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A importância da autonomia no processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa no ensino fundamental

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A IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Catarina de Almeida Feitosa dos Santos (CESMAC) INTRODUÇÃO

O ensino de língua inglesa no Ensino Fundamental aponta para a necessidade de compreender a importância da autonomia no processo ensino-aprendizagem, levando em consideração que o período de tempo em que professores e alunos passam juntos não é o suficiente para alcançar proficiência na língua desejada.

Considerando que a aprendizagem de uma língua estrangeira dentro de uma sala de aula é uma atividade que pode levar anos de estudo ininterruptos, é fácil entender porque devemos promover a autonomia.

Quando o aluno não está em sala de aula, seu desempenho depende de sua autonomia para resolver problemas, executar tarefas e buscar novos conhecimentos. É praticamente impossível aprender tudo de uma língua estrangeira dentro da sala de aula.

Assim sendo, tanto professores como alunos devem saber que seus papeis em sala de aula são limitados, o professor não pode ensinar tudo e o aluno não deve esperar que através do professor se aprenda tudo.

O papel do professor neste caso passa a ser de facilitador no processo de ensino aprendizagem e no desenvolvimento da autonomia de seus alunos. A busca da autonomia deve ser incentivada pelo professor, para que o aluno entenda que aprendizagem é um processo em que alunos e professores trabalham juntos na construção do conhecimento.

O papel do aluno passa a ser o de colaborador, assumindo a responsabilidade pelo seu próprio processo de aprendizagem. À escola caberia oferecer condições para que se desenvolva a aprendizagem de forma autônoma.

Algumas pesquisas na área mostram a relevância da autonomia no processo de aprendizagem, havendo um consenso entre alguns autores de que autonomia deve ser desenvolvida e ensinada (LEFFA, 2002; MOITA LOPES, 2002).

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Tendo em vista essas considerações iniciais esse trabalho analisou a importância da autonomia na aprendizagem de uma segunda língua. O objetivo maior foi refletir, junto aos alunos, sobre o tema autonomia e conscientizá-los de sua importância, assim como, criar estratégias para fomentar a autonomia nas aulas.

AUTONOMIA

A fim de compreender mais especificamente a importância da autonomia no processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa no Ensino Fundamental, faz-se necessário primeiramente realizar uma breve discussão a respeito do conceito de autonomia.

Consta no dicionário Aurélio (1993) que, autonomia é a capacidade de governar-se a si mesmo. “Aplicando à sala de aula, entende-governar-se que autonomia é uma atitude que demonstra que o aluno assumiu responsabilidade própria por seu processo de aprendizagem” (MICCOLI, 2007, p.32). Concordando com a autora, o aluno autônomo é aquele que deve tomar iniciativas autônomas para promover e desenvolver seus conhecimentos e habilidades, é um aluno que sabe do seu papel ativo no processo de aprendizagem.

O conceito de autonomia não é novo, Paulo Freire refere-se à autonomia há mais de 30 anos e esse conceito é constantemente citado na literatura sobre aprendizagem de línguas estrangeiras. Muitos autores ligados às questões de ensino-aprendizagem apresentam conceitos de autonomia que merecem ser revistos e apresentados aqui, posto que adicionam características importantes a esta capacidade.

Para Holec (apud PAIVA, 2005, p.136) “autonomia é a habilidade de responsabilizar-se pela própria aprendizagem”, esse conceito é o mais repetido em vários textos que falam sobre a autonomia na aprendizagem de línguas estrangeiras. Nessa visão de autonomia o foco está na independência do indivíduo, porém não abrange o aspecto reflexivo do comportamento autônomo.

