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DIETOTERAPIA NA DESNUTRIÇÃO PROTÉICO-CALÓRICA. Transtornos alimentares. Câncer

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(1)

DIETOTERAPIA NA DESNUTRIÇÃO

PROTÉICO-CALÓRICA

Transtornos alimentares

Câncer

(2)

TRANSTORNOS ALIMENTARES

São

transtornos

psiquiátricos

que

se

apresentam com alterações da alimentação em

adolescentes e adultos jovens do sexo feminino

→ prejuízos biológicos e psicológicos e

aumento da morbimortalidade

• Anorexia Nervosa

• Bulimia Nervosa

• Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica

• Transtornos Alimentares Não Especificados

(3)

TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

EPIDEMIOLOGIA

• Sexo: mulheres brancas em 90% dos casos;

• Idade: adolescência: 13 e 18 anos

• Incidência: mundial = 1: 100.000

• Mulheres jovens = 1: 200

• AN: 0,5 a 1,0%

• BN: 1,0 a 3,0%

• Grupos de risco: modelos, bailarinas, atletas

(4)

TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

ETIOPATOGENIA MULTIFATORIAL

Aspectos biológicos, familiares,

psicológicos, socioculturais

(5)

A. Restrição da ingestão de energia levando a um significante baixo

peso corporal no contexto de idade, sexo, trajetória de

desenvolvimento e saúde física. Baixo peso significante é definido como menor do que o minimamente normal ou, para crianças e adolescentes, menor do que minimamente esperado.

B

. Medo intenso do ganho de peso ou de se tornar gordo, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso mesmo com peso inferior.

C. Perturbação no modo de vivenciar o peso, tamanho ou forma corporais; excessiva influência do peso ou forma corporais na auto avaliação; ou persistente falta de reconhecimento da seriedade do atual baixo peso corporal.

(6)

ANOREXIA NERVOSA

Restritivo: Durante os últimos 3 meses, o indivíduo não teve

episódios recorrentes de comportamentos compulsivos ou

purgativos. Nesse subtipo, a perda de peso é alcançada com dietas, jejum e/ou atividades físicas para perder peso.

SUB-TIPOS

Compulsivo-Purgativo: Durante os últimos 3 meses, o indivíduo teve episódios recorrentes de comportamentos compulsivos ou purgativos (vômitos, abuso de laxantes e diuréticos ou enemas.

Gravidade:

Leve: IMC ≥ 17 Kg/m2

Moderada: IMC 16-16.99 Kg/m2

Grave: IMC <15 Kg/m2

(7)

BULIMIA NERVOSA

A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes critérios:

• 1. Ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo,

dentro de um período de 2 horas), de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares;

• 2. Um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por

exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar o que ou quanto se come).

(8)

BULIMIA NERVOSA

B. Comportamentos compensatórios inapropriados para prevenir ganho de peso, como vomito auto induzido, abuso de laxantes,

diuréticos ou outras medicações; jejum ou excesso de exercício físico. C. A compulsão e o comportamento compensatório inapropriado

devem ocorrer, no mínimo, pelo menos uma vez por semana, por 3 meses.

D. Auto avaliação indevidamente influenciada pelo peso e forma corporal.

E. O transtorno não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.

(9)

BULIMIA NERVOSA

Gravidade:

• Leve: Média de 1-3 episódios de comportamentos compensatórios por semana

• Moderada: Média de 4-7 episódios de comportamentos compensatórios por semana

• Grave: Média de 8-13 episódios de comportamentos compensatórios por semana

• Extremo: Média de 14 ou mais episódios de comportamentos compensatórios por semana

(10)

TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL

E INTERDISCIPLINAR

PROMOVER REABILITAÇÃO

CLÍNICA, NUTRICIONAL E

PSICOLÓGICA

(11)

TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

TRATAMENTO PARA O PACIENTE:

(ambulatorial, internação integral, Hospital Dia)

• SEGUIMENTO CLÍNICO: tratar as complicações

clínicas (médico e enfermeiro)

• MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA: antidepressivos,

ansiolíticos

• ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL

• PSICOTERAPIA

(12)

TRANSTORNOS ALIMENTARES:

ANOREXIA E BULIMIA NERVOSAS

TRATAMENTO PARA A FAMÍLIA:

• GRUPO INFORMATIVO E EDUCATIVO

• APOIO PSICOLÓGICO (EM GRUPO E

INDIVIDUAL)

(13)

A prevalência de desnutrição em pacientes

hospitalizados no Brasil é alta: 20-50%

• 1988 - IBRANUTRI: Pesquisa Nacional sobre Desnutrição

Hospitalar

(Waitzberg DL, Caiaffa WT, Correia MI. Hospital malnutrition: the Brazilian national survey (IBRANUTRI): a study of 4000 patients. Nutrition. 2001;17(7-8):573-80)

48% DPC; 7% com TN (6,1 enteral; 1,2% parenteral);

Maior tempo de internação; maior risco de comorbidades (perda de massa magra, pior qualidade de vida):

-Duarte A, Marques AR, Sallet LHB, Colpo E. Risco nutricional em pacientes hospitalizados durante o período de internação. Nutr Clín Diet Hosp. 2016;36(3):146-52;

- Fragas RFM, Oliveira MCD. Risk factors associated with malnutrition in hospitalized patients. Rev Nutr. 2016;29(3):329-36.

• 2013- Estudo BRAINS: 19.222 pacientes; 24% DPC

(Borghi R

et al. Perfil nutricional de pacientes internados no Brasil: análise de 19.222 pacientes (Estudo BRAINS)Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (4): 255-63)

• 2016- Revisão sistemática: 66 publicações; 12 países;

30.000 pacientes (

Correia MITD, Perman MI, Waitzberg DL. Hospital

(14)

• Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para

combater a desnutrição hospitalar. TOLEDO, DO et al. BRASPEN J 2018; 33 (1): 86-100 (anexo)

Método mnemônico dos 11 passos para o combate à desnutrição:

D Determine o risco e realize a avaliação nutricional

E Estabeleça as necessidades calóricas e proteicas

S Saiba a perda de peso e acompanhe o peso a cada 7 dias

N Não negligencie o jejum

U Utilize métodos para avaliar e acompanhar a adequação nutricional ingerida vs. estimada

T Tente avaliar a massa e função muscular

R Reabilite e mobilize precocemente

I Implemente pelo menos dois Indicadores de Qualidade

Ç Continuidade no cuidado intra-hospitalar e registro dos dados em prontuário

à Acolha e engaje o paciente e/ou familiares no tratamento

O Oriente a alta hospitalar

Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no paciente com câncer e

indicadores de qualidade da TN. Horie, LM et al. BRASPEN J 2019; 34 (Supl 1):1-32 (anexo)

Consenso nacional de nutrição oncológica. / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Nivaldo Barroso de Pinho (organizador) – 2. ed. rev. ampl. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. 112p. : Il. ; v. 2 (anexo)

(15)

EFEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DA

DESNUTRIÇÃO

• Aumento de tendências a infecções • Redução na cicatrização de feridas • Menor força tênsil nas suturas

• Hipoproteinemia (albumina) → edema • Redução da motilidade intestinal

• Fraqueza muscular

• Aumento da morbimortalidade

• Hospitalização e convalescência prolongada • Custos elevados

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FATORES CAUSAIS DE DESNUTRIÇÃO

HOSPITALAR

• FATORES LIGADOS À DOENÇA

↓ apetite (saciedade precoce)

↓ digestão

↑ perdas (diarreia, vômitos)

↓ anabolismo

↑ catabolismo

• FATORES CIRCUNSTANCIAIS

Dor, ansiedade

Novo ambiente

Alimentação diferente, mudança de hábitos e horários

Dificuldades para se alimentar: disfagia e odinofagia (dificuldade de comer ,dor ao deglutir), xerostomia (↓ saliva), mucosite, estomatite, dentição precária, próteses mal ajustadas

(17)

DESNUTRIÇÃO IATROGÊNICA

• Peso/altura não medidos

• Rotação de pessoal

• Divisão de responsabilidade: quem faz o que

• Não observação da ingestão alimentar

• Cirurgia em pacientes desnutridos → ausência de terapia

pós-operatória

• Não percepção/cálculo de ↑ das necessidades calóricas

(sepsis, trauma pós-operatório)

• Uso prolongado de soro fisiológico ou glicose no

pós-operatório

• Retardo na indicação de terapia nutricional

enteral/parenteral

(18)

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A

CAQUEXIA DO CÂNCER

• Redução da ingestão alimentar

• Anorexia

• Náuseas e vômitos

• Alteração do paladar e do olfato

• Efeito local do tumor

• Disfagia e odinofagia (dificuldade e dor ao deglutir)

• Saciedade precoce

(19)

EFEITOS COLATERAIS DA TERAPIA DO CÂNCER QUE

PODEM CAUSAR PROBLEMAS NUTRICIONAIS

• Tratamento por radiação

Náusea, vômito e perda geral do apetite

Mudanças do paladar e apetite

Problemas dentais

Mucosite e xerostomia

Estenose esofágica por radiação ao tórax

Diarréia e mal absorção por dano intestinal

Função imunológica diminuída

• Tratamento por quimioterapia

Anormalidades no paladar

Mucosite, queilose, glossite, estomatite e esofagite

diarréia, e mal absorção por toxicidade gastrointestinal

Náusea, vômito e anorexia

Anemias

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PRINCÍPIOS GERAIS PARA O CONTROLE

NUTRICIONAL DA DESNUTRIÇÃO

• Iniciar a alimentação tão logo tenham sido resolvidos os

problemas clínicos/cirúrgicos (jejum) ou que inabilitaram

a via oral

• Fornecer alimentos líquidos e hipercalóricos em

pequenos volumes e em curtos intervalos (suplementos

nutricionais)

• Incluir alimentos pastosos e sólidos mais nutritivos, de

acordo com a idade e condições de mastigação e

deglutição

• Estimular a ingestão de maior quantidade de líquidos (> 1

(21)

• Começar com pequenas quantidades de proteínas e calorias (de

acordo com as preferências do paciente), aumentando gradativamente

• Suplementar a dieta com eletrólitos, minerais e vitaminas, se

necessário. Nutrientes imunomoduladores (arginina, nucleotídeos, ácidos graxos ômega 3) e antioxidantes (Carotenóides, Vit, C, E, selênio, flavonoides) parecem ter efeito contra no câncer

• Estimular e ajudar o paciente a comer; realizar educação nutricional • Indicar terapia enteral à medida da monitorização do estado

nutricional, evitando a terapia parenteral

• Envolver os pais e outros familiares no tratamento e no

Referências

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