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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Bahia. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

j

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

24/2014

Bahia

Veja nos Próximos

Fascículos

a IOF - Operações de seguro

a ICMS - Infrações e

penalidades

a ICMS - Programas

governamentais - Artigos

esportivos

/

a

Federal

IPI

Mostruário . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Consulta tributária . . . . 04

/

a

IOB Setorial

Estadual

Agropecuário - Setorial - Isenção do imposto nas operações com embalagem de agrotóxico e respectivas tampas . . . . 07

/

a

IOB Comenta

Federal

IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação . . . . 07

/

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

DCTF - Obrigatoriedade . . . . 09

Repenec - Habilitação - Requerimento . . . . 10

Substituição tributária - Regime especial . . . . 10

ICMS/BA

Incidência - Remessa para armazém-geral situado em outro Estado . 10

Local da operação - Peixes, crustáceos, moluscos . . . . 10

Não incidência - Remessas de mercadorias para armazém-geral si-tuado dentro do Estado . . . . 10

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : mostruário : IOB comente : IPI.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2174-6

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-04831 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Boletim

j

IPI

Mostruário

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Isenção 4. Retorno

5. Considerações quanto ao ICMS 6. Exemplo

1. Introdução

A figura do mostruário é conceituada pela legis-lação fiscal como a remessa a título de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 8/2008.

Neste texto, examinaremos o tra-tamento fiscal previsto na legislação do IPI para a saída de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado a título de mostruário.

(Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira)

2. InCIdênCIA

A legislação não prevê benefício fiscal do IPI na saída de produto a título de mostruário, devendo a operação ser normalmente tributada, de acordo com a sua classificação fiscal e alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), exceto na hipótese de existência de benefício fiscal específico previsto na legislação para o produto (veja item 3).

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 189; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

2.1 Base de cálculo

A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente.

Quanto ao alcance da expressão “mercado atacadista da praça do remetente”, os itens 6 e 7 do Parecer Normativo CST nº 44/1981, transcritos a seguir, trazem os seguintes esclarecimentos:

Parecer Normativo CST nº 44/1981

Quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada através dos preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será conside-rado o universo das vendas realizadas naquela localidade. [...]

6. Registram os Dicionários de Língua Portuguesa que

mercado, convencionalmente, significa a referência feita

em relação à compra e venda de determinados produtos. 6.1 Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou

praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado

relati-vamente ao universo das vendas que se realizam naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efetuadas por um só estabelecimento, de forma isolada.

7. Por isso, os preços praticados por outros estabelecimentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo... .

(RIPI/2010, art. 192; Parecer Normativo CST nº 44/1981, itens 6 e 7)

3. ISEnção

Conforme mencionado no item 2, inexiste qual-quer benefício previsto na legislação para as saídas de produtos a título de mostruário.

Contudo, determinados produtos são beneficia-dos com a isenção do imposto (isenção objetiva), benefício este aplicável nas saídas a qualquer título, inclusive a título de mostruário, como por exemplo:

a) os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravadas, no solado, a expressão “Amostra para viajante”; e

a

Federal

A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de

seu similar, no mercado atacadista da praça

(4)

b) os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com proje-tos aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), exceto nas mo-dalidades de acondicionamento ou reacondi-cionamento, destinados à comercialização em qualquer outro ponto do território nacional (con- sideradas as exceções previstas na legislação).

(RIPI/2010, art. 54, V, e art. 81, II)

4. rEtorno

Considerando que normalmente os produtos envia-dos a título de mostruário são destinaenvia-dos a pessoas que não são contribuintes do ICMS e do IPI, portanto não obrigados à emissão de documentos fiscais, o seu retorno será acompanhado por carta ou memorando emitido pelo remetente, competindo ao vendedor a emissão da nota fiscal relativa à entrada do mostruário.

A nota fiscal deverá ser emitida com todos os requisitos regulamentares e deverá conter, ainda, a indicação do número, da data da emissão da nota fiscal originária (de remessa do mostruário) e do valor do IPI destacado na nota fiscal de remessa.

Caso o destinatário assuma o encargo de retirar ou de transportar o produto, a referida nota fiscal relativa à entrada servirá para acompanhá-lo no seu trânsito.