Já para Little (apud PAIVA, 2005, p.82) autonomia é “a capacidade de planejar, monitorar e avaliar as atividades de aprendizagem, e, necessariamente, abrange tanto o

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conteúdo quanto o processo de aprendizagem”. Nessa definição o aspecto da reflexão é ressaltado. Além disso, o autor acrescenta que autonomia na aprendizagem não deve se limitar a habilidades referentes ao conteúdo, ou melhor, ao domínio de uma tarefa específica, mas deve também considerar aspectos metacognitivos que dizem respeito ao processo de aprendizagem, ou seja, o entendimento das estratégias que envolvem esse processo. O conceito de aprendizagem apresentado por Little (1991) se alinha ao pensamento de Moita Lopes (1996) que afirma que os alunos devem entender o propósito geral das atividades e refletir sobre seu próprio conhecimento a fim de poder utilizar esse conhecimento em outros contextos.

Paiva (apud PAIVA, 2005, p. 135) advoga que o professor pode contribuir para formar aprendizes mais bem sucedidos e autônomos, incentivando-os “a se responsabilizarem por sua aprendizagem e conscientizando-os sobre os processos cognitivos”. Nesse caso, pode-se notar que o professor tem o papel de instruir seus alunos da importância de se responsabilizar pela sua própria aprendizagem, ou seja, tornar-se um aluno mais autônomo.

No entanto, alguns autores acreditam que autonomia não é compatível com o ensino formal e com a escola. Para Candy (1989, apud PAIVA, 2005, p.83) “a autonomia é uma capacidade inata do indivíduo que pode ser distorcida pela educação formal”. Por outro lado, alguns autores acreditam que autonomia é uma habilidade que pode ser incentivada nas escolas (LEFFA, 2002; FREIRE, 1996; MOITA LOPES, 2002).

Freire enfatiza que a autonomia está ligada à liberdade e a capacidade do educando em construir e reconstruir o saber ensinado. O autor não define autonomia, mas induz à conclusão de que o papel do professor é o de criar possibilidades para que o aluno produza o seu próprio conhecimento. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.47).

Leffa defende ao discutir a autonomia e o ensino, que ensinar o aluno a ser autônomo é possível, tendo o professor o papel de facilitar a aprendizagem e a escola de oferecer condições para que essa habilidade seja desenvolvida. O autor também enfatiza que os alunos que conheceu somente aprenderam uma língua estrangeira porque foram

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alunos autônomos. “Só é possível aprender uma língua estrangeira se o aluno for autônomo” (LEFFA, 2002).

Observa-se que, a discussão em torno do conceito de autonomia é grande, no entanto, qualquer que seja o conceito de autonomia não é algo dado. Dickinson (apud PAIVA, 2005, p.137), considera que os aprendizes não alcançam autonomia ao dizermos a eles para serem autônomos ou ao negarmos a eles o ensino convencional. Nesses casos eles estariam provavelmente condenados ao fracasso. Para o autor, autonomia só é conseguida através de treinamento envolvendo alunos e professores.

Para este trabalho escolhi alguns aspectos da autonomia apresentados por Paiva (2005) para elaborar o conceito de autonomia que me fez seguir nessa investigação. São quatro aspectos:

1- Autonomia requer consciência do processo de aprendizagem.

2- Autonomia, inevitavelmente, envolve uma mudança na relação de poder.

3- O professor pode ajudar o aprendiz a ser autônomo tanto na sala de aula quanto fora

dela.

4- Autonomia está intimamente relacionada às estratégias metagognitivas: planejar,

tomar decisões, monitorar e avaliar.

Por tudo isso, defendo que é possível alcançar autonomia nos alunos com o esforço entre ambos, professores e alunos, e escola.

O PAPEL DO PROFESSOR

Para que se desenvolva autonomia em sala de aula é importante que haja também empenho do professor, no entanto, muitos professores têm medo de perderem a autoridade, o poder e o controle em sala de aula, ao tentarem desenvolver uma aula mais autônoma.

Leffa (2002) nos diz que “há uma estrutura de poder bem definida na sala de aula tradicional onde o controle normalmente é exercido pelo professor”. Nas aulas

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tradicionais, como veremos mais detalhadas a seguir, o controle é exercido pelo professor, é ele geralmente quem escolhe as atividades a serem feitas e a maneira com que estas serão feitas, ou seja, as tarefas são muitas vezes impostas.

