5 – Quantidade e Qualidade da Água
• Distribuição espacial
• Distribuição temporal
• Demandas quantitativas
• Demandas qualitativas
• Legislação
Abastecimento doméstico
TH036 - Gerenciamento de RH 2
Quantidade mínima de água requerida
litres per capita per day Tolerable level of risk: 7.5
Emergency situation: 15
Basic hygiene needs and basic food hygiene: 20 Quantidade
Disponibilidade global
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E TERRA NO PLANETA água 71% terras emersas 29% DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA água doce congelada 2% água doce líquida 1% água salgada 97% Volume estimado de água na Terra: 1380 milhões km3 Surface water: 3 % groundwater: 97 % QuantidadeVariabilidade espacial
TH036 - Gerenciamento de RH 4 > 2000 mm 500 - 1000 mm 1000 - 2000 mm < 250 mm 250 - 500 mmPrecipitacao
QuantidadeVariabilidade espacial na demanda
Potencial hídrico renovável per capita
TH036 - Gerenciamento de RH 6
Brasil:
20% água doce superficial 80% Amazônia Quantidade
Variabilidade temporal
Fontes alternativas de água
Processo de dessalinização:
Captação de água Pre-Tratamento
Dessalinização Pos-Tratamento
Qualidade da Água
Conceito de qualidade da águaH
2
O
Propriedades de solvente Capacidade de transportar partículas Incorpora diversas substâncias Tipo, quantidade e características destas substâncias definem a qualidade TH036 - Gerenciamento de RH 10O que é tóxico?
Depende do uso da águaÁgua com presença de patogênicos não é potável e não serve para uso
recreacional ou irrigação de hortaliças ou frutas, porém pode ser usada para piscicultura, ecologia aquática em geral
Presença de certas substâncias pode agredir canalizações ou equipamentos, embora potável.
Depende da concentração
Podem ser úteis, inócuos ou nocivos, dependendo da concentração que são encontradas na água. Exemplo: cloreto de sódio, sulfato de cobre, flúor.
Bioacumulação
Mesmo sendo ingeridas em concentrações não-nocivas, pela sua capacidade de acumular no organismo, pode atingir quantidades tóxicas e, às vezes, letais. Exemplo: Mercúrio
Efeitos sinergéticos ou antagônicos
Uma substância pode ter sua ação nociva aumentada ou reduzida, pela
associação com outras substâncias ou fatores físicos. Exemplo: amônia em água com alto pH.
Ciclo hidrológico
Condições naturais
Ciclo hidrológico e Fontes de poluição
Condições naturais x interferência antrópica
Fontes pontuais Fontes difusas
Poluição atmosférica
Outras fontes de poluição
Fontes de poluição
• Poluição natural
• Poluição produzida por esgotos domésticos
– Compostos orgânicos biodegradáveis
– Nutrientes
– Bactérias
• Poluição produzida por esgotos industriais
– Tipo de indústria => tipo de efluente
– Em função do tipo de matéria-prima e processo industrial
utilizados
• Poluição causada por drenagem de áreas agrícolas e
urbanas
• Poluição causada por disposição inadequada de
resíduos sólidos
Problemas
TH036 - Gerenciamento de RH 16
Efluentes – características quantitativas
Fontes de despejos Vazão específica
Esgoto doméstico 120 a 160 L/hab/dia
Abatedouro bovino 1.500 a 2.000 L/boi
Abatedouro avícola 17 a 20 L/ave
Fabricação de cerveja 8L/L cerveja
Fabricação de refrigerante 2 a 4 L/ L refrigerante Fabricação de álcool 15 L restilo/L álcool Fabricação de lacticínios/queijo 20 L/kg queijo Fabricação de lacticínios/leite 1 L/L leite
Fabricação de couros 800 a 1.000 L/couro Fabricação de papel 50 a 100 L/kg papel
Fonte: Philippi, Jr. et al. (2004)
Efluentes – características qualitativas
Fontes de despejos Equivalente populacional de carga orgânica
Abatedouro bovino 55 hab/boi
Abatedouro avícola 200 hab/1.000 aves
Fabricação de cerveja 175 hab/m3 cerveja
Fabricação de álcool 7 hab/ L álcool sem restilo Fabricação de lacticínios/queijo 2 hab/kg queijo
Fabricação de lacticínios/leite 20 hab/1.000 L leite Fabricação de couros 40 hab/pele bovina
EFEITO
Tipo de Poluicao
Variável Efeito Fonte
Matéria Orgânica Biodegradável DBO – Demanda bioquímica de oxigênio Diminuição de OD na água, vital para os organismos aquáticos aeróbios
Efluentes domésticos, efluentes de indústrias alimentícias
Poluicao Tóxica
Cádmio Danos nos rins (cumulativo)
Corrosão de canalizações galvanizadas, erosão de depósitos naturais, efluentes de refinarias de metais, escoamento superficial dos lixões (Cd proveniente das baterias)
Poluicao Nitrato Hemoglobinemia em bebês abaixo de 6 meses
Fertilizantes, tanques sépticos, efluentes.