(RIPI/2010, art. 232)

5. ConSIdErAçõES quAnto Ao ICMS

Os contribuintes do ICMS deverão observar a legislação vigente na Unidade da Federação onde se realizar a operação de remessa do produto.

Saliente-se que o Ajuste Sinief nº 8/2008 dispõe sobre as remessas de mercadorias destinadas a mostruário.

(Ajuste Sinief nº 8/2008)

6. ExEMPlo

A seguir, exemplificamos a forma de emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), na remessa e no retorno de mostruário de produto normalmente tributado pelo IPI, remetido para pessoa física (vendedor).

(5)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6.2 retorno

(6)

ICMS

Consulta tributária

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formalização da consulta 3. Efeitos da consulta

4. Adoção do entendimento contido na resposta 5. Vícios da consulta

6. Competência para responder à consulta 7. Parecer tributário

1. Introdução

O sujeito passivo ou a entidade representativa de classe de contribuintes ou responsáveis têm o direito de formular consulta sobre a interpretação e a aplicação da legislação tributária, em relação a fato determinado e de seu interesse.

Focalizaremos, neste procedimento, os aspectos pertinentes à formulação de consulta, para que seja considerada válida perante a legislação tributária, nos termos do RPAF-BA/1999, aprovado pelo Decreto nº 7.629/1999.

(RPAF-BA/1999, art. 55)

2. ForMAlIzAção dA ConSultA

A consulta será formulada em petição escrita, dirigida ao diretor de tributação da Secretaria da Fazenda, e deve conter:

a) a descrição completa e exata da matéria ob-jeto da dúvida, bem como, se for o caso, a in-formação da ocorrência de fatos ou atos pas-síveis de gerar obrigação tributária principal; b) o nome, a razão social ou a denominação do

requerente, seu endereço, telefone e endereço eletrônico, a atividade profissional ou econômica e os números de inscrição nos cadastros esta-dual e federal, tratando-se de pessoa inscrita; c) o pedido e seus fundamentos, expostos com

clareza e precisão;

d) a assinatura, seguida do nome completo do signatário (requerente), com a indicação do número de seu documento de identidade e do nome do órgão expedidor.

A consulta será encaminhada pela Internet ou apresentada na repartição fazendária do domicílio

fiscal do requerente, anexando, neste caso, arquivo digital da petição em formato texto (txt).

Quando a consulta for formulada por entidade representativa de classe de contribuintes ou responsá-veis, deverá constar no pedido a relação das empre-sas a ela vinculadas, com especificação, em relação a cada uma, de seus respectivos estabelecimentos.

(RPAF-BA/1999, arts. 56 e 59)

3. EFEItoS dA ConSultA

A consulta eficaz produz os seguintes efeitos, exclusivamente em relação à matéria consultada:

a) suspende o curso do prazo de recolhimento dos tributos não vencidos à data em que for formulada;

b) adquire o caráter de denúncia espontânea em relação a débito vencido até a data da formu-lação da consulta pelo sujeito passivo, não cabendo acréscimos moratórios a partir des-sa data, desde que, no prazo de 20 dias da data da intimação da solução, o sujeito passi-vo adote as demais providências previstas no RPAF-BA/1999, arts. 95 a 99;

c) impede que o procedimento fiscal seja instau-rado contra o consulente a respeito da matéria consultada, desde a data da entrada da peti-ção até o 20º dia após a ciência da decisão final da consulta.

Nota

O impedimento de ação fiscal mencionado na letra “c” anterior não prevalecerá no caso de crédito tributário cujo termo final do prazo de deca-dência for inferior a um ano, hipótese em que:

a) no Auto de Infração, deverá ser estipulada a condição de suspensão da exigibilidade do crédito tributário até a solução da consulta; b) se da resposta final da consulta resultar tributo a ser pago, a

qui-tação do débito, sendo providenciada no prazo de 20 dias após a ciência da resposta à consulta, será feita com a devida correção monetária; porém, sem acréscimos moratórios e sem multa.

(RPAF-BA/1999, art. 62, § 2º, e art. 63)

3.1 Contribuinte substituto

A consulta não suspende o prazo para o recolhi-mento do tributo retido pelo substituto tributário, antes ou depois de sua apresentação.