Esse tipo de relação é assimétrica, controlada e centrada somente no professor. No entanto para promover a autonomia nos alunos, os professores devem assumir novos papeis e deixar para trás alguns de seus papeis tradicionais, tarefa que muitas vezes não é fácil porque, como vimos, “o professor pode se sentir ameaçado em termos de controle e conhecimento, quando se fala em autonomia” (LEFFA, 2002).

Ao mudar de posicionamento em sala de aula, ou seja, quando o professor abre mão do controle da sala de aula e passa a dividir esse controle da aprendizagem com o aluno, este aluno passa a ter voz dentro da sala de aula e a partir de então começa a escolher como deseja aprender.

Leffa (2002) enfatiza que

[n]a aula autônoma, o professor precisa aprender que ele deixa de ser a autoridade máxima, tanto em termos de controle como em termos de conhecimento. Não é mais o dono do saber, que tipicamente só faz as perguntas que ele mesmo sabe responder. Na aula autônoma qualquer pergunta pode aparecer e o professor obviamente não tem a obrigação de saber todas as respostas.

Nessa nova forma de se posicionar, o professor já não é mais o único detentor do conhecimento, esse conhecimento passa a ser partilhado e construído com os alunos.

Ou seja, como professores, devemos guiar nossos alunos para que possam atingir um novo conhecimento através de uma ação conjunta que implica participação ativa e conscientização. O que é importante destacar sobre a proposta sociohistórica é que “ainda que o desempenho do aluno tenha que ser assistido durante um certo período, há pelo menos a previsão de que no futuro o aluno seja capaz de executar a tarefa por conta própria; a autonomia é um estágio a que se chega” (LEFFA, 2002).

Depois de todos esses comentários sobre o papel do professor pode-se dizer que o papel do professor é o de facilitador da aprendizagem.

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O PAPEL DO ALUNO

A educação é um processo social no qual alunos e professores participam interagindo na construção de um conhecimento. Desta forma, a aprendizagem em sala de aula é caracterizada pela interação social entre professores e alunos.

O aluno não é mais visto como um ser vazio que precisa ser preenchido com conhecimentos, mas passa a ser também autor desses conhecimentos. No entanto, pode-se verificar na literatura, que existe uma resistência do aluno no que diz respeito ao desenvolvimento da autonomia em sala de aula.

Como vimos anteriormente, a resistência estava muitas vezes nos professores, que se sentiam ameaçados em sua autoridade por alunos mais autônomos. Nos dias atuais, “a maior resistência à promoção de autonomia em sala de aula vem do próprio aluno. É que desenvolver autonomia dá trabalho- exige mais do aluno, e quem é que gosta de mais exigências” (MICCOLI, 2007, p.33).

O ato de passar a competência para o aluno implica, portanto, que o aluno deve, por conta própria, ir muito além do que lhes é pedido em sala de aula e isso requer um esforço maior dos alunos, o que muitas vezes não é visto com bons olhos.

Todo esse processo de mudanças na busca pela autonomia é muito novo para o aluno que ainda está acostumado com as aulas tradicionais. O professor deve procurar entender a resistência dos alunos em serem mais autônomos e não exigir de forma inadequada essa mudança. “A autonomia deve ser promovida aos poucos através de tarefas e projetos que promovam progressivamente esse novo estilo de aprendizagem” (MICCOLI, 2007, p.33). Nós, enquanto professores, devemos respeitar esse tempo de adaptação do aluno a essa nova forma de aprender e isso requer tempo e paciência. Ao tentar apressar esse processo, o professor pode causar ainda mais resistência nos alunos.

Na busca pela autonomia, podemos verificar que o papel do aluno muda, ele ganha mais direitos de participação, mas também a obrigação de assumir a responsabilidade pelo seu próprio processo de aprendizagem.

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O PAPEL DA ESCOLA

Muitos educadores falam sobre autonomia e concordam com relação a sua importância (PAIVA, 2005; FREIRE, 1996; LEFFA 2002, entre outros.), mas poucos falam sobre a visão política de autonomia proposta por Benson (apud NICOLAIDES, 2005, p. 157), “qualquer opção feita, no tocante a aprendizagem, terá implicações políticas”.

