• Nenhum resultado encontrado

Co-living estudantil para o novo centro

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Co-living estudantil para o novo centro"

Copied!
100
0
0

Texto

(1)

Rafaela Candemil Florianópolis

CO-LIVING ESTUDANTIL

(2)
(3)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA RAFAELA CANDEMIL

CO-LIVING ESTUDANTIL

PARA O NOVO CENTRO

Trabalho Final de Graduação ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do tulo de Arquiteta e Urbanista.

Orientador: Prof. Dr. Luciano Dutra

Florianópolis 2019

(4)

O presente trabalho apresenta a elaboração de um par do arquitetônico de um Co-living Estudan l para o novo Centro, localizado no bairro Saco dos Limões, Florianópolis, Santa Catarina.

Este trabalho tem como finalidade propor um edi cio de habitação estudan l através de pesquisas sobre o tema, estudo de referenciais e análise da área junto a visitas ao local. A par r disto, foram definidas diretrizes e elaborados estudos conceituais, volumétricos, de fluxos, conexões e outros aspectos que serão fundamentais para o desenvolvimento do projeto do Co-living Estudan l.

Palavras-chave: arquitetura e urbanismo, moradia estudan l, co-living.

(5)

ABSTRACT

The present work presents the elabora on of an architectural project of a Student Co-living for the n e w C e n t e r, l o c a t e d i n S a c o d o s L i m õ e s neighborhood, Florianópolis, Santa Catarina.

This work aims to propose a student housing building through research on the subject, reference study and analysis of the area with site visits. From this, guidelines were defined and conceptual, volumetric, flow, connec on and other studies that will be fundamental for the development of the Student Co-living project were elaborated.

Keywords: architecture and urbanism, student housing, co-living.

(6)
(7)

SUMÁRIO

CAPÍTULO I

1.1 Tema... 1.2 Localização... 1.3 Jus fica va... 1.4 Problemá ca... 1.5 Obje vo Geral... 1.6 Obje vos Específicos... 1.7 Metodologia... 1.8 Estrutura do Trabalho...

CAPÍTULO II

2.1 Moradia Estudan l... 2.1.1 Moradia Estudan l no Exterior... 2.1.2 Moradia Estudan l no Brasil... 2.1.3 Moradia Estudan l em Florianópolis.... 2.2 Co-living... 2.3 Sustentabilidade...

CAPÍTULO III

3.1 O terreno... 3.2 Breve histórico e Contexto do bairro... 3.3 Sistema Viário e Mobilidade Urbana... 3.4 Uso do Solo... 3.5 Condicionantes Ambientais... 3.6 Condicionantes Legais...

CAPÍTULO VI

6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS... ...

CAPÍTULO VII

7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 08 09 10 10 11 11 12 13 16 20 22 24 28 30 34 35 38 42 44 46 88 92 INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DIAGNÓSTICO DA ÁREA

CAPÍTULO IV

4.1 Moradia Estudan l West Campus... 4.2 Moradia Estudan l da UNIFESP - Campus São José dos Campos... 4.3 Residência do Estudante -

Mar Del Plata... 4.4 Quadro compara vo...

50 56 62 68 REFERENCIAIS PROJETUAIS

CAPÍTULO V

5.1 Proposta... 5.2 Fluxos e acessos... 5.3 Sistema constru vo... 5.4 Programa de necessidades... 5.5 Implantação... 5.6 Plantas esquemá cas... 5.7 Cortes esquemá cos...

72 73 73 74 76 78 86 PARTIDO ARQUITETÔNICO

(8)
(9)

CAPÍTULO I

Neste capítulo será introduzido o tema objeto de estudo, problemá ca, jus fica va, obje vo geral e específicos, e a metodologia u lizada para elaboração deste trabalho.

(10)

TEMA

1.1

O Co-living é um movimento que es mula a integração, a sustentabilidade e a colaboração (WikiHaus, 2016). A moradia estudan l é oferecida como suporte para os estudantes com d i fi c u l d a d e s s o c i o e co n ô m i ca s . É crescente a necessidade por vagas de habitação estudan l, em razão disso são formadas extensas filas de espera e s u p e r l o t a ç ã o n a s m o r a d i a s . É fundamental pensar sobre a qualidade ambiental do espaço des nado aos estudantes.

Com o conceito de novo Centro, Saco dos Limões é um bairro que está em

constante crescente. Possui grande potencial para tornar-se um bairro independente e autossustentável financeiramente. Próximo ao Centro de Florianópolis e à Universidade Federal de Santa Catarina, faz com que seja bastante procurado por estudantes para moradia. Procurando compreender a importância da arquitetura nessa temá ca, o desenvolvimento deste trabalho servirá como modelo de como suprir a demanda por moradia estudan l de forma responsável e sustentável minimizando os impactos ambientais e sociais.

(11)

BRASIL SANT A CA TARINA FL ORIANÓPOLIS

LOCALIZAÇÃO

1.2

O terreno, com área de 7.907,26m², localiza-se no bairro Saco dos Limões, faz esquina com a Rua José Brognoli, Av. Prefeito Waldemar Vieira e com a Serv. Carmina .

N SACO DOS LIMÕES R. J osé Brognoli Rua João Mo a Espe zim

Av. Pref. Waldemar Vieira

Serv . Carmina

(12)

Em geral, o centro das cidades é o núcleo de empregos, comércios, educação, saúde e lazer dos habitantes e cresce de maneira rápida e con nua. Com a sua total ocupação permanente e transitória, esses espaços não têm mais estrutura para comportar as necessidades da população, precisando dividir-se em bairros próximos. Assim surgem as novas centralidades, sendo uma maneira de resolver o problema da superlotação nas zonas centrais.

Em Florianópolis já é possível observar estes novos polos em diversos bairros, com a ideia dos quatro pontos da arquitetura funcionalista de uma cidade moderna: morar, trabalhar, descansar e se deslocar, proposta na Carta de Atenas, 1933.

Saco dos Limões é um bairro que possui grande potencial de crescimento e desenvolvimento da economia local, tendo a possibilidade de ser criada sua própria centralização. Sua localização já faz com que muitas pessoas o procurem para moradia, está próximo a Universidade Federal de Santa Catarina e ao Centro de Florianópolis.

PROBLEMÁTICA

No Brasil, ainda é escassa a pesquisa pelo tema co-living, além disso existem poucos espaços des nados a esse uso, e os que existem não coincidem com os padrões de qualidade arquitetônica e ambiental.

Florianópolis é uma das capitais com maior custo de vida e está entre os aluguéis mais caros do Brasil. Sendo assim, o acesso à moradia torna-se sele vo ou restrito e muitos são obrigados a viver em zonas perigosas ou em lugares clandes nos.

Todo ano o número de estudantes que ingressam nas Universidades próximas vem crescendo. Muitos estudantes vêm de outras cidades ou bairros distantes em busca de moradia de qualidade com baixo custo. E isso fica evidente que a demanda de estudantes não é proporcional às moradias estudan s existentes.

1.4

JUSTIFICATIVA

1.3

(13)

OBJETIVO GERAL

1.5

O obje vo geral deste trabalho consiste em desenvolver um Projeto Arquitetônico de um Co-Living Estudan l sustentável, localizado no Saco dos Limões, considerado hoje o novo Centro de Florianópolis.

- Pesquisar sobre o tema Moradia Estudan l e Co-living e aspectos relacionados a ele;

- Estudar sobre sustentabilidade, visando melhor estratégia para a proposta;

- Pesquisar e analisar as normas técnicas, plano diretor legislação, aspectos climá cos per nentes ao tema a ser estudado no entorno imediato;

- Pesquisar e compreender o funcionamento das moradias estudan s através de pesquisa de projetos referenciais com temas semelhantes, a fim de elaborar um programa de necessidades adequado para a proposta;

- Definir as diretrizes projetuais a par r da análise do entorno macro e imediato da área e também do estudo dos referenciais projetuais;

- Desenvolver o par do geral do projeto arquitetônico buscando a qualificação das áreas de convivência e a valorização das relações entre a moradia estudan l e o entorno imediato;

- Desenvolver o anteprojeto da moradia estudan l no contexto da disciplina de TFG 2.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1.6

(14)

- Pesquisas de referenciais teóricos, sobre moradia estudan l ou similar, através de leitura de textos, livros, sites, TCC's sobre o tema.

- Estudar a área através de mapas, análise do clima, legislação para o entendimento das condicionantes e limitações locais.

- Definição das diretrizes projetuais, listadas a par r dos estudos dos referenciais e do diagnós co da área.

- Desenvolvimento do programa de necessidades e do par do geral do projeto arquitetônico do co-living estudan l.

