• Nenhum resultado encontrado

ÉTICA, REGULAÇÃO E ANÁLISE DE PERFIL DO INVESTIDOR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ÉTICA, REGULAÇÃO E ANÁLISE DE PERFIL DO INVESTIDOR"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

2

ÉTICA, REGULAÇÃO E ANÁLISE DE

CAPÍTULO

(2)

Não deixe de conferir nossas redes sociais, lá você pode ter acesso a muito

conteúdo sobre o mundo das finanças e do empreendedorismo. Inclusive, os

mapas mentais da certificação CPA 10 são disponibilizados gratuitamente no

nosso site. Para acessar as nossas redes sociais, basta clicar nos ícones

disponibilizados.

Tenho a alegria e satisfação de apresentar a mais nova edição do livro

digital CPA 10 - Ética, Regulação e Análise do Perfil do Investidor, para ajudar

nossos estudantes e profissionais a conquistar sua certificação no intuito do

seu desenvolvimento, tanto pessoal quanto profissional.

 

A obra compreende o módulo 2 da avaliação e foi totalmente revisada e

está totalmente adequada para os alunos que gostariam de realizar a

certificação no ano de 2021, sendo constantemente atualizada afim de

garantir que os conteúdos propostos estejam de acordo com o conteúdo

programático cobrado na avaliação.

Espero que este trabalho colabore com o seu sucesso profissional e seja um primeiro passo para caminhadas ainda maiores.

Dica Importante:

Website Facebook Instagram Youtube

Redes

Sociais

(3)

Introdução à prevenção contra lavagem de dinheiro ... 5

- Lavagem de dinheiro: origem e conceito ... 5

- Lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (LD-FT) ...6

Movimentações que devem ser comunicadas ao COAF ... 7

- Penalidades para quem realiza o crime de lavagem de dinheiro ... 8

Prevenção à LD-FT ... 10

- Avaliação Interna de Risco ... 11

- Medidas preventivas ... 11

- Conheça seu cliente ... 11

- Importância e papel das autoridades no Registro de Operações ... 12

Operações suspeitas ... 12

- Características de uma operação suspeita ... 13

- Papel das autoridades na comunicação e controle de atividades suspeitas ... 15

Comunicação ao COAF ... 16

Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) ... 18

Conheça seu parceiro (KYP – know your partner) ... 18

Ética na venda ... 19

- Venda casada ... 19

(4)

- Conhecimento do produto ... 21

- Tolerância ao risco ... 21

Análise do Perfil do Investidor (API) ... 21

- Detalhamento do processo de suitability ... 22

- Verificação de adequação do perfil ... 22

- Obrigações da pessoa jurídica quanto a API ... 24

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento ... 26

- Definições (Cap. I)... 26

- Objetivos e Abrangência (Cap. II) ... 27

- Princípios Gerais de Conduta (Cap. IV) ... 29

- Regras, Procedimentos e Controles (Cap. V) ... 30

(5)

A prevenção contra lavagem de dinheiro é um importante tópico e que merece destaque, visto que o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação favorecem a criação de cada vez mais alternativas para ocultar a origem de dinheiro ilícito. Nesse contexto, é necessária uma fiscalização eficiente para que a condição monetária e fiscal do país não seja prejudicada. Para isso, foram elaborados mecanismos que garantem a cooperação e o cumprimento do papel das instituições financeiras na prevenção à lavagem de dinheiro, de modo a auxiliar os reguladores do país nessa tarefa importante.

Lavagem de dinheiro: origem e conceito

O crime de lavagem de dinheiro acontece quando recursos obtidos de maneira ilícita são manipulados para que aparentem ter origem lícita. Essa “transformação” de dinheiro ilegal em legal acaba por impactar significativamente diversos aspectos da sociedade, como gerar aumento no índice de desemprego, redução na arrecadação de impostos, entre outros.

Segundo o artigo 1º da Lei 9.613/98, o conceito de lavagem de dinheiro é “[...] ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”.

O termo “lavagem de dinheiro” foi originado na década de 1920, quando grupos criminosos norte-americanos usavam lavanderias como meio de ocultação da origem do dinheiro adquirido através de atividades criminosas. Assim, o grupo era capaz manter as atividades ilegais e fazer parecer que o dinheiro era obtido através de atividades comuns.

Essa forma de inserção de dinheiro ilegal na economia através da ocultação ou dissimulação da sua real origem é dividida em três etapas independentes, que podem acontecer ao mesmo tempo ou sequencialmente:

Colocação: é a primeira fase do processo, na qual o dinheiro é inserido no sistema econômico. Para isso, mecanismos como compra de bens e depósitos são utilizados. Posteriormente, são realizadas ações com o propósito de ocultar a verdadeira origem do dinheiro. Isso acontece através da adoção de metodologias variadas, tais como a utilização de estabelecimentos que, usualmente, trabalham com dinheiro em espécie

(6)

Ocultação: é a segunda fase do processo, a qual objetiva tornar irrastreável a origem – ilícita – do dinheiro. Para isso, é comum que ocorra a transferência eletrônica desses recursos para países que possuem fortes leis de sigilo bancário, de modo que dificulta a busca por evidências que ligam o dinheiro a sua verdadeira fonte.

Integração: é a terceira – e última – fase do processo, a qual consiste em integrar o dinheiro no sistema econômico de uma maneira formal. Para esse fim, são utilizados mecanismos para formar cadeias que facilitam significativamente esse dinheiro a se passar como legítimo. Esses mecanismos podem ser através de investimentos em empreendimentos que favorecem a prestação de serviços entre si, assim fica muito mais difícil ligar os recursos às origens ilegais.

Lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (LD-FT)

É importante destacar que a lei de lavagem de dinheiro impõe pena não somente para aqueles que estão diretamente envolvidos no processo, mas para todos que, de alguma forma, contribuem para quaisquer etapas do procedimento. Isso posto, é de fácil compreensão que o combate a essa prática é essencial e exige grandes esforços.

O combate à LD-FT no Brasil é responsabilidade do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que desde 2020 é vinculado de forma administrativa ao Banco Central do Brasil (BACEN). Assim, o COAF, conhecido por ser o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro, tem como missão produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Para isso, esse importante órgão atua com o objetivo de receber, identificar e examinar possíveis atividades ilícitas, além de disciplinar e aplicar penas administrativas.