“Em termos práticos, aqueles que tentam desenvolver autonomia, professores e aprendizes, encontram-se muitas vezes, contritos pelo sistema educacional que, freqüentemente pouco favorece o desenvolvimento do aprendiz” (NICOLAIDES, 2005, p.157). A escola, neste caso, tolhe o esforço tanto dos alunos quantos dos professores, na busca por um ensino mais autônomo. A escola muitas vezes “é também um agente muito mais propenso a tolher a autonomia do que desenvolvê-la” (LEFFA, 2002).

Outro aspecto importante, segundo Leffa (2002) é que “o aluno com freqüência aprende muito mais fora da escola do que dentro dela, apesar de alguns recursos didáticos que a escola oferece como bibliotecas, laboratórios, etc.”Como exemplo podemos citar algumas pessoas importantes como: Luis Inácio Lula da Silva,que freqüentou apenas a escola fundamental; William Shakespeare e Pablo Picasso que possuem nenhuma ou pouca escolaridade.

O ensino formal não tem condições de ensinar tudo ao aluno, então cabe a escola oferecer condições para que se desenvolva a aprendizagem de forma autônoma.

PROMOVENDO AUTONOMIA EM SALA DE AULA (ANÁLISE DA ATIVIDADE PROPOSTA)

O presente trabalho foi realizado na escola Estadual Irene Garrido com uma turma de 7º ano, constituída de 44 alunos, com idades entre 13 e 15 anos. Como já foi mencionado, com base nos pressupostos teóricos, o foco da pesquisa foi analisar a importância da autonomia na aprendizagem de uma segunda língua. O objetivo maior

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foi refletir, junto aos alunos, sobre o tema autonomia e conscientizá-los de sua importância, assim como criar estratégias para fomentar autonomia nas aulas.

Ao iniciar a pesquisa decidi que era importante construir o conceito de autonomia com os alunos e transferi-lo para a aprendizagem em sala de aula. Para tal, propus uma discussão que envolvesse uma definição de autonomia e exemplos práticos dessa habilidade. O objetivo era buscar no conhecimento prévio dos alunos um ponto de partida para o objetivo principal: fomentar autonomia em sala de aula.

A maior parte dos alunos conseguiu elaborar uma definição para autonomia e também puderam relatar alguma experiência em que agiram com um certo grau de autonomia.

As histórias relatadas pelos alunos indicam que eles já agem autonomamente em vários contextos, como por exemplo, nas tarefas domésticas, na vinda para a escola e na ida para determinados lugares. Os alunos associam autonomia simplesmente à capacidade de serem independentes e não como uma capacidade individual alcançada por algum tipo de aprendizagem.

A partir desses exemplos, conversei com a turma sobre a importância da autonomia em sala e discutimos como poderíamos melhorar a nossa aula tendo o conceito de autonomia como objetivo.

O passo seguinte foi a elaboração de um cartaz com estratégias que poderiam auxiliar a turma no desenvolvimento de autonomia em sala de aula. O critério para a escolha das estratégias que seriam incluídas no cartaz foi discutido pela turma.

É importante destacar que as estratégias contidas no cartaz buscam fomentar algumas características de autonomia que precisam ser implementadas na turma. No quadro 1: podemos observar a correspondência entre as características de autonomia que me propus a seguir e as estratégias contidas no pôster.

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Quadro 1: Correlação entre aspectos da autonomia e estratégias utilizadas.

O próximo passo foi a realização da atividade de elaboração da entrevista, levando em consideração as estratégias anteriormente elaboradas no cartaz. Ao longo dessa atividade o cartaz ficou exposto na lousa e podia ser acessado pelos alunos a qualquer momento.

Antes de a atividade começar, pude observar que os alunos já agiram com certa autonomia, ao perguntarem se podiam realizar a atividade em grupos de cinco pessoas pelo fato de estarem organizados dessa forma, o que nos remete a estratégia “sugerir atividade”.