METODOLOGIA

1.7

(15)

Capítulo 1 – Introdução, Localização, Jus fica va, Problemá ca, Obje vos, Metodologia e Estrutura do trabalho.

Explicação do assunto a ser tratado, juntamente com a localização do terreno e a jus fica va de escolha do tema, e os bje vos a serem a ngidos com o trabalho.

Capítulo 2 – Fundamentação Teórica

Breve histórico das moradias estudan s no exterior, no Brasil e em Florianópolis, conceito de co-living, seu papel e influência nos estudantes, sustentabilidade.

Capítulo 3 – Diagnós co da área

Estudo da área aonde será desenvolvido o projeto, apontando suas caracterís cas sicas, aspectos gerais e condicionantes.

Capítulo 4 – Referenciais Projetuais

Análise de projetos que possam ajudar na realização da proposta, definindo seus pontos posi vos e nega vos.

Capítulo 5 – Par do Arquitetônico

Diretrizes do projeto, atendendo aos fatores analisados anteriormente, e lançamento da proposta.

Capítulo 6 – Considerações finais

Conclusões a ngidas com o desenvolvimento do trabalho. Capítulo 7 – Bibliografia.

ESTRUTURA DO TRABALHO

1.8

(16)
(17)

CAPÍTULO II

Neste capítulo será tratado o papel da moradia estudan l, suas histórias, quais as mudanças que sofreu durante os anos, sua influência, papel no desenvolvimento do estudante, levando em conta as relações com outros moradores/usuários, professores e o entorno nas escalas macro e micro. Além disso, também será discu do o conceito de co-living juntamente com suas especificações e necessidades próprias, com o intuito de obter um embasamento teórico para defender as diretrizes que serão lançadas no projeto e realizar o lançamento da proposta.

FUNDAMENTAÇÃO

TEÓRICA

(18)

As primeiras moradias estudan s nascem no período da Idade Média, quando surgem as primeiras universidades ocidentais, algumas adotando a prá ca de hospedar os estudantes onde hoje é conhecido como campus universitário. Pode ser denominada como sendo um componente da Universidade e possui uma função social extremamente importante na vida do estudante, pois são locais que subs tuem a moradia familiar. Desta forma além de possuírem o papel de abrigar os estudantes, estes adquirem responsabilidades sociais e educacionais. Inclusive é necessário disponibilizar uma infra-estrutura adequada aos moradores, para tornar a

vida acadêmica a mais agradável possível. O perfil dos moradores é de estudantes que vêm de outras cidades, e que na maioria dos casos não conhecem a região e s o m e n t e a p ó s a l g u n s m e s e s entenderão a dinâmica da cidade para conseguir definir qual local seria melhor e mais prá co no seu dia-a-dia. Morar ao lado da Universidade em algumas situações é muito prá co, evitam-se grandes deslocamentos todos os dias. Entretanto, nem sempre é a melhor opção, pois se a mesma não se encontra em uma região onde tem o básico para viver, como supermercado, farmácia, espaços de lazer, de nada adianta, pois, o deslocamento será ainda maior.

MORADIA ESTUDANTIL

2.1

(19)

Figura 2.1: À esquerda: exemplo de dormitório sem banheiro - 10,50m²; À direita: exemplo de dormitório com banheiro individual – 12,80m². Fonte: LITTLEFIELD, 1999.

Segundo LITTLEFIELD, algumas diretrizes projetuais são indicadas para este po de ambiente. As unidades habitacionais sem banheiro podem ter apenas 8m², mas a área mínima adequada para uma pessoa é 10m². Unidades com banheiro possuem, geralmente, cerca de 13m². As proporções da unidade habitacional devem ser tratadas com cuidado, uma vez que precisam proporcionar a acomodação de móveis com layout alterna vo devido ao seu caráter mul funcional, já citado anteriormente. Quanto maior for a área de piso, mais fácil será a disposição do mobiliário de acordo com cada morador.

(20)

Conforme o livro The Metric Handbook – Planning and Design Data (1999), de David Li lefield, as unidades habitacionais podem ser distribuídas da seguinte forma:

02. Tipologia com corredor (Figura 2.4): é a pologia mais comum, são moradias que possuem os dormitórios distribuídos ao longo de um grande corredor central. É a disposição mais comum entre os projetos deste gênero, pois torna-se econômica em relação a quan dade de dormitórios que é possível realizar a locação e que podem u lizar um único núcleo de elevadores, facilitando o acesso de pessoas com deficiência. Exemplo: The Maersk McKinney Moller Centre no Churchill College, em Cambridge (Figura 2.5).

01. Tipologia com escadaria (Figura 2.2): são moradias divididas em blocos com um número determinado de dormitórios, onde a circulação ver cal ocorre mediante uma única escada.

Exemplo: Balliol College, em Oxford

(Figura 2.3). 2.3

2.5

2.2

2.4

(21)

03. Edi cios de apartamentos: (Figura 2.6) é a pologia na qual as moradias são compostas por d o r m i tó r i o s i n d e p e n d e nte s a g r u p a d o s , c o m u n i d a d e s habitacionais dis ntas e demais cômodos compar lhados.

E xe m p l o : A l l i a n c e S t u d e n t Housing, em Newington Green, Londres (Figura 2.7).

04. Casas ou apartamentos individuais (Figura 2.8): É a pologia mais comum no Brasil, rela va as repúblicas, que nada m a i s s ã o q u e c a s a s e apartamentos convencionais que p o d e m s e r u s a d o s p a r a acomodação cole va.

Exemplo: Constable Terrace, da Univesity of East Anglia em Norwich, Reino Unido (Figura 2.9).

Figura 2.2: Planta pavimento po de Balliol College. Fonte: LITTLEFIELD, 1999. Figura 2.3: Balliol College. Fonte: MJP ARCHITECTS, 2013.

Figura 2.4: Planta pavimento po de The Maersk McKinney Moller Centre, Churchill College. Fonte: LITTLEFIELD, 1999.

Figura 2.5: The Maersk McKinney Moller Centre, Churchill College. Fonte: HENNING LARSEN ARCHITECTS, 1992. Figura 2.6: Planta do pavimento po Alliance Student Housing. Fonte: HAWORTH TOMPKINS ARCHITECTS, 2004. Figura 2.7: Alliance Student Housing.. Fonte: TEH NEWINGTON GREEN ACTION GROUP.

Figura 2.8: Planta pavimento po de Constable Terrace. Fonte: LITTLEFIELD, 1999. Figura 2.9: Constable Terrace. Fonte: RICK MATHER ARCHITECTS, 1993.

2.6 2.7

(22)

As primeiras universidades surgiram na Europa entre os séculos XI e XII, e junto delas surgiram as moradias estudan s, posteriormente começaram a ser disseminadas para outros países (MACHADO SOBRINHO, 2014). Foram criadas a princípio para suprir as necessidades educacionais e religiosas, sendo escolas catedrais e monás cas. Seu obje vo era, a par r do concílio de Roma formar futuros monges e com o passar do tempo, tornaram-se escolas externas, as quais formavam os leigos da corte.

A Universidade de Bolonha, na Itália (Figura 2.10), fundada entre os séculos XI e XII, considerada como a mais an ga do

mundo, foi a primeira a organizar um sistema de moradia e bolsa para estudantes (Op. Cit.).

Nos Estados Unidos, o Residencial College (Figura 2.11) oferece abrigo também à professores, com o obje vo de melhorar a vidades intra e extraclasse (Op. Cit.).

N a F r a n ç a , a s c h a m a d a s c i t é s u n i v e r s i t a i r e s ( F i g u r a 2 . 1 2 ) , c o r r e s p o n d e m a o c o n j u n t o d e construções dedicados somente para habitações estudan s. Os princípios m o d e r n o s p a u ta m a c r i a çã o e a composição de campos universitários com espaços separados para habitar, estudar, ter lazer, etc.

MORADIA ESTUDANTIL NO EXTERIOR

2.1.1

(23)

Figura 2.10: Universidade de Bolonha, Itália. Fonte: Shu erstock.

Figura 2.11: NorthResidencial College, Los Angeles.

Fonte: h ps://housing.usc.edu Figura 2.12: Cité Universitaires, Paris. Fonte: h p://www.ciup.fr/

2.12 2.10

(24)

De acordo com Marta Kobayashi (2016) a história das residências estudan s tem início durante a década de 1850 e 1860 em Ouro Preto. Tratava-se inicialmente de casebres e casas de câmara e cadeia, reformadas e adaptadas para alunos e professores que necessitavam se estabelecer para cursar ou lecionar as disciplinas história, mineração e geologia na an ga Escola de Minas de Ouro Preto. Em 1929 fundou-se a Casa do Estudante Universitário (CEU) no Rio de Janeiro (Figura 2.14) oferecendo suporte aos estudantes da Universidade do Rio de Janeiro, gerando em 1937, a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A par r de 1930 a 1945, as residências para universitários se tornaram mais comuns nos grandes centros do país, fato v i áve l p e l o a d ve nto d a s c i d a d e s

universitárias, as quais con nham em seu programa a criação de alojamentos para fixação de docentes e discentes nas proximidades do campus. Segundo o Ministério da Educação, durante aquele período todas as 55 universidades fe d e ra i s d o p a í s , co ntava m co m residências ou dormitórios para os estudantes.

O Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (CRUSP) (Figura 2.15), caracteriza-se por ser de uma das mais importantes moradias estudan s do país, devido ao fato de ter sido um dos p r i m e i r o s g r a n d e s c o n j u n t o s habitacionais para estudantes do país. A construção dos edi cios do CRUSP teve início no ano de 1963 baseado no projeto dos arquitetos Eduardo Kneese, Joel Ramalho Jr. e Sidney de Oliveira.

MORADIA ESTUDANTIL NO BRASIL

2.1.2

Figura 2.13: República Pureza, fundada em 1939. Ouro Preto, Minas Gerais. Fonte: h p://www.republicapureza.com.br Figura 2.14: Foto externa da an ga CEU, Rio de Janeiro

Fonte: h p://www.ufrj.br Figura 2.15: Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (CRUSP).

Fonte: h p://www.imagens.usp.br

(25)

Segundo Adalberto Vilela Júnior, até o ano de 2010, exis am cerca de 115 localidades reconhecidas como casas de estudantes no Brasil, apresentando pologias diversas como casas coloniais, que abrigam as conhecidas repúblicas estudan s do interior do Sudeste do Brasil, principalmente a da cidade de Ouro Preto, até conjuntos habitacionais modernos como o CRUSP em São Paulo.

N o B r a s i l a s m o r a d i a s e s t u d a n s u n i v e r s i t á r i a s s ã o r e s i d ê n c i a s d i s p o n i b i l i z a d a s g e r a l m e n t e p o r u n i v e r s i d a d e s p ú b l i c a s , m a s n ã o exclusivamente, com o propósito de garan r habitação aos estudantes universitários de baixa renda, vindos de outras cidades, outros estados ou até mesmo de outros países. Vale lembrar, no entanto, que não são todas as universidades brasileiras que oferecem esse

po de serviço.

2.13

2.14

(26)

A Casa da Estudante feminina foi fundada em 1962, no Centro de Florianópolis (Figura 2.16), por inicia va de um grupo de professoras, profissionais liberais, em conjunto com o Padre Francisco de Sales Bianchini e o então Bispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2010). Nesta época, a casa era vinculada à igreja e se chamava “Casa da Estudante da Juventude Católica de Florianópolis (CEJCF), porém, a casa foi desvinculada parcialmente da intervenção da igreja, passando a se chamar Casa da Estudante Universitária (CEU).

Com o passar do tempo, a casa ficou em péssimas condições de uso. Faltavam verbas para comprar móveis e realizar uma reforma na casa. Em 1978, as moradoras conseguiram recursos junto ao governador do Estado e ao Ministério da Educação (MEC) para comprar alguns móveis, pois os que haviam no local estavam em péssimas condições.

Em 1981 a Secretaria da Educação do Estado comunicou que não pagaria mais o aluguel da casa, apesar do convênio que nha com a universidade, que fornecia subsídios para o pagamento das despesas com o aluguel.

MORADIA ESTUDANTIL EM FLORIANÓPOLIS

2.1.3

2.16 2.17 2.18

(27)

Em maio de 1984, já havia a previsão de começar a construir a nova Moradia Estudan l no ano seguinte. Seriam construídos 276 apartamentos com a capacidade para 1400 pessoas no total. Em 1985, era para ter iniciado a construção da primeira parte da M o ra d i a : o C e n t ro C o m u n i t á r i o Estudan l. Mas apenas em 1987 os t ra b a l h o s d a p r i m e i ra e t a p a d a construção da Moradia Estudan l foram iniciados, localizada nos terrenos da UFSC. Entretanto, em 1994 a obra foi desa vada, inviabilizando a construção

dos demais prédios da Moradia.

Em 1981, um grupo de estudantes universitários que necessitavam de um lugar para morar, ocupou uma casa abandonada no campus da UFSC. Surgindo assim a Casa do Estudante Universitário (CEU Mista) (Figura 2.17). Dezoito anos depois do projeto inicial da moradia, foi inaugurado em 2003, o p r i m e i ro e d i c i o d o s c i n c o q u e constavam na planta original. O prédio atende a meninos e meninas, sendo, portanto, uma moradia mista (Op. Cit.) (Figura 2.18).

Figura 2.16: Casa da Estudante, Centro, Florianópolis Fonte: h p://moradia.paginas.ufsc.br/historia/ Figura 2.17: CEU-Feminina, UFSC, Florianópolis Fonte: h p://sencebrasil.blogspot.com

Figura 2.18: Moradia Estudan l Mista, UFSC, Florianópolis Fonte: h p://sencebrasil.blogspot.com

(28)

TERRENO UNIVERSIDADE/FACULDADE MORADIA ESTUDANTIL AGRONÔMICA CÓRREGO GRANDE SANTA MÔNICA PANTANAL SACO DOS LIMÕES CARVOEIRA TRINDADE UFSC ITACORUBI CENTRO N JOSÉ MENDES MORRO DA CRUZ 2.19 26

(29)

Figura 2.19: Mapa das Universidades/Faculdades e Moradia Estudan l da região em estudo

Figura 2.20: Condomínio de Residência Estudan l Santa Rita Fonte: h p://residenciaestudan l.blogspot.com/

Figura 2.21: CEU-Feminina, UFSC, Florianópolis Fonte: Google Maps.

Figura 2.22: Moradia Estudan l Mista, UFSC, Florianópolis Fonte: Google Maps.

2.20 2.21

(30)

Essa alterna va de moradia surgiu na década de 70, na Dinamarca, inspirada no modelo de co-housing e rapidamente se espalhou pela Europa, Canadá e Estados Unidos. (WikiHaus, 2016).

O co-living (Figura 2.23) consiste em uma moradia comunitária em que todas as áreas de convivência de uma casa convencional são compar lhadas (GROZDANIC, 2017), além de englobar o u t r o s f a t o r e s , c o m o s e n s o d e co m u n i d a d e , s u ste nta b i l i d a d e e economia colabora va. Esses espaços de convivência, se compar lhados, reduzem o espaço ocupado por habitante no solo, e consequentemente o preço da unidade h a b i t a c i o n a l , p o d e n d o s e r u m a estratégia relevante na universalização da moradia nas cidades.

O conceito de co-living teve origem com Sæ edammen (Figura 2.24 e 2.25), o primeiro projeto de co-housing. Em uma comunidade com 35 famílias, na Dinamarca, a ideia era manter as moradias privadas e compar lhar espaços de convivência e a vidades, como refeições e limpeza de ambientes, c o m o o b j e v o d e e s m u l a r o relacionamento entre vizinhos.

Acreditando nesse modelo de habitação, em 1988, o arquiteto norte-americano Charles Durre passou a adotar a filosofia em empreendimentos nos Estados Unidos. Até hoje mantém a The Co-housing Company, uma organização que acredita no convívio compar lhado como elemento essencial para uma s o c i e d a d e m a i s s u s t e n t á v e l . (MONTESANTI, 2016).

Como uma crí ca ao modo de viver convencional, que é uma das causas da falta de espaços sicos e dos ideais de individualização e desperdício, surge então um movimento que es mula a integração e a colaboração. O termo caracteriza não apenas um po de m o ra d i a , m a s u m e s l o d e v i d a compar lhado com outras pessoas, ou seja, uma ideia de comunidade e conexão entre os moradores que não está na prá ca das repúblicas atuais.

É possível notar que todas as bases do co-living se aproximam dos ideais de r e a p r o v e i t a m e n t o e c o n s u m o consciente. Isso se assemelha bastante à cultura da economia colabora va, uma tendência que cresce cada vez mais.

CO-LIVING

2.2

(31)

2.23

2.24 2.25

Figura 2.23: LILAC Cohousing, Leeds, Inglaterra. Fonte: h p://www.esbg2015.eu

Figura 2.24: Sæ edammen, Hillerød, Dinamarca. Fonte: h p://sæ edammen.dk

Figura 2.25: Sæ edammen, Hillerød, Dinamarca. Fonte: h p://sæ edammen.dk

(32)

A arquitetura bioclimá ca ganhou importância dentro do conceito de sustentabilidade. As estratégias de u lização das condições climá cas como o vento, o sol e a luz a favor da arquitetura já são u lizadas desde a an guidade, mas com o surgimento da energia elétrica, a evolução da clima zação e a iluminação ar ficial isso se perdeu.