Nessa mesma linha de raciocínio e somando esforços, existem outros importantes agentes que desempenham papéis cruciais no combate à LD-FT, esses são:

• BACEN • CVM

• Receita Federal

• Polícia Federal, entre outros.

O BACEN, por meio da Carta Circular Nº 3.542 de 2012, delibera sobre as movimentações que devem ser comunicadas ao COAF por serem suspeitas de

(7)

lavagem de dinheiro, de acordo com a Lei nº 9.613, de 1998. Após detectada uma ação passível de comunicação ao COAF, o mesmo deve ser feito em até 1 dia útil após a detecção e sem comunicar o cliente. Alguns exemplos são:

• Situações relacionadas com operações em espécie em moeda nacional;

• Situações relacionadas com operações em espécie em moeda estrangeira e cheques de viagem;

• Incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informados com o padrão apresentado por clientes com o mesmo perfil;

• Situações relacionadas com operações de investimento interno; entre outros.

Na circular nº 3.839, de 28 de junho de 2017 consta uma atualização sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas aos crimes de lavagem de dinheiro. Essas atualizações envolvem os valores de operações que devem ser comunicadas ao COAF e vistas como suspeitas de lavagem de dinheiro. Assim, é possível destacar:

• Emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em montante acumulado igual ou superior a R$50.000,00 ou o equivalente em moeda estrangeira, no mês-calendário;

• Depósito em espécie, saque em espécie, ou saque em espécie por meio de cartão pré-pago, de valor igual ou superior a R$50.000,00;

• Emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento de transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00;

As instituições devem solicitar de seus clientes e dos sacadores não clientes comunicação prévia, com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, dos saques e pagamentos em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00. É essencial,

(8)

(igual ou superior a R$10.000,00) atentem a Resolução nº 25, de 2013 do COAF. É possível destacar alguns fatores importantes citados na resolução, tais como:

• Necessidade de haver um cadastro completo de clientes e demais envolvidos em operações superiores a 10 mil reais;

• Operações, iguais ou superiores a 10 mil reais, devem ser registradas de forma completa, incluindo data, meio de pagamento, valor, etc.

• Deve ser comunicada ao COAF qualquer operação ou conjunto de operações de um mesmo cliente no período de seis meses que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda, em espécie;

• O registro de operações deve se manter por no mínimo 5 anos. Importante:

Para a prova de certificação, não será demandado que o indivíduo memorize cada um dos casos passíveis de comunicação ao COAF, tampouco as grandes listas descritas nas circulares do BACEN. Por outro lado, é fundamental que se saiba identificar as operações suspeitas e compreender como funcionam os mecanismos de prevenção.

Penalidades para quem realiza o crime de lavagem de dinheiro

De acordo com a ICVM 617 e com a Circular BACEN 3.978, as instituições devem selecionar um diretor para ser responsável por implementar e cumprir as medidas de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Dessa forma, em caso de irregularidades, o diretor estará sujeito a penalidades administrativas na pessoa física.

De acordo com a Lei 9.613/98, as penalidades administrativas que podem vir a ser aplicadas são:

Advertência: Ocorre por irregularidades das instituições que por lei devem informar aos orgãos competentes sobre operações suspeitas, por exemplo.

(9)

I. Dobro do valor da Operação

II. Dobro do Lucro Obtido

III. Importante que a multa nunca será superior a 20 milhões de reais, ou seja, a multa máxima pelo crime de lavagem de dinheiro é de R$ 20.000.000,00.

Inabilitação temporária: Pelo prazo de até dez anos, a pessoa que possuia o cargo de administrador por estar inabilitado das suas operações, ou seja, a pessoa que teve participação no crime não pode se tornar administrador das operações da pessoa jurídica utilizada para executar a atividade ilícita.

Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento: Essa punição é a obrigatoriedade da empresa terminar com suas atividades.

Os tópicos citados até aqui são punições relacionadas as pessoas jurídicas e físicas, para as pessoas físicas pode ser aplicada também a pena de reclusão com tempo de 3 a 10 anos. Entretanto, se o infrator colaborar com as investigações há possibilidade de redução da pena em até 2/3 do tempo total.

E, ainda, são destinadas as mesmas punições para quem:

• Ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal:

o Convertendo-os em ativos lícitos;

o Os adquire, recebe, troca, guarda, dá ou recebe em garantia, negocia, tem em depósito, movimenta ou transfere;

o Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. • Usa, na atividade financeira ou econômica, direitos, bens ou valore que tenham infração penal como origem;

• Participa de associação, escritório ou grupo tendo ciência de que sua atividade principal ou secundária é destinada à prática de crimes previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro.

Por fim, é válido destacar que apesar de falhas na prevenção à LD-FT serem consideradas infrações administrativas, ambas as práticas são consideradas crime no Brasil. Assim, as penas segundo a Lei 13.260/16 são:

(10)

• Lavagem de dinheiro: pena de reclusão de 3 a 10 anos e multa para pessoas físicas e representantes de pessoas jurídicas considerados responsáveis pela prática.

• Financiamento ao terrorismo: pena de reclusão de 15 a 30 anos para os responsáveis pela prática.

Fica entendido, então, que quaisquer pessoas que participem, direta ou indiretamente, do processo de lavagem de dinheiro estão sujeitas a punições.

Portanto, as mesmas penas são aplicáveis aos agentes que tornam possível a ocorrência de lavagem de dinheiro em seu amplo ciclo, que abrange as fases de integração, ocultação e colocação.

LD-PF significa lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, há uma série de procedimentos determinados pelos órgãos supervisores para combater as práticas de lavagem de dinheiro, essas precauções se dão tanto em caráter preventivo – pela fiscalização das operações suspeitas, necessidade de controle das operações dos clientes das instituições que operam em setores estratégicos da economia como as instituições financeiras – como também em caráter corretivo, como exemplo das punições explicitadas anteriormente.

Para uma melhor efetividade nesse processo, estão sendo adotadas as recomendações mais recentes do Grupo de Ação Financeira contra Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), que visam fazer com que as instituições financeiras compreendam, avaliem e identifiquem os riscos de LD-FT que existem sobre suas atividades específicas. Isso significa que, gradativamente, as instituições financeiras passam a ter mais obrigação de conhecer seu público e, a partir disso, identificar e prevenir situações de LD-FT.