Pude observar, ao realizarem a atividade, que muitos alunos trouxeram o dicionário e, portanto, todos os grupos estavam com um. Isso nos mostra que muitos entenderam que o dicionário poderia de alguma forma ajudá-los a serem mais autônomos. Outro aspecto observado foi que eles só recorreram a mim quando tinham dúvidas com relação à elaboração das perguntas, quando já haviam utilizado o dicionário, perguntado para os componentes do grupo e até para os outros grupos, ou seja, compreenderam que devem tentar de outras formas resolver questões sem dependerem tanto da professora. Um dos alunos disse o seguinte:

“Ai! Professora, já tentei de tudo, posso agora te fazer uma pergunta”.

CARACTERÍSTICAS ESTRATÉGIAS

Autonomia requer consciência do processo de

aprendizagem. . Dar opinião.. Participar. Autonomia, inevitavelmente, envolve uma

mudança nas relações de poder.

. Pedir ajuda aos colegas. . Ajudar os colegas. . Respeitar os colegas. O professor pode ajudar o aprendiz a ser autônomo

tanto na sala de aula quanto fora dela. . Usar o dicionário.. Usar o livro. Autonomia está intimamente relacionada às

estratégias metacognitivas: planejar; tomar

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Vê-se aqui que o aluno já havia tentado algumas estratégias agindo autonomamente antes de perguntar a professora.

Ao final da atividade, resolvemos corrigir as questões elaboradas antes de juntá-las em um só questionário. A decisão por essa atividade de correção se deu porque o exercício permite que os alunos interajam sem tanta interferência da professora, ou seja, com certo grau de autonomia.

Foi possível observar que após essa atividade os alunos entenderam o propósito da construção das estratégias, assim como agir de forma mais autônoma.

CONCLUSÃO

O objetivo desta pesquisa foi refletir sobre o papel da autonomia na aprendizagem de inglês e promover a autonomia dentro da sala de aula através de conscientização e construção de estratégias.

Após ter sido realizada a pesquisa, junto aos alunos, através de questionários, conscientização da importância da autonomia, construção de estratégias e elaboração de entrevista, pode-se observar que o debate sobre autonomia, assim como as estratégias construídas e aplicadas durante a atividade de elaboração da entrevista, contribuíram para o entendimento e desenvolvimento da autonomia nos alunos. Contudo é importante reforçar que só instrumentalizar não é o suficiente, o papel do professor como mediador também é vital, pois a sua atuação em sala de aula tem influência sobre os alunos, fazendo-os compreender o que se passa em sala de aula, influenciando-os em suas escolhas e criando oportunidades de autonomia. Alem disso acredito que o fato do aluno ter a oportunidade de construir suas próprias estratégias impulsiona o aprendizado autônomo.

Na turma pesquisada constatou-se que quando a interação é privilegiada, o ambiente torna-se altamente favorável para o desenvolvimento da autonomia. Na elaboração da atividade proposta criou-se um ambiente colaborativo, em que alunos ajudam uns aos outros e são levados a pensar em termos de uma independência positiva e coletiva.

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Através destas constatações acredito que o objetivo desta pesquisa foi alcançado, porque com o uso regular de estratégias e assistência guiado pelo professor, é possível ensinar os alunos a serem mais autônomos. Acredito que trabalhar autonomia é de extrema importância para o processo de ensino aprendizagem, pois acredito que nós professores, ao gerarmos oportunidades de aprendizagem autônoma, estamos contribuindo para a formação de aprendizes mais conscientes e eficientes, tendo em vista que o bom aprendizado é aquele que ensina o aluno a caminhar sozinho. Para gerar estas oportunidades de aprendizagem autônoma é preciso ter em mente a necessidade de aplicá-las de forma contínua, pois os alunos muitas vezes estão acostumados com salas de aula ainda muito tradicionais e podem apresentar uma certa resistência à esse novo estilo de aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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