(RPAF-BA/1999, art. 62, § 1º)

(7)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. Adoção do EntEndIMEnto ContIdo nA rESPoStA

Dentro de 20 dias após a ciência da resposta à consulta, o consulente deverá acatar o entendimento estabelecido na mesma, ajustando-se à orientação recebida, se for o caso, e efetuando o pagamento das quantias porventura devidas, atualizadas mone-tariamente até 31.12.2000, se o seu vencimento tiver ocorrido antes dessa data, mas sem acréscimos moratórios a partir da data da formulação da consulta.

A observância, pelo consulente, da resposta dada à consulta, enquanto prevalecer o entendimento nela consubstanciado, exime o contribuinte de qualquer penalidade e exonera-o do pagamento do tributo, que se considera não devido no período.

(RPAF-BA/1999, arts. 63 e 65)

4.1 reforma de orientação

A reforma de orientação adotada em solução de consulta anterior prevalecerá em relação ao consu-lente, após ser este cientificado da nova orientação.

Sobrevindo essa nova orientação após a resposta à consulta, por meio de portaria do Secretário da Fazenda, de instrução normativa ou de parecer norma-tivo, tal orientação prevalecerá sobre o entendimento manifestado na referida resposta, devendo o consu-lente passar a adotar a nova orientação normativa 10 dias após a entrada em vigor do ato correspondente, sem prejuízo do recolhimento do tributo, se devido.

(RPAF-BA/1999, arts. 64 e 66)

5. VíCIoS dA ConSultA

A consulta será indeferida quando viciada de ilegitimidade de parte, inepta, ineficaz ou quando não for efetuado o pagamento da taxa pela prestação de serviço de consulta no prazo regulamentar.

(RPAF-BA/1999, art. 61)

5.1 Ilegitimidade de parte

Verifica-se a condição de viciada de ilegitimidade de parte quando a consulta for assinada por pessoa sem capacidade ou competência legal para fazê-lo, inclusive em caso de ausência de legítimo interesse ou de ilegalidade da representação.

(RPAF-BA/1999, art. 10, § 1º, II, e art. 61, § 1º, I)

5.2 Inépcia

Considera-se inepta a consulta que:

a) não contiver pedido ou seus fundamentos; b) contiver incompatibilidade entre o pedido e os

seus fundamentos;

c) contiver pedido relativo à matéria não contem-plada na legislação tributária;

d) não contiver elementos essenciais à identifica-ção do sujeito passivo, inclusive sua assina-tura, após devidamente intimado o requerente para supri-los.

(RPAF-BA/1999, art. 10, § 1º, III)

5.3 Ineficácia

A consulta é ineficaz quando:

a) formulada por quem tiver sido intimado a cum-prir obrigação relativa ao fato ou ato objeto da consulta;

b) feita após o início do procedimento fiscal ou depois de vencido o prazo legal para o cum-primento da obrigação a que se referir; c) o ato ou o fato estiver disciplinado em ato

nor-mativo publicado antes de sua apresentação, ou estiver definido expressamente em disposi-ção literal de lei;

d) versar sobre questão já resolvida por decisão administrativa ou judicial em que o consulente tenha figurado como parte ou interessado; e) o ato ou o fato for definido como crime ou

con-travenção.

Em se tratando de consulente sob ação fiscal, não será declarada a ineficiência da consulta quando os fatos sujeitos à fiscalização não estiverem relaciona-dos com a matéria objeto da consulta.

(RPAF-BA/1999, art. 61, § 1º, II, e § 5º)

6. CoMPEtênCIA PArA rESPondEr à ConSultA

É competente para responder à consulta a res-peito da legislação tributária estadual:

a) o diretor de tributação da Secretaria da Fazenda; b) o procurador-geral do Estado, tratando-se de

consulta a respeito das taxas de prestação de serviço na área do Poder Judiciário.

(8)

7. PArECEr trIButárIo

Apresentamos a seguir exemplo de parecer do Fisco baiano sobre consulta formulada por contri-buinte acerca de produtos comestíveis resultantes do abate de gado bovino.

“GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DA FAZENDA

PARECER Nº 22102/2013 DATA: 29/08/2013

ICMS. PRODUTOS COMESTÍVEIS RESULTANTES DO ABATE DE GADO BOVINO. A dispensa de lançamento e recolhimento do imposto alcança tanto as saídas de pro-dutos comestíveis resultantes do abate do gado bovino, efetuadas pelo estabelecimento abatedor que atenda à legislação sanitária estadual ou federal, como também as operações subsequentes de comercialização dos citados produtos. Disciplina do art. 271 do RICMS/BA.