Essa nova metodologia faz com que a prevenção à LD-FT seja mais eficiente e que, apesar de ainda necessária a imposição de algumas regras por parte da regulação, sejam elaborados cada vez mais modelos personalizados de instituição para instituição, considerando os riscos pertinentes de cada uma. Dessa forma, a constante atualização e melhora dos processos de prevenção faz com que, consequentemente, seja exigida maior capacidade de adaptação e atenção dos profissionais responsáveis.

(11)

Avaliação Interna de Risco

O BACEN, através da Circular BACEN 3.978, e a CVM, através da ICVM 617, fazem com que seja obrigatória a realização de uma Avaliação Interna de Risco, a respeito dos produtos e serviços prestados por parte das instituições reguladas por eles e, também, à natureza de seus fornecedores, clientes, funcionários e parceiros. Assim, essa exigência objetiva elevar a eficiência das estratégias de combate à LD-FT.

As avaliações internas de risco são documentos que servem como parâmetro para as políticas e mecanismos de prevenção à LD-FT que devem ser adotados pelas instituições. Ainda, é exigido que as avaliações sejam documentadas não somente aos órgãos de controle como também para a alta administração da instituição em questão. Por fim, a CVM faz obrigatória a elaboração anual dessas avaliações e o BACEN solicita uma revisão das mesmas a cada 2 anos – esse período de 2 anos pode ser encurtado em casos de alteração significativa no perfil de risco da instituição.

Medidas preventivas

Após a compreensão dos tópicos anteriores, fica clara a razão do esforço no combate à LD-FT e também a importância da prevenção e fiscalização. Nesse sentido, como a prática pode ser realizada tanto por instituições financeiras quanto por seus clientes e investidores, os mecanismos de prevenção se fazem ainda mais importantes.

Algumas formas de prevenção, impostas, principalmente, através das regulamentações do BACEN e da CVM, são a respeito de procedimentos de armazenamento de dados e identificação de clientes. Portanto, esses órgãos exigem que seja realizado um procedimento padrão de cadastro, identificação, registro e comunicação de operações realizadas pelos clientes.

Conheça seu cliente

A política de “conheça seu cliente” é uma das ações adicionais que não só podem, como devem ser tomadas pelas instituições financeiras para a preservação de um ambiente seguro. Dessa forma, a adoção de mecanismos e sistemas preventivos ajudam não somente no cumprimento da lei como também na reputação das instituições financeiras, visto que a maior parte dos clientes opta por não procurar instituições que já foram relacionadas à LD-FT.

(12)

Para aplicar essa política é realizada uma construção detalhada do perfil do cliente em questão através da coleta de dados acerca do mesmo. Nesse contexto, as informações mínimas solicitadas pela CVM podem ser consultadas na ICVM 617 (anexos 11-a e 11-b) e, por sua vez, as informações mínimas solicitadas pelo BACEN podem ser contultadas na Circular BACEN 3.978 (art. 16).

Durante a coleta de dados são requisitadas informações variadas, como renda, profissão, grau de escolaridade, dados documentais e patrimônio. Com isso, é possível criar uma margem para filtrar quais operações seriam suspeitas se realizadas pelo cliente em questão.

Por fim, como, geralmente, as irregularidades são identificadas com um intervalo grande de tempo após o acontecimento, é recomendado que os registros antigos dos clientes sejam mantidos por, pelo menos, 10 anos. Também, pelo mesmo prazo, é recomendado que se mantenham os arquivos após o término do relacionamento com a instituição.

Importância e papel das autoridades no Registro de Operações

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central do Brasil (BACEN) exigem que o registro de uma operação financeira realizada por um cliente seja mantido por 5 anos, no mínimo. Ainda, no caso do BACEN, essa necessidade de manter o registro pode variar até 10 anos, dependendo da característica da operação. Em somatório com os órgãos reguladores, a Lei 9.613/98 também exige a manutenção dos registros de operações por, pelo menos, 5 anos e permite que as autoridades responsáveis estendam esse prazo caso necessário.

O registro de operações deve acontecer em conjunto com a preservação de dados completos e atualizados dos clientes, de forma que seja possível identificar todas as operações – com destaque para as passíveis de comunicação ao COAF. Com isso, é possível que o órgão regulador analise o histórico de operações e verifique o cumprimento da instituição financeira acerca do seu papel de sinalizar a ocorrência de operações suspeitas.

(13)

Para que exista uma padronização nas regras, é necessário que sejam detalhadas quais operações são consideradas suspeitas e, além disso, as características que as fazem ser percebidas de tal forma. Assim, todas as possibilidades de lavagem de dinheiro são levadas à análise por parte do COAF, que, como visto, atua como principal órgão no combate a essa prática

Características de uma operação suspeita

Como citado anteriormente, é através da ICVM 617 e da Circular BACEN 3.978 que esses órgãos tratam acerca da LD-FT. Assim, são nesses documentos que são listadas situações consideradas suspeitas pelos mesmos.

Segundo a Circular BACEN 3.978, podem configurar situações de LD-FT:

• As operações realizadas e os produtos e serviços contratados que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a existência de indícios de lavagem de dinheiro ou de financiamento do terrorismo, inclusive:

• As operações realizadas ou os serviços prestados que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objetive burlar os procedimentos de identificação, qualificação, registro, monitoramento e seleção previstos nesta Circular;

• As operações de depósito ou aporte em espécie, saque em espécie, ou pedido de provisionamento para saque que apresentem indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores;

• As operações realizadas e os produtos e serviços contratados que, considerando as partes e os valores envolvidos, apresentem incompatibilidade com a capacidade financeira do cliente, incluindo a renda, no caso de pessoa natural, ou o faturamento, no caso de pessoa jurídica, e o patrimônio;

• As operações com pessoas expostas politicamente de nacionalidade brasileira e com representantes, familiares ou estreitos colaboradores de pessoas expostas politicamente;

• As operações com pessoas expostas politicamente estrangeiras;

• Os clientes e as operações em relação aos quais não seja possível identificar o beneficiário final;

(14)

• As operações oriundas ou destinadas a países ou territórios com deficiências estratégicas na implementação das recomendações do Grupo de Ação Financeira (Gafi); e

• As situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes.

