SÔBRE AS ÁLGEBRAS E
HIPER-RETICULADOS Cw
Tese apresentada ao Instituto de Matemática, Estátistica e Ciências da Computação da Uni-versidade Estadual de Campinas, para obtenção
do título de Mestre em Matemática.
CAMPINAS
1 9 7 1
BIBLIOTECA DO IMECC DA
Tardiamente,
Prefácio
Observações sobre a notação Introdução
Capitulo I
- As álgebras Cw
- Filtros e Ideais de uma álgebra C..J - Morfismos de álgebra C...J
- Aplicações ao cálculo CuJ Capítulo 11 - Hiper-reticulado Cw
Comentários
Bibliografia 9 11 13 17 19 23 33 39 43 45PREFÁCIO
Nesta tese, apresentamos, de modo sistemáti-co, alguns resultados referentes
à
teoria das ~ebrM Cw,muitos
dos quais foram por nós obtidos e public~dos anteriormente.
Os conceitos básicos, as notações etc., uti-lisados neste trabalho estão descritos nas "Observa-çoes sÔbre a notação".
No Capitulo I, introduzimos os conceitos de Álgebra Cw , de Filtro, de Ideais e de Morfismos de uma álgebra Cwi obtemos alguns resultados relativos a tais noçÕes e, em seguida, empregamos alguns ctêstes resultados na obtenção de informações a respeito do cálculo Cw
No Capitulo li, propomos uma nova algebriza-çao do cálculo Cw e demonstramos um teorema que
êste nÔvo tipo de estrutura às álgebras Cw.
liga
Agradecemos ao Prof. N.C,A, da Costa a dedi-caçao com que nos orientou durante êste.s dois anos que estivemos com êle trabalhando e, sobretudo, a sua sem pre renovada paciência para conosco.
zemos de alguns dos itens aqui abordados. Ainda que tenha sido indireta a colaboração do referido profes-sor neste trabalho, vemo-nos na obrigação de agradecer ao Prof. Tourasse o incentivo que nos tem dado e, so-bretudo, o excepcional exemplo que tem sido para to-dos aquêles de seu convÍvio.
Por fim, agradecemos, também, ao Pro f. Rubens M. Marques, que tornou possível1 do ponto de vista ma
OBSERVAÇ0ES SÔBRE A NOTAÇÃO
No que segue, serao usados, entre outros, os seguintes simbolos:
[n] - para referência bibliográfica
J -
denotando o cálculo de predicados clássico, de primeira ordem contendo apenas os dois símbolos de predicadosE:
e=.
1~
,
Pw - denotando respectivamente o conjunto das fórmulas e das fórmulas atÔmicas do cálculoCw.
rz-
a significando que a e um teorema de 'l
( "r-;7j-
a, caso contrário).significando fÓrmula ' válida
I(F•
quea
a eem (
171fa
'
casocontrário).
se e
-
como abreviatura de se, esÕmente
se.As noçoes de consistência e consistência ab-soluta mencionadas no que segue coincide com as dadas
em [ 9] .
Os demais sÍmbolos, notações e conceitos sao, a menos de adaptações Óbvias, os mesmos usados nos trabalhos relacionados na bibliografia.
Um dos pontos mais marcantes do desenvolvi-mento da Matemática nos Últimos anos foi 1 sem dÚvida,
a constatação de que a quase totalidade de sqas no-ções podia ser reduzida
à
simples noção de conjunto. Um conjuntoé,
do ponto de vista intuitivo, uma cole-ção de objetos. Assim,é
natural ter-se pensado em precisar tal noção dizendo-se que:lQ) TÔda "propriedade" P(x) determina um con junto (o conjunto dos objetos que satisfaz a proprie-dade P).
29) Dois conjuntos X e Y sao iguais see todo objeto de um
é
também objeto do outro.Ou, ainda, de modo mais formal, dizendo-se que os co~ juntos são objetos satisfazendo o seguinte sistema de axiomas:
I) ]x'l;ty (y(x :::l.Çl(y)), onde
lp
é
uma fÓrmula de1 .
2) 1;/x'c/y\jz (x
=
y õ (zEx õ zEy)).~stes axiomas constituem, essencialmente, a definição de conjunto dada por Frege"
Infelizmente,
é
fato conhecido que com base neste sistema podemos demonstrar a existência de um conjunto R (conjunto de Russell) para o qual se tem14
que:
sendo, portanto, tal sistema inconsistente. Como no cálculo de predicados /. o conceito de inconsistência e inconsistência absoluta coincidem, vem que a teoria de conjuntos referida torna-se trivial.
As várias soluções propostas para êste pro-blema deram origem às diversas teorias de conjuntos, como, por exemplo, certas formas de teorias baseadas nos tipos lÓgicos, a teoria de Von Neumann-Bernays-G~ del, a teoria de Zermelo-Fraenkel, a teoria de Quine etc., tendo tÔdas estas teorias em comum o fato de
o-riginarem-se principalmente de restrições feitas
so-
'bre a fÓrmula ~ do esquema de axiomas 1 e manterem i-nalterada a lÓgica subjacente.
natural, a seguinte pergunta:
Surge, então, de modo Seria possível manter os axiomas 1 e 2 inalterados e modificar a lÓgica su~
jacente, de tal modo que as propriedades elementares dos conjuntos permanecessem válidas e o nÔvo sistema absolutamente consistente? Tal pergunta foi respond! da por Curry e Moh Shaw-Kwei, mostrando 1
b.isicamen-te1 que num cálculo de predicados contendo a
implica-ção, a conjunção e os quantificadores intuicionistas, a formulação do esquema de axioma 1, sem restrições s§ bre ~,acarreta a inconsistência absoluta do sistema. Assim, a nosso ver, a menos que percamos as caracte-risticas fundamentais do cálculo/ , limitando os re-sultados obtidos, não podemos dispensar as restriçÕes sÔbre ~ . Contudo,
é
possível, com uma ligeiramodi-ficação na lÓgica subjacente, estudarmos teorias de conjuntos onde, por exemplo, a existência do conjunto R de Russell não torna o sistema inconsistente;
permi
tindo-nos, assim, analisar as propriedades de tais conjuntos. Para tanto, o Prof. N.C.A. da Costa cons-truiu os cálculos
em certo sentido,
proposicionais C , l.;;,:n.çul· (onde, n
c
né
mais forte do que cn+l.) Diversos sao os problemas ainda em aberto re !ativos a êstes cálculos e, em particular, ao cálculo Cw. Neste trabalho, nos propomos expor alguns resul-tados concernentesà
algebrização do cálculo C101 •CAPÍTULO I
AS ÁLGEBRAS C
w
Uma álgebra Cw e um reticulado implicativo, na acepção de Curry [2], munido de um operador ve-rificando os seguintes postulados:
e p~~~ P·
Designaremos por
G.:::::
<A, :::,::::1, 1\, V l> uma álgebra C~ , onde AI
0
e a relação de equiva-lência e compat1vel com as operaçoes ''
~ , Av,
'
'
ouseja, onde tais operações são monótonas relativamente a
As álgebras Cw podem ser interpretadas como uma tradução algébrica do cálculo Cw [5].
Exemplos de álgebras Cw
l . l . T~da álgebra de Boole
é
uma álgebra Cw.1. 2. Seja A == { a 1, a2, O } ; da em A pela partição operaçoes ::::,) , A 1 V e belas: -" a equivalência
defini-{h,
a2) , {O} }
e as::::J
o
al "2 11o
al "2o
al al alo
o o
o
alo
al al alo
al al "2o
al alo
a2 al alv
o
al a2o
o
al alo
"l al al al al alo
"2 al al al a2 alO sistema
a==<A,
::,::::>,A ,V, ' 1>é,
neste caso, um exemplo de álgebra Cw [13].
De modo análogo ao que e feito para reticul~ dos, uma álgebra Cu~ também tem uma representação gr~ fica, com a diferença de que enquanto nos reticulados os pequenos circulas do gráfico representam elementos do reticulado representado, nas álgebras Cw cada um dêstes cÍrculos representa uma classe de equivalência da álgebra considerada. Assim, por exemplo, a repre-sentação gráfica da álgebra Cw do exemplo 2
é
a se-guinte:19
Filtros e Ideais de uma álgebra Cw.
Definição 1.1. Seja
G.=
<A,=,~
11\ ,V, 1,
J>
uma álgebra Cw e
0
1-
fÇ A. Dizemos que Fé
um fil tro deG
see são verificadas as seguintes condiçÕes, para todos a, bE
A :Fl
-
a, tE F
a A b E F
F2 -
a E F
aVbEF
F3
aEF
e b-
a 9bEFExe~lo~ de filtros:
1.3, Se encararmos a álgebra de Boole,
a ,
como uma álgebra Cw, então, todo filtro da álgebra de Boole,G.,
é
também um filtro da álgebrac..,.,G..
1.4.Em
tÔda álgebrac,.,
G.c
(A, ~.::.:»,I\,v
, ,
,
1),
os conjuntos A e 1 = (aE A' a" 1} sao exem-plos de filtros de
c.
Teorema 1.1. Para que uma parte F de uma álgebra Cw,
G.
=<A,o;:'
, / \ , V , ' , I > seja um filtro deú ,
e necessário e suficiente que uma das condiçÕes I, II ou III abaixo seja satisfeita, quai~ quer que sejam a, bEA:rEF
I I a E F e a~ h€ F b€F aEF e b=a l> b€F
r
,I~
III al\b€ F a, h
E
F a€ F e b=.a===P bEFDemonstração -
Seja
Fum
filtro.Como
a€ F e a <himplica
b;:: aVb, vem,por
F2, que a V bE
F e, por F3, que b
E
F. As duas outras condições de Isao trivialmente satisfeitas em decorrência da
hipót~se.
Mostremos que I ==S> li. Com efeito, se F
:F
0,
então existe a
E
A tal que aE
F, Como 1;=. a, vem que 1E
F. Por outro lado, se a e a~b pertencem a F tem-se ai\ (a:=:Jb)EF e, como a/\(a:Jb).o;;;;b, b€' F. A terceira condição de lié
consequência ime-diata de I .(ai\ b::>a) que a€ F
Vejamos, agora, que li ~III. Ora, como
=
(al\b=:>b)=
l€F, vem, do e bE
F. Reciprocamente,fato de al\b€F, a=> (b:=Jal\ b)
=
=(a/\ b)3(al\ b)=
lEF. Logo, de a, b€F segue-se que al\b€F.Finalmente, mostremos que a condição III im-plica que F
é
um filtro. Com efeito, se a€F, en-tão (aVb)/\a~a€F. Logo, aVbEF. Ademonstra-çao fica completa observando-se que as condiçÕes F1 e F
3 seguem-se trivialmente de I I I .
s ~-·s-L-1
o
T E...., ~~ ______ .u o
..=o---=·"C··-~ 'f: Éc c
DA
21
Definição 1.2. Um subconjunto I , nao vazio,
de uma álgebra Cw, e '
denominado um ideal ou filtro dual see forem verifica dos os seguintes postulados, para todos a, bEA:
Il - a, b€ I ~ a V b ( l
I2
-
aEI"
a!\ bE I I3-
aEI e b=a
~ bE:IO leitor poderá mostrar 11dualmente" que vale
o seguinte resultado ("dual11 do Teorema 1.1.)
ideais:
para
Teorema 1.2. Seja
Ú.=
<A,:=,J,/\,
V, I> uma álgebra Cw. Para que um subconjunto I de A seja um ideal de
Ci
é
necessário e suficiente que uma das condiçÕes I ou II seguintes seja satisfeita, para todo a, bE:A.{
I1-
~ I a, bEI ;:,. a V b ( I aE:
I e b=a b€1{
II
~ I I aVb(I ~ a, bE I aE
I e b=a
- · b( ITeorema 1. 3. Todo ideal prÓprio
{)_=.(A,:::,= ,/'.,V,
(prÓprio) maximal.
I o
(Teorema do ideal maximal) de uma álgebra C,.; ,
1:> , está contido em um ideal
Demonstração - A demonstração dêste teorema e feita exatamente do mesmo modo que a correspondente para o caso das álgebras de Boole.
Ao contrário do que ocorre nas álgebras de Boole, as noções de filtro e ideal de uma ~lgebra Cw,
embora
11duais
11uma da outra, apresentam diferenças
sensíveis, devendo-se isto principalmente ao fato das álgebras Cw não terem, em geral, primeiro
(como será visto mais adiante).
elemento
Notemos que se {Fk}k{K
é
uma familiade uma álgebra
Cu-~,
li ,
então /J.K Fké
tam-de filtrosbém um filtro de Ú •
tes definições:
Isto nos permite dar as
seguin-Definição 1.3. Seja uma álgebra Cw,
0
I
Mç- A e todos os filtros de Ú tais queG.
=~~
:::õ.,=',",v, ',
1>
{F} k ké.K a famÍlia de Ms Fk qualquer que seja k€ K. Denominamos de filtro gerado por M, e notaremos por M, ao filtro
Definição 1.4. Seja
0..=
<A, =,:=,,1\,V, ' , 1) uma álgebra Cu,~ eR1
;iw=
A. Diremos que Mé
absolu-tamente inconsistente see M=
A e absolutamente consistente,, em caso contrário" Diremos ainda que23
M
e inconsistente see existe aEA tal que
a e a 1pertencem a M, e .2.Q!!Sist~te em caso contrário.
Morfismos de álgebra Cw.
Definição 1.5. Consideremos as álgebras Cw
G..=<A,
=,~,/\,V,',
C>
ef3=<B,
::::,:=~,/\,V,',
I>,
e seja f uma aplicação de A em B • Diremos que fé
um morfismo ou um homomorfismo dea
em-B
see f pr! serva a estrutura deG..,
i.e., se sao satisfeitas asseguintes condições, para todo a, b
E:
Aa
=
b f(a) õ f(b) f(a ~ b) = f(a) t f(b), operações 1\ ,V ,
::::>. f(a') = (f(all'onde
r-
e uma das 'As noções de monomorfismo, epimorfismo e isomorfismo são definidas de modo usual.
Teorema 1.4. Seja f um morfismo da álge-bra Cw Ú.=<A,
=,=>,1\,V,
6 =- (B, =:, =>, 1\ , V 1 1 , l) Então, o conjunto r-l(F)ç A I> na álgebra Cw eF
um filtro deB .
é
um filtro dea'
Demonstr·açào - Com efeito, a 11 a 2 ( r-1 (F) see f(a1), f(a2)
€
F see f(a1)/\f(a2) = f(a1/\ a2) EF see a11\a2( f-1 (F). Por outro lado, se a
por-tanto, f(a
2)€F; logo, a2
€
f-1(F), e fica completa a demonstração.
O teorema seguinte nos fornece algumas infor maçoes importantes referentes às álgebras Cv.~.
Consideremos o sistema
8::::<c,
:,=:~,I'\,
V, ',1) definido da seguinte maneira:C= AUB, onde A ::::{ai: ifN}; B
={t
1: i6N} sendo N o conjunto dos inteiros positivos •
.;:;;<=CXC. tal que:
(a.,a.)E
;;;;
se e i~j,1 J (a.,b.)E:
1 J
<
para
todo i ' j (b.,b.)E:<
para todo i ' j1 J
:=c;;;
ex c
tal que:(x,ylE
~ se e(x,y)E
.ç
e(y ,xlE
>Ç /\: C>< C - C tal que:1\(a.,a.) =1\(a.,a.) =a
1. see (a.,a.)E,~
1 J J 1 1 J
J\(a
1,bj) =/\(bj,ai) =ai para todo i, j , 1\(t.,b.) =·b. para todo i , j ;
1 J J
V:
ex
c~c
tal que:V(a. 5a,) =V(a.,a.) =a. see
1 J J 1 1.
V(a. ~ b.) =V ( b. 9a.) == b. para
1 J J 1 J (a.,a.)f.:Ç J 1 todo i 1 j , V( b .. 1 b.) = b. para todo i, j ; 1 J J
:=l : C-" C --·--- C tal que:
~ (a.,a.) =aJ. see (a.,a.)€~ e i Í j ,
L J J L
;::>(a.,a.)=b. see (a.,a.)~~
l J J l. J
~ (a
1,bj) =--==>(bi,bj)
=
bj para todo i, j :::::::db.,a.) =a. para todo i, j ;1 J J : C - C tal que ' (a . ) = 1 ' ( b.) o 1 para todo para todo i i 25
Nestas condições, pondo-se 1
=
b1, vale o seguinte resultado:
Teorema 1.5. O sistema
8
acima descrito uma álgebra Cw ,.
e
Notação - Escreveremos x õY em lugar de (x,y)€t' (resp. (j(x,y)) se
f
é
uma das relações (resp. operações binárias) acima definida. Escrevere mos, também, x' para designar a imagem do elemento x pelo operadorDemonstraçào do Teorema 1.5. - O leitor po-derá constatar, por meio de uma verificação imediata, que~
é
uma quase-ordem (i.e., reflexiva e transiti-va) e que as operações 1\ , V satisfazem as seguintescondições:
i) x,,.,y.:;.x e x/\y~y.
iii) XV Y-;;, X e XV Y-:;;.Y,
i v) z:;;..x e
z,y
~z
;;>-X V y,quaisquer que sejam x, y
E
c • Assim,<c,
'=-,"
,v>
e um reticulado na acepçao de Curry. (ver[2] ) .
Vejamos que as condições seguintes também sao verificadas, para todo x,y,z C:
v) x.A(x:ly),f';.y,
vi) X/\ z~y=='l> Z-.fX-::Jy.
Com efeito, seja x =a.
1 e y =a.; J tem-se, então,
dois casos a considerar: (ver o gráfico de na Fig. ( 2) ) •
lQ) a.:G a. e
i h
(i.e.'
a.< ai);J 1 J
20) a.~ a ..
1 J
No primeiro caso, a.::>a.=a .•
l. J J Logo,
a. A
'
(a. ;>a.) 1 Ja . A a . = a .•
' J J
Portanto, vale a propri~
dade v .
Por outro lado, se ai11z = a
1Abk
=
a1. Assim, portanto, vi) verdadeira. -se que ou a1 k ak.vem Portanto,
sendo ver da de ira. Se,
z = b k tem-se a 1/\z.Saj Se, agora, e falsa, e, z = ak, tem-No caso de ser ak .<f a 1 , aiA z~aj--9
zs
a 1:oaj, porem1 que a,/1.'
falso e ak ~ a 1 e, por conseguinte, vi) verdadeirao e No segundo caso, (a : J a . ) -1 J a_ l A b. J=
Logo, a.::::> a ::: b. o ' J J e vale v) o27
Notando--se que z~ bj = ai?aj qualquer que seja z ,
vem que
vi)
e também válida.
X = b,. 1 Suponhamos, Neste caso, agora, que X ?y = b. J y = b., e J x =a. ou 1
e, pela mesma razao do caso anterior, valem v) e vi).
Finalmente, se X = b. J e b .?a.
=
e J 1 assim v) . Como plica z~b.?a. J 1 bjA (bjJa 1) z = b.Az, J ;::: b . " J vem que =a. 1 ou seja, vale1 y = a. 1 vem que = ai valendo b.Az~a. im-J 1 vi).
Dês te modo, podemos concluir que
~~
o;,==>'"
,v>
acepção de Curry.
e um reticulado implicativo na O leitor poderá completar fàcilme~ te a demonstração, observando que valem ainda as con-dições seguintes:
vi i) viii)
xvx'-1~
x"
~x
1quaisquer que seja x~C.
o
I
Fig. (2) a
Corolário 1. O operador ! de uma álgebra Cw
nao
é,
em geral, monótono relativamente a=·
Demonstração - Considere-se os elementos b 1 e b2 da álgebra
e
.
É imediato que b1 '= b2 e
b'
="l
l
t
bl
=b2·
Corolário
2. Uma álgebra possui primei:r\w .el,emed·o-~Cw, em geral, na o
-il)e:nronstraçã.o -
t1hvia.
~Prmrexermplo, a álge
bra
f! . )
Corolário 3. O teorema dos ultra-filtros
(11dual" do Teorema 1.3.) não
é
válido, em geral, paraálgebras C...;.
Demonstração - Com efeito, em
e
nao existe ultrafiltros (prÓprios).Corolário 4. Em uma álgebra C na o vale, em geral, a lei de Peirce. (I.e., não se tem, em geralj que (x::>y)~x,:Çx.)
Demonstração - Basta notar que em
/1
tem-seO resultado seguinte nos mostra que muito em bora seja falso o teorema dos ultrafiltros para as ál gebras C~.o,~ ~ podemos sempre imergir uma álgebra C..;
a
, em uma outra9G.
'
~ na qual vaie o referido teore ma,_29
Teorema 1.6. TÔda álgebra Cw,
O. ,
pode ser imersa em urna álgebra Cw,G. ,
possuirtdo primeiro ele menta,Demonstração- Seja O.=<A, =:,::;~,v,A, ', 1> uma álgebra Cw. Se
O.
possui primeiro elemento, o teoremaé
trivial. (Basta tomard..
=
G. • )
Suponha-mos, pois, que não possui primeiro elemento e consi deremos dois elementos?
eo
1 nao pertencentes a
A.
Notemos porÓ.
""<J,
de Á= AU {0101 } e=,
::>,Â,
v,
as relações1>
o sistema on-~, -;; , Â,V,
i sao definidas da seguinte forma:(1) e a equivalência que se obtém de
acresceu-(2) ( 3) (4) (5) tando-se
à
classe 1 = { too
1 e considerando-se ma nova classe. aE:.A: a=
1} o o conjunto{O}
.
o o o ? , / I , V,'
coincidem com
-::;}' 1\ 'v •
'
rAa
~ a A01 ~ a ~ Ova=avo
para
todo 01 V a ~
a vo
1 ~ 01 para todo at:Á o OAa ~ a 1\ O ~o
para todo a€Ar
? a~ 1 para todo aCA
a ?O ~ a para todo a E. AU { oJ
l""
011 para todo a[..Á
o
1 ~a ~ a para todo a<Av{o}
Jo;
~ 01to'
1 =o{
~ o elemen-como uem
A o o a~A.
Mostremos que o sistema ()..
é
uma álgebra C"-" Para tanto devemos provar que:l)
é
uma relação de equivalência2) y A X
.
e X V y y V X.
e
5) x~(x:)y)~y (onde a~b significa a· a.Áb)
.
6) x/\z~Y===P z~X':)y.
. .
7)x
Vx'
=
l.
8) X 1 1 ~X.
quaisquer que .sejam x,y,z f. A. É claro que nos res-tringimos ao caso em que um dos elementos x,y,z pe~ tence a
{o,o
1
t
devidoà
condição (2),1 e 2 são consequências imediatas das
defi-.
nições de e A
.
respectivamente.3) Com efeito, se x= O, x;\ (yVx) =
= ÜA (yyO) = OAy- 0 = X. Se por outro lado, y = Q
vem que xÁ(y.,jx) =
x/do../x)
=
X /1. X :::: X, Suponha-mos 1 agora x = 01, Neste caso xÁ (y
V
x) == 0
1
Á
(yY,01) = 01,.\ 01 = o1 = x. Finalmente, se y=Ol' tem-se x--Z(y\/x) = xÃCo1 Vx)
=
xJ\01 = x.11Dualmente11
, xV (yAx) ':? x" Logo1 vale 3o
4)
E
clar·o que se um dos elementos x9y ou z31
O leitor poderá observar que se tem, também,
xÁ (yi.z) ~ (xÃy)Âz na hipÓtese de ser um dos ele mentos x,y ou z igual a
o
1, Além disto, que 11 dual-mente11 xV(yVz)
é
(xVy)\íz..
5
e6)
Com efeito,
se x=O e yéA.
O :!f y.
Além disto,
.
. .
z~l qualquer que seja zé.A. Logo, xAz = Ollz~y
implica z ~ 1 = x ~ y. Suponhamos, agora, que y =O e x€.Au{o
1}. Neste caso, xÁ(x;y) = xÃ(x;O)
=
.
.
= X/\Ü = O~x" Por outro lado, se .x/\z~OJ vem que z6x e, por conseguinte, z = x!\z~O = x?O. Seja, agora1 y = O e x E. A, Então,
. 1 . . =X;\ (x~0
1
) = XA l = x,:f01. Além disto, z~0
1
para todo z€Á. Portanto, xÁz~01
~ z~x;y = 01. Finalmente, se x=0
1 e
ytAV {o},
vem quexÂ(x~y)
=o
1
~(0
1
.;y)
=' o1Ây = y . • Com.o
z=0
1
~z
para todo z&.A, segue-se que z = 01A z~y implica
O leitor com uma simples observação poderá concluir que valem, ainda, as propriedades 7 e 8, com pletando a demonstraçá:o.
,!?efiniçâo L6o Seja
Ó..
"'(Â,
~.;,
Â
1V,;,
i>
uma álgebra Cw. Denominamos de reticulado (irnplic~. tiv~) associado a (À. , a todo reticulado imp.licativo
isomorfo a_ álgebra quociente de <A,
:o,?
,A, V,~
pela equival~ncia = •Teorema 1.7. Todo reticulado associado a uma álgebra CIOJ 1
0..=
<A, :::, :;:p 1 1\ 1 v,1
, 1> ,
é
umaálgebra de Heyting ou um filtro maximal de uma álge-bra de Heyting, caso exista ou não em
elel)'lento.
um primeiro
Demonstração
Se existe em
~um primeiroelemento~ a proposição
é
trivialmente verdadeira. Se, por outro, Q. não possui primeiro elemento, considere-mos então, a álgebraci
definida no teorema 1.6. (an terior). Pode-se ver, sem dificuldade, queé
uma álgebra de Heyting e que todo reticulado associado aO..
é
isomorfo ao fil-tro maximal deÓ.
I=
consti tu:ldo por(á..
I=)-
{o} .
Teorema 1.8. TÔda álgebra Cw
é
associada a uma álgebra de Heyting de conjuntos abertos de um es-paço topolÓgico ou a um filtro maximal de uma tal ál-gebra.Demonstração~ Consequência do Teorema 1.7. e do fato de que tÔda álgebra de Heyting
é
isomorfa a uma álgebra de Heyting de conjuntos abertos.33
AplicaçÕes ao Cálculo CvJ
Consideremos o sistema
I
C..;I
=<1 ...
}1~~?
, A 'v~
o conjunto das fÓrmulas do cálculo
C.J
onde:1vJ
é
a :;;; b see ~w a?b definidas de
e ~...J b ~a , as operaçoes :J
A, V, 1 = Pr-:7Pl•
claro, então, que
I
CwI
é
uma álgebra CvJ e modo usual ea E. {xe
1w:
x:;1}
see se e a . ÉTeorema 1. 9, Seja a €
"J...;.
As condições são equivalentes:seguintes
(i) Para tÔda álgebra Cw, 0 , ~ a .
(ii) ~ a.
"'
Demonstração Claro, pois em
= (B, :;_,-=>, A, V, ' , lB) valem "todos os axiomas do cálculo C e a classe 1
8 ::= { b
~B
: b~
IB}é
fecha da para a regra de modus ponens" Por outro lado, serfc-w
a , então,a~
l , e portantof:{c...,l
a ,Teorema 1.10.
IC...JI
é
a álgebra livre gera-da pelo conjunto Pw (das fÓrmulas atÔmicas do cálcu-lo C..J) na categoria onde os objetos são as álgebrasCw e as flechas os morf1.smos de álgebra C...J.
Oemonstraçüo, Com efeito, seja
a.ú,
:=,:;:~,A 1 V, ''
1) uma álgebrac'",
Sedefinida por:
l) h(p) = f(p) para todo p f. P0
2) h(a•) = (h(a))'
3) h(a ~ b) = h(a) ~ h(b) onde ~representa uma das operaçoes :::J , A , v , então o seguinte diagrama
é
comutativo:
A
Mostremos que h
é
um morfismo de álgebra C Para tanto, se a, b €.1..,J ,
escreveremosa(p. , ••• ,p. ), b(p. , ••.
,p.)
para indicar que as11 1n J1 Jk
fÓrmulas atômicas p. , ••• ,p. e p. , .•• ,p. sap as
11 1n J1 Jk
componentes de a e b respectivamente.
Suponhamos,
então,
que a-
b. Assim,I Cw a J b e
>-c.,
b ? a e, portanto,"ir
a""b e'G
b-::::>a.Em
particular, h(a)Jh(b) = a(h(p, ), . . . ,h(p. )) ? b(h(p. ), •.• , 1 1 1n Jl . . . . h(p, )) " l "b(h(p. ), . . . ,h(p. ));:;> ' Jk J 1 Jka(h(pi ), . . . ,h(pi )) = h(b)?h(a).
Logo, h(a) ~ h(b) e h(b)~ h(a), ou seja, h(a) : h(b).
35
A unicidade de h decorre trivialmente da prÓpria definição de h
Teorema 1.11. A lei de Peirce,
( {a':J b) J a) ::>a) ,
na o
é
teorema do cálculo C"".Demonstração - Considerem-se os elementos a
1, a2 G..C (da álgebra
fJ ,
p. tão, que:). ~imediato,
en-Teorema 1.12. Não existe uma fÓrmula
a
t.1w
tal que~w'
a?b qualquer que seja b G:fw.
Demonstração - Se tal fÓrmula existisse, a álgebraf2
(p. teria primeiro elemento.Teorema 1.13. Para tÔda fÓrmula a [
1w
tem-se que "la na o e teorema do cálculocw.
Demonstração
-0-=<A,
:.=,?,/\,v,
1,17
e as relações ~, :> , A,v
(ver Fig.(3)):b
-
al
-l
bi ~ b. J para todo Consideremos , onde A = a álgebra{a
1} U \bi} definidas como i ' j CuJ HN segueA
v
t/l(a1,bi) 1\(bi,bi){v
(a1 ,a1) V(a 1,bi) a' ~ b1 1 b' ~ "1 1 bi_+l ~ ~ 1\(bi,al) ~ b. para J ~ "1 ~ V(bi,al) ~ b1=:>!a. ..
,li>.J
• J-=
a par·a l ~ 1\(al,al) ~ "1 para todo i, j ~ V(bi,bj)=
b. para Ji,j
para todo i, j i b, para i=l,2, •.. 1 {b1' b2'''ó'
bn' . . . } Fig. (3) todo todoMostremos que dada uma fÓrmula a b.
1
w existe uma avaliaçâo v :P w - -
A tal quei
Com efeito, isto se verifica para as fÓrmu~ las atÔmicas (de comprimento zero), Vejamos que se
37
tal afirmativa
é
válida para as fÓrmulas de comprime~ to ..:::: n , entãoé
válida também pâra as fÓrmulas de comprimento n+l.Seja a
'!...;
de comprimento n+l. então, que a e de uma das seguintes formas: '1º) a=bAc 2Q) a"' bvc
3Q) a = b :> c
4Q) a = i h
Tem-se,
Como nossa afirmativa
é
válida para as fÓrmu las de comprimento off n , seja v(b) = v(c) = bk. É imediato, então, que v(a) = bk no primeiro, segundo e terceiro casos. Por outro lado, se v(b) ~ bk+lentão v(a) ::: v(jb) = bk .
demonstração.
Hiper-reticulados Cw .
Definição 2.1. Seja .(A,
-G-)
um sistema qu~ se ordenado (i. e., AJ
0
e ~ reflexiva e transitiva). Notaremos por a~ b o conjunto de todos os Ínfimos do par (a, b) 6- A xA, e por a 'V b o conjunto de to-dos os supremos do mesmo par. Dizemos que o sistema<A,
:!f)
é
um
hiper-reticulado (abreviadamente h-re-ticulado) see .Ó. a b1-
0
1-
a'V
b para todo a,b GA.Os h-reticulados podem ser caracterizados co
mo um sistema junto
A
ft
~"P(A) -
{~}
'<A,Ó., \] : ) , constituÍdo por um con e duas aplicações Ó e \] de A X A em satisfazendo as seguintes condições, quaisquer que sejam a,b,c EA
IH) aVb==b'Va1 H2) x !S a 'i/ b e y 6 b <:1 c ~ x V c "" a V y, H3) xfaAb~ a~aVx, Hl *) a A b
=
b 4 a, H2*) xéa.âb e yG.bAc~x/J.c=aAy, H3*) x t. a Vb ~ a €. a J).x (ver [10])Com isto queremos dizer que se <A, il,
"'>
e um sistema satisfazendo as condiçOes Hl-·H3*, entào as seguintes afirmaçOes são verdadeiras:40
lQ) aE.atl.b see béaVb para todo a,b6.A. 2Q) Definindo-se em A a relação a ~h see a E a 1l b, tem-se que ~
é
uma quaSe ordem e a b b(resp. a V b) o conjunto dos Ínfimos (resp. supremos) dos elementos a,b GA.
Notação: Seja <A,
fi:>
um sistema quase ord~ nado, X, Y partes de A, e x €. A. Usaremos a expre~sao X<:Y como abreviatura da seguinte sentença: "P!!-. r a todo xt:.X e
Y6Y
tem-se que X ~yl1 • No casode ser X =
{x}
'
escreveremos, simplesmente, X ~Y.Faremos, também, uso da
notação
"dual" X~ Y.Se o conjunto 1 = {a f A: fÔr na o vazio, então o denominaremos de Último elemento de (A, ~). "Dual mente", definimos o primeiro elemen-to O de
Definição 2.2. Um h-reticulado implicativo
(A' A
Iv
j t>>
é
caçiiol> de AXA
um h-reticulado munido de uma apl! em
P
(A) -{%}
1 satisfazendo asseguirttes condiçÕes1 quaisquer que sejam a,b9c EA:
11) x bat> b - - 3 > a.Õx ~b
12) a.Dc~b ac~at> b
I 3) x€.at;>b e y
=.
x (onde y - x significa que X$ y e y~ x),•
'
Definição 2.3.
Um h-reticulado Cw , e um h-reticulado <(A, A , V ,t-o , '"/
provido de um oper~ dor ' · A~A, satisfazendo as condições seguintes:a'Va'==l e a11~
a,
qualquer que seja a € A.
Podemos traduzir convenientemente algumas das noções do CapÍtulo I, sÔbre reticulado (de Curry), para a linguagem dos hiper~reticulados, mantendo ain-da válidos os resultados demonstrados. Contudo, isto não será feito aqui. Limitaremos nosso estudo
à
aná-lise das relações que existem entre êste tipo de es-trutura e as álgebras C.j.Comecemos por observar que se
Ú.::::<A,:,?,A,V,
11>
e uma álgebra Cv, então notando-se por
a ' a classe dos elementos de equivalentes a a e definindo-se as aplicações ~/l ,
V
como segue:r>,A,V
AxA
f'
(A)-
{~}
(a,b) ~ a 1\ b , (a,b) ~ a 1/ b ,(a 1 b)
---
a::>b ,tem-se que o sistema
<A,
t::-,A ,
V ,
e um'
A
h· -·reticulado Cw A Tal h-reticulado C...., sera denotado
42
(A, t7,
/J.,
V,
1> , podemos (com o auxilio do axio ma da escolha) associar a êle uma álgebra Cw1) , pondo-se:
1 Q) a
=
b se e a$ b e b ~a;2Q) para cada par de objetos _a,b6A:
30) a~bE.at>b, aJ\bE.aâb, avb~a'9'b; o prÓprio operador ' 40) l e . l .
Desta forma podemos dizer, a grosso modo,que os h-reticulados Cw provêm das álgebras
C..v,
conside rando-se irrelevante a particular escolha do valor atribuÍdo ao elemento a OC b na classe~
(on-deex
repr·esenta .1\ ,v
ou ::;, ) . Isto nos parece, de certa forma, natural, uma vez que e precisamente esta.
idéia que no caso do cálculo proposicional clássico nos leva a identificar as fórmulas de uma mesma elas se, quando passamosà
álgebra quociente, Infel izmen·-te, o mesmo nao pode ser feito em nosso caso, devido.
O estudo das álgebras Cw , apresentado no CapÍtulo I,
é
a nosso ver, ainda bastante incompleto, tanto como estudo algébrico destas estruturas em si, pois, por exemplo, a noção de sub-álgebra e suas rela çÕes com as imagens homomorfas nâo foram abordadas; bem como1 no que diz respeito às aplicações aocálcu-lo CIV. Seria interessante, por exemplo, obtermos u-ma álgebra C..; , O. 1 a qual nos fornecesse um método
efetivo de decidir se uma fÓrmula
é
ou não teorema do cálculo Cw,No Capitulo 11, o caráter inicial do nosso estudo torna-se ainda mais visÍvel. Pr~ticamente ne-nhum resultado foi apresentado a respeito dos h-reti-cu lados Cu), É claro que, como dissemos, algumas das reaçoes e resulta dos concernentes às álgebras C
v,
e!. tendeu-se de modo Óbvio para a linguagem dos h··retic~ lados C....> • Contudo, o conceito de morfismo e os re-sultados que envolvem tal noção devem ser melhor estu dados. Se quisermos, por exemplo, obter um resultado análogo,ao1lr1c.,1l
Teorema lo lO", para o h-reticulado CvJ mantendo a idéia subjacente ao conceito de
11li"Vre gerado", somos levados a introduzir' o confeito
de hiper-categoria. Infelizmente, toào éste estudo esta alnda em fase de elaboraçio, o que nos 1.mpossib~ lita de os apresentar no momen"too
44
Finalmente, gostaríamos de concluir êste tra balho dizendo que ao nosso ver a teoria dos sistemas formais inconsistentes não se prende Unicamente a ' análise de certos tipos de paradoxos, mas, tem seu interêsse justificado devido principalmente aos se-guintes f a tos:
lº) De que o estudo dêstes sistemas nos
for-nece informações a respeito dos prÓprios sistemas for
mais consistentes.
2Q) De estarmos certos de que tais sistemas nos fornecem um nôvo enfoque
à
teoria dos "fuzzy sets'' e da "lÓgica dos conceitos imprecisos". (Cfr.[7]
e[13] .)
3Q) Da algebrização dos mesmos nos levar a consideração dos hiper-sistemas.
Curry, H.B.
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