O Consulente, atuando neste Estado no comércio ataca-dista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - CNAE 4691500 (atividade princi-pal), dirige consulta a esta Administração Tributária, nos moldes do Regulamento do Processo Administrativo Fiscal, aprovado pelo Dec. nº 7.629/99, solicitando orientação no tocante à alíquota de ICMS incidente sobre embutidos (mortadela, linguiça calabresa, entre outros), quando da comercialização destes produtos para consumidor final. Ressalta a Consulente que o art. 271 do Dec. nº 13.780/2012 (Regulamento do ICMS do Estado da Bahia), prevê que fica dispensado o lançamento e o pagamento do imposto referente às saídas efetuadas de estabelecimento abate-dor que atenda à legislação sanitária estadual ou federal, e o relativo às operações internas subsequentes com os produtos comestíveis, inclusive embutidos, resultantes do abate de aves e gado bovino, bufalino, suíno, equino, caprino, ovino, asinino e muar, bem como o imposto dife-rido relativo às aquisições dos animais vivos.

Da mesma forma, o referido Regulamento determina que na saída interestadual dos produtos resultantes do abate de aves e gado bovino, bufalino, suíno, equino, caprino, ovino, asinino e muar, o estabelecimento abatedor que atenda à legislação sanitária estadual ou federal emitirá nota fiscal com destaque do imposto apenas para creditamento do imposto pelo destinatário, mas sem ônus tributário para o emitente.

Diante do exposto, a Consulente apresenta o seguinte questionamento:

- As indústrias que atendem à legislação sanitária estão emitindo notas fiscais sem o destaque do ICMS, quando da saída dos produtos embutidos. As saídas subsequentes realizadas pelos contribuintes varejistas (supermercados), também estão desoneradas do destaque e consequente recolhimento do ICMS?

RESPOSTA

O referido art.271do RICMS/BA (Dec. nº 13.780/12) assim disciplina a matéria ora consultada:

‘Art. 271. Fica dispensado o lançamento e o pagamento do imposto referente às saídas efetuadas de estabeleci-mento abatedor que atenda a legislação sanitária estadual ou federal e as operações internas subsequentes com os produtos comestíveis, inclusive embutidos, resultantes do abate de aves e gado bovino, bufalino, suíno, equino, caprino, ovino, asinino e muar, bem como o diferido relativo às aquisições dos animais vivos.

Parágrafo único. Na saída interestadual dos produtos resul-tantes do abate de aves e gado bovino, bufalino, suíno, equino, caprino, ovino, asinino e muar, o estabelecimento abatedor que atenda a legislação sanitária estadual ou federal emitirá nota fiscal com destaque do imposto ape-nas para creditamento do imposto pelo destinatário, mas sem ônus tributário para o emitente’.

Observa-se, assim, da leitura do dispositivo legal acima transcrito, que a dispensa de lançamento e recolhimento do imposto alcança tanto as saídas de produtos comes-tíveis resultantes do abate do gado bovino, efetuadas pelo estabelecimento abatedor que atenda à legislação sanitária estadual ou federal, como também as operações subsequentes de comercialização dos citados produtos (aí incluídos os embutidos), efetuadas pela Consulente. Ressalte-se, porém, que a nota fiscal a ser emitida pelo estabelecimento abatedor, sem destaque do ICMS, deverá conter a informação relativa à observância da legislação sanitária estadual ou federal, para fins de controle da Fis-calização. Da mesma forma, o documento fiscal emitido pela Consulente quando das vendas subsequentes dos referidos produtos deverá conter a observação de que a operação encontra-se beneficiada pela dispensa do lan-çamento e recolhimento do imposto, na forma prevista no art. 271 do RICMS/BA.

Respondido o questionamento apresentado, informamos que, conforme determina o artigo 63 do RPAF (Dec. nº 7.629/99), no prazo de vinte dias após a ciência da res-posta à presente consulta deverá a Consulente acatar o entendimento apresentado neste opinativo, ajustando-se à orientação recebida.

É o parecer.

Parecerista: CRISTIANE DE SENA COVA

GECOT/Gerente: 29/08/2013 - CRISTIANE DE SENA COVA DITRI/Diretor: 30/08/2013 - JORGE LUIZ SANTOS GON-ZAGA

(9)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

FEdERal

IPI - Industrialização - Não

caracterização - Operações excluídas

da tributação

Caracteriza-se industrialização qualquer ope-ração que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo.