Segundo a Instrução CVM 617, podem configurar situações de LD-FT:

• Situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes;

• Situações em que não seja possível identificar o beneficiário final;

• Incompatibilidade da atividade econômica, do objeto social ou do faturamento informados com o padrão operacional apresentado por clientes com o mesmo perfil; • Depósitos ou transferências realizadas por terceiros, para a liquidação de operações de cliente, ou para prestação de garantia em operações nos mercados de liquidação futura;

• pagamentos a terceiros, sob qualquer forma, por conta de liquidação de operações ou resgates de valores depositados em garantia, registrados em nome do cliente;

Operações:

• cujos valores se afigurem incompatíveis com a ocupação profissional, os rendimentos ou a situação patrimonial ou financeira de qualquer das partes envolvidas, tomando-se por base as informações cadastrais respectivas;

• realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que se refere a algum dos envolvidos;

• que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume ou frequência de negócios de qualquer das partes envolvidas;

• cujos desdobramentos contemplem características que possam constituir artifício para burla da identificação dos efetivos envolvidos e beneficiários respectivos;

• que evidenciem mudança repentina e objetivamente injustificada relativamente às modalidades operacionais usualmente utilizadas pelos envolvidos;

• cujo grau de complexidade e risco se afigurem incompatíveis com o perfil do cliente ou de seu representante, nos termos da regulamentação específica que dispõe sobre o dever de verificação da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente e com o porte e o objetivo social do cliente;

(15)

• realizadas com a aparente finalidade de gerar perda ou ganho para as quais falte, objetivamente, fundamento econômico ou legal;

• que envolvam transferências privadas de recursos e de valores mobiliários sem motivação aparente;

• realizadas fora de preço de mercado;

• ou situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvimento com atos terroristas; • com a participação de pessoas naturais, pessoas jurídicas ou outras entidades que residam, tenham sede ou sejam constituídas em países, jurisdições, dependências ou locais:

a) que não aplicam ou aplicam insuficientemente as recomendações do GAFI, conforme listas emanadas por aquele organismo; e

b) com tributação favorecida e submetidos a regimes fiscais privilegiados, conforme normas emanadas pela Receita Federal do Brasil.

Papel das autoridades na comunicação e controle de atividades

suspeitas

Como já abordado, é sabido que o BACEN e a CVM desempenham papéis fundamentais no combate e prevenção à lavagem de dinheiro, principalmente através da regulação. Entretanto, é importante saber discernir as situações que sugerem ou abrem margem de possibilidade para lavagem de dinheiro daquelas situações obrigatórias de comunicação ao COAF.

As situações podem variar dependendo de qual órgão as regula, BACEN ou CVM. Dessa forma, é fundamental diferenciar quem é regulado por qual órgão. Portanto, as regras da CVM se aplicam a:

• Entidades administradoras de mercados organizados e as entidades operadoras de infraestrutura do mercado financeiro.

• Pessoas naturais ou jurídicas que prestem no mercado de valores mobiliários, de forma permanente ou temporária, os serviços relacionados à administração de carteiras, custódia, infraestrutura, distribuição ou intermediação.

• Auditores independentes no âmbito do mercado de valores mobiliários.

(16)

o Agências de rating;

o Companhias securitizadoras; o Consultores de valores mobiliários; o Escrituradores; e

o Representantes de investidores não residentes.

• Auditores independentes no âmbito de valores mobiliários

É necessário reforçar que a ICVM 617 não se aplica para analistas de valores mobiliários e as companhias abertas que não realizam nenhuma das tarefas acima

Quanto ao BACEN, suas regras se aplicam a:

• Administradoras de consórcios; • Bancos; • Caixas econômicas; • Corretoras e Distribuidoras; • Cooperativas de crédito; • Instituições de pagamentos;

• Outras instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN.

Perceba que, no caso das corretoras, há fiscalização por parte tanto do BACEN, quanto da CVM. Isso, automaticamente, faz com que seja exigida uma cautela adicional desses agentes.

(17)

da instituição que é responsável pela política de combate e prevenção à LD-FT. Nessa situação, a CVM não prevê um prazo específico para a duração da análise, entretanto, caso encontrados indícios de LD-FT, o COAF deve ser comunicado em até 24 horas sem comunicar os envolvidos.

O BACEN opera de forma semelhante, entretanto, determina um prazo de 45 dias para a duração da análise de situações suspeitas. Assim, caso confirmada a existência de uma situação suspeita, o COAF deve ser comunicado, no máximo, até o dia útil seguinte a confirmação.

Existem, também, operações que dispensam análise e sua comunicação ao COAF – sem dar ciência aos envolvidos ou terceiros – é obrigatória, determinada pelo BACEN, como:

• Solicitação de provisionamento de saques em espécie cujo valor seja igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

• Operação de depósito ou aporte em espécie ou saque em espécie cujo valor seja igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

• Operações relativas a recebimentos, transferências de recursos e pagamentos, por meio de quaisquer instrumentos, contra pagamento em espécie, cujo valor seja igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

Outras inúmeras empresas também são obrigadas a comunicar suas operações ao COAF em decorrência da realização de atividades que, geralmente, são feitas com o intuito de executar lavagem de dinheiro. Algumas delas são:

• Pessoas jurídicas ou físicas que trabalhem com comércio de joias, metais preciosos, pedras preciosas, antiguidades e objetos de arte.

• Administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços e administradoras de cartões de crédito ou cartões de credenciamento.

• Pessoas jurídicas ou físicas que realizem compra ou venda de imóveis ou atividade de promoção imobiliária.

• Pessoas jurídicas ou físicas que realizem comércio de bens de alto valor, executem atividades relacionadas a grandes volumes de recursos em espécie.

(18)

Todas as instituições reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN) devem monitorar as listas de sanções CSNU, dispor de controles que possam bloquear, de forma imediata, ativos e comunicar imediatamente a indisponibilidade de ativos, assim como as tentativas de sua transferência, ao BACEN ou CVM, ao COAF e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Isso se dá em função das políticas de combate ao financiamento do terrorismo, onde estão inclusas a ICVM 617, a Resolução BCB 40 em também, a Lei 13.810/19. Desse modo, é determinado que as instituições financeiras têm a obrigação de agir, sem avisar previamente os sancionados, com o intuito de cumprir imediatamente as medidas estabelecidas nas resoluções sancionatórias do CSNU.

É exigência da regulação que as instituições tenham conhecimento acerca de seus fornecedores, parceiros e funcionários, uma vez que esses têm condições de influenciar nos controles de combate e prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (LD-FT). Prova disso é o fato de que a regulação é construída com base no risco, de modo que as instituições devem mapear seus funcionários, fornecedores e parceiros para que, dessa forma, seja possível identificar os pontos mais prováveis – mais suscetíveis ou vulneráveis – de ocorrência das práticas ilegais.

