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Tendência temporal de mortalidade por acidentes com motociclistas na região sul do Brasil, entre 1996-2016

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REVISTA: CIÊNCIA & SAÚDE COLETIVA

Tendência temporal de mortalidade por acidentes com motociclistas na Região Sul do Brasil, entre 1996-2016.

Temporal trend of mortality due to motorcycle accidents in southern Brazil, between 1996-2016.

Jenifer AlvesI

Nazaré Otília NazárioII

I Acadêmica de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina.

II Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mestrado em Enfermagem pela UFSC, Doutorado em enfermagem pela UFSC, Professora do Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça (SC), Brasil

Endereço eletrônico (e-mail) e telefone dos autores:

Jenifer Alves: Alves.jenifer@unisul.br

Telefone: (48) 991804949

Nazaré Otília Nazário: nazare.nazario@unisul.br

Telefone: (48) 984231728

Endereço completo do autor para contato:

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RESUMO

Introdução: Na última década os motociclistas tornaram-se a principal vítima de óbitos

decorrentes de acidentes de transporte terrestres no Brasil. Objetivo: Analisar a tendência temporal de mortalidade por acidentes de motocicletas na região sul do Brasil, de 1996 a 2016.

Método: Estudo observacional, do tipo ecológico. Foram incluídos dados do DATASUS de

23.764 óbitos decorrentes de acidentes com motocicleta da região sul brasileira, entre 1996 a 2016, de ambos sexos e faixas etárias. Para a análise da tendência temporal de mortalidade foram utilizados taxas de notificação padronizadas e o método de regressão linear simples.

Resultados: Houve tendência de aumento na taxa de mortalidade no período estudado.

Observou-se maior prevalência de óbitos no sexo masculino (89,4%), faixa etária de 20 a 29 anos (40,3%), em Santa Catarina (6,51/100.000). O principal acidente foi a colisão (71,2%), principalmente contra carros, pick ups ou caminhonetes (33,9%). A taxa de mortalidade por acidentes de motocicletas nos 20 anos estudados é crescente, sexo masculino tende a morrer mais nesse tipo de acidente, jovens de ambos sexos morrem mais em acidentes com motocicletas comparado aos idosos, Santa Catarina apresenta trânsito potencialmente mais perigoso aos motociclistas comparadas aos outros estados do Sul.

Palavras chave: Acidentes de trânsito, Motocicletas, Mortalidade

Abstract: Introduction: Over the last decade motorcyclists became the main victims of death due to ground transportation accidents in Brazil. Objective: To investigate the temporal trend of mortality by motorcycle accidents in the south region of Brazil, from 1996 to 2016. Method: Observational study, ecological type. Data from DATASUS were included, which were 23.764 deaths due to accidents with motorcycles in the South region of Brazil, between 1996 and 2016, of both sexes and age groups. For the analysis of the temporal trend of mortality, standardized notification rates and the simple linear regression method were used. Results: The trend was

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towards an increase in the mortality rate in the time period studied. It was observed a higher death prevalence in males (89,4%), ages ranging from 20 to 29 (40,3%), in Santa Catarina (6,51/100.000). The main type of accident was collision (71,2%), especially against cars or pick-up trucks (33,9%). Conclusion: The mortality rate by motorcycle accidents throughout the 20 years studied is growing, males tend to die more in this type of accident, young people, at an economically active age, from both sexes die more in motorcycle accidents when compared to the elderly, and Santa Catarina presents a potentially more dangerous traffic to motorcyclists when compared to other states in the South.

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INTRODUÇÃO

Os acidentes de transporte terrestres (ATT) são definidos como aqueles que envolvem um veículo, sendo motocicleta, carro, caminhão ou similares, usado no momento do acidente, principalmente para o transporte de pessoas ou de mercadorias¹. São classificados como “causa externa de morbidade e mortalidade”, juntamente com outros tipos de lesões, como afogamentos, quedas, queimaduras e violências (homicídios e suicídios) ².

Entre os países com maior mortalidade no trânsito, o Brasil aparece em 4º lugar em números absolutos, apresenta taxa de 22,5/100 mil habitantes, em 20133. Ocorrem no país cerca de 43 mil mortes/ano devido aos ATT4 e as principais vítimas fatais são motociclistas do sexo masculino, na faixa etária entre 20-29 anos, pardos/negros e com baixa escolaridade5.

A frota de motocicleta tem seus números multiplicados nas últimas décadas; desde 2003 a frota nacional aumentou 269,8%4, por possuírem características que facilitam a locomoção nas vias de trânsito e a aquisição, como baixo custo de compra e manutenção. Porém, possuem características que tornam os motociclistas o grupo mais vulnerável nas vias de trânsito do mundo,pois apresentam particularidades que propiciam acidentes mais graves e aumentam a estatística de letalidade no trânsito3,4 como baixas condições de proteção ao usuário, alto risco de queda e colisões6. O aumento da frota, em conjunto com uma série de outros fatores, como a rápida urbanização, a falta de infraestrutura nas estradas e a baixa educação no trânsito, faz com que os ATT sejam a segunda principal causa de óbito entre brasileiros em idade economicamente ativa6.

No Brasil, entre 2008-2018, 46% dos valores gastos com internação hospitalar, decorrentes de acidentes de trânsito, foram destinados especificamente aos acidentes com motociclistas7. Dessa parcela, grande número de vítimas resultou em óbito após procedimentos médicos invasivos. Os acidentes com motociclistas são onerosos, não apenas economicamente,

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mas socialmente, onde os custos sociais são incomensuráveis. Observa-se grande taxa de mortalidade entre as vítimas, com anos potenciais de vida perdidos5.

Portanto, destaca-se a importância deste estudo, sobre a tendência temporal de óbitos com motociclistas na região Sul do Brasil, pois conhecer o perfil das vítimas poderá contribuir com a discussão de políticas públicas voltadas à prevenção de acidentes e reduzir a sua incidência, além de poupar milhões aos cofres públicos e manter as estruturas familiares. O objetivo do estudo foi analisar a tendência temporal de mortalidade por acidentes com motociclistas na região sul do Brasil, entre 1996-2016.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, do tipo ecológico, que avaliou a base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)8 gerenciado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS)9, que apresenta dados sobre mortalidade do SUS por causas externas no Brasil. Foram incluídos no estudo dados dos 23.764 óbitos de pacientes vítimas de acidentes de motocicleta, entre os anos de 1996 a 2016, de ambos sexos e todas as faixas etárias, no Sul do Brasil.

Para a realização do estudo foram utilizadas as bases de dados do SIM-DATASUS. Com auxílio do TABNET (programa tabulador disponibilizado pelo DATASUS), foram extraídas as variáveis de interesse para a pesquisa, que inclui o grupo de motociclista traumatizado em acidente de transporte (CID10 V22, V23, V24, V27, V28, V29): V22: Motociclista traumatizado em colisão com um veículo a motor de duas ou três rodas, V23: Motociclista traumatizado em colisão com um automóvel [carro], pick up ou caminhonete, V24: Motociclista traumatizado em colisão com um veículo de transporte pesado ou um ônibus, V27: Motociclista traumatizado em colisão com um objeto fixo ou parado, V28: Motociclista

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traumatizado em um acidente de transporte sem colisão, V29 Motociclista traumatizado em outros acidentes de transporte e em acidentes de transporte não especificados.

As informações relativas à população foram retiradas da última projeção da população brasileira do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)10 (disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao).

As variáveis dependentes deste estudo são a taxa de mortalidade por sexo (feminino e masculino), faixa etária em anos (<18, 19-29, 30-39, 40-49, 50-59, >60), tipo de colisão (veículo motor com 2 ou 3 rodas, automóvel pick-ups ou caminhonetes, transporte pesado (ônibus), objeto fixo parado, sem colisão, outros) e estados (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). A variável independente foi o ano em que as informações foram coletadas, de 1996-2016. Os dados foram tabulados no software Windows Excel e analisados por meio do programa IBM SPSS statistics versão 18.0 2009. A taxa de mortalidade foi calculada por meio da razão entre o número total de mortes por motocicletas, faixa etária, sexo e estado e a população total do sul do Brasil, multiplicado por 100.000 habitantes. Para a análise da tendência temporal de mortalidade foram utilizados as taxas de notificação padronizadas e o método de regressão linear simples. Obtendo-se um modelo estimado de acordo com a fórmula Y = b0 + b1X onde Y = coeficiente padronizado, b0= coeficiente médio do período, b1= incremento anual médio e X= ano. Para examinar o comportamento (aumento, queda ou estabilidade) e a Variação Média Anual do coeficiente de Mortalidade, foi avaliado o valor (positivo ou negativo) e a significância estatística do coeficiente de regressão (β). A significância estatística do modelo foi atestada para o valor de p<0,05.

Por tratar-se de um estudo ecológico e estudar agregados populacionais com dados de banco de domínio público, o projeto de pesquisa não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Os pesquisadores declaram ainda não haver conflito de interesse.

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RESULTADOS

Houve um aumento na taxa geral de mortalidade por acidente de motocicleta no período estudado, verificou-se uma taxa anual de 1,25/100.000 habitantes (1996) e de 5,45/100.000 habitantes (2016), o que representou um aumento de 336%. A taxa geral média de mortalidade foi de 4,17/100.000 habitantes, com incremento anual de 0,29 (R = 0.93, R² = 0.86, p<0,001) (Tabela 1 e Gráfico 1).

Observou-se maior prevalência de óbitos no sexo masculino (89,4%). A taxa média de mortalidade no sexo masculino foi de 7,59/100.000 habitantes e no sexo feminino 0,87/100.000. O aumento das taxas de mortalidade no sexo masculino (340,4%) manteve uma tendência linear crescente, passando de 2,25 (1996) para 9,91/100.000 habitantes (2016). O incremento anual médio foi de 0,52 (r= 0,93; R²= 0,85; p<0,001). Entre as mulheres o incremento anual médio foi maior, de 0,69 (r= 0,91; R²= 0,83; p<0,001), passou de 0,26 (1996) para 1,14 mortes/100.000 (2016), o que representou 338,5% de elevação (Tabela 1 e Gráfico 1).

Em relação a faixa etária, a idade mais acometida foi entre 20-29 anos em ambos os sexos (40,3%), sendo a taxa média de mortalidade maior no sexo masculino. A taxa média foi de 17,7 mortes/100 mil habitantes no sexo masculino nesta faixa etária (p<0,001, R = 0,84 R²= 0,71) com incremento anual de 0,95 mortes, e no sexo feminino a taxa média foi de 2/1000.000 (p<0,001 R= 0,88, R² = 0,77) com incremento anual de 0,16 mortes nessa faixa etária (Gráfico 2 e 3 e Tabela 1).

A tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta nos três estados do sul foi crescente, com taxa média de mortalidade maior em Santa Catarina (6,51/100.000 habitantes) e menor no estado do Rio Grande do Sul (2,30/100.000 habitantes). O Paraná obteve o maior incremento anual de mortes dos três estados (0,43) (Tabela 1 e Gráfico 4).

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Verificou-se maiores proporções de colisão entre os acidentes envolvendo motociclistas (71,2%) e dessas, as mais frequentes foram contra carros, pick ups ou caminhonetes (33,9%), seguidas de colisões em transporte pesado ou ônibus (20,5%) (tabela 2).

DISCUSSÃO

Entre o período analisado (1996-2016), houve aumento na tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta nos três estados do sul do Brasil, em ambos os sexos e as vítimas mais frequentes foram do sexo masculino na faixa etária entre 20-29 anos. Entre as colisões, a mais frequente foi contra carros, pick ups ou caminhonetes, e a taxa média de mortalidade entre motociclistas foi maior no estado de Santa Catarina.

No estudo atual verificou-se aumento na taxa geral de mortalidade por acidente de motocicleta de 336,9% nos três estados do sul do Brasil, com média de 4,17 mortes/100.000 habitantes, com incremento anual de 0,29/100.000 por ano, e elevação máxima na taxa geral de mortalidade em 2012.

Dados semelhantes são encontrados no Brasil (11-15). Estudo realizado por Moreira et. al, entre 1996-2015, com adolescentes e jovens de 10 a 29 anos em todas as regiões brasileiras, caracterizou os acidentes de motocicleta como a principal causa de mortalidade entre os ATT, com aumento percentual de 1071% nos acidentes com vítimas fatais, e aumento na taxa geral de mortalidade por acidente de motocicleta em 201211. Entre 2000 a 2006 houve um aumento de 190,5% nas mortes por ATT envolvendo motociclistas12. Segundo dados da secretaria em vigilância em saúde, houve crescimento na taxa de mortalidade por acidentes de motocicletas de 2,8/100.000 habitantes para 6/100.000 habitantes de 2004 a 201313. O coeficiente de mortalidade por acidente de motocicleta entre 2008 a 2014 foi de 5,6/100.000 habitantes, com tendência de crescimento de 0,27/100.000 ao ano14. Em Santa Catarina o coeficiente de mortalidade foi ainda maior, 8,7 mortes/100.000 habitantes, com inclinação ascendente no

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período14. Medeiros et al em estudo entre 2001 e 2010, demonstraram tendência crescente na taxa geral de mortalidade por acidente de motocicleta no Rio Grande do Sul, com aumento percentual de 156,76%. No Rio de Janeiro, entre 2004 e 2010, houve aumento de 45,2% na taxa geral de óbitos de motociclistas15.

O aumento na tendência temporal de óbitos por acidentes de motocicletas acompanha a inclusão digital e urbanização, com invenção de aplicativos de fast-food e fast-shop. Nesse contexto, as motocicletas são o meio de eleição para transporte e entrega de mercadorias e documentos, por apresentar baixo custo, alta velocidade e rápida capacidade de locomoção. Os empregadores solicitam agilidade e otimização do tempo entre as entregas, aumentando os fatores de risco para envolvimento em acidentes de trânsito.

Os coeficientes de mortalidade por acidentes de motocicletas eram menores no início da série estudada, e a partir de 2006, motociclistas tornam-se as principais vítimas de ATT nas vias de trânsito do Brasil11, com notoriedade em 2012, quando 28% dos óbitos nas autoestradas foram devido aos acidentes com motocicletas13. De acordo com o DENATRAM, a frota de motocicletas aumentou 203,3% no Brasil, e vem aumentando em todas as cidades da América, um dos principais fatores associados às lesões e óbitos no trânsito13.

No presente estudo observou-se tendência crescente da mortalidade por acidentes de motocicleta em relação ao sexo. A taxa média de mortalidade no sexo masculino foi 772% maior. A variação percentual dos coeficientes de mortalidade por acidente de motocicleta entre os extremos do período (1996-2016) foi de 340,8% no sexo masculino e de 336,4% no sexo feminino. Apesar das variações percentuais praticamente se equivalerem em números absolutos, a taxa geral de mortalidade no sexo masculino expressa números significativamente maiores. A média de crescimento anual de mortes foi maior no sexo feminino.

Estudo realizado pelo Ministério da Saúde, no território nacional, verificou a ocorrência de 12.040 óbitos por acidentes de motocicleta em 2013, 89,3% das vítimas eram do sexo

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masculino, e o risco de morte entre homens foi 8,3 vezes maior13. Entre 2008 e 2014, estudo de Botelho et al. encontrou predominância masculina nos óbitos relacionados à ATT com motocicletas no Brasil e em Santa Catarina, responsáveis por 89,4% e 87,5% dos óbitos, respectivamente14. Em Pernambuco, entre 1998 a 2009, houve sobremortalidade no sexo masculino (5,29/100.000) em relação ao sexo feminino (0,53/100.000), e a razão média foi de 10:1 óbitos. Ainda, a média anual de crescimento foi maior no sexo masculino, 0,6 óbitos a cada cem mil habitantes16.

Há uma expressiva diferença na incidência de óbitos por acidentes de motocicleta entre os sexos, para Cavalcante et. al, homens jovens se expõem mais em autoestradas e estão sujeitos à maior incidência de ATT, enquanto mulheres tendem a realizar trabalhos domésticos17. Porém, com a recente globalização e o aumento da independência feminina, há maior inserção de mulheres no mercado de trabalho18, o que leva ao aumento na frota de veículos adquiridos por elas, e a motocicleta é uma das principais opções, por seu baixo custo de aquisição e manutenção, o que pode justificar o aumento na tendência temporal de óbitos femininos descritas no estudo atual.

No estudo em discussão houve tendência de aumento na taxa de óbitos em todas as faixas etárias, em ambos os sexos, com maiores taxas de mortalidade entre jovens em faixa etária produtiva (20-29 anos), e a maior taxa média de mortalidade nesta faixa etária foi observada no sexo masculino. Apesar de haver tendência de crescimento no período estudado, observou-se um coeficiente de mortalidade menor com o passar dos anos no sexo feminino, e as mulheres maiores de 60 anos tendem a morrer menos em acidentes com motocicletas (0,15/100.000). No sexo masculino, também se observou menores coeficientes de mortalidade com o passar da idade, mas em proporções maiores que nas observadas no sexo oposto.

Verificou-se comportamento convergente nos estudos brasileiros em relação à faixa etária. Dados do Ministério da Saúde (2014) demonstraram que os maiores coeficientes de

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mortalidade por acidente com motocicleta foram observados em adultos, entre 20 a 39 anos (10,4 óbitos/100 mil habitantes), além disso em todas as faixas etárias o risco de morte por esse tipo de acidente foi superior no sexo masculino. Também foi possível identificar que a partir da idade supracitada, os coeficientes de mortalidade diminuem, e idosos, de ambos sexos, tendem a morrer menos em ATT com motocicletas13, resultado equivalente ao estudo realizado. Estudo de caracterização e tendência de São Paulo (2011-2013) demonstrou que nos acidentes de motocicletas a faixa etária predominante eram vítimas de 20 a 29 anos de idade, correspondendo a 46,2% das ocorrências19. No Rio Branco-Acre, entre 2005 e 2008, 48% dos óbitos por acidente de motocicleta foram em indivíduos nas faixa etárias de 20-29 anos, e as idades entre 20-39 anos foram as de maior risco de envolver-se em acidentes20. Em Santa Catarina, estudo de Botelho et al (2008-2014) confirma a tendência de diminuição da mortalidade conforme a faixa etária aumenta, e demonstra que há maior frequência de óbitos entre motociclistas de idade entre 20 a 29 anos14.

As maiores taxas de mortalidade por acidente envolvendo motocicletas são encontradas em faixas etárias de adultos jovens, em idade produtiva, alguns recém motorizados, com pouca habilidade na direção. Características intrínsecas à faixa etária, como imaturidade e inexperiência ao volante, sentimento de onipotência, tendência a superestimar as próprias capacidades, e adoção de comportamentos de risco, como infringir leis e não utilizar equipamentos de segurança pessoal, são frequentes nessa faixa etária.13 Todavia, as motocicletas são amplamente utilizadas para uso profissional, como motoboys e mototáxis e parcela significativa destes se enquadram na faixa etária estudada. Isso remete ao fato de que essa parcela da população está mais exposta ao risco de se envolver em acidente de motocicleta, que pode resultar em óbito.

As taxas de mortalidade por acidente com motocicleta no sul do Brasil demonstraram tendência crescente no presente estudo. As maiores taxas de mortalidade foram observadas em

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Santa Catarina, e o Paraná obteve o maior incremento anual de óbitos. O Rio Grande do Sul apresentou baixa taxa de mortalidade quando comparada aos outros dois estados do Sul.

Em 2013, o Mapa da Violência em acidentes de trânsito e motocicletas verificou que a região sul era a terceira região com maior taxa de mortalidade por acidente com motociclistas nas vias de trânsito brasileira, atrás apenas do Centro-oeste (10,7/1000.000) e Nordeste (10,1/100.000), e apresentava a mesma taxa de mortalidade da região Norte (8,2/100.000), porém, com maior número absoluto de mortes (70,4%). No mesmo ano, constatou que as maiores taxas de mortalidade por esse tipo de acidente da região sul foram em Santa Catarina (10.9/1000.000) seguidas pelo Paraná (9.6/100.000), enquanto no Rio Grande do Sul (5.1/1000.000) foi 113,7% menor comparadas as de Santa Catarina. Ainda em 2013, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul representaram o 13º, 16º e 23º estado brasileiro, respectivamente, com a maior taxa de mortalidade por acidente de motocicleta por cem mil habitantes21. Em 2015, as maiores taxas de mortalidade por acidente com motocicleta ainda eram observadas nas mesmas regiões, porém a região Norte ocupou a terceira posição (7,2 óbitos/100 mil habitantes) e a Sul passou a ocupar a quarta posição no ranking de regiões com maiores taxas de mortalidade (5,8 óbitos por 100 mil habitantes)13.

A menor frota de motocicletas do sul do Brasil, cadastradas no site do DENATRAM22 em 2016 era de Santa Catarina (28%), enquanto Paraná e Rio Grande do Sul detinham 37% e 35%, respectivamente. Isto denota que o trânsito em Santa Catarina é mais perigoso para o motociclista. Dados do IPEA, demonstraram que há uma proporção de acidentes e mortes em Santa Catarina muito maior do que a proporção de rodovias federais que o estado possui. É o estado brasileiro que possui a maior diferença relativa em pontos percentuais em relação à proporção de rodovias e acidentes (7,1%). Em 2014, foi responsável por 6,5% dos óbitos em rodovias federais, porém possuía apenas 3,6% da malha rodoviária4.

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A BR 101 que atravessa Santa Catarina possui, 3 dos 20 trechos mais críticos em rodovias federais do país, que ficam localizados nos municípios de São José, Palhoça e Biguaçu. Em contrapartida, o estado do Rio Grande do Sul não apresenta nenhum dos trechos críticos citados, e Paraná apenas um, em Maringá4. As rodovias em Santa Catarina possuem características inerentes que propiciam um maior número de acidentes; interligam regiões produtoras, são áreas de alta densidade populacional, grande circulação de automóveis, pedestres e motociclistas, além de possuírem trajetos sinuosos, que podem contribuir para a ocorrência de acidentes e óbitos23.

O tipo de acidente que levou motociclistas à óbito mais repetidamente foi a colisão. Das colisões estudadas, a mais frequente foi em carro, pick up ou caminhonete, seguida de colisões em transporte pesado ou ônibus. O tipo de colisão menos frequente foi contra veículo a motor de duas ou três rodas. Os óbitos decorrentes de acidentes sem colisão representaram cerca de 9,8% do total de mortes.

Os resultados de outros estudos brasileiros são semelhantes aos encontrados no atual estudo17. Dados do serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) de Teresina-PI constataram que as colisões foram os tipos de ocorrência mais frequentes em acidentes envolvendo motocicletas (79,1%) e dentre elas, o tipo carro-moto foi o mais observado durante o período estudado (59,5%), enquanto as colisões do tipo moto-moto foram as menos frequentes (6,1%)17. Dados do munícipio de Rio Branco (Acre), apontaram que as colisões foram responsáveis por 84,7% dos acidentes envolvendo motocicletas20.

A frota de veículos do tipo carros, caminhonetes e picks ups, segundo dados do DENATRAM22 (2016), representam 65,9% do total da frota de veículos automotores circulantes no Brasil, e 71,2% de veículos automotores no Sul do país, levando à uma tendência e probabilidade de colisão maior envolvendo esse tipo de veículo.

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Limites do banco: O Ministério da Saúde estima que há sub-registros de mortes no SIM. Em

1992 o sistema registrava em torno de 80% dos óbitos ocorridos no país, em 2011 houve aumento na cobertura dos registros, atingindo cerca de 96,1% da totalidade24. Há também uma dificuldade na qualidade da informação, e os registros não informam se o óbito é proveniente de condutor ou passageiro de motocicletas.

Conclusão: A tendência temporal de mortalidade por acidentes com motociclistas na região sul

do Brasil é crescente no período estudado, com maiores taxas no sexo masculino, em adultos jovens entre 20 a 29 anos, idade economicamente ativa. O sexo masculino obtém as maiores taxas no período. Idosos de ambos os sexos tendem a morrer menos nesse tipo de acidente. O estado de Santa Catarina obtém as maiores taxas de óbitos por cem mil habitantes, atestando o trânsito como potencialmente mais perigoso aos motociclistas. O principal tipo de acidente envolvido foi a colisão, principalmente contra carros, pick ups ou caminhonetes e a frota desse tipo de veículo é mais predominante nos estados do sul do Brasil, levando a probabilidade e tendência maior a acidentes contra esse tipo de automotor.

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(19)

ANEXOS

Tabela 1. Classificação sociodemográfica das vítimas de acidentes de motocicleta no Sul do Brasil entre 1996-2016.

Variável Taxa

média

DP* R β § Valor de pǁǁ Tendência

Taxa geral 4,17 1,94 0,93 0,86 0,29 <0,001 Aumento

Sexo Masculino 7,59 3,48 0,93 0,85 0,52 <0,001 Aumento Feminino 0,87 0,47 0.91 0.83 0.69 <0,001 Aumento Faixa etária Masculino 0-19 anos 3,54 1,81 0,88 0,77 0,26 <0,001 Aumento 20-29 anos 17,69 6,95 0,84 0,71 0,95 <0,001 Aumento 30-39 anos 10,49 4,81 0,93 0,86 0,72 <0,001 Aumento 40-49 anos 7,66 4,13 0,95 0,89 0,63 <0,001 Aumento 50-59 anos 4,50 2,92 0,97 0,94 0,46 <0,001 Aumento >60 anos 2,04 1,44 0,97 0,94 0,23 <0,001 Aumento Feminino 0-19 anos 0,63 0,37 0,75 0,56 0,05 <0,001 Aumento 20-29 anos 2,02 1,09 0,88 0,77 0,16 <0,001 Aumento 30-39 anos 1,06 0,66 0,92 0,84 0,10 <0,001 Aumento 40-49 anos 0,74 0,48 0,87 0,76 0,07 <0,001 Aumento 50-59 anos 0,41 0,30 0,84 0,71 0,04 <0,001 Aumento >60 anos 0,15 0,13 0,59 0,34 0,01 0,005 Aumento Estados

Rio Grande Sul 2,30 1,25 0,94 0,88 0,19 <0,001 Aumento

Santa Catarina 6,51 2,52 0,89 0,80 0,36 <0,001 Aumento

Paraná 4,77 2,31 0,91 0,83 0,43 <0,001 Aumento Fonte: DataSUS * Desvio Padrão † Correlação de Pearson ‡ R quadrado § Valor de Beta

(20)

Tabela 2. Classificação por tipo de colisão dos acidentes fatais com motocicleta no Sul do Brasil entre 1996-2016.

Tipos de colisão n = 23.219 %

Contra veículo a motor de duas ou três rodas 1069 4,6

Contra automóvel [carro], pick up, ou caminhonete 7865 33,9

Contra veículo de transporte pesado ou um ônibus 4753 20,5

Contra objeto fixo ou parado 2833 12,2

Sem colisão 2286 9,8

Outros acidentes/não especificados 4413 19,0

Fonte: DataSUS

Gráfico 1. Tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta, geral e por sexo, no período entre 1996-2016. Fonte: DataSUS 0 2 4 6 8 10 12 14

Taxa geral de mortalidade (β: 0,29; p <0,001) Masculino (β: 0,52; p <0,001) Feminino (β: 0,69; p <0,001)

(21)

Gráfico 2 - Tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta, por idade, no sexo masculino, no período entre 1996-2016.

Fonte: DataSUS

Gráfico 3 - Tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta, por idade, no sexo feminino, no período entre 1996-2016.

Fonte: DataSUS 0 5 10 15 20 25 30 0 a 19 anos (β: 0,26; p <0,001) 20 a 29 anos (β: 0,95; p <0,001) 30 a 39 anos (β: 0,72; p <0,001) 40 a 49 anos (β: 0,63; p <0,001) 50 a 59 anos (β: 0,46; p <0,001) 60 anos ou mais (β: 0,23; p <0,001)

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 0 a 19 anos (β: 0,05; p <0,001) 20 a 29 anos (β: 0,16; p <0,001) 30 a 39 anos (β: 0,10; p <0,001) 40 a 49 anos (β: 0,07; p <0,001) 50 a 59 anos (β: 0,04; p <0,001) 60 anos ou mais (β: 0,01; p <0,005)

(22)

Gráfico 4 - Tendência temporal de mortalidade por acidente de motocicleta, por estados, no período entre 1996-2016. Fonte: DataSUS 0 2 4 6 8 10 12

Paraná (β: 0,43 p <0,001) Santa Catarina (β: 0,36; p <0,001) Rio Grande do Sul (β: 0,19; p <0,001)

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