Os diversos processos de industrialização são os mencionados nos incisos I a V do caput do art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, quais sejam: transformação, beneficia-mento, montagem, acondicionamento ou reacondicio-namento e renovação ou recondicioreacondicio-namento.

Entretanto, não são consideradas industrializa-ção, perante a legislação do IPI, as operações com as seguintes características:

a) o preparo de produtos alimentares, não acon-dicionados em embalagem de apresentação: a.1) na residência do preparador ou em

res-taurantes, bares, sorveterias,

confeita-rias, padaconfeita-rias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou

a.2) em cozinhas industriais, quando destina-dos à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato

con-centrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimen- tos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de

artesa-nato;

d) a confecção de vestuário, por encomenda di-reta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;

e) o preparo de produto, por encomenda dire-ta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional;

f) a manipulação em farmácia, para venda dire-ta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica;

EStadual

Agropecuário - Setorial - Isenção do

imposto nas operações com embalagem

de agrotóxico e respectivas tampas

O uso adequado de agrotóxicos e o destino final de suas embalagens vazias são de grande importân-cia para a saúde e o meio ambiente.

A Lei federal nº 7.802/1989, alterada pela Lei nº 9.974/2000, dispõe sobre, entre outras, as operações de devolução impositiva de embalagens vazias de agrotóxicos.

Várias entidades, como o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e a

Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) se dedicam a orientar aquelas que utilizam os agrotóxicos.

Quanto ao ICMS, o Convênio ICMS nº 42/2001 concede isenção do ICMS nas operações com emba-lagem e suas respectivas tampas.

O Estado da Bahia incorporou em sua legislação esse acordo interestadual. Com efeito, estão isentas do ICMS as operações de devolução impositiva de embalagens vazias de agrotóxicos e suas respectivas tampas, realizadas sem ônus, nos termos da legisla-ção federal aplicável.

(RICMS-BA/2012, art. 265, LXII; Convênio ICMS nº 42/2001; http://www.inpev.org.br/inpev/indexhttp://www.andef.com.br/ home/)

N

a

IOB Setorial

(10)

g) a moagem de café torrado, realizada por esta-belecimento comercial varejista como ativida-de acessória;

h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte:

h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, han-gares, galpões e semelhantes, e suas coberturas);

h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelé-tricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, esta-ções, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos

in-dustriais ao solo;

i) a montagem de óculos, mediante receita mé-dica;

j) o acondicionamento de produtos classifica-dos nos capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiriclassifica-dos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes, conforme segue:

j.1) Capítulo 16: preparações de carne, de peixes e de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; j.2) Capítulo 17: açúcares e produtos de

con-feitaria;

j.3) Capítulo 18: cacau e suas preparações; j.4) Capítulo 19: preparações à base de

ce-reais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria;

j.5) Capítulo 20: preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras plantas; j.6) Capítulo 21: preparações alimentícias

di-versas; e

j.7) Capítulo 22: bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres;

k) o conserto, a restauração e o recondiciona-mento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa cutora ou quando essas operações sejam exe-cutadas por encomenda de terceiros não es-tabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, res-taurador ou recondicionador, de partes ou pe-ças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações;

l) o reparo de produtos com defeito de fabrica-ção, inclusive mediante substituição de partes

e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessioná-rios ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante;

m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com em-prego de máquinas de costura;

n) a mistura de tintas entre si, ou com concentra-dos de pigmentos, sob encomenda do consu-midor ou usuário, realizada em estabelecimen-to comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependen-tes, controladora, controlada ou coligadas; e o) a operação de que resultem os produtos

rela-cionados na subposição 2401.20 da TIPI (ta-baco total ou parcialmente destalado), quando exercida por produtor rural pessoa física. Note-se que os produtos, partes ou peças empre-gados nas operações de que trata a letra “h” não estão excluídos da incidência do IPI, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 5º do RIPI/2010. Para efeito de aplicação da legislação, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural (física), nas seguintes condições:

a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e b) quando o produto for vendido a consumidor,

diretamente ou por intermédio de entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido. Por outro lado, oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, quando utiliza força motriz, não dispõe de potência superior a 5 kW; e trabalho preponderante é o que contribui, no mínimo, com 60%, no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra.