Além da possibilidade de comprometer a prevenção e combate à LD-FT, é importante destacar que também a imagem da instituição pode ser comprometida e sujeita a penalidades administrativas – caso ocorra uso da instituição para prática de LD-FT. Assim, é possível compreender as exigências de capacitação e treinamento de funcionários, assim como a obrigação de conhecimento, por parte dos fornecedores e parceiros, acerca das políticas de prevenção e combate à LD-FT e, também, dos controles existentes para esse objetivo presentes na ICVM 617.

(19)

Para que se mantenha um padrão de desenvolvimento constante e estável do mercado financeiro, é necessário que exista uma relação de cuidado, respeito e confiança entre o público e o próprio mercado. Assim, é possível incentivar a contratação de serviço e a compra de produtos e manter a visão à longo prazo de um relacionamento saudável com os clientes.

Nesse sentido, algumas regras devem ser observadas quanto ao oferecimento de produtos. Dessa forma, existem dois temas principais que precisam ser tratados: vedação à venda casada e restrição de oferecimento de produtos e serviços ao investidor.

Venda casada

O conceito de venda casada diz que essa é uma conduta que consiste no ato de subordinar a venda ou prestação de um serviço à aquisição de outro bem ou utilização de outro serviço. Portanto, a prática de venda casada irá permitir que o cliente adquira, por exemplo, um serviço apenas se o fizer enquanto contrata outro serviço ou compra outro produto, uma “compra casada”.

Não são necessários grandes aprofundamentos para perceber que essa prática não é saudável para o investidor, tampouco para o mercado, uma vez que a perda de bom relacionamento com os clientes vai contra o desenvolvimento do mercado financeiro. Assim, as leis brasileiras consideram essa prática que, além de abusiva – segundo o Código de Defesa do Consumidor –, é uma infração à ordem econômica – segundo o artigo 36 da Lei 12.529/11.

No mercado financeiro, o cliente deve sempre ser capaz de optar pelo produto que melhor satisfaz suas necessidades, ou pelo qual se identifica mais. Assim, ao condicionar a venda de um produto ou serviço a venda de outro produto ou serviço vai contra esse princípio e prejudica o mercado como um todo.

Por outro lado, é fundamental que se saiba identificar a diferença entre venda casada e descontos, promoções e vantagens advindas da compra de um produto. Para isso, merece destaque a situação de que, na venda casada, é impossível que o cliente compre o produto X sem comprar o produto Y, o que é totalmente diferente de uma porcentagem de desconto para a compra de Y após comprar X, por exemplo

(20)

– nessa situação do desconto, o que ocorre é um incentivo a compra de Y através de X, mas o cliente pode, livremente, comprar um sem comprar o outro produto.

Ainda nesse tópico, é vital atentar-se ao preço razoável, pois existem mecanismos utilizados para camuflar a venda casada. Para isso, pode ser colocado um preço totalmente inviável em X que, só será viável, na compra de Y.

Como visto, as instituições financeiras buscam manter relações de longo prazo com os clientes. Assim, uma das maneiras de se alcançar esse objetivo é ajustando as recomendações de produtos às necessidades e limitações dos clientes, oferecendo-os serviçoferecendo-os que condizem com suas distintas realidades.

Idade

Ao tratar de idade, há duas situações que merecem destaque quanto a recomendação de produtos de investimento. Nesse contexto, dada a relação entre risco e retorno, não é interessante, na maioria dos casos, que investimentos de alto risco sejam recomendados para clientes de idade avançada. Isso se dá pelo fato de que, no longo prazo, ativos de maior risco tendem a disponibilizar maior retorno, entretanto, quando um idoso realiza essa aplicação se sujeita ao risco de não sobreviver até o investimento se tornar lucrativo, além estar suscetível a ter perdas por volatilidade – seguindo essa mesma linha de pensamento, é possível concluir que, também, não é interessante recomendar produtos de baixa liquidez para investidores idosos. Por outro lado, no caso de um investidor jovem, pode não ser interessante aplicações muito conservadoras (essas situações são hipotéticas, casos gerais, e cada cliente deve ser analisado individualmente, junto as necessidades de cada um).

Horizonte de investimento

Quanto ao horizonte de investimento, a situação é semelhante a do caso anterior, da idade, entretanto, aqui o foco é em quando será preciso ter liquidez. Por exemplo, se um cliente está começando a economizar e pretende fazê-lo durante 1

(21)

ano para realizar uma viagem, não faz sentido a recomendação de um investimento com liquidez superior a 12 meses.

Conhecimento do produto

É natural que o cliente crie expectativas de acordo com o produto o qual está escolhendo para investir. Assim, certificar-se de que o cliente compreenda as características do produto no qual está investindo é fundamental para que não ocorram frustrações devido a decepções com os resultados. Dessa forma, é adequado que sejam oferecidos produtos que não excedam o grau de complexidade que é compreendido pelo cliente.

Tolerância ao risco

Cada investidor é único nas suas experiências, preferências e medos. Portanto, é compreensível que cada indivíduo possua um perfil de investimento, o qual compreende o quão conservador ou arrojado ele é.

Nesse sentido, é inadequado que produtos de alta volatilidade sejam recomendados para investidores com perfil conservador, que temem as variações e preferem investimentos com maior margem de segurança. Isso se dá porque, quando um investidor conservador realiza um investimento com maior volatilidade, está suscetível a experiências desconfortáveis – ansiedade, medo, frustração – que podem prejudicar sua relação de longo prazo com a instituição, com o profissional que o assessorou e, também, com o sistema financeiro.

Como abordado, a Análise do Perfil do Investidor (API) desempenha um papel vital no mercado financeiro, uma vez que permite um bom relacionamento entre os investidores e o mercado financeiro. Essa prática é essencial para que os produtos e serviços presentes no mercado sejam direcionados adequadamente para o público, de acordo com as individualidades de cada investidor.

(22)

Assim, além das obrigações impostas pela ANBIMA, a CVM também contribui com exigências acerca da API, principalmente através da ICVM 539. É nesse contexto que aplica-se suitability, que nada mais é que a adequação dos produtos, operações e serviços ao perfil de cada cliente. Nesse contexto, as regras de suitability são aplicadas aos consultores de valores mobiliários, conforme habilitados pela CVM e registrados na Central de Sistema da CVM, e aos integrantes do sistema de distribuição, definido na Lei 6.385/76. Com isso, é possível fortalecer a confiança do investidor no mercado e nas instituições e, consequentemente, manter o mercado mais estabilizado.

