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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS FACULDADE DE DIREITO Direito Processual do Trabalho Profª. Ms. Tatiana Riemann DAS PROVAS

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS FACULDADE DE DIREITO Direito Processual do Trabalho

Profª. Ms. Tatiana Riemann

1 DAS PROVAS

Comprovação das alegações - art. 848, CLT

Princípios:

a) Princípio do contraditório e ampla defesa – direito fundamental de se manifestar reciprocamente sobre as provas apresentadas, bem como, igualdade de oportunidade para apresentarem as provas no momento processual próprio – art. 5º, LV, CF.

b) Princípio da unidade da prova – a prova deve ser examinada no seu conjunto, formando um todo unitário de modo que não pode ser apreciada isoladamente. Ex. laudo pericial x prova testemunhal.

c) Princípio da proibição da prova obtida ilicitamente – art. 5º, LVI, CF. Mitigação tendo em vista o princípio da proporcionalidade/razoabilidade. Ex.: revista íntima, em regra, é considerada prova ilícita.

d) Princípio do livre convencimento motivado ou persuasão racional – art. 131, CPC e art. 765 e 832, CLT – inexiste valor preestabelecido das provas, inexistindo, portanto hierarquização entre as mesmas. Cabe ao juiz fazer a avaliação das provas e fundamentar o seu convencimento.

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2 e) Princípio da imediação – o juiz é quem colhe direta e indiretamente a prova, de modo que é ele quem tem a possibilidade de obter impressões e valorar as provas – art. 765, CLT; art. 446, II, CPC. Ex.: juiz “sente” que a testemunha esta mentindo/orientada.

f) Princípio da busca da verdade real (e não apenas formal – “verossimilhança”, verdade que se extrai dos autos em decorrência de presunções) - impede que a revelia/confissão ficta impliquem, necessariamente em procedência dos pedidos da inicial, se as demais provas ou evidências puderem demonstrar o contrário. Da mesma forma, desconsidera-se prova formalmente constituída se outras provas – tais como testemunhas – demonstram outra realidade – princípio da primazia da realidade sobre a forma.

g) Princípio da aquisição processual – as provas pertencem ao processo e não às partes, de modo que não podem ser desentranhados do processo, exceto de modo excepcional. Podem servir contra a própria parte que a produziu.

h) Principio do in dubio pro misero é de aplicação questionável já que se entende que o mesmo se aplica à interpretação/hierarquização de normas e não de provas.

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3 i) Princípio da aptidão da prova/distribuição dinâmica do ônus da prova – “Deve produzir a prova não quem detenha o ônus processual, mas sim quem detenha melhores condições materiais ou técnicas para produzir a prova em juízo (...). É a superação da regra do ônus da prova.” (Mauro Schiavi).

Objeto da prova – fatos relevantes, pertinentes (ao processo) e controvertidos (impugnados/contestados).

*Não dependem de prova: fato notório (de conhecimento/da cultura de determinado seguimento); afirmado por uma parte e confessado pela parte contrária; admitido no processo como incontroverso; em cujo favor milita presunção de existência/veracidade – art. 334, CPC.

* O direito deve ser conhecido pelo juiz. Exceções – art. 337, CPC.

Ônus da prova – o ônus da prova cabe a quem alega – art. 818, CLT.

*Art. 333, CPC – cabe ao reclamante a prova do fato constitutivo de seu direito; cabe ao reclamado a prova de fato impeditivo, modificativo, extintivo do direito do reclamante.

*Quanto a prova de fato negativo, sendo de fato negativo, há dispensa/inversão de tal ônus de prova. No entanto, se o fato negativo traz em si uma afirmação – fato positivo – há que ser provado.

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4 *O ordinário se presume, o extraordinário deve ser provado”.

*É possível que seja estabelecida a inversão do ônus da prova em casos excepcionais – tal como do empregador demonstrar a inexistência de hora-extra após juntar aos autos cartão de ponto com horários uniformes - Súmula 338, TST – ou de um modo geral quando fundada na hipossuficiência – art. 6º, VIII, CPC, como regra de julgamento.

