Sociantroplogic factors that influence sedentary behavior
Fatores socioantropológicos que influenciam no comportamento sedentário
Factores socioantropológicos que influyen en el comportamiento sedentario
ABSTRACT
Objective: to identify the factors that associate and cause the sedentary behavior of individuals of the modern era. Methodology: Work approach was a qualitative bias of the transversal type with men and women residing in the city of Caxias - MA. The sample had adult individuals between the ages of 20 and 26 years, without joint bone lesions. A socio-anthropological questionnaire was carried out, relating to the individuals' lifestyle, with weight (Kg) and height (m) measurements. All individuals who participated in the research signed the informed consent form (TCLE) of the research. Results: Work, free time that the research subjects do not have and family, are the major indicators that influence sedentarism, not practicing physical exercise. Of the individuals who practice physical activity are those who have high family income and who are between the age group of 24 to 26 years. Participants who are overweight, do not practice physical activity and who are susceptible to pathologies such as hypertension, diabetes and obesity. CONCLUSION: Modernization of society has brought with it factors that influence individuals to become sedentary and along with the appearance of pathologies, thus compromising the quality of life of these individuals.
RESUMO
Objetivo: identificar os fatores que se associam e ocasionam o comportamento sedentário dos indivíduos da era moderna. Metodologia: Abordagem do trabalho foi um viés qualitativo do tipo transversal com homens e mulheres residentes do município de Caxias - MA. A amostra teve os indivíduos adultos entre as idades de 20 a 26 anos, sem lesões ósseas articulares. Foi realizado um questionário socioantropologico, relacionando ao estilo de vida dos indivíduos, com mensuração de peso (Kg) e estatura (m). Todos os indivíduos que participaram da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), da pesquisa. Resultados: Trabalho, tempo livre que os indivíduos da pesquisa não possuem e família, são os indicadores maiores que influencia no sedentarismo, por não praticar exercício físico. Dos indivíduos que praticam atividade física são os que possuem renda familiar alta e que estão entre a faixa etária de 24 a 26 anos. Os participantes que estão acima do peso, não praticam atividade física e que estão suscetíveis a patologias como: hipertensão, diabetes e obesidade. Conclusão: Modernização da sociedade, trouxe consigo fatores que influencia os indivíduos a se tronarem sedentários e junto o aparecimento de patologias, comprometendo assim a qualidade de vida desses indivíduos.
RESUMEN
Objetivo: identificar los factores que se asocian y ocasionan el comportamiento sedentario de los individuos de la era moderna. Metodología: El abordaje del trabajo fue un sesgo cualitativo del tipo transversal con hombres y mujeres residentes del municipio de Caxias - MA. La muestra tuvo los individuos adultos entre las edades de 20 a 26 años, sin lesiones óseas articulares. Se realizó un cuestionario socioantropologico, relacionando al estilo de vida de los individuos, con medición de peso (Kg) y estatura (m). Todos los individuos que participaron en la investigación firmaron el término de consentimiento libre y esclarecido (TCLE), de la investigación. Resultados: Trabajo, tiempo libre que los individuos de la investigación no posee y familia, son los indicadores mayores que influyen en el sedentarismo, por no practicar ejercicio físico. De los individuos que practican actividad física son los que poseen renta familiar alta y que están entre el grupo de edad de 24 a 26 años. Los participantes que están por encima del peso, no practican actividad física y que son susceptibles a patologías como: hipertensión, diabetes y obesidad. Conclusión: Modernización de la sociedad, trae consigo factores que influyen en los individuos a tronar sedentarios y junto a la aparición de patologías, comprometiendo así la calidad de vida de esos individuos.
Sarylainy Sousa Azevedo¹
Rodrigo Santos Cruz²
¹Graduanda de Educação Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Maranhão
rodrigosantoscruz1989@gmail.com
²Mestre em Ciência Política e Professor Assistente I da Faculdade de Ciências e ²Tecnologia do Maranhão rodrigosantoscruz1989@gmail.com
Descriptors Socioanthropological Factors. Sedentarism. Physical Activity. Descritores Fatores Socioantropologicos. Sedentarismo. Atividade Física. Descriptores Factores Socioantropológicos. Sedentarismo. Actividad Física.
