, contendo cinco CD’s e um livreto com 88 páginas divididas em 05 capítulos.

O 1º desses capítulos, “Introduction”, versa sobre o escopo da obra, o nascimento, o apogeu, o final e renascimento das “big bands”.

Segue-se o capitulo “Road Bands”, cujas gravações passamos a indicar.

Partindo de gravação de 1941 a primeira banda focada é a do pianista Jay McShann, que teve início no início da década de 1930 e foi conduzida segundo a tradição do “Blues” de Kansas City (tal como as de Walter Page, Bennie Moten, Count Basie e Andy Kirk).

A gravação escolhida foi a do tema de William Scott e Jay McShann “Swingmatism”, realizada em 30 de abril de 1941 em Dallas e pelo selo Decca.

A formação da banda contou com Harold Bruce, Buddy Anderson e Orville Minor aos trompetes, Tasweel Baird ao trombone, Charlie Parker e John Jackson nos saxes.alto, Harold Ferguson e Bob Mabane no saxes.tenor, o líder McShann ao piano, Gene Raney no contrabaixo e Gus Johnson à bateria.

Os solos durante a execução da banda são do líder e do grande Charlie Parker, que atuou na orquestra em mais de uma ocasião, entre os anos 1939 e 1942.

Essa gravação foi realizada em Dallas aproveitando o fato da banda ter tocado em San Antonio, também no Texas.

Muitos indicam essa gravação como a primeira de Charlie Parker (ocasião em que também gravou o tema de sua autoria “Hootie Blues”), mas na realidade possuímos em nosso acervo a gravação “a capela” do tema “Body And Soul” (precedido de introdução do tema de “Fats” Waller “Honeysuckle Rose”), realizada em 1940.

Segue-se a gravação do tema “Dalvatore Sally”, música de George Handy, pela banda de Boyd Raeburn em 05 de maio de 1946 e em Los Angeles, com a seguinte formação: aos trompetes Dale Pierce, Ray Linn, Carl Groen e Nelson Shalladay, nos trombones Ollie Wilson, Hal Smith e Britt Woodman, no saxofone.alto e clarinete Willie Schwartz, no saxofone.alto e na flauta Harry Klee, nos saxofones.tenor Ralph Lee e Guy McReynolds, Hy Mandel no saxofone barítono e uma excelente sessão rítmica com Dodo Marmarosa no piano, Dave Barbour na guitarra, Harry Babasin no contrabaixo e Jackie Mills à bateria.

Os solos intermediários ficaram por conta do pianista Dodo Marmarosa e do tenorista Ralph Lee. Esse tema foi re-arranjado pelo autor George Handy, serviu de prefixo para a banda e introduziu belas texturas melódicas e harmônicas para a banda.

Avançamos para 29 de dezembro de 1947 (reparem que já ultrapassamos aquele “limite” de 1945, adentrando o pós-guerra) para encontrar a banda do baterista Ray McKinley em New York no tema de Eddie Sauter “Idiot’s Delight”, que também escreveu o arranjo.

Trumpetes a cargo de Chick Genduso, Nick Travis, Joe Ferrante e Curley Broiles, mais Vern Friley, Irv Dinkin e Jim Harwood nos trombones, naipe de palhetas com Ray Beller e Billy Ainsworth nos saxofones.alto, Lou Ott e Pete Berry nos saxofones.tenor e Deane Kincaid no saxofone.barítono, John Potoker no piano, Johnny Gray na guitarra, John Chance no baixo e McKinley na bateria.

(11)

Lembramos que McKinley atuou na banda de Glenn Miller e foi co-arranjador ao lado de Jerry Gray para essa mesma banda.

Passamos a 10 de fevereiro de 1949 com a banda de Benny Goodman no tema de Chico O’Farrill, também arranjado por ele, “Undercurrent Blues”, gravado para a etiqueta Capitol em Los Angeles.

Nessa ocasião a banda alinhou com Nick Travis, Al Stewart, Howard Reich e Doug Mettome nos trompetes, Milt Bernhart, Eddie Bert e George Mont nos trombones, o líder Benny Goodman no clarinete, Mike Goldberg e Andy Cicalese nos saxofones.alto, Wardell Gray e Eddie Wasserman nos saxofones.tenor, Larry Molinelli no saxofone.barítono, Buddy Greco no piano, Francis Boecher na guitarra, Clyde Lombardi no contrabaixo e Sonny Igoe na bateria.

Como solistas temos o trombone de Eddie Bert, o trumpete de Doug Mettome e o clarinete do líder Benny Goodman.

A gravação já nos apresenta a banda do “King Of Swing” com a então mais recente roupagem do “bebop”, em arranjo do cubano Arturo “Chico” O’Farrill.

Com a banda de Duke Ellington a coleção do “Smithsonian” nos traz 05 gravações: “On A Turquoise Cloud” (22 de dezembro de 1947, de Lawrence Brown e Ellington, com arranjo deste, mais vocal de Kay Davis e solos de Ellington, Jimmy Hamilton, Tyree Glenn, Ray Nance e Harry Carney), “Perdido” (31 de junho de 1960, de Juan Tizol com arranjo de Gerald Wilson e solos de Ellington, Paul Gonsalves, Britt Woodman, Jimmy Hamilton e Sam Woodyard), “Tourist Point Of View” (19 de dezembro de 1966 de Ellington e seu alter-ego Billy Strayhorn, com arranjo dos dois mais os solos de Paul Gonsalves e Cat Anderson), “Blood Count” (28 de agosto de 1967, composição e arranjo de Billy Strayhorn mais o magnífico solo de Johnny Hodges) e “Such Sweet Thunder” (24 de abril de 1957, também da dupla Ellington & Strayhorn, que escreveram o arranjo para a gravação, que ainda conta com solos de Ray Nance e John Sanders).

As formações variaram bastante, já que foi focado um período desde 1947 e até 1967. Este “APÊNDICE” prosseguirá no final de cada edição da “Revista Mensal do Jazz”.

Segue na “Revista Mensal do Jazz” nº 88, setembro/2013,

Referências

Documentos relacionados

Noelma Miranda de Brito¹ Vania Jesus dos Santos de Oliveira² Elba Brito dos Santos³ O estudo de plantas consideradas medicinais tem aumentado gradativamente no mundo

Tu- do isso indica que em futuro pró- ximo uma crescente procura de bens da raiz , apesar de não atin- gir certamente um ritmo es- petacular, ocasionará uma eleva- ção

Este trabalho se empenhou em fazer experiências usando diferentes configurações para exemplos rotulados inicialmente, e o melhor resultado foi encontrado ao se utilizar 5%.

O curso de Licenciatura em Computação atende à demanda de formação de professores capazes de operar no uso e desenvolvimento de tecnologias para a educação, bem como ensinar a

A Divisão Metal Forming é líder global no fornecimento de soluções de alta qualidade de processamento de metais, tubos particularmente especiais e seções, tiras de aço especial,

A utilização de protocolo aplicando o teste de respiração espontânea (TRE), nesta amostra, com pressão de suporte ventilatório de 120 minutos quando comparado

513488960 IPN INCUBADORA - ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE INCUBAÇÃO DE IDEIAS E EMPRESAS 509051650 JOÃO LACÃO - CONSULTORIA EM GESTÃO, UNIPESSOAL LDA.

Apesar de os benefícios da profilaxia para a TVP serem amplamente comprovados na literatura existente sobre o tema, ela não é praticada por muitos médicos, tanto clínicos