Produção de prova e revelia – entendimento não pacífico. Há entendimento no sentido de que não seria cabível a produção de prova para qualquer das partes, já que incontroversos os fatos. Outro entendimento é no sentido de que seria possível ao reclamado, se ainda houver oportunidade de produção de prova (audiência fracionada), comparecer para afastar a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo reclamante, mantendo, portanto, o ônus do reclamante em provar o fato constitutivo de seu direito. Não seria possível, todavia, fazer prova de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do reclamante, já que não alegados.

Meios de prova – provas obtidas por meios lícitos (art. 5º, LVI), abrangendo todos os meios legais e os moralmente legítimos (art. 332, CPC).

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5 *É possível a relativização da proibição das provas obtidas por meios ilícitos, quando observado se existiam outras alternativas para a obtenção daquela prova, assim como a preservação da dignidade da pessoa humana, aplicando-se, de modo geral, o princípio da proporcionalidade.

a) Depoimento pessoal – meio de obter esclarecimento de fatos e confissão da parte, a ser solicitado pelo juiz ou por requerimento das partes - art. 848 e 820, CLT.

*Possível obter confissão ficta – presunção relativa/pode ser apresentada prova em contrário. Ex. não comparecimento a audiência em que deve depor; recusa em responder as perguntas ou afirmação no sentido de que ignora fatos relevantes e pertinentes (art. 343, § 2º; CPC)

*Possível obter confissão real – presunção absoluta. Retira da parte a quem aproveita o ônus probandi; deve ser acatada da questão; é indivisível, devendo ser utilizada seja para beneficiar, seja para prejudicar a parte (art. 354, CPC).

*A parte não é obrigada a depor quanto a fatos criminosos ou torpes que lhe forem imputados ou a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo – art. 347, CPC.

*É defeso a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte – art. 344, §2°, CPC.

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6 b) Prova testemunhal – “pessoa física capaz, estranha e isenta com relação às partes, que vem a juízo trazer as suas percepções sensoriais a respeito de um fato relevante para o processo do qual tem conhecimento próprio” (Mauro Schiavi).

*Inaplicável o art. 401, CPC (prova exclusivamente testemunhal somente admitida nos contratos cujo valor não exceda 10 vezes o salário mínimo). *A prova testemunhal não será admitida quanto a fatos já provados por documento ou confissão da parte ou que só por documento (pagamento de salário; acordo de prorrogação de jornada, etc.) ou exame pericial (insalubridade ou periculosidade) puderem ser provados – art. 400, CPC. *Não se admite como testemunha – art. 228, CC (Descendente – filho, neto, bisneto; Ascendente – pai, avô, bisavô; Colateral – irmão (2° grau), tio (2° grau, sobrinho (2° grau).

*Será ouvido como informante – art. 829, CLT e at. 405, CPC;

*“Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador” – Súmula 357, TST.

*Admitida oitiva de três testemunhas (art. 821, CLT), exceto no caso de inquérito judicial para apuração de falta grave em que o numero é elevado para seis (art. 821, CLT) e nos casos de procedimento sumaríssimo em que o número é reduzido para duas (art. 852 –H, § 2º, CLT). Em caso de litisconsórcio ativo há entendimento que o número total de testemunhas não é alterado, ao passo que sendo o litisconsórcio passivo, o número de testemunhas será limitado em função de cada parte reclamada.

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7 *Possível que o próprio juiz determine a intimação de testemunhas não apresentadas pelas partes, porem mencionadas nos dispositivos – “testemunhas do juiz” – art. 418, I, CPC.

*As testemunhas que não comparecem serão intimadas, sob pena de ser conduzida coercitivamente e a pagar multa (art. 7320, CLT), art. 825, parágrafo único, CLT. No caso de procedimento sumaríssimo, a intimação da testemunha esta condicionada a prova de que a testemunha fora convidada a depor – art. 852 – H, §§ 3º e 4º, CLT.