Sources of funding: No Conflict of interest: No
Date of first submission: 2017-10-28 Accepted: 2017-11-01
Publishing: 2017-12-28
Corresponding Address Rodrigo Santos Cruz Rua Aarão Reis, 1000 centro Caxias – MA
Rodrigosantoscruz1989@gmail.com
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem o objetivo de identificar os fatores sociais e culturais associados ao comportamento sedentário. O problema de pesquisa consiste na seguinte questão norteadora: “quais fatores sócio-antropológicos estão relacionados ao comportamento sedentário?”. Os pesquisadores pressupõem que a cultura, fatores sociais como a vida moderna e suas demandas, assim como as questões econômicas vigentes em um determinado contexto social e histórico são responsáveis pela incidência da inatividade dos indivíduos.
A pesquisa se desenvolve através de uma análise quali-quanti, para tanto se fez necessário uma revisão de literatura sobre a temática. Os dados recolhidos do campo foram feitos através da aplicação de questionário de campo com aplicação de questionário.
Este trabalho é resultado do trabalho de Iniciação Científica o qual está vinculado à Coordenação de Educação Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão, estando inserida sua temática na área de Saúde Pública.
METODOLOGIA
A Metodologia empregada para realizar este trabalho usou primeiramente da pesquisa bibliográfica a fim de entender acerca dos conceitos presentes na problemática levantada. A pesquisa bibliográfica é o passo inicial de qualquer procedimento investigativo. É a partir das categorias elaboradas na literatura que será possível interpretar a realidade observada, dessa forma, a inserção do pesquisador no campo deverá ser amparada em conceitos/exegeses que podem fundamentar e validar seu pressuposto (LAKATOS; MARCONI, 1991).
Em virtude do caráter antropológico que o problema de pesquisa sugere, a ida ao campo foi realizada para a aplicação de questionário fechado. Tal instrumento teve como objetivo identificar os fatores socioantropológicos que acarretam ou não um comportamento sedentário. Para Lakatos e Marconi (ibid.), a pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à
análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
No caso específico desse estudo, a abordagem contemplará um viés quali-quantitativo, observacional do tipo transversal, com homens e mulheres residentes em Caxias-MA. Atualmente o município conta com uma população de 156 mil habitantes, com área da unidade territorial de 5.313.10 Km², e densidade demográfica de 30, 12hab/Km² (IBGE, 2010).
Critérios de Inclusão e exclusão
Participaram da pesquisa os indivíduos na faixa etária de 20 a 40 anos, ambos os sexos, com vida acadêmica e/ou profissional ativa, que não possuíam lesões ósseas articular capaz de impossibilitar suas atividades diárias e que aceitaram participar da pesquisa, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. Foram excluídos da amostra os participantes que não se enquadraram dentro da faixa etária estabelecida; que possuíam lesões limitantes do movimento e/ou de suas atividades cotidianas e que não aceitaram participar da pesquisa voluntariamente, mediante assinatura do TCLE.
Na coleta das informações foi utilizado um questionário socioantropológico relacionado aos hábitos diários e estilo de vida. Foram realizadas medidas antropométricas de peso (kg) e estatura (m) (IBGE, 2013) utilizando os seguintes materiais: fita métrica, fita adesiva, balança digital portátil (Marca SQ), caneta e prancheta. Na análise das informações coletadas foi utilizado o programa estatístico SPSS for Windows, versão 18.0 para construção do banco de dados.
Local de Coleta de Dados e Aspectos Éticos
O local de coleta de dados foi a Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão-Facema. Conforme previsto na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o projeto foi cadastrado na Plataforma Brasil e o mesmo foi submetido à apreciação ética, recebendo parecer de aprovado no mês de abril de 2017, como o número de CAAE 65478917.5.0000.8007.
faixa étaria
18 a 20 anos 21 a 23 anos 24 a 26 anos
0 5 10 15 20 25 motivação trabalho familia tempo livre estudo Riscos e Benefícios
Os riscos da pesquisa dizem respeito à aplicação do questionário para os indivíduos, e a forma de mensuração do peso (Kg); a forma de como o mesmo subiu na balança; posição que ficou na mesma; a forma incorreta que o participante adote poderia acarretar resultados negativos e inesperados. As medidas antropométricas de estatura (m), foram aplicadas nessa forma de avaliação, como a posição do indivíduo, e também da fita métrica que foi utilizada, assim como a do avaliador, o qual precisa mensurar de forma correta os resultados obtidos. Tais riscos foram minimizados através do auxílio dos pesquisadores no momento de execução da avaliação, dando apoio logístico no momento de cada procedimento.
As perguntas feitas possuem um caráter técnico quanto a prática de atividades físicas e os motivos da não-prática, quando for o caso. Foi elaborado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O problema da pesquisa foi apontado de forma clara para os pesquisados, deixando explícito o objetivo geral da pesquisa para que os mesmos avaliassem a sua possibilidade de participação.
A abordagem observou os princípios éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos, deixando os investigados livres para fornecerem ou não as informações necessárias para testar a hipótese. O questionário aplicado possuía perguntas fechadas e foi redigido de forma clara e com linguagem acessível. Os participantes que se mostraram indispostos a respondê-lo, foram dispensados, pois poderiam comprometer o resultado, já que este estaria suscetível de viés tendencioso.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 50 participante, separados da seguinte forma pela faixa etária: 04 do sexo feminino e 02 do sexo masculino com idade entre 18 a 20 anos; 11 do sexo masculino e 06 do sexo feminino com idade de 21 a 23 anos; 11 do sexo masculino e 16 do sexo feminino com idade de 23 a 26 anos. O público maior de participantes da pesquisa é do sexo feminino. Entre os 50 participantes, apenas 04 possuem ensino superior
completo e 1 indivíduo é pós graduado. O restante dos participantes possui ensino superior incompleto. O gráfico 01 apresenta a faixa etária de 24 a 26 anos como a maior da pesquisa, tendo como características o mínimo da idade de 20 anos e máxima de 26 anos.
Gráfico 1. Faixa etária dos participantes.
A figura 1 apresenta os motivos que impossibilitam os participantes a não realizarem a prática de exercícios físicos. Os motivos como trabalho, família, estudos, tempo livre (não possui), motivação (não possui), patologias, dores, e outros, constavam no questionário socioantropológico aplicado. É possível observar que os motivos como trabalho, tempo livre (não possui) e família são os motivos maiores da não pratica de exercício físico.
Figura 1 motivos que possibilitam a prática de exercício físico.
Figura 2 renda familiar da residência dos participantes
0 5 10 15
1 salário
mínimo 2 saláriomínimo acima de trêssalários mínimo
mais de três salário mínimo 18 a 20 anos 21 a 23 anos 24 a 26 anos
0 2 4 6 8
1 salário mínimo 2 salário mínimo acima de três salários
mínimos mais de três salários mínimos
p ra tic a ex erci ci o f ís ic o
18 a 20 anos 21 a 23 anos 24 a 26 anos
não me sinto cansado 1 a 2x semana 3 a 4x na semana todos os dias da semana
No gráfico acima, pode-se observar a renda familiar dos participantes onde temos os maiores valores para 02 e acima de 03 salários mínimos. As faixas etárias 21/23 e 24/26 anos apresentaram as rendas familiares
com valores acima. No gráfico 03 apresenta-se a comparação da renda familiar em relação à prática de
exercício físico.
Figura 3 comparação da prática de exercício físico versus renda familiar.
Os números de 0 a 8 no gráfico indicam a quantidade do nível de atividade física. Em relação ao exercício físico, os indivíduos entre 24 a 26 anos são os
que mais praticam e se enquadram no patamar de renda familiar maior que as outras faixas etárias. Mais se for analisar as faixas etárias da pesquisa ao nível de praticantes de atividade física, os indivíduos com faixas etárias de 18 a 23 anos, praticam mais atividade física.
Figura 4 frequência de cansaço dos participantes
Os participantes que não se sente cansado são praticantes de exercício físico. Apenas 03 participantes que não se sentem cansados não realizam atividade física. Os que se enquadram na opção “1 a 2x semana”, “3 a 4x na semana”, e “todos os dias”, são indivíduos que não praticam atividade física alguma. Foi realizado a mensuração de peso e estatura dos indivíduos participantes, e realizado a medida do índice de massa corporal. Os dados se encontram no gráfico 5.
Figura 5 classificação do índice de massa corporal. 34 5 9 1 NORMAL ACIMA DO PESO ABAIXO DO PESO OBESO
Dos participantes que apresentaram índice de massa corporal normal, 23 praticam exercício físico e 11 não praticam. Os participantes que estão acima do peso, abaixo do peso e obeso, não praticam atividade física. Os participantes ao responder o questionário de distorção da imagem corporal adaptado, a maioria respondeu que o seu peso corporal é “exatamente correto”, e que se sentem satisfeitos todos os dias da semana com seu corpo quando se olham no espelho. Os níveis de estresse que muitos apresentaram estão na opção relacionada ao cansaço de “1 a 2x” na semana.
A análise desse estudo mostra que indivíduos que participaram dessa pesquisa estão suscetíveis a patologias como: sobrepeso e obesidade, hipertensão, diabetes. As pessoas que praticam exercício físico são as que têm renda familiar acima de três salários mínimos e, em relação à idade, os indivíduos com faixa etária de 20 a 23 anos, praticam mais atividade física. Os estudos relacionados ao comportamento sedentário só vem crescendo nos últimos 10 anos. Um desses estudos foi realizado em servidores públicos do sul do Brasil, onde tinham o objetivo estimular o nível de atividade física associado à fatores sociodemográficos, apresentaram que servidores com alta escolaridade e com presença de patologias como hipercolesterolemia, estavam com baixo nível de atividade física, comparados aos indivíduos com menor nível de escolaridade. Os fatores socioantrológicos é uma das maiores causas dos indivíduos serem insuficientes ativos. O sedentarismo é um dos problemas de saúde da atualidade que provocam inúmeros problemas na população em geral.
O estilo de vida moderno da sociedade torna as pessoas sedentárias por conta da inatividade física, devido ao trabalho, renda, classe social e visão de mundo acerca dos processos saúde-doença, fator mais atenuante para o comportamento sedentário nos estratos sociais mais baixos, em virtude de os mesmos não relacionarem diretamente atividade física com qualidade de vida, onde a liberdade da pratica de exercício físico dependem desses fatores. Indivíduos que possuem uma renda alta acessam a informações (nível de escolaridade), se tornam pessoas ativas na prática da atividade física, acarretando, consequentemente, melhoria da sua qualidade de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tempo que os indivíduos passam a ser sedentários favorece o surgimento de doenças, a diminuição da expectativa de vida, aumento da mortalidade e diminuição da qualidade de vida. A cultura das sociedades ocidentais contemporâneas pode acarretar no desenvolvimento de doenças pela falta de exercícios físicos. A prática de exercícios físicos melhora o bem–estar, trazendo benefícios a saúde.E vale salientar que para uma prática bem feita, ela deve ser orientada por um profissional de educação física.
Longe de querer aqui condenar a cultura moderna, o enfoque antropológico serviu no intuito de vislumbrar como os processos de saúde-doença estão além do componente fisiológico, o que cria a necessidade de ampliar as problemáticas sobre a saúde das populações para aspectos que muitas vezes são ignorados.
REFERÊNCIAS
1.LAKATOS, EM; MARCONI, MA. Metodologia científica. 2 edição. São
Paulo: Atlas, 1991.
2.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Populacional: Caxias – Ma, 2010. Ministerio do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento. 2010. Disponivel em:
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?Codmun=210 300. Acesso em: 05/09/2016.
3.IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística. Pesquisa Nacional de saúde 2013. Ministério do planejamento, orçamento e gestão Instituto brasileiro de geografia e estatística – IBGE Diretoria de pesquisas coordenação de trabalho e rendimento. 2013. Disponível em:
http://www.pns.icict.fiocruz.br/arquivos/Novos/Manual
%20de%20Antropometria%20PDF.pdf. Acesso em:
