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SIBSA - 2º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SAÚDE E AMBIENTE ABRASCO/GT Saúde&Ambiente, Belo Horizonte, outubro 2014

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SIBSA - 2º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SAÚDE E AMBIENTE ABRASCO/GT Saúde&Ambiente, Belo Horizonte, outubro 2014

Estratégias de educação e sensibilização para minimização de danos no pós enchente em áreas vulneráveis de São Caetano do Sul: experiência do PETSaúde.

BIANCHI, Renan Machado 1

BASSOUS, Ligia Essinger Rodrigues 2 CRUZ, Daiane Brígida 3

OLIVEIRA, Maria do Amparo 4 PINTO, Cleonice Almeida 5

Resumo

Este trabalho é um relato de experiência com a comunidade envolvendo a parceria existente com a Faculdade de Medicina do ABC em Santo André - SP juntamente com os setores da Saúde Coletiva no município de São Caetano do Sul - SP.Por ser tratar de uma comunidade que vivencia como vulnerabilidade o ocasionar de enchentes nos períodos de chuva, o grupo optou após um estudo deste território trabalhar a conscientização ambiental da comunidade no intuito de minimizar os impactos nestas áreas.Na cidade de São Caetano do Sul, localizada na região do ABC em São Paulo, possui dois bairros em maior situação de vulnerabilidade para inundações, citados neste trabalho como Bairro São José e Bairro Fundação.As ações foram divididas para atuações com dois público - alvo: adultos e crianças na faixa etária entre 06 a 15 anos. Todas com enfoque educacional envolvendo palestras de sensibilização ambiental, conhecimento compartilhado, troca de experienciais na procura de construção de saber junto aos profissionais da Saúde Coletiva, alunos do curso de Gestão em Saúde Ambiental, Medicina e Enfermagem, fazendo um trinômio na execução da sensibilização e conscientização ambiental.Os profissionais da Saúde Coletiva que participaram eficazmente neste processo foram os Agentes Comunitários de Saúde que junto aos alunos de Gestão em Saúde Ambiental e os preceptores enfermeiros vincularam a comunidade compartilhando o saber em relação as ações na área vulnerável.Com adultos a iniciativa de sensibilização se deu através de entrevistas que puderam descrever a percepção do morador quanto ao risco de enchentes. Com as crianças foram realizadas atividades lúdicas e construção de horta comunitária.Todas as ações estão descritas neste trabalho com enfoque educacional onde se pode modificar a percepção tanto de adulto como da criança sobre o cuidado com o ambiente.

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Sul - SP. Em parceria com a Faculdade de Medicina ABC que e filiada ao Programa do Ministério da Educação - PET SAUDE, de educação para o trabalho, vem com objetivo de realizar o trinômio aluno - profissional - comunidade, em prol de realizar educação em saúde, prevenção de doenças e qualidade de vida.

Participam deste projeto alunos graduandos do Curso de Gestão em Saúde Ambiental, Enfermagem e Medicina que são orientados pelos preceptores do programa que também são enfermeiros da Estratégia Saúde da Família, um anexo da Saúde Coletiva que vincula usuários de uma comunidade ao sistema de saúde.

Após o levantamento das dificuldades de dois dos bairros mais afetados pelas inundações traçou se um planejamento de ações que iniciaram por primeiramente capacitar os agentes comunitários de saúde, profissionais ativamente inclusos na estratégia saúde da família, no intuito de serem multiplicadores na comunidade das ações e informações de conscientização ambiental. O grupo também realizou a continuidade das ações com amplo publico alvo, envolvendo desde crianças internas em um Núcleo de Convivência local na faixa de 06 a 15 e adultos da comunidade.

A metodologia utilizada foi de enfoque educacional envolvendo todos os profissionais da Saúde Coletiva e alunos da Faculdade de Medicina. Aos adultos foram realizados encontros com palestras de sensibilização juntamente com aplicação de questionário , com objetivo inicial de captar a percepção deste frente aos problemas do meio ambiente. Com as crianças foram realizados encontros com palestra e atividades lúdicas evidenciando a importância de cuidados com o meio ambiente, ao final dos encontros foi realizada a construção de horta comunitária com a participação de todas as crianças internas.

O beneficio deste projeto se faz a partir do momento que foi possível conscientizar amplamente a população desta área vulnerável e provocar em todos eles a reflexão critica da necessidade dos cuidados no meio em que vivem, assim como também trocar experiências com o conhecimento compartilhado.

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Objetivo Geral

Formar uma consciência crítica sobre a atuação do ser humano no ambiente, desenvolvendo atitudes de respeito, responsabilidade e afetividade em relação à natureza.

Objetivos Específicos

Desenvolver atividades relacionadas aos cuidados no Meio Ambiente através de palestras de sensibilização e conscientização ambiental.

Compartilhar conhecimentos com a comunidade incentivando a buscar soluções que minimizem as agressões ao meio ambiente.

Sensibilizar para a consciência ecológica e para a ação da cidadania, restabelecendo as relações harmoniosas com a natureza e com o meio ambiente, em busca de uma Terra sem Males, para a construção de uma sociedade justa, fraterna e sustentável.

Metodologia

Este projeto tem a parceria da Faculdade de Medicina ABC filiada ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde, regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010, tem como pressuposto a educação pelo trabalho. O PET aproxima o futuro profissional ao Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase nas ações de prevenções de doenças (Saúde, 2013).

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Saúde como multiplicadores, esta estratégia teve inicio em fevereiro de 2013. As ações na comunidade iniciaram no 2º semestre de 2013 e tem continuidade ate a presente data.

Figura 1 - Mapa da cidade de São Caetano do Sul e suas fronteiras

Desta forma o grupo proporciona educação em saúde na comunidade, desempenhando o planejamento e elaboração no Núcleo de Convivência Menino Jesus, localizado na Estrada das Lagrimas s/n, Bairro São José, Município de São Caetano do Sul – São Paulo. Esta Instituição atende crianças na faixa etária de 06 a 15 anos. A estratégia utilizada foi a educacional com sensibilização, através de palestras e atividades lúdicas que demonstraram a troca de experiências valorizando a vivencia das crianças, ao final executada a construção de horta comunitária no jardim da Instituição onde as crianças tiveram o contato com a terra e aprenderam sobre as formas de plantio. Totalizando quatro encontros atingindo um publico de noventa crianças

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Figuras 2 e 3 - Execução da horta comunitária na Instituição Núcleo de Convivência Menino Jesus.

Enquanto no Bairro Fundação foram realizados os encontros e entrevistas utilizando como instrumento questionário captando as percepções de moradores desta área quanto aos riscos de enchentes, totalizando seis encontros cujo publico alvo eram adultos na sua maioria idosos, houve também a sensibilização com a estratégia de enfoque educacional onde se permitiu conscientizar esta população formas de enfrentamento perante os problemas ambientais.

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Figuras 4 e 5 - Execução de palestras com a comunidade adulta

Referencial Teorico

A trajetória da presença da educação ambiental na legislação brasileira apresenta uma tendência em comum, que é a necessidade de universalização dessa prática educativa por toda a sociedade. Já aparecia em 1973, com o Decreto n°73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente explicitando, entre suas atribuições, a promoção do esclarecimento e educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos naturais, tendo em vista a conservação do meio ambiente (LIPAI, 2010).

Após um reconhecimento dos territórios afetados na cidade de São Caetano do Sul, localizada na região do ABC em São Paulo, pode se perceber que haviam dois Bairros em maior situação de vulnerabilidade, dentre eles os Bairros Fundação e São José, uma das justificativas que mais chamavam a atenção se dava pela passagem de dois rios neste território, o Rio dos Meninos e Rio Tamanduateí, ocasionalmente nos períodos de chuvas ocorrem as inundações.

Dentre as dificuldades percebidas no local a principal reconhecida era a falta de conscientização no ambiente, com grande quantidade de lixo descartado erroneamente aumentando o dificultar da escoagem da água da chuva, aumentando os impactos nas inundações.

Desta forma optou se por um processo de sensibilização ambiental da comunidade de ambos os bairros através do conhecimento compartilhado, realizado pela parceria da Faculdade de Medicina do ABC com os alunos dos Cursos de Saúde Ambiental, Enfermagem e Medicina.

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A definição de educação ambiental e dada no artigo 1° da lei n° 9.795/99 como processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade, colocando o ser humano como responsável individual, ou seja, fala da ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera pública (LIPAI, 2010).

A educação ambiental é uma ferramenta para o enfretamento dos problemas ambientais na dimensão da educação, capaz de contribuir com as mudanças sociais e transformações sociais e envolvendo os diversos sistemas sociais, como prega o Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA (BRASIL, 1999).

Para que as mudanças culturais aconteçam é necessário promover mudanças nos desejos e na forma das pessoas de ver a realidade a fim de promover o desenvolvimento nos padrões de produção e consumo, como almeja contribuir o ProNEA (BRASIL, 1999).

As ações realizadas com adultos tomaram como instrumento a aplicação de questionário com uma pequena amostra de moradores do local, cujo o objetivo era de captar a percepção deste frente as situações de inundações e riscos. Com as crianças houve a troca de conhecimento compartilhado com enfoque educacional através de atividades lúdicas, a observação e interpretação do ambiente, valorizando a vivencia destes e desenvolvendo atitudes do cuidado, respeito pela vida e a busca por soluções para os problemas ambientais, além da execução da construção de horta comunitária no Instituto de Convivência destas crianças, onde se obteve o contato direto com a terra, os animais, as plantas e a oportunidade de socialização com os colegas e de vivenciar a dimensão social da preservação ambiental, reconhecendo-se responsável pelo desenvolvimento auto sustentável, como alternativa para garantir a melhor qualidade de vida para o ser humano.

O ensino para o meio ambiente é fundamentalmente uma pedagogia de ação, ou seja, não basta apenas transmitir conhecimento, é necessário estimular e mobilizar a comunidade a fim de buscar soluções reais para os problemas ambientais do seu meio.

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Segue percepções sobre a pergunta feita aos munícipes sobre o tema" O que é o meio ambiente".

“Colocar lixeiras de reciclagem em pontos estratégicos e de fácil acesso, plantio de novas árvores e remoção de árvores velhas”;

“Meio ambiente pra mim é tudo aquilo ligado com a natureza;”

“ Novas árvores, mais cobrança dos paulistanos, porque no Rio, tem que pagar quem não respeita;”

“Para mim é a natureza que hoje em dia esta ruim demais (Coletas corretas, fiscalização e palestras para mais pessoas, etc);”

“Para mim é muito importante no mundo, limpo, puro, cada dia esta ruim, poluição, as pessoas não respeitam o mundo. Eu acho que deveriam ter mais palestras nas escolas para nossas crianças;”

No encontro com as crianças foi possível perceber que muitas delas já tinham experiências sobre os cuidados com o meio ambiente, fato que pode se trocar experiências e compartilhar do conhecimento destes. Nas ações da construção de horta comunitária foi possível realizar conscientização e mudança de hábitos dos mesmos provocando uma reflexão críticas nos menores da necessidade dos cuidados com o ambiente

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Considerações Finais

A educação ambiental é marcada pela necessidade de definir sua identidade frente a outros campos da educação encontrando se no conceito de interdisciplinaridades, fazendo a junção com outras áreas educativas para que se possa aprimorar o seu conceito e aplicação no ambiente

Os resultados e objetivos traçados foram positivos, pois trabalhar com crianças permite um aproveitamento grande, pois elas se entregam ao conhecimento e buscam aprender sempre mais.O uso da educação no projeto horta comunitária com crianças pode promover conscientização e novos hábitos.

A sensibilização com adultos captou se o interesse em outras ações de cuidado do meio ambiente como mutirões de arborização e limpeza, foram relatos de ideias da própria participação popular.

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CCEI Talitha Kum. Protestantismo em Revista, São Leopoldo, RS. v.24, jan-abr 2011.

(2) LIPAI, Eneida Maekawa. Educação ambiental nas escolas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicaçao3.pdf Acesso em: 18 Maio 2014.

(3) http://www.ensp.fiocruz.br/desastres

(4) Cartilha Comunidade mais Segura. Disponivel em

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1597. Acesso janeiro de 2013.

Referências

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