Nos termos do § 2º do art. 10 do Decreto-lei nº 1.950/1982, consideram-se:

a) controladora ou controlada - qualquer pessoa que se enquadre nas definições contidas nos arts. 116 e 243, § 2º, da Lei nº 6.404/1976; e b) interligadas - as pessoas jurídicas que tenham

como controlador o mesmo sócio ou acionista. Portanto, as empresas são consideradas:

a) interdependentes:

a.1) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem

(11)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônju-ges, se a participação societária for de pessoa física;

a.2) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; a.3) quando uma tiver vendido ou

consigna-do à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusivi-dade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais ca-sos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importa-ção;

a.4) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industriali-zados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a pa-dronagem, marca ou tipo do produto; a.5) quando uma vender à outra, mediante

contrato de participação ou ajuste seme-lhante, produto tributado que tenha fabri-cado ou importado;

b) controladora: a definida pelo art. 116 da Lei nº 6.404/1976, o qual dispõe que se entende por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:

b.1) é titular de direitos de sócio que lhe asse-gurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assem-bleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b.2) usa efetivamente seu poder para dirigir

as atividades sociais e orientar o funcio-namento dos órgãos da companhia; c) controlada:

c.1) a sociedade de cujo capital outra socie-dade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assem-bleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;

c.2) a sociedade cujo controle, referido na le-tra antecedente, esteja em poder de ou-tra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas; e

d) interligadas: as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Observar, ainda, que não é caracterizada a interdependência mencionada nas letras “a.3” e “a.4” para venda de matérias-primas e produtos interme-diários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador.

(Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, § 2º; Lei nº 6.404/1976, arts. 116, caput, e 243, § 2º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002, art. 1.098; RIPI/2010, arts. 4º, caput, 5º, 7º e 612)

N

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

DCTF - Obrigatoriedade

1) Quem está obrigado à entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)?

Deverão apresentar a DCTF Mensal, desde que tenham débitos a declarar:

a) as pessoas jurídicas de direito privado em ge-ral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; b) as unidades gestoras de orçamento das

au-tarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios e

dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Dis-trito Federal e dos Poderes Executivo e Legis-lativo dos Municípios;

c) os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem víncu-lo empregatício.

Considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

(Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, art. 2º, caput, § 3º)

(12)

Repenec - Habilitação - Requerimento

2) Que tipo de pessoa jurídica poderá requerer habilitação para efetuar aquisições e importações de bens e serviços no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oes-te (Repenec)?

A habilitação para efetuar aquisições e importa-ções de bens e serviços no Repenec somente poderá ser requerida por pessoa jurídica de direito privado, titular de projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural.

(Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010, art. 5º)

Substituição tributária - Regime especial

3) Qual é o conceito de substituto e substituído pe-rante a legislação do IPI?

Para fins de solicitação de regime especial do IPI, considera-se:

a) contribuinte substituto - o estabelecimento in-dustrial ou equiparado a inin-dustrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituí-do com suspensão substituí-do IPI; e

b) contribuinte substituído - o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto.

(Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010, art. 2º)

ICMS/Ba

Incidência - Remessa para armazém-geral situado em outro Estado

4) As remessas de mercadorias para armazém--geral situado em outro Estado são tributadas?

Sim. As remessas de mercadorias para armazém--geral situado em outro Estado são tributadas pelo ICMS, uma vez que a não incidência abrange apenas as operações internas.

(Lei nº 7.014/1996, art. 2º, I)

Local da operação - Peixes, crustáceos, moluscos

5) Qual é o local da operação referente à captura de peixes, crustáceos e moluscos?

O local da operação relativa à captura de peixes, crustáceos e moluscos é o de desembarque do pro-duto.

(Lei nº 7.014/1996, art. 13, I, “i”)

Não incidência - Remessas de mercadorias para armazém-geral situado dentro do Estado

6) O ICMS incide nas remessas de mercadorias para armazém-geral situado dentro do Estado?

Não. O ICMS não incide nas saídas de mercado-rias ou bens com destino a armazém-geral situado neste Estado, bem como em retorno ao estabeleci-mento depositante.

(Lei nº 7.014/1996, art. 3º, VI, “a” e “c”)

Referências

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