Giardia lmblia Giardia lmblia Giardíase, doenças intestinais
Efluente doméstico e resíduos fecais de animais
Ecossistema Saúde pública Usos múltiplos
21
Poluição Fonte Impacto Parâmetros indicadores
Matéria orgânica Áreas agrícolas, pecuária, efluentes doméstico e industrial
Redução de OD; mortandade de peixes. DBO, DQO, OD
Patogênico Esgoto bruto ou parcialmente tratado, excremento de animais
Transmissão de doenças como cólera, disenteria e esquistossomose e proibição de usos nobres da água.
Coliformes totais e fecais
Nutrientes Agricultura, pecuária, esgoto doméstico e industrial
Proliferação excessiva de algas resultando em redução de OD; liberação de toxinas do sedimento; redução de diversidade da comunidade de invertebrados e
vertebrados; mortandade de peixes; risco de redução da capacidade de transporte de oxigênio no sangue dos recém-nascidos.
Nitrogênio, fósforo
Metais pesados Descargas industriais, lodo de estações de tratamento de esgoto, efluente de minas de carvão, deposição atmosférica, aterro sanitário
Redução da população de peixes devido falha na reprodução; efeito letal nos invertebrados; diversos problemas à saúde humana, como: disfunção dos rins, problemas nos ossos ou no sistema nervoso,
dependendo do metal.
Mercúrio, cádmio, chumbo, cromo, etc.
Substâncias tóxicas Escoamento superficial urbano e rural, descargas doméstica e industrial, infiltração.
Crescimento e sobrevivência reduzidos de alevinos; doenças nos peixes; aumento no risco de câncer no cólon, rins e bexiga nos seres humanos.
Crescimento populacional
TH036 - Gerenciamento de RH 22 0 1*109 2*109 3*109 4*109 5*109 6*109 7*109 8*109 1820 1840 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2006 3 Milliarden 4 Milliarden 1 Milliarde 5,2 Milliarden 2 Milliarden Quantidade Qualidade Influência:Controle da qualidade da água
• Estações de tratamento de esgoto
• Limites de lançamento
• Padrões de qualidade da água – enquadramento dos corpos
de água
• Gestão dos recursos hídricos:
– considerando aspectos regionais físicos, bióticos, sociais, dentre outros
– articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional
Padrões & Limites
• Legislações:
– Padrões de qualidade para corpos de
água
– Limite de lançamento de efluentes
– Padrões de potabilidade
– Padrões de balneabilidade
• Exigências
– Equipamento com tecnologia não
poluente
– Processos menos poluentes
Resolução
CONAMA 357/05
Resolução CONAMA 274/2000 Ministério da Saúde: portaria nº 518/2004
Padrão de qualidade da água superficial
Classe especial Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4ÁGUA DOCE ÁGUA SALINA ÁGUA SALOBRA
Resolução CONAMA 357/05 (antiga 20/86)
As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são
classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus
usos preponderantes, em treze classes de qualidade.
Classe especial Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe especial Classe 1 Classe 2 Classe 3
Classificação dos corpos de água
classe especial: águas destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
classe 3: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais.
classe 4: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
ÁGUAS DOCES
classe especial: águas destinadas:
a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; b) à proteção das comunidades aquáticas; e
c) à aqüicultura e à atividade de pesca.
classe 2: águas que podem ser destinadas: a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.
classe 3: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
classe especial: águas destinadas:
a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e, b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à aqüicultura e à atividade de pesca;
d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.
classe 2: águas que podem ser destinadas: a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.