Os aspectos de sustentabilidade se encaixam totalmente nas relações entre espaços e natureza, pois o obje vo dessa humanização é enfa zar e dar prioridade ao uso da iluminação e ven lação natural e presença de áreas verdes em espaços internos e externos, proporcionando conforto visual, térmico e psicológico aos usuários e moradores.

Baseado na ideia de que a arquitetura deve ser resultado do clima, Rafael Serra (1990) discorre sobre as estratégias

bioclimá ca considerando, além dos parâmetros tradicionais de análise (temperatura do ar, radiação, umidade e movimento do ar), outros fatores que influenciam no corpo dos ocupantes de u m a e d i fi c a ç ã o c o m o s e n s a ç õ e s térmicas, táteis, audi vas e visuais.

O clima temperado na região de Florianópolis, onde as mudanças das condições climá cas são intensas durante o ano e, muitas vezes durante um único dia, as soluções de arquitetura se fazem mais complexas, pois têm que resolver situações divergentes, como calor no verão e frio no inverno. As e s t a ç õ e s i n t e r m e d i á r i a s p o d e m apresentar tanto calor como frio, por isso, os elementos de arquitetura devem ter sistemas flexíveis, para que se adaptem às variações climá cas com eficiência.

SUSTENTABILIDADE

2.3

(33)

Aplicando esses princípios à fase conceitual e à definição do par do arquitetônico, Duarte e Gonçalves (2006) enfa zam que o projeto de um edi cio deve incluir o estudo dos seguintes tópicos:

▪ O r i e n t a ç ã o s o l a r e v e n t o s predominantes;

▪ Fo r m a a rq u i te tô n i ca , a r ra n j o s espaciais, zoneamento dos usos internos do edi cio e geometria dos espaços internos;

▪ Condicionantes ambientais (vegetação, corpos d'água, ruído, etc.) e tratamento do entorno imediato;

▪ Materiais da estrutura, das vedações internas e externas, considerando desempenho térmico e cores;

▪ Tratamento das fachadas e coberturas, de acordo com a necessidade de proteção solar;

▪ Áreas envidraçadas e de abertura,

considerando a proporção quanto à área de envoltória, o posicionamento na fachada e o po do fechamento, seja ele vazado, transparente ou translúcido; Todos esses aspectos vistos em conjunto exercem um impacto no desempenho térmico do edi cio, por terem um papel determinante no uso das estratégias de ven lação natural, reflexão da radiação s o l a r d i r e t a , s o m b r e a m e n t o , resfriamento evapora vo, isolamento térmico, inércia térmica e aquecimento passivo.

Reforçando o papel do edi cio como um elemento integrante da cidade; a qualidade ambiental, o impacto no entorno e a o mização dos recursos naturais, energia e materiais do espaço criado pelo edi cio, tem o potencial para contribuir posi vamente para a dinâmica da cidade e todas as variáveis que fazem parte dela.

(34)
(35)

CAPÍTULO III

Neste capítulo serão apresentados aspectos per nentes do terreno, breve histórico e contexto do bairro, os mapas de análise do uso do solo e mobilidade urbana, legislação e plano diretor, e a análise climá ca da área em estudo.

DIAGNÓSTICO

DA ÁREA

(36)

R. J osé Brognoli Rua João Mo a Av. Pref. Espezim WaldemarSe Vieira rv. Carmina N 93m 81.9m 28.7m 96.9m 75.2m 15.3m 7.907,26m²

O bairro Saco dos Limões se encontra em uma posição privilegiada dentro da cidade, pois está, basicamente, entre o centro de Florianópolis, o campus da UFSC e é caminho direto para o Sul da Ilha. Conecta os bairros Serrinha, Car voeira, Pantanal, Costeira do Pirajubaé, José Mendes, Centro e Trindade. Além disso, o aeroporto internacional está localizado a 14km de

distância, e o Terminal Rodoviário está apenas a 3,8km de distância. Destaca-se por seu aspecto residencial com alto nível de crescimento comercial. O local se iden fica pela extensa área de aterro da Via Expressa Sul que resultou em d i s n t o s l o t e s d e s v a l o r i z a d o s , inu lizados e de vegetação desordenada que configura uma barreira sica entre os moradores e o mar

O TERRENO

3.1

3.1 3.2 3.3

Figura 3.1; 3.2; 3.3: Foto aérea terreno. Fonte: Autora, 2019.

(37)

BREVE HISTÓRICO E CONTEXTO DO BAIRRO

3.2

A denominação de Saco dos Limões deriva da configuração geográfica que lembra um saco, ou seja, uma enseada longa e bem fechada. No caso, a região banhada pelas águas deste saco, produzia muitos limões. Foi Agos nho José Mendes dos Reis, filho de José Mendes, quem deu o nome Saco dos Limões, ainda no início do século XIX.

O bairro, que é banhado pela praia de mesmo nome, serviu por muito tempo como acesso ao mar para a pesca do camarão e berbigão. Ao longo da praia se viam os ranchos de pescadores, onde estes guardavam seus barcos e apetrechos para a pesca.

A comunidade foi colonizada no final do século XVIII. Desde a época da colonização, foi local de interesse pelo acesso ao mar e pelas terras onde se plantavam laranjas, limões, mandiocas e café sombreado (NSC, 2014).

3.5

3.4

3.6

Figura 3.4; 3.5: Foto aterro Via Expressa Sul. Fonte:

(38)

1939

No ano de 1939, foi a inauguração da escola que leva o nome do presidente Getúlio Vargas (Figura 3.7).

Figura 3.7: Colégio Getúlio Vargas.

Fonte:h ps://historiadobairrosacodoslimoes.word press.com/

Armazém Vieira (Figura 3.8), um dos bares mais an gos da cidade. Foi construído na década de 40 (séc. XIX), costumava servir de entreposto para as embarcações que aportavam na ilha.

Figura 3.8: Armazém Vieira.

Fonte: h ps://www.nsctotal.com.br/no cias/30- anos-do-armazem-vieira-internautas-lembram-momentos-inesqueciveis-na-casa

1940

1944

A Vila Operária (Figura 3.9), conhecida por abrigar os operários segurados do Ins tuto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), contava com cem residências térreas, construídas duas a duas e em ruas paralelas, formando um pequeno agrupamento de casas na entrada do bairro.

Figura 3.9: Vista aérea Saco dos Limões. Fonte: Google Earth, 2019.

1962

Em março de 1962 foi inaugurada a Igreja Matriz Nossa Senhora da Boa Viagem (Figura 3.10).

Figura 3.10: Matriz Nossa Senhora da Boa Viagem. Fonte: Google Maps, 2019.

3.7

3.8

3.9

3.10

(39)

No final da década de 60 (séc. XIX) as coisas começaram a mudar. Com o aterro para a construção da Avenida Pref. Waldemar Vieira (Figura 3.11), a praia perdeu boa parte do seu espaço.

Figura 3.11: Aterro Via Expressa Sul.

Fonte:h ps://www.nsctotal.com.br/no cias/constr ucao-da-avenida-prefeito-waldemar-vieira-mudou-o-cenario-do-saco-dos-limoes-em

Figura 3.12: Avenida Prefeito Waldemar Vieira. Fonte: Google Earth, 2014.

1996

1996

A construção da Via Expressa Sul foi d e fi n i v a p a r a u m a m u d a n ç a significa va no perfil do bairro. Os ranchos deram espaço para o aterro q u e a u m e n t o u a á re a p l a n a e distanciou as construções do mar (Figura 3.13).

Figura 3.13: Via Expressa Sul. Fonte: Google Earth, 1996.

DEPOIS - 2014

2000

Ao longo da década de 90, foi construído o túnel Antonieta de Barros (Figura 3.14), para fazer a conexão do Centro da cidade com o Sul da Ilha. Porém ele só foi inaugurado em 2002 (Figura 3.15).

Figura 3.14: Construção do Túnel Antonieta de Barros.

Fonte:h p://www.acervo3d.com.br/audiovisuais/a cervo/florianopolis_das_decadas_de_80_e_90 Figura 3.15: Túnel Antonieta de Barros.

Fonte: Google Earth, 2002. 2002

3.11

3.12

3.13

3.14

(40)

Saco dos Limões se localiza em uma região de alto e rápido fluxo de veículos por conter as principais vias de acesso que conectam o centro de Florianópolis, o Aeroporto Internacional e o Sul da Ilha. Possibilitando também acesso à UFSC pelos bairros Pantanal e Carvoeira.

O bairro possui como vias coletoras a Rua João Mo a Espezim e a Av. Prefeito Valdemar Vieira, e como via de trânsito rápido a Rod. Governador Aderbal Ramos da Silva, criada junto com o túnel Antonieta de Barros. Com a menor

demanda a Rua Juan Ganzo Fernandes é considerada uma via panorâmica (Geoprocessamento Plano diretor, 2014) (figura 3.16).

A construção da via Expressa Sul, como ficou conhecida, nha o obje vo principal de ligar o centro com o aeroporto internacional Hercílio Luz, porém, devido a sua funcionalidade, permi u também conexão direta com o Sul da Ilha e com as pontes Colombo Sales e Pedro Ivo, que realizam a conexão entre a porção con nental e a ilha.

SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE URBANA

3.3

38

(41)

Trânsito Rápido Coletora Vias Panorâmicas Vias Locais N CENTRO SUL DA ILHA TRINDADE 3.16

(42)

A oferta de transporte público cole vo na região é extensa e se concentra nas vias de alto fluxo, como a Rod. Aderbal Ramos da Silva e a Av. Prefeito Valdemar Vieira onde são as principais ligações com o bairro, e através da Rua João Mo a Espezim, onde o bairro tem mais vitalidade, como os comércios e ins tuições. E em menor demanda, passando na Rua Almeida Coelho e Rua J u a n G a n zo Fe r n a n d e s , o n d e s e concentram mais as residências. E também na Rua Capitão Romualdo de Barros e na Rua Dep. Antônio Edu Vieira, respec vamente os bairros Carvoeira e Pantanal (figura 3.17).

Além disso, existe um projeto de instalação do Sistema BRT (Bus Rapid

T r a n s i t ) , q u e f a z p a r t e d e u m

planejamento previsto no PLAMUS - Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Santa Catarina (Diário Catarinense, 2015) que visa uma melhora significa va no transporte cole vo da região de Florianópolis.

O BRT funciona como uma espécie de

metrô de super cie que prevê a implantação de faixas ou corredores e x c l u s i v o s / p r e fe r e n c i a i s p a r a o transporte cole vo, integrando os terminais de integração de bairros próximos e à Universidade Federal de Santa Catarina. Seu obje vo é melhorar a conexão entre a Ilha e o Con nente, além das regiões sul e norte da ilha com o anel central.

A presença dos passeios não condiz com as caracterís cas residenciais que o bairro apresenta, os passeios são, em sua maioria, estreitos e descon nuos ou até mesmo inexistentes, principalmente quando analisada a conexão entre o bairro e a orla. Essa conexão é feita através de faixas de pedestres locadas nos sinais de trânsito da rodovia e de passarelas, que tem um conflito quando o pedestre não tem um acesso adequado e seguro a esta passarela. Além disso a ciclovia não faz ligação direta com os pedestres, é restrita à orla e não possui con nuidade ou conexão direta com os bairros próximos.

40

(43)

Tapera via Túnel Costa de Dentro Direto TIRIO - TICEN

UFSC semi-direto

Saco dos Limões - M. Benvenuta Saco dos Limões - Trindade CENTRO

SUL DA ILHA TRINDADE

Volta ao Morro Pantanal Saco dos Limões Transcaeira Caeira do Saco dos Limões Corredor Sudoeste Tapera - TITRI

N

(44)

Através do mapa de uso dos solos (figura 3.18), é possível notar que existe uma predominância de edificações de caráter residencial. Suas ocupações se dão ao longo das vias e em direção ao maciço do morro existente. Os gabaritos são predominantemente baixos, de no máximo dois pavimentos com exceção dos novos empreendimentos comerciais e mul familiares, que apresentam entre oito a dez pavimentos.

A presença dos comércios se concentra, em sua maioria, às margens das avenidas estendendo-se as zonas residenciais. Além disso, os mesmos são notórios em pouca escala quando comparado aos usos residenciais. Eles aparecem em edificações exclusivas ou junto a outros usos, caracterizando o po misto, além

d e m a n t e r e m o g a b a r i t o b a i xo , caracterís co da região.

As ins tuições, em sua grande maioria de uso público, também se concentram às margens das vias principais. Em geral, são de caráter educacional – creche, escolas básicas e fundamentais, além do departamento de polícia, posto de saúde, igrejas e apoio populacional com as associações.

Os equipamentos de lazer são raros, existem praças, porém não muito u lizadas pela população, por falta de manutenção e/ou por falta de segurança. O aterro da via expressa é considerado zona livre e conta com a presença de campos espor vos, espaços de lazer improvisados e de inicia va dos moradores locais.

USO DO SOLO

3.4

42

(45)

01 - Arena Consulado 02 - 2º Delegacia de Polícia 03 - Colégio Getúlio Vargas 04 - CSU (Centro Social Urbano) 05 - Igreja Matriz

06 - Armazém vieira

07 - Túnel Antonieta de Barros 08 - Praça Dalva Cardoso 09 - Praça Abdon Ba sta 10 - Rancho dos Pescadores

N 3.18 Ins tucional Comercial Misto Residencial CENTRO SUL DA ILHA TRINDADE 03 CARVOEIRA PANTANAL SACO DOS LIMÕES 06 05 04 02 07 08 09 01 10

(46)

Florianópolis apresenta um clima quente e temperado, com índice de alta umidade, temperaturas elevadas no verão e baixas no inverno - intensificadas pelo fator de umidade e intensa e incidência solar.

O s ve nto s n o r te e n o rd e ste s ã o predominantes, mas por exis r uma grande massa de vegetação nas encostas dos morros, além de gerar um grande s o m b r e a m e n t o s o b r e a á r e a d e intervenção, quase não sofre influência dos ventos norte e nordeste, sendo assim os ventos sul e sudoeste, são os que

ocorrem com maior intensidade. O clima caracteriza-se por ser quente e úmido, com as variações de temperatura não apresentado mudanças significa vas. Por se tratar de um terreno muito próximo a vias de trânsito rápido e intenso – Rod. Gov. Aderbal Ramos da Silva e Av. Pref. Waldemar Vieira, deve-se a t e n t a r a o s p o s s í v e i s b a r u l h o s provenientes dessas. Além disso, a vista para o mar, hoje bloqueada pela densa m a s s a ve ge ta va d a o r l a é u m a potencialidade da área a ser trabalhada.

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

3.5

44

(47)

N 3.19 Percurso do Sol Massa Vegeta va Terreno NASCE PÕE Ventos predominantes CENTRO SUL DA ILHA TRINDADE

(48)

As condicionantes legais consideradas para análise foram definidas pelo Plano Diretor vigente, a lei complementar 482/2014.

O terreno em estudo foi delimitado como AMC - 8.5, Área Mista Central (figura 3.20). São áreas com baixa complexidade de usos, compreendendo moradias, comércios e serviços.

O local também está demarcado como área prioritária para operação urbana consorciada (OUC), que visa obter transformações urbanís cas estruturais,

melhorias sociais e valorização ambiental através de projetos implantados pela ação conjunta entre o poder público e a inicia va privada. Podendo modificar os í n d i c e s e c a r a c t e r í s c a s d e parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerando o impacto urbano e ambiental delas decorrente, a oferta de infra-estrutura, inclusive mobilidade e o impacto de vizinhança;

46

CONDICIONANTES LEGAIS

3.6

ZONA Gabarito Taxa

Ocupação Impermeab. Alt. Máx

Índice Aproveit. Subsolo 50%

6+2*

AMC - 8.5 70% 36m 1 1* ÍNDICE URBANÍSTICOS - ÁREA MISTA CENTRAL

*Podendo alterar devido a OUC.

ESTACIONAMENTOS

*50% das vagas para aptos de 1 quarto/estúdio poderão estar vinculadas a edi cio garagem, num raio máximo de 400m.

Residencial 1 vaga/unid com área ≤ 150 m²*

Comércio vicinal 1/40m² 1/100m² 2/un

1/250m² 1/5un Carro Bicicleta Moto Shopping center, galerias

e centros comerciais

1/30m²

1 vaga para carga/descarga 1/100m² 1/250m² Serviços de alimentação 1/10m² (de salão de refeição) 1/25m² 1/25m²

(49)

N

3.20

AVL - Área Verde de Lazer Terreno ARP - Área Residencial Predominante

ARM - Área Residencial Mista ACI - Área comunitária/Insitucional

Figura 3.20: Zoneamento do Plano diretor de Florianópolis, lei 482/2014, modificado pela autora.

Av. Prefeito Waldemar Vieira

Rua João Mo a Espezim

AMC - 8.5 ACI ARM - 5.5 ARP - 2.5 AVL AVL ARM - 6.5

OUC - Operação Urbana Consorciada AMC - Área Mista Central

(50)
(51)

CAPÍTULO IV

Neste capítulo serão apresentados alguns p ro j e t o s s e l e c i o n a d o s p a ra a n á l i s e arquitetônica e funcional, e, conseqüente embasamento para elaboração do par do arquitetônico.

REFERENCIAIS

PROJETUAIS

(52)

4.1 MORADIA ESTUDANTIL WEST CAMPUS

ARQUITETOS: Mahlum.

LOCALIZAÇÃO: University of Washington Plaza, Sea le - Estados Unidos. ANO: 2012

ÁREA: 2000m²

(53)

Conec vidade e desejo dos pedestres influenciou a forma e o local deste projeto: distribuídos por quatro quarteirões de moradias estudan s de uso misto, transformando um bairro obsoleto do entorno do campus em um vibrante espaço urbano da Universidade de Washington. O projeto possui 1.650 dormitórios em três blocos residenciais de uso misto e dois edi cios de apartamentos. Os espaços públicos acessíveis incluem: um restaurante com 116 lugares, supermercado, café, centro de conferências, centro de apoio escolar, centro de saúde e bem-estar e dois espaços de comércio. O projeto contém também 132 lugares de estacionamento para os apartamentos. Cada edi cio dispõe de um terraço elevado, seguro e privado para a comunidade residencial (ARCHDAILY, 2013).

Figura 4.1: Cedar Apartments. Fonte: Mahlum Architects, 2012.

(54)

A área encontra-se em um bairro próximo, no m e i o u r b a n o , d i s t a n t e d o c a m p u s universitário. Como resultado desta condicionante a implantação configura-se com permeabilidade espacial, relacionando o espaço público à escala do pedestre através de praças, ruas e calçadas.

O projeto é composto por edi cios de moradias estudan s com diversidades de usos (Figura 4.2), que variam entre 6 e 7 pavimentos e são distribuídos em quatro quadras. Pretendeu-se transformar um bairro provinciano em um espaço urbano com intensidade e vitalidade (ARCHDAILY, 2013).

O diagrama (Figura 4.3) demonstra a intenção de configurar estes edi cios junto aos eixos de mobilidade existentes e à morfologia urbana, é um esquema que ilustra os espaços públicos acessíveis dos edi cios demonstrando a permeabilidade da quadra no nível do solo.

4.3 01 02 03 04 04 4.2 01 02 01 - Cedar Apartments. 02 - Elm Hall 03 - Poplar Hall. 04 - Alder Hall. 52

(55)

Figura 4.2: Implantação e iden ficação dos blocos em quadras. Fonte: Mahlum Architects, 2012, modificado pela autora.

Figura 4.3: Diagrama de espaços públicos acessíveis ao níveo do térreo. Fonte: Mahlum Architects, 2012.

Figura 4.4: Alder Hall. Fonte: Mahlum Architects, 2012. Figura 4.5: Elm Hall. Fonte: Mahlum Architects, 2012.

Figura 4.6: Cedar Apartments. Fonte: Mahlum Architects, 2012. Figura 4.7: Elm Hall e Poplar Hall. Fonte: Mahlum Architects, 2012.

4.4 4.5

(56)

O elevado pé direito e as grandes aberturas no térreo proporcionam desejável iluminação natural nos ambientes internos do edi cio e integração visual com o espaço externo. Ao mesmo tempo em que possibilita distanciamento, privacidade e segurança, a ver calização da moradia hierarquiza o público, semi-público e o privado (MAHLUM ARCHITECTS). Os térreos dos edi cios são ocupados por diversas a vidades como: restaurante, supermercado, café, centro de conferências, centro de apoio escolar, centro de saúde e bem-estar, além de comércio local (Figura 4.8, Figura 4.9, Figura 4.10 e Figura 4.11). Algumas unidades habitacionais e apartamentos se encontram também no térreo com o intuito de aproveitar espaços inu lizados. Todos os blocos possuem torres de elevadores e escadas para a circulação ver cal, horizontalmente a circulação é realizada por meio de corredores extensos com pontos de iluminação natural.

4.8

4.9

4.10

4.11

Figura 4.8: Imagem interna do centro de conferência. Fonte: Archdaily, 2013.

Figura 4.9: Imagem interna do restaurante. Fonte: Archdaily, 2013.

Figura 4.10: Imagem interna do supermercado. Fonte: Archdaily, 2013.

Figura 4.11: Imagem externa do centro de saúde e bem-estar. Fonte: Archdaily, 2013.

(57)

O s e to r s e m i - p ú b l i co ( fi g u ra 4 . 1 2 ) fa z comunicação entre o público e o privado e se des na a comunidade estudan l. Também com áreas de convivência e terraços, que segundo os autores do projeto promovem áreas cole vas com privacidade.

No total, o projeto inclui 1650 dormitórios distribuídos em três blocos residenciais de uso misto e, dois edi cios de apartamentos.

É possível verificar a relação destes ambientes no nível térreo dos edi cios com a rua, onde nele foi configurada uma extensão do espaço urbano.

PRIVADO PRIVADO SEMI-PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO SUPORTE 4.12 4.13 4.14

Figura 4.12: Corte ilustra vo da relação edi cios e setorização. Fonte: Archidaily, 2013. Figura 4.13: West Campus Student Housing. Fonte: Mahlum Architects, 2012. Figura 4.14: West Campus Student Housing. Fonte: Mahlum Architects, 2012. Figura 4.15: West Campus Student Housing. Fonte: Mahlum Architects, 2012.

(58)

ARQUITETOS: Zana a Figueiredo e Talita Broering. LOCALIZAÇÃO: São José dos Campos, SP, - Brasil. ANO: 2015

56

(59)

57

O projeto de moradia estudan l (Figura 4.16) ficou entre os finalistas do concurso nacional para moradia estudan l da UNIFESP em São José dos Campos/SP, realizado em 2015.

O projeto precisava construir um espaço verdadeiramente democrá co, algo incomum nos dias atuais. Hoje, os campus universitários "se voltam para dentro", mantendo um distanciamento espacial e mesmo social do seu entorno imediato e consequentemente da cidade. A universidade pública deve a prestação de serviços à comunidade, com a par cipação dos mais diferentes atores para a construção da educação e da sociedade como um todo. A proposta materializa especialmente estes pontos levantados (ARCHDAILY, 2015).

Figura 4.16: Moradia Estudan l da UNIFESP -Campus São José dos Campos

Fonte: Archdaily, 2015.

(60)

O terreno de 12.930m², cercado por áreas de proteção ambiental e pequenos cursos d'água, foi des nado para a implantação das moradias (Figura 4.17). O lote possui um declive de até 20m descendente na direção norte e, com esta singular condição, o trabalho dos níveis do conjunto adquire um protagonismo na proposta.

O acesso do público externo para o conjunto se dá no sudoeste do terreno, em via prevista para ser construída juntamente com os prédios da moradia estudan l. Logo no início da entrada se localizam as vagas de estacionamento para visitantes e portadores de necessidades especiais. Uma passarela em nível conecta o estacionamento e o hall de entrada, onde está locado o bicicletário. Esta cota de entrada, em virtude da topografia natural do terreno, equivale ao 2° pavimento de habitações. Por ser o nível de acesso com a via pública, nele ficam localizadas as moradias des nadas a pessoas com ne c e s s idade s e spe c iais nos pos fam ília, compar lhadas e individuais. A passarela metálica que conecta os edi cios (Figura 4.18) neste nível se estende sobre a área de proteção ambiental, conectando com a área espor va a oeste (ARCHDAILY, 2015).

4.17

4.18

Figura 4.17: Imagem de Situação. Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 4.18: Moradia Estudan l da UNIFESP - Campus São José dos Campos Fonte: Archdaily, 2015.

(61)

Figura 4.19: Moradia Estudan l da UNIFESP. Fonte: Zana a Figueiredo, 2015.

Figura 4.20: Imagem da passarela interna. Fonte: Zana a Figueiredo, 2015.

Figura 4.21: Moradia Estudan l da UNIFESP. Fonte: Zana a Figueiredo, 2015.

4.20

4.19

(62)

As 240 unidades de moradias foram instaladas em 2 edi cios com até 8 pavimentos. Como o acesso da via pública se realiza no 2° pavimento de m o r a d i a s n e n h u m u s u á r i o s e locomove mais de 6 pavimentos dentro da edificação para acessar qualquer área. Ver calmente, cada torre possui um núcleo com escada protegida e elevador, permi ndo a acessibilidade de qualquer usuário a qualquer pavimento de moradia do conjunto. Para facilitar a transição

entre os pavimentos, além das escadas protegidas, escadas metálicas abertas se localizam no interior da fachada oeste de cada um dos prédios. O espaçamento entre as escadas m e t á l i c a s e a c i r c u l a ç ã o d o s pavimentos acaba por se tornar um fi l t r o t é r m i c o , a l é m d e g e r a r espacialidades de livre apropriação do usuário, configurando o espaço do encontro casual, do bate-papo, do exercício da civilidade (ARCHDAILY, 2015).

4.22

(63)

Para proporcionar as espacialidades necessárias o conjunto foi concebido em sistema estrutural misto de concreto e aço. Do embasamento até o arranque dos pavimentos po, 8 pilares de concreto armado in loco servem de apoio para a estrutura metálica de cada edi cio de moradia (Figura 4.23).

Acima dos pilares de concreto ocorre a transição para a estrutura metálica, organizada em uma matriz primária de vigas “I” complementada por perfis menores, aonde se apoiam as lajes painel (Figura 4.24).

Nas envoltórias das fachadas, uma re cula de perfis “U” fazem o suporte para instalação dos brises externos compostos por barra chata, cantoneira e chapa trapezoidal micro perfurada (Figura 4.25).

A cobertura verde (Figura 4.22) foi adotada para os edi cios e algumas áreas comuns, além ser mais eficiente termicamente, abriga uma horta cole va que permite o pequeno cul vo de alimentos para os usuários. Esta área de cobertura é plana e também permite a p o s s i b i l i d a d e d e i n s t a l a ç ã o d e p l a c a s fotovoltaicas, para aproveitamento da energia solar no aquecimento da água no conjunto (ARCHDAILY, 2015).

4.24 4.23

Figura 4.22: Imagem da cobertura verde. Fonte: Archdaily, 2015. Figura 4.23: Imagem da estrutura. Fonte: Archdaily, 2015. Figura 4.24: Imagem da estrutura. Fonte: Archdaily, 2015. Figura 4.25: Imagem da estrutura. Fonte: Archdaily, 2015.

(64)

4.3 RESIDÊNCIA DO ESTUDANTE

ARQUITETOS: Z+BCG ARQUITECTOS

LOCALIZAÇÃO: Mar del Plata, Província de Buenos Aires - Argen na ANO: 2018

ÁREA: 1350m²

(65)

63

O edi cio se desenvolve ver calmente, vinculando os diferentes usos necessários: escritórios administra vos e alojamentos de estudantes. O projeto está implementado em um ponto estratégico e próximo a todos os serviços e locais de estudo públicos e privados. (ARCHDAILY, 2018).

Figura 4.16: Moradia Estudan l da UNIFESP -Campus São José dos Campos

(66)

O edi cio conta com três pavimentos administra vos no subsolo, térreo e primeiro pavimento, além de seis pavimentos po de três dormitórios divididos cada uma, com espaço para abrigar um total de 48 pessoas (Figura 4.27), complementados por dois andares

des nados a usos co dianos para os estudantes. Estes úl mos são formados por um grande espaço mul uso e uma cozinha autogerida com um suporte de lavanderia e churrasqueira semicoberta com varanda (Figura 4.28) (ARCHDAILY, 2018).

4.27 4.28

(67)

Figura 4.27: Planta baixa dormitórios. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.28: Planta baixa espaço mul uso. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.29: Moradia Estudan l da UNIFESP . Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.30: Moradia Estudan l da UNIFESP. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.31: Fachada da Moradia Estudan l da UNIFESP. Fonte: Archdaily, 2018.

4.29 4.30

(68)

Figura 4.32: Imagem interna dormitório. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.33: Imagem interna dormitório. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.34: Varanda compar lhada dos dormitórios. Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.35: Imagem interna do espaço mul uso. Fonte: Archdaily, 2018.

O espaço pessoal de dormitórios é habitado por dois ou três estudantes e possuem: cama individual, banheiro e pia separada, área de estudos com mesas e armários individuais, ar condicionado, além de uma ampla varanda com vista para o exterior que permite uma expansão individual dos estudantes (Figura 4.32 e Figura 4.33). A cozinha compar lhada é totalmente equipada (Figura 4.35), e as áreas de estudos, pá os e salas comuns são locais onde se produz o intercâmbio e a convivência que dão vida a esta

pologia.

Em termos de materialidade, a fachada é simples e rígida, u lizando o concreto aparente combinado com brises metálicos perfurados de aço corten e guarda-corpos de vidro (Figura 4.29). Todos os materiais são de baixa manutenção e longa durabilidade (ARCHDAILY, 2018).

4.32

4.33

4.34

4.35

(69)

Figura 4.36: Entrada moradia Estudan l da UNIFESP . Fonte: Archdaily, 2018.

Figura 4.37: Fachada frontal da Moradia Estudan l da UNIFESP . Fonte: Archdaily, 2018.

(70)

MORADIA ESTUDANTIL WEST CAMPUS

Ÿ Relação com o entorno, semelhanças

com área de inserção;

Ÿ Pé-direito duplo, fachadas com

generosas esquadrias;

Ÿ Uso misto entre os térreos e os

pavimentos po;

Ÿ Layout aberto e amplo;

Ÿ Inserido em um bairro próximo ao

campus universitário;

QUADRO COMPARATIVO

MORADIA ESTUDANTIL DA UNIFESP

Ÿ Passarelas de passagem, como um

elemento de ar culação entre os blocos, o qual reforça o uso cole vo dos moradores, intensificando a integração social;

Ÿ Conforto ambiental como premissa de

projeto. Insolação constantes na edificação;

Ÿ Materiais simples como concreto e

aço;

4.4

(71)

RESIDÊNCIA DO ESTUDANTE

Ÿ Uso de brises na fachada frontal, de

maior insolação;

Ÿ Programa de necessidades distribuído

entre os pavimentos;

Ÿ O edi cio se promove ver calmente; Ÿ Inserido no meio urbano;

(72)
(73)

CAPÍTULO V

Neste capítulo será apresentado a proposta de par do arquitetônico de um Co-living estudan l.

PARTIDO

ARQUITETÔNICO

(74)

72

PROPOSTA

5.1

Através de estudos e vivência na cidade, notou-se a carência de habitação estudan l de qualidade, juntamente com equipamentos de lazer, áreas de integração e espaços verde.

O principal obje vo é inserir a proposta de um co-living estudan l no contexto urbano, promovendo um espaço arquitetônico. Para isso foi considerado um novo meio de viver, habitar e compar lhar, onde, a vidades -como morar, trabalhar, comprar, entreter-se - estão cada vez mais integradas.

Propõe-se a instauração de uma nova centralidade na região, sobre uma nova lógica de ocupação orientada pela m o b i l i d a d e , u s o s m ú l p l o s e co n fi g u ra çã o d e p e r m e a b i l i d a d e espacial.

O projeto além do co-living, obje va contribuir para a aproximação das pessoas por meio de espaços livres, acessíveis e dinâmicos. A intenção é criar e s p a ç o s q u e p ro m o va m ta n t o a integração e o lazer quanto privacidade para os moradores.

Figura 5.4: Perspec va sem escala.

Figura 5.5: Perspec va sem escala.

(75)

Para os fluxos, foram considerados dois principais: o fluxo horizontal principal conecta a Rua João Brognoli com a Serv. Carmina (Leste e Oeste) em meio ao térreo permeável. Os secundários percorrem entre os espaços de estar locados entre as edificações. Já os ver cais conectam o sul e norte do terreno, entre as edificações sob a cobertura de vidro e, no térreo de apenas um bloco. O acesso para o subsolo está locado no leste do terreno, de forma isolada, próximo ao embarque e desembarque. ACESSO PEDESTRE ACESSO VEÍCULOS FLUXO PRINCIPAL FLUXO SECUNDÁRIO

FLUXOS E ACESSOS

5.2

5.3

SISTEMA CONSTRUTIVO

A laje grelha Holedeck é considerada sustentável pois u liza 55% menos concreto que uma laje tradicional. São mais finas, permi ndo um maior número de pavimentos e é oferecida em duas espessuras, 30cm e 45cm. Consiste em um sistema de lajes estruturais expostas que pode receber dutos, s i s t e m a d e i l u m i n a ç ã o e o u t r o s equipamentos mecânicos dentro e em torno de sua própria estrutura. Já a estrutura dos p i l a re s o p to u - s e p o r a ç o, c o m u m a modulação diferente nos dois blocos. A malha de um edi cio ficou 5.40m x 5.70m e no outro ficou com 8.95m x 6m.

CIRCULAÇÃO VERTICAL

5.1 5.3

5.2

Figura 5.1: Estudo de fluxos e acessos.

Figura 5.2: Imagem laje Holedeck.

(76)

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Quarto compar lhado Quarto individual

Cozinha + área de serviço Hall de acesso

Espaço Mul uso Sala de jogos Lavanderia Sanitário público Sanitário moradores Sala de estudo Comércio vicinal Comércio geral Serviço alimentação Circulação ver cal Administração Serviço Lixo seco Lixo úmido Subestação Depósito Estacionamento AMBIENTE QNT ÁREA (m²) 72 135 18 4 4 2 1 9 10 7 3 14 5 4 1 1 2 2 2 2 2 75m² 40m² 151m² 31m² -108m² 127m² 60m² 41m² 48m² -26m² 31m² 92m² 11m² 11m² 11m² 15m² -TOTAL (m²) 75m² 40m² 151m² 31m² 327m² 216m² 127m² -82m² 48m² 74m² 867m² 588m² 104m² 31m² 92m² 22m² 22m² 22m² 30m² 6.550m² Subsolo 01 Carro: 105 Moto: 34 Bicicleta: 25 Subsolo 02 Carro: 47 Moto: 80 Bicicleta: 109 ESTACIONAMENTO Térreo + sobreloja Pvto po Subsolo 01 Subsolo 02 TOTAL 4.795m² ÁREA (m²) 24.000m² 4.010m² 2.640m² 35.445m² 74

(77)

Figura 5.7: Perspec va sem escala. Figura 5.8: Perspec va sem escala.

(78)

76

IMPLANTAÇÃO

5.5

Foram realizados estudos que resultaram na distribuição dos usos em dois blocos que tem no nível térreo comércio geral (tanto vicinal quanto lojas de galerias) e serviços de alimentação (restaurantes e bares), criando fachadas a vas que atribuem notoriedade com relação pedestre e rua. Entre os blocos foi criado uma praça permeável, com espaços para estar e tendo a possibilidade dos bares e restaurantes se extenderem para a área externa e, através desta, dá-se o acesso as moradias estudan s.

O térreo além dos comércios e dos acessos para as moradias, foi elevado um metro do nível da rua. Para obter melhor solução de acessibilidade, nas ruas laterais e fundos, (Serv. Carmina e Rua José Brognoli) foram projetadas escadas e rampas. Já no sul do terreno, Av. Pref. Waldemar Vieira, foram implatados amplos platôs, deixando o desnível quase impercep vel.

01. Área para embarque e desembarque de pedestres.

02. Acesso ao estacionamento subsolo. 03. Acesso de pedestre pela Rua ja existente. 04. Acesso de pedestre pela Serv. Carmina . 05. Acesso de pedestre pela esquina da Serv. Carmina com a Av. Pref. Waldemar Vieira. 06. Acesso de pedestre pela Av. Pref. Waldemar Vieira.

07. Acesso de pedestre pela Rua José Brognoli.

08. Praça de acesso feita com platôs, espaço de transição e área de estar arborizado com bancos de madeira.

09. Área com cobertura de vidro sob pilares para extensão dos restaurantes e bares. 10. Espaço com mesas e bancos delimitado com vegetação para estar e também extensão dos restaurantes.

(79)

IMPLANTAÇÃO ESC: 1/750 0.17 1.00 0.34 0.51 0.68 0.85 0.85 0.51 0.34 0.17 0.68 01 0.00 1.00 0.00 1.00 1.00 1.00 0.00 0.00 0.00 02 03 04 08 06 07 10 09 09 10 07 11 11 11 11 N A A B B C C

(80)

PLANTA TÉRREO NÍVEL 1.00 ESC: 1/500 CIRCULAÇÃO VERTICAL HALL DE ACESSO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COMÉRCIO VICINAL COMÉRCIO GERAL SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO ADMINISTRAÇÃO SANITÁRIOS 78 N C C A A B B 1.00 1.00 1.00 F o r a m d i s t r i b u í d o s n o p a v i m e n t o t é r r e o , o s comércios, com sanitário a d a p t a d o , a p a r t e administra va, os sanitários p ú b l i c o s , o a c e s s o a o s dormitórios e áreas comuns dos estudantes e o acesso ao estacionamento no subsolo. O s re sta u ra nte s e b a re s ficaram nas extremas dos b l o c o s , p a r a m e l h o r a p r o v e i t a m e n t o d a implantação, podendo se extender para a parte externa coberta e descoberta.

(81)

CIRCULAÇÃO VERTICAL COMÉRCIO VICINAL COMÉRCIO GERAL SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 3.50 3.50 Como consequência do pé-direito duplo do térreo, foi possível criar um mezanino d e s n a d o a o e s t o q u e / depósito das salas comerciais e a copa/cozinha e estar dos funcionários. N C C A A B B

(82)

PLANTA PVTO TIPO NÍVEL 6.00 ESC: 1/500 CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COZINHA COMPARTILHADA + ÁREA DE SERVIÇO QUARTO INDIVIDUAL QUARTO COMPARTILHADO ESTAR SOB PILOTIS

6.00

6.00

Os apartamentos foram distribuídos em dois blocos. O bloco A conta com 15 apartamentos individuais por a n d a r e u m a a m p l a c o z i n h a compar lhada com área de serviço e sanitários. Já o bloco B, conta com 8 apartamentos compar lhados de dois quartos por andar, além de uma ampla cozinha compar lhada com área de serviço, sanitários e uma ampla varanda. 80 N C C A A B B

(83)

PLANTA MODELO APTO COMPARTILHADO ESC: 1/125

Os apartamentos compar lhados contam com dois quartos (um guarda roupa, uma cama de casal e uma mesa de estudos), um banheiro, cozinha, sala de jantar, sala de tv e uma varanda.

Os apartamentos individuais contam com guarda roupa, uma cama de casal, mesa de estudos, bancada para refeições, banheiro, cozinha, sala de tv e uma varanda. É um espaço aberto com paredes apenas no banheiro.

(84)

PLANTA PVTO TIPO NÍVEL 23.50 ESC: 1/500 23.50 8.50 CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COZINHA COMPARTILHADA + ÁREA DE SERVIÇO SALA DE JOGOS LAVANDERIA ESTAR SOB PILOTIS ESPAÇO MULTIUSO SANITÁRIOS PASSARELA

No sé mo andar, ou nível 8.5, do bloco B é des nado as áreas comuns e compar lhadas do projeto. Conta com uma lavanderia exclusiva aos estudantes, duas salas de jogos, 4 salas mul uso e dois ambientes sob pilo s nas extremas norte e sul do edi cio. A conexão entre os blocos é feita através de uma passarela de estrutura metálica com vedação em vidro. 82 N C C A A B B 8.50

(85)

26.00 26.00 CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL COZINHA COMPARTILHADA + ÁREA DE SERVIÇO SANITÁRIOS SALA DE ESTUDOS ESTAR SOB PILOTIS SALÃO DE FESTAS PASSARELA

O oitavo andar, ou nível 26, do bloco A também é des nado as áreas comuns e compar lhadas do edi cio. Conta com 7 salas individuais de estudos, podendo ampliar através de paredes retráteis e dois salões de festa com abertura para os ambientes sob pilo s nas extremas norte e sul do edi cio. A conexão entre os blocos é feita através de uma passarela de estrutura metálica com vedação em vidro. N C C A A B B 26.00

(86)

PLANTA SUBSOLO 01 NÍVEL -1.50 ESC: 1/500 CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL DEPÓSITO SUBESTAÇÃO LIXO SECO

VAGAS PARA MOTO VAGAS PARA BICICLETA LIXO ÚMIDO -1.50 -1.50 84 N C C A A B B

(87)

PLANTA SUBSOLO 01 NÍVEL - 4.00 ESC: 1/500

VAGAS PARA MOTO VAGAS PARA BICICLETA CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

Os estacionamentos foram divididos em dois subsolos, o nível -1.5, que conta com espaços para subestação, depósito, lixos de cada bloco, capacidade para 105 vagas p a r a c a r r o s , s e n d o 1 4 des nadas a PCD, 34 vagas para motos e o bicicletário, que comporta 25 bicicletas. E o nível - 4, que acessa através do nível- 1.5, que conta com 47 vagas para carros, sendo 9 des nadas a PCD, 80 vagas para motos e o bicicletário, que comporta 109 bicicletas.

N -4.00 -4.00 A A B B

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Este trabalho tem como objetivo geral avaliar a quantidade de água pluvial que pode ser aproveitada após infiltrar em um pavimento permeável de concreto

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Áreas com indícios de degradação ambiental solo exposto no Assentamento Fazenda Cajueiro A e no Assentamento Nossa Senhora do Carmo B, localizados, respectivamente, no Município de

A curva em azul é referente ao ajuste fornecido pelo modelo de von Bertalany, a curva em vermelho refere-se ao ajuste fornecido pelos valores calculados Lt, dados pela equação

Os estudos sobre diferenciais de salários são explicados por alguns fatores que revelam a existência da relação entre as características pessoais produtivas educação,

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used