*Em caso de procedimento ordinário os depoimentos das testemunhas serão resumidos pelo juiz e reduzidos a termo – art. 828, CLT. Já no procedimento sumaríssimo, serão registrados na ata de audiência somente as informações úteis a solução da causa trazidos pela prova testemunhal – art. 852-F, CLT. Por fim,no procedimento sumario, é dispensado o resumo dos depoimentos, devendo constar no ato apenas a conclusão do juiz quanto a matéria de fato – art. 2º, § 3º, Lei 5584/70.

*Contradita – arguição de incapacidade, suspeição ou impedimento da testemunha, que deve ocorrer logo após sua qualificação e antes que preste o compromisso de dizer a verdade – art. 414, § 1º, CPC.

c) Prova Documental – art. 777, 780, 830, CLT – devem acompanhar inicial/contestação, sob pena de preclusão. Admitida juntada de novos documentos para fazer prova de fatos ocorridos depois da juntada da inicial ou contrapor aos que foram produzidos – art. 397, CPC.

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8 *Em sede recursal a juntada de documentos é admitida apenas excepcionalmente (Súmula 8, TST).

*Exige o art. 830, CLT a autenticação de documentos, mesmo que pelo próprio advogado. A OJ 36, SBDI – 1 mitiga tal exigência, ponderando que se não houver impugnação ao documento este tem valor probante.

*Alguns atos somente admitem prova escrita: pagamentos de salários (art. 464, CLT), acordo de prorrogação de jornada (art. 59, CLT), concessão ou pagamento de férias (art. 135 e 145, § único, CLT0, descanso concedido à gestante (art. 392, CLT); quitação do contrato de trabalho (art. 477, §2°, CLT); anotação de CTPS (art. 456, CLT)

*À parte contra quem foi produzido o documento é permitido suscitar o incidente de falsidade – art. 390, CPC – na contestação ou no prazo de 10 dias, contados da intimação da juntada. Suspende–se o processo até proferir decisão – art. 394, CPC.

*É possível à parte que pretenda provar alegações por meio de documentos que se encontram em poder de outra parte, pedir ao juiz que determine sua exibição no prazo de 05 dias, sob pena de se considerar verdadeiros os fatos que se pretendia provar – art. 359 e 358, CPC. O pedido de exibição pode se dar em procedimento preparatório (art. 844, II, CPC) ou incidental (art. 845, CPC). Tratando-se de documento em poder de terceiro, o juiz mandará citá-lo para responder em 10 dias (art. 360, CPC). Poderá ser designada audiência para depoimentos da parte/terceiro e se necessário, oitiva de testemunhas. Em seguida, será proferida decisão (interlocutória) irrecorrível de imediato.

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9 d) Prova Pericial

*Quando a prova de determinados fatos alegados pelas partes depender de conhecimentos técnicos ou científicos, o juiz poderá designar um perito – art. 145, CPC.

*O juiz indeferirá a perícia quando a prova do fato não depender de conhecimento especial técnico ou for desnecessária em vista de outras provas produzidas; ou a verificação for impraticável – art. 420, CPC.

*Entende-se obrigatória a realização de perícia, mesmo que a parte seja confessa quanto a matéria de fato, quando se trata de pedido de adicional de insalubridade ou periculosidade (art. 195, § 2º, CLT). Se a empresa já vinha pagando o adicional de insalubridade no grau postulado na inicial, entende-se dispensada a prova pericial. Se houve fechamento da empresa ou qualquer outra causa de impedimento da produção de prova pericial, admite-se outro meio de prova – OJ 278, SDI-1, TST.

*A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto de perícia, salvo se beneficiária da justiça gratuita – art. 790 –B, CLT, caso em que os honorários periciais serão pagos pela União – OJ 387, SDI-1,TST. Indevido “depósito prévio”, de modo a ser cabível mandado de segurança acaso exigido - OJ 98. SBDI-2, TST. *Os honorários do assistente técnico são devidos pela parte que o indicou, mesmo que vencedora – Súmula 341, TST.

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10 *Após a nomeação do perito, as partes têm 05 dias para apresentar quesitos e nomear assistente técnico – art. 421, § 1º, CPC. Apresentado o laudo pericial, o juiz intimará as partes para se manifestar – art. 827, CLT. *Admissível a prova pericial emprestada, apesar de divergência jurisprudencial.

e) Inspeção judicial

*O juiz de ofício ou a requerimento pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas (deslocando-se até o local em que se encontre), a fim de esclarecer sobre fato pertinente para a decisão da causa – art. 440, CPC.

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11 RAZOES FINAIS, SENTENÇA E COISA JULGADA

Razões Finais – art. 850, CLT – manifestação nos autos logo após da instrução e antes da prolação da sentença. Regra geral – oral (10 minutos). Excepcionalmente – por escrito (memoriais) diante da complexidade – art. 454, § 3º, CPC. No procedimento sumário é o prazo máximo para impugnação do valor da causa fixado pelo juiz – art. 2º, § 1, Lei 5584/70. No procedimento sumaríssimo – inexiste previsão para apresentação razões finais, nada impedindo o juiz, no entanto, que conceda tal faculdade às partes.

Conciliação pré-decisória – art. 850, CLT – renovação da proposta de conciliação. Possibilidade de decretação de nulidade em caso de ausência de renovação da proposta - não pacífico. Não há tal previsão no procedimento sumaríssimo, apesar de que art. 852–E, CLT prevê que o juiz deve usar meios de persuasão para solução conciliatória em qualquer fase da audiência.

*O juiz não é obrigado a homologar a proposta de acordo, se demonstrado de modo fundamentado, que o acordo implica em renúncia a direitos fundamentais/indisponíveis.

*Homologado o acordo, este será equiparado a sentença de mérito, produzindo coisa julgada em relação às partes que figuram no título executivo, exceto a União em relação às contribuições previdenciárias – art. 831, parágrafo único, CLT.

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12 Sentença – ato do juiz que implica na extinção do processo sem resolução do mérito ou na resolução do mérito– art. 162, § 1º, CPC. (Deixa de ser ato que “põe termo ao processo” já que ainda existe prazo recursal e fase de cumprimento de sentença, acaso tenha resolução de mérito. Além disso, não há sempre “julgamento”, pois em caso de extinção nas hipóteses do art. 269, CPC, por exemplo, não se “julga” propriamente o mérito em todos os casos, mas tão somente no caso do inciso I – “acolher ou rejeitar”).

a) Sentença terminativa – provimento judicial que, sem apreciar o mérito, resolve o procedimento no primeiro grau de jurisdição. Ex.: falta condição ação, desistência do autor (art. 267, CPC) e lide simulada (art. 129, CPC).

b) Sentença definitiva – provimento judicial que, apreciando e resolvendo o mérito da demanda, pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau de jurisdição. Ex.: acordo, renúncia, prescrição (art. 269, CPC).

Classificação:

a) Sentença declaratória – declara a existência ou inexistência de relação jurídica (ou autenticidade/falsidade de documento) Ex.: reconhecimento do vínculo de emprego.

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13 b) Sentença constitutiva – cria, modifica ou extingue determinada relação jurídica. Ex.: procedência do pedido de rescisão indireta; extinção do contrato de empregado estável.

c) Sentença condenatória – condena o vencido a satisfazer o direito reconhecido judicialmente. Ex. pagar hora extra, verbas rescisórias.

d) Sentença mandamental (obrigação de fazer/não fazer) – imposição de ordem de conduta, determinando imediata realização ou abstenção de ato. Ex.: assinar CTPS.

Requisitos essenciais da Sentença – art. 832, CLT e art. 458, CPC

a) Relatório –art. 832, CLT – nome das partes; objeto da lide (resumo pedido e resposta, provas, razões finais); registro do estudo e análise das questões discutidas pelo juiz. Dispensado no procedimento sumaríssimo (art. 852, I, CLT), sendo suficiente apenas resumo dos fatos da audiência.

b) Fundamentação – art. 832, CLT – razões de decidir do magistrado. Apreciação das alegações, provas produzidas e questões processuais. Ausência: nulidade absoluta – art. 93, IX, CF. Essencial: pressupostos processuais, condições da ação prejudiciais de mérito e mérito.

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14 c) Dispositivo – julga-se o mérito ou determina-se a extinção do processo sem resolução do mérito. É a parte da sentença que faz a coisa julgada. Observar princípio lógico ou da congruência – sintonia com razões fáticas e jurídicas. Ausência: sentença inexistente.

Requisitos complementares da Sentença: art. 832 em seus parágrafos.

Julgamento citra (anulação), ultra (reforma) e extra petita (anulação) – art. 460, CPC e 128, CPC. Atacável via ação rescisória – art. 485, V, CPC – violação art. 832, CLT e 460, CPC (OJ 41, SDI–II, TST – citra petita).

Casos admitidos legal e jurisprudencialmente:

a) sentença extra petita – art. 496, CLT e Súmula. 396, TST – pede reintegração e é concedido salário;

b) sentença ultra petita – art. 467, CLT – mesmo sendo omissa a inicial pode o juiz determinar o pagamento das verbas incontroversas com adicional de 50% se não pagas na primeira audiência;

c)sentença citra petita - art. 484, CLT – caso de culpa recíproca pode o juiz reduzir a indenização que seria devida ao empregado.

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15 Intimação da Sentença – art. 852, CLT – intimação na própria audiência, salvo no caso de revelia (não comparecimento à audiência de conciliação/instrução) em que haverá intimação mediante registro postal com franquia (art. 841, § 1º, CLT com art. 852, CLT) ou, não sendo encontrada a parte, via edital.

*O prazo para recurso da parte que, intimada não comparece a audiência prosseguimento para prolação da sentença, conta-se da publicação da sentença (em audiência) – Súmula 197, TST, exceto no caso em que a ata da audiência não seja juntada aos autos em até 48hs da prolação da sentença, caso em que deverá haver intimação das partes após a juntada, marcando o termo inicial do recurso – art. 851, § 2º, CLT e Súmula 30, TST.

Coisa julgada – mesma parte, causa de pedir e pedido – art. 301, § 3º CPC – repete a ação que já foi decidida por sentença em relação à qual não caiba recurso.

a) Coisa julgada formal – preclusão recursal – no mesmo processo não cabe mais discussão quanto a sentença, terminativa ou definitiva. Não impede propositura de nova demanda. A extinção do processo sem resolução de mérito faz coisa julgada somente formal.

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16 b) Coisa julgada material – torna imutável a sentença, impedindo qualquer modificação seja no próprio processo, seja em outro. Somente a coisa julgada material é impugnável via ação rescisória.

Relativização da coisa julgada material – art. 884, §5°, CLT.

Limite subjetivo da coisa julgada – partes – art. 472, CPC.

Limite objetivo da coisa julgada – pedido/causa pedir – art. 468, 469, 471 e 474, CPC. Não faz coisa julgada: motivos, verdade dos fatos, apreciação questão prejudicial, exceto, neste último caso, se a parte o requerer, o juiz for competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide (art. 471, CPC).

Autonomia da coisa julgada no processo do trabalho – art. 935, CC. A decisão no processo do trabalho não depende da decisão no processo penal. Não há, portanto, necessidade de suspensão do processo trabalho para aguardar o resultado do processo penal. No entanto, se há decisão no processo penal e posterior processo do trabalho, a coisa julgada será observada se houver compatibilidade. Ex.: furto – compatível; grito com patrão – não compatível. No primeiro caso tem-se a apuração de um crime e justa causa; no segundo caso não há crime, mas há justa causa.

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