classe 3: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
ÁGUAS SALOBRAS
Corpo de água
Parâmetro DBO (mg/L) OD (mg/L) Turbidez (UNT) Fósforo total (mg/L) Nitrato (mg/L) Mercúrio (mg/L) 2,4-D (ug/L) Coliformes (NMP/100mL)* Clorofila a (ug/L)Dens. de cianobactérias (cel/mL)
Classe 1 3 6 40 0,020/0,025/0,1 10 0,0002 4,0 200 10 20.000 Classe 2 5 5 100 0,030/0,050/0,1 10 0,0002 4,0 1000 30 50.000
Balneabilidade
Avaliação: Excelente Muito boa Satisfatória Coliformes fecais: < 250 < 500 < 1000• não atendimento aos anteriores
• na região: enfermidades transmissíveis por via hídrica
• sinais de poluição por esgoto, perceptíveis pelo olfato ou visão • presença de resíduos tóxicos, óleos e graxas
• presença de parasitas ou hospedeiros infectados
Resolução CONAMA 274/2000 Imprória: Escherichia coli: < 200 < 400 < 800 Enterococos: < 25 < 50 < 100 TH036 - Gerenciamento de RH 30
Corpo de água
Mananciais
Águas de classe especial
PROIBIDO:
Lançamento de: esgotos domésticos e industriais (bruto ou tratado) lixo
pesticida fertilizante
Corpo de água
• Óleos e Graxas
• Materiais flutuantes
Espumas artificiais • Corantes artificiais
• Substâncias que formem depósitos objetáveis
• Substâncias que comuniquem odor ou gosto
Teores desprezíveis
Limitação das fontes de poluição
Resolução CONAMA 357/05 –
cap.IV
Nacional
Decreto nº. 5.316/PR de 17/04/74
Estadual
Efluentes
Alguns limites de parâmetros de controle: Parâmetro Temperatura Óleos minerais (mg/L) Chumbo (mg/L) Mercúrio (mg/L) Sulfetos (mg/L) ... Efluente
< 40 e nao deve ultrapassar 3 °C da T do rio < 20
0,5 0,01 1,0
Resolução CONAMA 430/2011 dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando parcialmente e complementando a Resolucão CONAMA 357/05
Outras considerações
• Filme x foto
– Indicadores biológicos
• Integridade do corpo hídrico
– Desvio com relação ao natural
• Bom estado ecológico
Corpo de água
Portaria nº. 20 de 12/05/1992 - SUREHMA - atual SUDERHSA
Enquadra os cursos d’água da Bacia do Rio Iguaçu
Lei 9433/07
Lei 9433/97
• Uma das diretrizes da Política Nacional de
Recursos Hídricos: gestão sistemática dos
recursos hídricos, sem dissociação dos
Resolução CONAMA 357/05
• Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características em desacordo com as metas (intermediária/final) do seu enquadramento. • As metas de qualidade da água deverão ser atingidas em regime de
vazão de referência
• Quando a vazão estiver abaixo da vazão de referência poderão ser estabelecidas restrições de lançamentos.
Q
95%Antes era
Q
10,7No Estado do Paraná:
Distribuição temporal da vazão
• Q x t:
• Modificações dos hidrogramas:
• Do ponto de vista da qualidade da água:
Represamento (picos de Q serão amortecidos)
Urbanização e canalização (Ex.: maior área impermeável maior escoamento superficial concentrado)
Uso da água (Ex.: irrigação: maior consumo na fase de crescimento da planta)
Estudo de cargas pontuais: caso crítico quando ocorrem baixas vazões Influência da distribuição da chuva (e degelo
Vazão mínima
Q
10,7Vazão mínima de 7 dias com tempo de retorno de 10 anos. • Menor vazão que ocorreu em 7 dias consecutivos no período considerado
• ordenar a vazão em ordem crescente
• a probabilidade cumulativa de ocorrência é dada por: • o tempo de retorno é dado por:
1
N
m
p
p
T
1
m: rank N: total de amostras TH036 - Gerenciamento de RH 40Q
95%
• Vazão com 95% de permanência
– Em 5% do tempo a vazão está abaixo desse valor.
Controle
• Na
zona de mistura
dos efluentes poderão ser admitidos
valores em desacordo com os previstos na respectiva classe
de enquadramento, desde que:
– não comprometam a integridade do corpo de água como um todo – não exista risco significativo à saúde humana, considerando as
possíveis exposições da população
– não causem a letalidade de organismos que passem através da zona de mistura
ETA
Indústria
ETEEfluente industrial
Portaria nº. 020/96 - SUDERHSA
Art.2° - parágrafo 5º.: Para preservação do recurso hídrico qualquer captação em curso de água realizada por indústria instalada no Estado do Paraná deverá ter o lançamento de seus efluentes à montante do ponto de captação.
Exercício 1
• Na figura 1 é mostrado o uso e ocupação do solo de uma bacia hidrográfica. Há um predomínio de agricultura irrigada. Os usos do reservatório são para abastecimento de água da região, atendendo
também uma população fora da bacia, e para geração de energia. Você faz parte de uma equipe que está iniciando um plano de gestão dos recursos hídricos para a área. Atenção para as exigências legais e técnicas.
– A bacia é grande e numa análise do uso e ocupação do solo, a equipe decidiu que seria mais eficiente tratar a bacia em áreas menores. Propor divisão da bacia, desenhando as unidades de gestão na figura, justificando sua decisão. – É preciso fazer um diagnóstico da área. Por onde vocês começariam? Quais
dados devem ser levantados?
– Citar problemas potenciais com relação aos usos e de qualidade da água na bacia
– No caso de conflito de usos da água, por exemplo, em época de seca, o que preconiza a legislação?