A confiança tem um importante papel, visto que grande parcela da população não possui conhecimento suficiente sobre os detalhes e funcionamentos de produtos e serviços. Assim, a confiança em um profissional especializado no assunto é vital para essa relação.

Seguindo essa linha de pensamento, quanto à estabilidade, é necessário lembrar que o desempenho dos investimentos é variável e sofre alterações com fatores exernos. Isso significa que o desempenho de algumas opções de investimento pode ser prejudicado, inclusive, pelas reações de investidores com pouco conhecimento e baixa tolerância ao risco, que vão agir através do medo de perder rentabilidade. Isso pode comprometer a estabilidade do sistema financeiro como um todo.

Detalhamento do processo de suitability

Usando a ICVM 539 como referência, é possível definir que as regras de verificação de suitability devem ser aplicadas às recomendações de serviços e produtos, direcionadas de forma indiviudual aos clientes (titulares das contas), através de quaisquer meios de comunicação.

Verificação de adequação do perfil

Quando se trata da verificação da adequação do perfil, os profissionais que integram o sistema de distribuição, assim como os consultores de valores mobiliários, precisam atentar-se aos seguintes detalhes:

Ao disponibilizar um serviço, produto ou operação para um cliente, é preciso que o mesmo seja adequado aos objetivos de investimento do indivíduo. Para isso, devem ser verificados, pelo menos:

(23)

• O tempo, ou período, pelo qual o cliente está interessado em manter o investimento; • As particularidades em termos de preferência do cliente relacionadas a assumir

riscos; e

• Os objetivos que se deseja alcançar com o investimento.

Ainda nesse sentido, é necessário que o produto, operação ou serviço recomendado esteja de acordo e seja coerente com a situação financeira do cliente. Para isso, devem ser verificados, pelo menos:

• o valor que compõe as receitas regulares declaradas pelo cliente;

• o valor, juntamente dos ativos, que compõem o patrimônio declarado pelo cliente; e • a declaração de necessidade futura de recursos afirmada pelo cliente.

Também, ao contratar um serviço, adquirir um produto ou realizar uma operação, é necessário que o cliente compreenda os riscos relacionados a tal. Assim, devem ser verificados, pelo menos:

• A familiaridade do cliente com os produtos, serviços e operações;

• O volume, a natureza, o período em que foram realizadas, pelo cliente, operações no mercado de valores mobiliários e, ainda, a frequência com a qual essas foram feitas; • A experiência no mercado de trabalho e a formação acadêmica do cliente (em caso

de pessoa física)

Por fim, é necessário, ainda, que os encarregados pelas verificações do processo de suitability avaliem se os custos referentes aos produtos, tanto diretos como indiretos, estão adequados ao perfil do investidor em questão. Com isso, caso o produto não esteja de acordo com o perfil do investidor devido aos custos atrelados ao mesmo, o profissional deve abster-se de fazer a recomendação. Portanto, com a finalidade de realizar a avaliação desse perfil e verificação de adequação com o produto, esses responsáveis devem avaliar e classificar os clientes em categorias de risco.

De forma a complementar o processo de adequação, os produtos ofertados devem, também, ser classificados em categorias. Para isso, devem ser analisados, pelo menos, os seguintes fatores:

(24)

• Os perfis dos emissores e prestadores de serviços vinculados ao produto. • Os riscos inerentes aos ativos subjacentes ao produto e ao próprio produto.

• O período mínimo que o cliente deve aguardar para que os recursos relacionados ao investimento estejam disponíveis para ele (prazo de carência).

Por conseguinte, a Comissão de Valores Mobiliários veda a recomendação de produtos e serviços aos clientes, por parte de pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e consultores de valores mobiliários, caso confirmadas as situações de:

• Informações de perfil do cliente desatualizadas.

• Insuficiência de informações para a identificação do perfil do cliente.

• Falta de adequação do perfil do cliente ao produto ou serviço considerado.

Obrigações da pessoa jurídica quanto a API

Em relação às regras, controles internos obrigatórios e procedimentos, tem-se que é obrigatório que um diretor estatutário seja indicado para atuar como responsável pelo cumprimento das normas da ICVM 539, sendo responsabilizado pela elaboração e cumprimento das normas de suitability. Ainda, existem algumas outras diretrizes a serem seguidas:

• De forma escrita, certificar-se do estabelecimento de procedimentos e regras, assim como controles internos, que possibilitem a execução eficiente da verificação de adequação do perfil do investidor.

• Acerca dos produtos complexos, adotar políticas internas que explicitem, pelo menos, os riscos existentes, utilizando os produtos tradicionais como comparativo e, além disso, as consequências de baixa liquidez, como a dificuldade de determinar o valor do produto em questão.

Quanto ao diretor:

• Tanto sua nomeação quanto substituição devem ser comunicadas à CVM em até 7 dias úteis.

• Ao fim de cada semestre (até o último dia útil de janeiro e julho) deve enviar um relatório aos órgãos de administração da sua instituição. Esse relatório deve ser relativo ao semestre recém encerrado e deve contar, pelo menos uma avaliação quanto ao cumprimento, por parte da pessoa jurídica, dos controles internos, regras

(25)

e procedimentos de suitability e sugestões e cronogramas para resolução de possíveis fraquezas nesses pontos.

Também é fundamental que sejam realizadas atualizações, de modo a manter as informações sempre atuais e verdadeiras. Assim, é obrigação das pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e, também, dos consultores de valores mobiliários trabalhar para que sejam realizadas atualizações das informações dos clientes em intervalos não maiores que 24 meses. Além disso, devem realizar novas análises e classificações das categorias de valores mobiliários definidas por si – também em intervalos menores que 24 meses.

Entretanto, existem algumas situações nas quais o processo de suitability pode ser dispensado:

• Caso o cliente seja um investidor qualificado, como descrito no art. 9º - B da ICVM 539, se situando em umas das seguintes situações:

o Possua certificações aprovadas pela CVM como requisistros para o registro de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus próprios recursos;

o Tenha, em investimentos financeiros, mais de R$10.000.000,00 e, ainda, possuam atestado por escrito da sua condição de investidor profissional mediante termo próprio; e

o Tenha, em investimentos financeiros, mais de R$1.000.000,00 e, ainda, possuam atestado por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio.

• Caso o cliente tenha sua carteira de valores mobiliários sob administração de um administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM.

• Caso o cliente seja pessoa jurídica de direito público.

• Caso o cliente tenha seu perfil definido por um consultor de valores mobiliários autorizado pela CVM, dentro dos termos da ICVM 592, desde que a pessoa habilitada a atuar como integrante do sistema de distribuição tenha acesso à avaliação de perfil feita pelo consultor de valores mobiliários e, ainda, verifique que os produtos, operações e serviços sob comando do cliente estão diretamente relacionados à implementação de recomendação do consultor contratado pelo mesmo.

(26)

perfil. Assim, no momento em que a instituição verifica uma operação que não está de acordo com o perfil do cliente, por quaisquer motivos, deve alertar o cliente acerca da situação (falta de perfil definido, desatualização ou inadequação da operação ao perfil). Isso posto, é necessária a obtenção de uma declaração expressa do cliente acerca de sua ciência da situação, confirmando que deseja realizar a operação ainda que alerta dos riscos.

O Código de Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento da ANBIMA exerce uma função fundamental no controle das relações no mercado financeiro, juntamente com o Código ANBIMA de Regulação e Melhroes Práticas para Administração de Recursos de Terceiros. Contudo, visando uma melhor divisão programática dos conteúdos, o segundo código citado será abordado nos módulos futuros.

Definições (Cap. I)

O presente código é responsável por ditar as regras presentes na relação direta entre investidores e intermediários financeiros na compra e venda de produtos de investimento no mercado. Assim, descreve como devem ser realizadas as ofertas de Produtos de Investimento, tanto de forma individual quanto coletiva.

Entre as definições mais relevantes no que tange a compreensão do Código como um todo, é possível que sejam destacadas:

Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na distribuição, que servem como instrumentos remotos sem contato presencial entre o investidor ou potencial investidor e a Instituição Participante;

Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades controladoras diretas ou indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle comum;

(27)

a aceitação de pedido de aplicação por meio de agências bancárias, plataformas de atendimento, centrais de atendimento, canais digitais ou eletrônicos, ou qualquer outro canal estabelecido para este fim; e (II) atividades acessórias oferecidas aos investidores, tais como manutenção do portfólio de investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos investimentos realizados;

Material Publicitário: material que tenha como objetivo estratégia comercial e mercadológica, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores;

Material Técnico: material de suporte técnico a uma decisão de investimento, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores;

Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de aplicação e resgate automático, conforme saldo disponível na conta corrente do investidor;

Produtos de Investimento: títulos, valores mobiliários, direitos e outros instrumentos de emissor público ou privado, regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil;

Objetivos e Abrangência (Cap. II)

É interessante atentar ao fato de que a observação dos dispositivos do Código de Distribuição não é obrigatória na distribuição de Caderneta de poupança e de Produtos de Investimento para:

• Entes da federação brasileira, que engloba a União, Estados, Municípios e Distrito Federal (estando excluídos desta dispensa os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS))

• Pessoas jurídicas dos segmentos classificados como middle e corporate, segundo os próprios critérios da instituição participante.

Visto que o código se dá sobre uma atividade com ligação direta com o grande público, o mesmo objetiva:

I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;

(28)

IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimento;

V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características dos investimentos; e

VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de Produtos de Investimento

Quanto a abrangência do Código de Distribuição, essa se dá sobre todos os que optam por aderir ao mesmo e aos associados da ANBIMA que praticam atividade de distribuição de Produtos de Investimento – incluindo os administradores fiduciários ou gestores de recursos de terceiros que estiverem distribuindo seus próprios fundos de investimento. Assim, é possível listar a quem o código é destinado:

• Bancos Comerciais; • Bancos de Investimento; • Bancos de Desenvolvimento; • Bancos Múltiplos; • CTVM e DTVM; • Administradores fiduciários;

• Gestores de recursos de terceiros em relação a distribuição de seus próprios fundos de investimento.

Há, também, os que são dispensados do código:

• Caderneta de Poupança;

• União, Estados, Municípios e Distrito Federal;

• Pessoa jurídica dos segmentos classificados como middle e corporate, segundo critérios estabelecidos pela própria instituição financeira.

Isso posto, é de suma importância dar destaque ao fato de que o Código não sobrepõe a legislação imposta pelos órgãos reguladores ou normativos. Assim, caso exista alguma discordância entre o Código e a lei, o primeiro deve ser ignorado e a legislação deve ser respeitada.

(29)

Princípios Gerais de Conduta (Cap. IV)

Nessa seção são citados como princípios gerais as declarações de deveres que devem ser observados pelas instituições participantes em relação ao desempenho da atividade de Distribuição de Produtos de Investimento. Dessa forma, são impostos 9 deveres dos quais as insituições participantes não podem se desviar:

I.

Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação aos investidores;

II.

Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de 9 seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;

III.

Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da

livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação;

IV.

Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras estabelecidas pela ANBIMA;

V.

Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional;

VI.

Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento;

VII.

Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de

Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na regulação vigente;

VIII.

Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que

desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade, conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; e

IX.

Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento.

(30)

Regras, Procedimentos e Controles (Cap. V)

O artigo 8º do Código é responsável por explicitar o dever das insituições participantes de não só manter como implementar regras, controles e procedimentos que atendam às exigências da regulação vigente. Assim, essas regras, procedimentos e controles, segundo o Código, devem:

• Ser efetivos e consistentes com a natureza, porte, estrutura e modelo de negócio das Instituições Participantes, assim como com a complexidade dos Produtos de Investimento distribuídos;

• Ser acessíveis a todos os profissionais, de forma a assegurar que os procedimentos e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização sejam conhecidos;

• Possuir divisão clara das responsabilidades dos envolvidos na função de controles internos e de conformidade das regras estabelecidas neste Código, nas políticas e regulação vigente (compliance), de modo a evitar possíveis conflitos de interesses com as demais áreas da instituição;

• Descrever os procedimentos para a coordenação das atividades relativas à função de compliance e controles internos com as funções de gestão de riscos, nos termos da seção IV deste capítulo;

• Indicar as medidas necessárias para garantir independência e adequada autoridade aos responsáveis pela função de compliance e controles internos na instituição; e • Indicar diretor(es) estatutário(s) que seja(m) independente(s) e responsável(is) pelos

controles internos e pelo compliance.

Além disso, de forma complementar, o Código de Distribuição determina que as Instituições Participantes devem manter em sua estrutura áreas que sejam responsáveis por seus controles internos e compliance. Dessa forma, essas áreas devem:

I. Ter estrutura que seja compatível com a natureza, porte, estrutura e modelo de negócio das Instituições Participantes, assim como com a complexibilidade dos Produtos de Investimentos distribuídos;

II. Ser independente(s) e reportar-se ao diretor responsável na Comissão de Valores Mobiliários pela implementação e cumprimento de regras, políticas, procedimentos (compliance) e controles internos, ou aoutro diretor que não seja o diretor responsável pela distribuição de Produtos de Investimento;

(31)

III. Ter profissionais com qualificação técnica e experiência necessária para o

exercício das atividades relacionadas à função de compliance e controles internos;

IV. Ter comunicação direta com a diretoria e com o conselho de administração, se houver, para realizar relato dos resultados decorrentes das atividades relacionadas à função de compliance e controles internos, de possíveis irregularidades ou falhas identificadas;

V. Ter acesso regular a capacitação e treinamento; e

VI. Ter autonomia e autoridade para questionar os riscos assumidos nas operações realizadas pela instituição.

Ainda, em prol da obtenção de maior efetividade dos controles internos e Compliance, o Código possibilita a execução dessas tanto em unidades específicas quanto dentro de uma estrutura em comum. Entretanto, é obrigatório que seja indicado pelo menos 1 diretor, estatutário ou equivalente, para responsabilizar-se pelos controles internos e Compliance. Em decorrência disso, o diretor em questão é vedado de atuar em funções relativas à administração de recursos de terceiros, intermediação, distribuição ou consultoria de valores mobiliários, assim como de qualquer outra atividade que limite sua independência, interna ou externa à instituição participante.

Publicidade (Cap. X)

A publicidade desempenha um papel fundamental no contato das instituições financeiras com o grande público. Assim, é através de divulgações de publicidade e elaboração de materiais técnicos que as características dos diferentes produtos são informadas aos potenciais investidores.

No Código – Seção I - Regras Gerais –, é afirmado que as instituições participantes devem, ao elaborar e divulgar Propaganda Institucional, Material Publicitário e Material Técnico:

I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade adequada aos seus investidores, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo e privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão de investidores e potenciais investidores;

(32)

investidores, de modo a não induzir a erro ou a decisões equivocadas de investimentos;

III. Conter informações verdadeiras, completas, consistentes e alinhadas com os

documentos dos Produtos de Investimento distribuídos;

IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessas de rentabilidade, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para investidores e potenciais investidores;

V. Disponibilizar informações que sejam pertinentes ao processo de decisão, sendo tratados de forma técnica assuntos relativos à performance passada, de modo a privilegiar as informações de longo prazo em detrimento daquelas de curto prazo;

VI. Manter a mesma linha de conteúdo e forma e, na medida do possível, incluir a informação mais recente disponível, de maneira que não sejam alterados os períodos de análise, buscando ressaltar períodos de boa rentabilidade, descartando períodos desfavoráveis, ou interrompendo sua recorrência e periodicidade especialmente em razão da performance;

VII. Privilegiar dados de fácil comparabilidade, e, caso sejam realizadas projeções ou

simulações, detalhar todos os critérios utilizados, incluindo valores e taxas de comissões; e

VIII. Zelar para que haja concorrência leal, de modo que as informações

disponibilizadas ou omitidas não promovam determinados Produtos de Investimento ou Instituições Participantes em detrimento de seus concorrentes, sendo permitida comparação somente com indicadores econômicos ou produtos de investimento similares ou de mesma natureza.

Quanto às Propagandas Institucionais, Materiais Publicitários e Materiais Técnicos, esses são de total responsabilidade de quem os divulga, inclusive no que se refere à conformidade com as regras previstas no Código e na regulação em vigor. Assim, cabe à instituição participante conferir aprovação prévia e expressa a qualquer divulgação feita por um terceiro contatado. Portanto, caso um terceiro contratado realize expedição de material que não concorde com as regras do Código de Distribuição, a instituição participante que o contratou deverá responder pelo ato.

Além disso, todo material publicitário divulgado em qualquer meio deve incluir, em destaque, um link ou caminho responsável por direcionar o investidor para o material técnico do produto de investimento em questão.

(33)

I. Descrição do objetivo ou estratégia;

II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;

III. Carência para resgate e prazo de operação;

IV. Nome do emissor, quando aplicável;

V. Tributação aplicável;

VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz ANBIMA de Suitability;

VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os riscos

de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e

VIII. Informações sobre os canais de atendimento.

Por fim, nos Materiais Técnicos, as instituições participantes devem incluir, em destaque, alguns Avisos Obrigatórios:

I. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a performance: rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros e a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos;

II. Caso faça referência a Produtos de Investimento que não possuam garantia do fundo garantidor de crédito: o investimento em [indicar produto de investimento] não é garantido pela instituição ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor de crédito;

III. Caso faça referência à simulação de rentabilidade: as informações presentes

neste material técnico são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.

Referências

Documentos relacionados

nuestra especialidad por su especial proyección en el ámbito del procedimiento administrativo y el proceso contencioso administrativo, especialmente los alcances de la garantía

A sociedade local, informada dos acontecimentos relacionados à preservação do seu patrimônio e inteiramente mobilizada, atuou de forma organizada, expondo ao poder local e ao

Mesmo com suas ativas participações na luta política, as mulheres militantes carregavam consigo o signo do preconceito existente para com elas por parte não somente dos militares,

Como o predomínio de consumo energético está no processo de fabricação dos módulos fotovoltaicos, sendo os impactos da ordem de 50 a 80% nesta etapa (WEISSER,

Tendo em conta os objetivos que se pretendem atingir com este estudo, começa-se por conduzir uma revisão de literatura no âmbito do comportamento organizacional, mais

A análise dos dados nos permitiu concluir que houve uma perda de seguimento progressiva dos pacientes nas consultas médico-cirúrgicas a partir do segundo ano pós-operatório; Entre

MECANISMOS E INCENTIVOS FINANCEIROS AO MFS LINHAS DE FINANCIAMENTO FOMENTO FLORESTAL FUNDOS de APOIO à CONSERVAÇÃO INSTRUMENTOS LEGAIS MECANISMOS FINANCEIROS DIVERSOS E

A abordagem não cirúrgica atualmente não é um tratamento eficaz a longo prazo para a maioria dos doentes, uma vez que existem diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais