... • •. 1· .:r:'·'�·-�· ,-.· .. •• ,· - ·' ':..· "'·'···:-. .
O PROBLEMA DO NORTE
C*f
. . ... ,'it:,'São bem conhecidos os tremendos effeitos das cri ses climatericas no nordéste brasilei1�o; ·causados pelas. prolongadas .estiagens e pela superàbundan0Í<i de c�u vas, que formam algumas vezes t.orrentes devastado ras. São
contrastes climatericos
extraordina.rios. · ..�<'l'orrados ou atolados» tal é a
sit
;u
aç
ü.o, resumida pelo proverbio popular, nos Estado8 de qne nos vamos o��cupar; por occasião da!> �seccas» edos
«invl')rno::n> . . Não necessitamos, port
anto, para most.rar a importaucia do assnmpto, repetir
aqui
as contristadoras de�.-··· uripções do que teem soffrido as popula'ções do extremo. uor
dést
e, já por outrosfeiLas em e
mocinante
:; pá.ginas de exceller}te littemtura, abrange11do o largo periodo
de
proximamente duzentos annos.'l'ambem não
t=\
necess
ario
estudaro m
omen
to
so
problema do nordéste pelo lad(, economico, como fize-' ram outros, parft. evidencíar o:s altos algarismos quere-· · presentam osp
re
j
uíz
os
sociaes e ma.í;eriaes, 0 para demon
st
ra.r quenão é esteril
a zona a mel.l1onir. Taes calcnlos eucontram-:se em patrioticos discursos feitos no·Oongre.:;so. .
F
i
nalmente, �éria descabi
cbt
aqui· a critica do proc:ediment,o dos
governos brn.sileiro::;, colonial �l imperial e republicano, para tornarclnro
qne·aind::t
ufi,n se proutn·on
n�sol.ver
scieu titicatcell
Le opr
o
blemn
.
ela� secca::; Por eruqtmnto, as iutervellÇ�ões goven1anw1ltae;,; não es-··�'''l Este nrtig·o ,·, cxtl'ahirln
do
•Jornnl doOommercio�,
•. !tio, n.0 7u de ll de Março de 1\!07 .. , .
. ..
-!::,.... '�"· ••
121
. no cari:dnho :coiweniente,;. pouco· teem apto o :ao melhoriúnento
\la:s
tenas parahybanfl . .s,rio-es· e cearenses. . '!.
ontam llllS COriJ.O cauSai dO. treme�do phenomeno . ,:..,.... "o ll}achado ,, e isso desd�> os tempos coloniaes: ·procuram nas Fituações reciprocas do
Sol,
da ela Terra e t.am_bem nos aspe<.:tos dos dous primei·...
.
'
,, ,,.
corpos celestes,- a origem das prolongadas' estiagens. (,
.
estes deq
U:e a.s' c�:�. usas cosmi c as produzem ·"
generalizados, devendo as accentuadas � loc:aes ter'. causas terrenas. Outros, finalmente, e
estes t.at;nbem. pensamos, veem no flagello o
effei-a: concurren:cia. ele tres . factores· geo-physicos :
·
1)
· topographico. '2)
geologiqo. ..
.·
3
}
,
climat_ologico..
. . ·
.
'
-
E nas·
moÇiificações possíveis .. destes tres factores. ., >4, .. ,
· · · os recursos ele' quA a engenharia pócle
lan--�para niélhoiar as terras
·
do
nordést_e. ..··�
· ·'";..
;;· ··":.. .·
o si
tode tã()
importa.nte e.eomple,!
9.: prob.le-':, · .·
:., ..•. ··..
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.ai.hd�
:n,ã
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. eno em �el1S· V[tilüs,aspectos;,_de_.!J.l.cidor.::.a assen� •• �: " ·''· · ·,
.,. ..bases-· seguras ,os prOJeCtOS . de melhoramentos: · .
. operiúlo.
lÚn
poqcp á averitura. _qiJa#t?,á
riàtu.:··.
· propotço�s. e 'á're�isterrcia da,s
·
o.h:pis ·""'"''"·"a""·",· .· ag�uamentq, ··.<lne
·
,é
a: .providericia-!nãi ' ..
·. tre·os �çu�és :encontram-se� alguns in::s. :uu1v1eu.7:. ·
dérnasiàdó grandes À:wesíii6 · �nuteis': ... ,·uu,,, .•.
:l::s.tulJcvl<tlll'l:J. a !le resi�teiwüt «estci�,tâtii»; .
sue ai lidá . ·: d . Governo ·:Federal
'
e''
p�rà
i�formaí . aos .�;;···
··m�·Vl•r•�... · ··e�'�i�
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:
augmentar.� lhes.os
.
eff&itósJ)r�·
evll·.a-::se . ..
I
�
Or
exemplo�l�rn;-grandeaÇ
u
de
.
éoJ46
· exécntfbse e§sé bello 'tr�bàtho; cüjô
···, .. : . -� •, . � . '·"'�!" . -�,:. ). � . ·� : .. ,' ..
.
122
;
'de
�
de 1900; põe-se em-duviqa· �ma 'utilida-de e'bem .as-.sim. .a ·dos respectivos canaes de irriga.çào. E' que 0s
dados de observação, por insu:fficientes, não vermittt:)m '
a�p.da exaetas. previsões E\ razoa veis projectos. . · · .;;::
··
Entretanto, se os esforço:> dos Governos imperial
e republicano tivessem tido a necessaria. continuidade
e tivessem sido e
m
preg
ad
o::: com
mais previclencia, · te ria a administração actualmente conhecimento n;ais exacto
do ph8norneuo, ed
e modo t� poder dar combatesys
tem
atico e
seguro aos effeito:::� da, seeca110 ncràéste.
.
Nem de
leve seacha ainda.
esboç
adaa
geo
gr
aph
ia
physicu, do.s tres Estados mais intensamente flagellados. Não se conhece, portanto, su:fficientemente, o que.
·
se
,.
pi:tsSrL no ar <-1 na terra, asmtHlarH(fiS
que se dü.o con tinnam<mLe em seus elemenlos .11em ns stll18 relações re· ciproea.s.O
phe
uomeno
principal, queé a al>:,;orp\·ào do
ar i>elD evaporação e a restitui(_:üo deile pala. condensa t;ào, nüoé
sn:fncientemenl<-J conhecido. Entre o;,< eng<> nheiros nutis reputados esLa.l>E�lecern-seainda
curiosas·contr'oversias·. ·
Uns
:;uppüem
afLbsorp\�ão
do ar túo grande queo
tt9ude do
<tuixada por pouco te
mpomanter-se
hia cheio depois de nm inverno int.euso como o d••1899. Outros
exaggerarn a resLituiçãodo
a.r;nã.o estudam o e
spaç
a·
· mentodas
chuvas,levando
em· conta que as-pesadas e successiyas-sào as propicias pam--'fn:-�er agua--e as levese
di vididas-ma.is adaptadas ás necf\ssiclaçles da lavoura. Umas sãomais
raras, outra:,; mais frequentes. Estes <1rlmin.Jn-se de ver vasio o grande aç;ude; pensam qne a sit
uaçã
o a..:t.ualé
devidaá
di3tribuição auormal das chuvas e fluppõem que norma.J
mente as·chuvas
pesadas--sãonmis
frequentes .eits-leves:--u
.
m
pouco ·mellos. São affirmu.ç�õesque
car
ecem de confir mação experimental.P
inalmente, algnris acreditam, qow certo fundamento, que grande parte da agua ab.sorvic!a ·pelo ar em terriLorio ce.arense <? rio-grandense
vá ·
ter, levada pel�s correntes aereas; ao Piauhy, a GoytJz,ao
.
A
mazonas.·
-
·o
e3tudo da circulaçtio da.agua entt;e a terra a o .;,. ··,·. �
·.
,_ '':: .,.,_ ...
.
. . -�· .. ·· . . ··. , . . ..
. . . . te ;
�
à''kÓna.
que
:
estâmos·· ·estu;··"''�'""J"·'-'·«-..
.A vida do
sE
stado
s.'·
L·
· "'� ·· . . .la dó o estt1do do só lo act,Ia-se apeiias·
\ra-
·boçado. Não se ;tem, por assim dizer, balan
o. a. circulação das aguas subt.et'raileas, quer. as que
:
á
.
superfície, quet\ ·as que demandam; para '•serem ·escavações mais ou menos profundas. Os
phe-v".""'v"'. que se
dã
o ·entre o are
at
err
adive
r
sifica.m-se,
·
é
esta arenosa, secca ou permeavel. e· argilosa, a ou impermeavel. Os açudes, que seriam indica n�sse caso, não à seriam no · c·u tro. Sendoimper-vel o sólo, . tratando-se de rochas argilosas, 'o' regi"
'eli ,t0rrencial se manifesta mesmo em regiões po
u
co.,u·u>LlOJ'-'�"'"'"""· O facto de-seccarern os rios da zona fia
a estiagem �•)stra que elles
vivem d
as de chuva�, por um lado e por outroqué
suasnas-são pouco profnndàs. .
·
As
ligeiras idé
as
que ha sobre as formações· geolo· icas .eloC
eará
e da, Par
ahy
ba são de origêm extrangeide
vid
as a.
Gard
ner, \Villiamson, Agássis -e outrosrrries são devidos ás contl'ibnições brasileiras dos Capanema e Silv·a Coutinho.
Em su
as excursões.
estes nltimos exploradores G enc
o
ntro doseis, qu� levaram Agassis a classificar a formaçào . bras
i
leir
a .. Não encontraram
ell
es,porém
:
,
os restos de penede
greda de que falla. Gardner, e sim tabatinga outo
de
aluminium. Finalmente, confirmam os dons.. brasileiros a grande formação de grezes
,é· a ação cretact�a fossilifera. O problema geologi
cci achtt-sB quasi em a
b
erto; entretanto) a coJtt,ribuição· ue sua solução viria tmzer seria de grande
importan-. p�ra o estudo do relevo do sólo e suas modifica
Ções: a:; grandes differenças da superfície de um paiz .,
··'dependem, coms
se sabe,
das
differenças entre as pedraso*' ,_rochas.
·. ).
;•,."·
. �- : �.,.: -, .
:
.'-124 '
H.EVIS'fA ·---�. --- ---·---'-·---�-- ----·. ---'--- ---..---' províncias,. não encontrararh onde brecar com'vantage.m_, p,ara obter agua esguichanLe ..No
Arari
pe hS camadas . impermeaveis são elevadas e horizontaes; as. d&.Serra·
Grande ou da Ibiapaba metgulham para o Pianhy, on,. de se poderia talvez com vantagem perfurar poços
ar:-tesiailos. ·
,
O relevo do sólo nos tre;;; Estados acha-.se
aind�
mu
differenças
i
to
imperfeitamente conheciO.o.Ora,
sabe-se que a::;de climá não depeúdern sómen te da ri
que��
em vapor dàgua
das
correntes e doresfi·iarnento·L}Uan-clo en). c011tact
o
eom as 11w
nta
nh
as
. Ç}rande·· parte do·effeito
dé
·
restituiç.ã.o é devido·
ao
proprio relevo e aotrabalho que o ar é
obt·igaclo a
executar. paraga]gar
as mont'lnhas que lhe� tolbem. a passagem. Assim, o 1ret\',. vo do sólo não .modifica,- somente as correntes de ar,_influe de fórma no1.avel sob a quantidade rias chuvas. ·
·E'. verdade que na zona equatorial, e, portanto,
no�
·
nossos s8rt0es·do nordéste;- ns grandes corrente:-> atmos"
phericas são desesperadora.mente llvnst:antes e quasi in:
dependentes da distribuição das
tt:•rTas,
As correntes d�ar são tão poderosas que subrnettem ao i·egimen 'dos·
.�
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factoi'e
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·Davis,·· asseguramq
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o� ventos; prinópa.lrn.ent<:· 'suas di1·ê·•· '
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J
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determinall):C �.m gt:ande parte os
c.limafi'r
. • :: .' '�' -E'hl1Ôqntesta vel à it1:fluencia
df!.
,vegetaçã.o :s ...
a
ternperatm'à e a'Inunidade tocaes, .tÚ>bretudo noi11
.
· . rior. Nos,. <1ertoes mais elevados, em
Quixeramobim,
,.
,. ··
. .····t. · ' . • l ,. . . . ·· .. :.temperatura e: ,. Y, .. • • .. ·.i\1axima..2a3o,G .
.. �,.
Minim
.
a·
-·21'.
·
019
..
Média·-29 q,3
.. ·Nos sertOes de i1tattas, no
Crato, é:
' ·
Maxima-32.0,3.
Minima--�3.o,5.
Média.-28 o,O.
.•. . ' .ií:'.:;. ,. �-...
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1
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·cún�JNsm
·
�·
125
'
:==--'---"---L�---�---�--- ---,-'---_-· ---;Em ralaçi:ic:,
p
orém, nos grandBs effeitos naturaes, nfluencia. da -veg·etação, como a dos lngol'l. e dos rio�, . ouco ·sensível, nào .podendo mesmo -ser apreciac!'a· instn:iment:os met.eorologicos. Confirmam esta ver- .:,
.as seccas na beira do rio
S.
Franciseo, onde asc�Jhem mais em terrns altas, ·a 100 kilométros
ina!llP.nte
dns
margens dos rios.As
florestas abaixam a.t
emp
erat1úa do solo·; sema temperatura. elevar-se-hitt a
GO
grá
os e mesmo a·
do obstaculo aos movimentos do ar, são ellas
'to regul!1dvras. Mas, para o plantio
de
arvore..- .inclispensavel, corno preliminar, oa.guamen
t
o. As.manteem e melhoram os ma.nanciaes: Rão con
uenu.ta ... e não causa do a.guamento:
_._._,v"''�." condi
ç
ões, o plantio de arvoredos na zona·
·p1�odltzi.ria
,
effeito semelhante ao dos açudes,rÍ1ais�att.enuad,o: mf:lri:unente lvcal, t�m nada influ bre: .o e_stado geral da atmosphera; porém
cons-··-� I
' .
·.-. "" . refugi os de grande valor nas crises cálidas e.
mezes. ele Setembro,
O
utu
bro e _Nove
mbro,.teR,
os. mais st=>ccose
os.· maís ventjládos.ôs .conhecedores,,nas serras de Marangua- •·
-
�-
:
.: Baturité;
l].rubôretama-
e Meruoca, .seriá , , •··
redüs.
Nas baixadas.·e mesmo em; ·. ...
r.1·�u:i:i-l��i>.i\mo, o Qufxâdá, Quixéramobil!l,
etc�
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.. ·os · seUs ben·eficos effei
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·Iocaes:.,.''"'-1' .. ,;
:
:-:,,. . . . . . . . .· . . . . :·· ' .,., ...•. �- ..
s-rião attemua de • ,_ ' "'niodo sensivel• � ., 1: ·;' .;:.:•·,.'i\;",,:··'
,
J:
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os obse
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es,
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ulg
an�
os
que
�:Seria · qe
:
·
al_gqma
util
.id
ad�.
dizer sci.bre a
mataria.
Poi·niais
0pti�uista
qu'e se seja
, pormais
enthnsias
ta que se venha
da contAmplação da.sma
ra
vi
lhas
que se tem conseguido
na
zo
na<'n:ida ame
ric
an
a, não sepóde
affirmarque seja
poBsi
'
vel t
ran
sf
orm
ar,p
or m
eio
do
agua
men
toa
rt
ificial, os nossos sertOes do nordéste, os mais tor
tucr
ados
pe
lo calor,p
elassecca.s,
pelos ven
tos,·em.
regiõ
e
s
tftci
pro
sper
as
como asdo
EsLado
det3.
Paulo
, por exemplo,
que é
dos mais bem ag
uad
os donosso
paiz. Osgran
des
melhoramento� sã
opossíveis; p
ode
i·-se-h
a iues'
mo
evitar adesgraya da
fome e da sed
b e iambe
ma da
r
et
ira
da
·em massa para o
littoral_epara o
utl;os Estados-A lu
ta
,porém,
p.ersistirá, talvez embeneficio da.
conservaç.l'to cln.quelh1s raças forte
s
e ac
tivas,. tãouteis
aopovoamento dos
nossos s
ertõ
es.
A
oeste
daregião para.hybana, rio-grandense e
cea-·rense, ac
h
a-se o chapadão do Parnahyba; ao sulo do
S. FrancisL:o, a nordéste
o Atlantico.O c
or
a
ção da.
terra sertan�ja, quP. pedemais
prom pLosestudos
systemati c os, é, essencialmente, o Vttlle d0 ·rio
.Jagua.ribe, no Estado do Ceará, os
dos
rios Pira
nhas
eMossoró,
no E
s t1tdo
do Rio Grander:lo
Norte,
e dosrios
das
Piranhase
Sa
bug
y,
IJO Estado
da
Pa nihyba.R
epresen
taesta
áreapouco
·
mais
ou menos tr
ez
qu
in
tos ela s
u
pe
rfici
e total dos tres Estados .. Os p
ri
ncip
aes trab
alhos executados,em
proje
cto e osrecl
amados relacionam-se com azona qut:J
acabámos de ·delimitar.·Assim acontece com o aç
ude
do Quixadá, com o prnj
ecto
da
E.F. de Natal ao Ceará-mirim pro
longando-se pelos valles do
Patachoca, das Pi
ranhas,do rio
do
Peixe eSalgado a
entron
car com a E.F.
do Baturite e b•.nuassi
mcom
os princip
aes açudes re� : clamados
.Pam
sep
roceder
com seg
ura
nçanos estudos dn.
zona
mais fortementeflage
lladapelas crises
cli
ma
teá
-• cas,
de modo a
proj
ectar
obras uteis,em
j
ustas pro·porções, torna- se indispensa.vel
organizar os serviços •.f.'•
'-:'· ·' . �
: ;'• . . . . ..
grandes· fact
�
rés a· qu�
nós
re-. osaóima.
· · . · Clitnat9logico ..
·'
2
)
Topographico. ·3) G
eol
ogi
co
. . ,,A 'ulgar, com effeito, pe
l
os dados diinat.ologicbs. dos e relativos aos sertões e ao,
littoral,___:_:entre
quaes ha. em quantidade tle chuvas a d
iff
er
ençaap�
'mada de 50
por
cento, póde-se dizer que as chu. que ca:hem no solo dos tres Estados do n0rdéste
podem ser consideradas
escassasl
comparativamente ue. 'o cÁu concede ás terras áridas da America.d
oe da India. Os dons outros factores, o topogra e o geologico, concorrem, entretanto, para que a
procure,
em sua qu
asi
totalidade, o oceano .. rrorna-r;e, p_ortaiito,
necessario que
a. engenharia, queto tem feito em outros paizes em materia de irriga· procure corrigir, tr,nto quanto possivel, o tremeu mal, qufl, comtudo, raramente dura mais de dons
Parte das aguas que celeremente rlemandam o
precizam ser obrigadas a estaeionar e as
subter-. a vir
á
.. snperficie, quando a p1;essão nãoUies
p
ei;mittir esguichar naturalmente dos poços.' Sem que se conheça com exactidão su
ffi
cieu te o re· . do sólo sertanejo, o declive dos taboleiros em re
aos thalwegs e o elos rios em relação ao oceano,
· pouca consa do .que
é
possivel se poderá f11.zer .• _a' construcç�ão das repreza.s e do� açudes
preciza-se
·computar a quantidade de agua 8-
accumnlar
ecalcular
·
·
·
stenci
a dos mur·os que devem resistir áimpetuo-.
de d
as torrentes por occasiãodos
grand
es invernos,. . . . . assim as faltas e os excessos.
]�'
oque
nos-·. ···.;mostrando oempirismo, ora
p
el
os cestonr0s•,ora
. pela·s :baixas como a do açude do
·
Quixadá,q
úe até hojerecebeu mais de Um terço ele S\18, Capacidade.
zonas em ... . � -� .. ., ··.,;: ---
---.,
J.
( "
128
'
•
ItEVIS'1'.4.� .... .• . '.
va,s
é
sufficiente e superabund
ante;
:porérn acqrppn.nh:;da de f)eccas em que os ventos abrazadores cr't;sLam:··à.
vege'tação, a <permea.bilidade e impermeabilidade
d9 só�
lo representaril papel proeli::tinente.
A
irrigação é, comos.e sabe, o 'melhor tratamento, o
n1ais
seguro e eccino�.micó; nem, sempre, poréw,
é
pr�
ticavel. Ha teri:·asári-das em que
falta
a.gua para a ü:
rigaçã
o. . .Na
zona do nordéste seria precizo, St;Jm se 'deixardemover pelo optimisnio neúi pelo pess
i
mismo, distiri guir os· te,rrenos.que
podemser i
rrig!:J,dos dos q_ue não podem. Evitar-se-hiam assim grandes dtjcepç(>es · e concentrar,l'!e�hiam os .,es
fo
rços nâ& áreas . sus.cep'tivejs qe�:meJhoramentos-às quaes feliimente são xnuitos
exten-sas-e habitadas pela populayàO activa dos SeFtões.. .
A_ engenharia corrige os defeitos dos declives, em
�e,rreuos impermeaveis, accumuland.o
agnas
para a lavou:•rà
e
para o_gado ;·con:;,truindo represas'e a<;mdes, etàm�.·
bem' construindo reservatorios cobertos para conserva-.
ç.ão .'da aguá pe.ra beber durante longos· períodos. Ha
casos em qu� s0. torna necessario elevar
aguas
fJ ue cor:rem em niveis baixos,
por
meio de bombas, para o be;nefícia;Inento. de terras mais _altas. ·Para_ isso. -a· · · ·
logia�eia topog'raphía, em· planta e.Qi:v:efáin'ento,
fornece1; os dados indispeúsaveis.. .... · · ·. ,
• ·c- · -·
Q
uant
oás
fontes .-arfesiâi1as eâos
poços;O
,_,,,.,,.,H,L· . .· ,, . ·.� ge.olpgieo dará as informações preoiz<ls. São estudos.·
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e. calçula(\os, ·l),�o ,
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:_ · • ·. -NãÓ··l:Jas,t�ria, entr�tanto, pará "dàraQ
estudo! .· .•
:
' ' ··· .. ,. ;problema do porte orunho
seiímtifico, que a ·zona ser-.,•itfi"
.,- . <�.;tánej�t- fosse . visitad�
sóme11
��
.·P.e�� t.opograph_o e pelo.;.;
,
;:
�
· ,g13ologo; sena,dambein necess.ano qJle;o agronomoticb', hapituado ao
trabalho
_em ,ZOrH\,S �ridas·, viessecoinpleti1y-lhés' os vistos .. Qom effeito; .t
o
qj
a-se
indisp�n".-·
-.�
, .
,, i''·
' .. .;. . .i;f. ... · .... .. ' . � . DA · ACADE!vl!A CEARE:NSE ·' .
'
129
�- . . . .savel examinar a. miseria da
.
veg
etação dos ta
boléirosdo
ilor
d
ésb3,
estudaros
meios·do plantio de a
rvored
os, como agentel
o
ca
lpara a
_
m
odifica
çã
oda humidade
do:sólo, cNja
eva
sãoi
mp
ede, clent.ro
de
cer
tos limite
s.Nos terrenos
e
mque
a
irr
igaçâ
ofosse insu:fficien
te,
aconselharia o agronomoa
melhor
ma
neira de ope'rar, trabalhando a terra
de
modo
a modi
fica
r-lh
e
a permeabilidade e
impermeabilidade
pelos processos mais. praticas ein
nosso meio
brasileiro.T
ratari
a
de
resol.
ver
oproblema
da
producç
ã
oem
la
rg
a escala e da con.. , ... t�erva()ão .das f0rra.gens, que são de excellente
q
u
alid
a. ,de·1w·
n
o
rdéste
, e ta
.mbem d'os cere
ae
s,que
são all
i ata;cados
p
elos bichos. E' oque
se faz na::> zonas flagella.. .
:
dA:� pelo
frio e pela
secca
em outros paizes:armaze-. . ·
e conse
r
vio1.m
-se
eflreaes e
forragens
parao
con-.
••
.
od
uran
te as prolongadas ci-ises climatericas.· ,,. A organizaçfw
de uma
com
missãode estudo� nas
que indicamos
não seria
-
novidade em
nosso paiz.
. 1858
foiorganizada pelo Governo
I
mperial
umascientifica para
ex
plo
rar o
interior de
::tlg
uncias menos conhecidàs do<· Imperi'o,
a
come-. do·
Ceará.
·mararrr parte n�sta commissão, entre outro!3:
.�Dr.·
F.
Freire Allemão, hotanico.,l)r,
,.
,
G,· S. Capa:nema, 'geologo.J,
'
'
l
l,tl.
Silva. Coutinho,g
e
olog
o
.
G. Raj�{ ·Gab
ag
l
ia
, topographo. _·A.· Victor
Borja Castro,
to:r
og
ra
ph
o./i..
üónçalvEÍs Dias,. et'Q.nogtaph_o ..·-:.,.
cominissão, eom attribuiÇÕes po'
r
demais
.
am�
v
i
da
. ac
ci
den
ta
d:i e-
lutou·
sobretudo. com a ·':;:
·
:
.
,:., ..
i·ecúrsos. Devido a um
naufragio
.
da
"
Granja
""Fortaleza, per
d
eram-setodos
os documentos,in-
·'
i
·:-'·'
·v.e
·
grande cópia
de
elementos astronomicos e
to�hicos· do Dr.
R.aja
Ga
bag
lia e geólogicos eag
ro.''""·�·�•n"
do Dr. Ca.panerna.
Exploraram bastante, cada ·d
a commissão; . ... . · .. � . ' o"J-·' ·
..
�
, ,
iÓ
�rí.stiÚiê .ess� c��
@isilãó'· s'Ciétitific�
:· um· exem�;f
odigrio de s�r completáâó
;
foi 1 urü erisàio qüe nos legou:� 'erisii:iiüni:lhtos pra
t
icoii,".
os
q·u,�es deveriU;m agora ·seraproveitados, quaiito .. á limit.a
Ç
ào necessaria ·do�a,mpd
,
de'
acção
'
,
aos recursos indispensa.veis e ao met
hod
ó de .... traoálho em ma teria· de tal na.turézfi.
• .
.
A
impressào que d8ix'ou em . tantos eng
enheii;osdistinctos a viagem ao Ceúá, quanto á utilidade dos·
·
·;estt:úlos · system
a
t
icos nazomt
torturada. pelas seccas, .foi ' tal' que disse ·o
Di·:
Raj a Gaba.gliá : .«'l'ive de' deixar. de parte,-por falta de recurso e .
. de tni.rispor
t
e,
o estüdo minucioso dos rios, estudó- ess� que deveria nmnir o. complexo dos eleai'3ntos necessa� rios para se resolv·er a qnestfú.) das t:;ecccts, o. que nofuturo pouparia não peque11as sommas ao Estado » .. .
Os acon
t
ecimentos post<:niores teem confirmado por completo o pensar do illustre tnpographo e as
tronomo .Pói"
outro lado,
oDr. G. C
apa
.nema
, quea
indavive, diZia em suas notas escriptas em
1868 :
·«A explora
ç
ão ·minuciosadas
serras trar.á resulta-·dos de
gran'dealcance pratico
para od
esenvolvinien!o
do commercio .e industria na provineiado
Ceara, e creai;á recursos que possam contribn'irp
oderosame
ntepara
annullar os máos eft'e
it
os
das seccasi
nevit
avis .Pará executar essa exploração não ha neces
s
ida.d e · d� avultado pess·oal ; póde mesmO ser feito o estndo geo
lógi co com os tra'balhostopographicos
que ainda restam.pot f
az
er » . .. ·.
Para que· innovar em trabalhos
de
tanta relevan-.cia;
q
ua
ncl
o temos a experienci'a erú nos se, pa.iz ? 'l'orüemós O ca
m
inho indicadopelos
nossosho.rnens
de scien·cia cuj o mer
i
tonüo é
inferiocao d os extrangeiros ; atàquemos o e
s
t�
1cloda
zon:fl. flagellacl a a come\
;arpelo
coraeào do sertão do nordést.e. Assi m se entrai·
á
no ca- ·minl
L
o do bom senso e poderào ser seguidas as indica-.ções da sci6i1cia, a qual não é mais
cln'
queu pro
lon-gameri to delle. ·
.
. �<'l'eri'âs ·sem. chúvas pouqo valem>�. Valori :.�\:3mos, pois, as do nórdéste, ·medi�nte a irrigação,:.
nas z
ona
s�. ·' · .,. . :..,. -�- .!
1'.· '
-�·;_ ,:;.·1 .. ... ' ·� ' . ... . · . f . ·'· ... ' .. . )··':._'·;
J;'rqximi:pnente dpus 1niJh9es de, habipanL
�
s. come,(;ll;ll .. . tres. '$§ltaP,os. do 11ô:r:çiéste,:·,clJja ár,e,a to·tal é·. de.,2,q,6.500
. .. . ·. , s �- q�!'\dra,d.()s ...
o
.
,cor
açã
o. ·.�er�a��jo . que . ,�t;�li� .. ;s acMna tem, o�rcà de
_
15
,
Q.000
lnlc?
!lletrosqifa-, 1'1 '"" r1 '"'
' �
-. '
., .,\.
· ..
os tra:qa�lws. topcig,rf!.phico� se __ p
q
d,�
ria ��:dopta:r a , * · ·de. um centime,tro por , kilçnnetro, de f�:rma· que · '
metros no · terreno ,cÇJrrespond
�
ria _um. qu�trto deo .nas p]_\}:J?:�as. · .
. e�p��a . p�rm�.tte figup.r de . . modo ,�;;uf:B:c,iente
, . d o .r�levo .
P
.
�ra o
,pr
oj
eC}
tO
. do eC!njuJ;lt?. de . . hydr:a1-1hcas, .�e e:st.ra,?:as equt
ros . . So.bre as pJan-··
.•
topographicas seriam :f'eitas as indicações .geologi
-a· a g�onomicas. . · ·
· · · ·
.. SegundO a experiencia . ,minflira,
a t
op
.9
gni
phia,
. e c
l
imatologi
a, em terrenos accidentados, cns kilometroq
uadr
ado, lfwantado e impresso,. Ora, a marcha do le.vaq.tamento seria mais
ee-'nos Estados do nordéste que em Minas, pois o ter� •
.
é
co,mplet.ament,e varado. em todos os se1itidospe-. activos sertanejos, talvez em procura
de
terras mei�guadas para seus trabalhos agrícolas e
de
cria-� ,Accresce. que os troncos de sen•a são implantados . ·
o ilhas no sertão e.teem ·composi ção quasi identica,
muito facil1ta as explorações. Por
outr�� lado,
e as enormes hlluviões, como, por e;{.emplo,
·Jagnaribe, que vem depositando por muitas
le-_os detri tos do Araripe, levantando
o
ter:r:eh,oc
on_velmente ; ' as planícies, a perder de vista, são co
de carnaúba. 'l'aes aspectos ap1:esentani tambem
e: á ''-:"' - . •��t
:.!1-·:,:
·-·:.·· ..';
... ; , '::r . .,. · . . ·r, '· :-' :-' t • , .... -l .;. -: .;-· ' >... 'i/, ' ·:.:._."-· .:-···· . , >· · ...• ,
r
. .
i .... . � . . ·.· .· . ; . :· . .132
REVISTA ------maior celeridade e f3Xistindo hoj e · em nosso paiz apro
veita vel nucleo de topographos, com pratica adquirid a
nas commissões elo município desta Ca.pital, do Estado
de Minas e de
S. P
aul
o, � oque
muito oontrib
utl1parafacili tar a
p
atriotica empreza, - podemos calcula1{/ commargem, a despeza a fazer-se com os estudos
do
coração sertan�jo no norte, em c
e
rca. decincn mil contos.
. Nos districtos mai.8 di
ffi
cei
s deS. P
aulo, calcula-secorrentamente que dons topographos pod em produzir
:;erviço correspondente .a uma f,olha ·topographica de
30'X30' ou
�.500
kilometros quadrados proximamente,occupando-se durante a estação secca somente em tra
balhos de campo ; nos districtos .ma is faceis um so to-· ·
pographo daria conta do mesmo serviço.
· As · linhas telegraphicas que attingbm o sertão e as
proximidades d.a serra do Ara ripe, as estradas de ferro
· e outras explorações feitas, muito contribuirão para
abreviar e facilitar os ttabalhos do estudo d
o
relevodo solo . .
Organizando-se dez turmas de
�
op
ograph
os,o
trabalho 'todo estar.ia feito deú.tro de seis annos no maxi
mo; sendo a desp
éz
a annúal de oitocentos éontosap'pro-.ximadamente. · ·
Muitas dez.enàs de milhares. dé contos teem sid.
o
' ·
·
�
-·gastas;
· sem-resultados apreciav
eis, no Ceará e no· Rio'. . Grande do Norte, sobretudo por occasião' da ·gra,nde secca de
1H78 ! O beiro
stinsónos
indica que seria.nie-·•. dida de elemen�ar .previdencia procurarmos base segu
·'·
�
ra. para assentar os nosso�; ,proj
ectos, os nossos pl�;tnos·· de minoração dos soffrimentos das
p
op
ulações sertane" ·, , jás, ·por occasião das. prolongadas estiagens_ que virQ.o··ainda:
''. , ·Os trabalhos de nivelamento represen tariam pápel ·
.. importante ;. fora necessario que para. el
J
ÇJs. se voltassem, ·de modo espeeial, as vistas da comm
í
ssão, pois trata-se ·de .uma região em que os perfis dos nilles precizam
ser bem delineados. Longas linhas de nivelamento
di
recto deveriam ser corridas, deixando em pontos. con
venientes seguras refer�ncias.
· � . ' •· .... ·"'
. : . � .
.,
�� ..
.. �. ' '.' : ::.
DA ACADE�IA CEÁRENSE
133Por outro lado, os e
st
ud
os ge
ologicos comple
ta
riam as
i
ndicaçõ
esdos Drs.
Ca
pane
ma e S i lva C
outi
·, principalmente
quanto ao
val l e doJ
a
gna
ri
be, onde·mais via:jaram em companhia. de
A. G
onç
alve
s Dia�:>,
e
t
hn
ographo e secretario.,....
Os
i
llus
tre
sviajantes
obs
ervaram omovimento das
·areas na co
s
tae bem assim
o seu hwanta
mento
. Este .infiuesobre
os;w coradouros,
demodo
qne asconstrn-.
lições marit.imas
poderittm ficar innt,íl izadas, decorridoto
tempo, se nãoforem
tomada�:> as
devi<:las cante. No Ceará
, dizem elle8, o
levant
ame
nt
oé
nor,avel ,
ois. perto do Aqniraz o mar recuou 10 braças em 30 ailn os . Viram no Arata
nha
nm granôe pen
ed
o gi·anitico. .
·e bem
assim
em Brtturi té, cujo picomais
elevadoé
em·o das P
e
dras
; nos
errote da Itatinga e Giboia,gra.mnlar, · e no Frade do Cantagallo
alvissimo
armore. Na serra dos Guaribas, no Jaburu, na serra· Meruoca, no Crato,· no Patamute e Cachoeira, viram
_,,.. •. �----de ferro.
N as proximidades ele Quixeramobim foram vistaH
es retensões d
e sertão, l�geiramente
onduladas, for··. por vastos lagedos de gneiss, cuja tenue crosta
. . produz as pastagem;. Toda està. ·parte ·do ser- .
. não po
d
e manter .a
vegetaç
ão durante os Reisme-.. desecca, porque á no
i
te a.ir
radiaç
ão do' calor re· . · .durante o dia impêde qualquer restituição at�
· · b�rica .. O
thêtmometro
collocad
o sobre· as pedras, .·depois do sol posto, marc
a
,63 gráos ! P or occa- , chuvas a decomp<:Jsiçã.o ·pelos agentes atmos-n .. ,-,,r, . .., vem adubar essas terras, dando-lhes prodigiosaad e. .
a excursão ao Ic6 · êncontraram elles tambem o .. o'S(;leco proprio para estudos d� pastagens, for.ma
. · ... sêhistos silicnsos que se estende até a :Parahypa
; e
outra
·
ma.is ou menos contigua de schisto ,,<, .·estratificado, que apparece na
villá
d a 'l'elha,prestar a poços artesiatJO s ,· como de peneâos + . ;- ·-. ·-. . :.;., . · - - -- - - -. ; ,. � -... t •• · � _,;_::,'_:· •. '-' �;·-� ... -. •
�-�:.· .
• . ,. '' "-" ::,m·�i.ú/{'{:.::.-:�·>' ':' ��-··"'- ,:f� ·'r.l.��:r.;·�\ �<;;.'�··�;,.:,; ',•''p'r
,:�.
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dasá
·.erosão. · · !1:" ""J
I ·..
.. õ_..
viitjàntes,-: ·:Sl3g�indo pela estrada: ao·aproximar-se··:do�dc>' Çrato, di�em os illns.tre� ' Riacho· dos·•Porcos, a VI;)-.I!.
I
getaç�o muda inteiraménte de aspecto : .as .·rochaspas'-sam, ·.a ser arenosas, algumas rijas e vermelhas como ·
ij.
em Missão Velha. As agua.s alli teem ac�'.ão erosiva ad� ·:'11
· miravel: formam caldeiroea. e soca vOes' prof
und
os. ·A·: !
serra do Araripe é u�na .enorme lage de psammito, cu- ·.\li
· · jos bordos· se acham. roidos pelas aguas e pelo ten1p o;
·
I
I
I
é uma enorme esponja, que se embebe das chuvas e as • ...\
\1
dei<peia. para ·os canaes subterraneos qu8 em redor aflo
-1'11
ram
ao mesmo nível e de onde corre aguaa 2
.
6:,
tanto,1
1
1
1
no Ceará
como em Pe
rnambuco. O leito desse tronco dei\;i'.
psammito é um · càlcareo estratificad0 em lalni�as de��
parallelisrno perfeito ; e sob esse leito de calcareo acha ..l!\il
se uma camada ne schisto foliaceo muito betuminoso,!11
\
i
.
o qual não se presta a ser explorado .11
�
.
'1i\
.
Na serra do Araripe a .. erosão é altamente. ac.tiva :.I
fornece consideraveis quantidades de areia aos rios S .l
l
l
l
i
l
i
l
.'
l
Frfl.nci sco e Jagllari be,e forma
saccos e sinuosidB,desi
l
l
ll
l
,
!
quepor Loda
ft parte limitam aquella grande chapada.i
, Na serr
a do .Salgadinho, de formação granítica,encon-� !
I
·
t,
ra
ram os
observadores brazileiros restos 'de psammito,' ·1•
1
1�!
i�nal ao do Aí·aripe.P
arece
t,?sse 'f
acto deno tar que .esta�
�
l
l
i
[
chapada se es
ten
diaatÁ
a.hi ei.1ue
ovi:dle
d
os Milagres,�.
'.
�
,
!
.
11
por onde corre o rio
dos Porcos, com quasi 20 legnas. ·'
�f
decomprimento e 1�
de largura, é um. produqtoda
ero-1
'
!
�
)
�·
sãodas
aguas, tendo todo esse material si�
o transp,or-·
'�
.
,��
�
�
:
.,i
'
i
ll
,
l
ll
:
tado pura o oceano pelo . Salgado e Jaguanbe. ·· ;>. ·-. Os
.
g
randes effeitos da erosão manif
estam
-se tam-bern no rio Piranhas, que muda de lei to por ·occa;;ião�
�
�ii
das grandes ·aguas ..!
1 Na Parahyba encontram-se formações sohi
stosas,!'
: argillosas e. silicosa::; desde o pé dà sel'ra atéQaja�ei-�·
.
·!
1
·
ras e prox.ip.1.o a Patamute. A cidade de Sou?�a, á beira�
do rio d o Peixe, está .em. bacia psammitica.1
1
·
A
'""• de .MeruDca· (�50n>.)
é
.,ma
.
rocha crystal-, ' I ' ! � 'r t ... 'f. . ... . :.., ·: ... ,,. .r. ,. . . . • .i .;:· .. �..
. 'exclukivarqente
c
om
posta
·
a
e um beÜo feldsp��de 1'osa,
·
proprio
para obras e.11!-
on
um
ent
os
.:
.
Ibiapaba,
informa.m p
or
.fi.
m os via
ja
.nt
es;�com-e de
p
sam
mi
to;
cu
j
as·ca
.
m adas
.
s
ã
o alternadas .comd13 conglomerados,
as_ quaes do lado
rlo. Geàrá rA.�m,•1·.<>.rt .. · a pr
u
mo
e m·ergnlh.am: para oladO
do·
com
suave de
c
live
_
O
cim
ent
o dessa rocha Á ar-· ·com
alguns
tr&.ços dfl oxy
d
ode fe_rro
..D
ecom
-·Se
f
aci
l
men
te.. · · "'$
e
gu
ndoG
onçal
ve
sDias,
a.f
orm
a
çã
o da lbiapaba de se muito l onge. Em·Codó encontrou elle amos-.q
ue· isso confirmam. ·Os
trabalhos
·
systematicos
d e· cl
i
ma
t
ô
lo
gi
a viriam·
t
ar osc�ados
·
já existentes,
conf
orme
reclama·m. os ,engenheiros . d o
·
Quixada
e . outros .. - prec
iz
o ·que aCom
missão, cu.ia
creaç
ãoip.di-.
s ,
m
st
it
uiss
e algurú.as estaç\ões regularesno
l'iertão,uni
carido-se com aséde,
d e rnodo· at.er-se
obo
.meteorologico dos tres
Est
ados
, como se faznos
dos
U
ni
d
os
e ::; eensaia
agc,ra no E:stado d eS.
Paulo.. • ·Diverg. em
ainda,
com certo azedume, asopiniões
'
sóbr
e
.
os effeitos da evaporaçãouo sertão
! A evapora.. çfto.resulta, couw ::;e' sabe, cht temperatura , ela
pressfto,
da
.
h
um
i
dad
e
relat·.iva eda
velo<' iclacl eelos
ventos.
Qhan
to
mais baixa é
a humidaderelativa
mais forç.a
t.e1n
aA"'' n1'"'",
ç.ãô. O
.
seueffeit.o
principalcousiste em
detera liecessidacl e
elo
augmento. Intlueh1 as a l ti t,ttdes,tlssa�
·9
a.gua, a vegetação,etc.
.
Nà:s
.Serras mais E:levad<Ls,Ibiapa.lJa
(L .020
1h .),
AraBaturité,
Maranguape
(H20. m . ) , a.-temperatura é a• ·-.;r , ' - ff' ' .• a temperatura . < .. ; . �.'
I
1
I
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... ', �· ,. .. ' ,.
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·
. .
·:·:··'· • '" . ·�� ·l: . J� , �·.: ... · .136
REVIS';J'A -- -------e afastam m---esmo
a
restituiçã-o atmospherica para pon�tos longinq uos.
T9mando-se a média de sE>is armo s , a qua
nt
.idade
de
chuva em QuixeraqJObimé
de651m;m,6,
send
o a maxi ma em1897 de
! .O'J2m/m
e a minima em1 802 de
34�m;m,9.
_ Em not.as d o Dr. Raja Ga.baglia encont.J'a-se que, em
Dezem
b
ro de1860,
em Quixeramobim, o therrnometromarcára
36'!
c. entre1 1
e3
hor
as.
Nestas cond ições oar precizaria de
40
grammas dagua por metro cu bicopara chover com qualqn'3r resfri
am
ento. Entretanto, aagua real
m
en
te existente no ar era de10
grammas ou ·.
25
por cento . Nestas cond ições seria prec
izo nm resfriantE>nto de
27o
c. para que podesse haver precipitação . .Em
out
ras
horas o therm ometro baixa a30o,
tem-' . peraturaessa
em que o arse poderia
apoderar
de 29,4 ·g
ra
rnmas dagua · Continha , porém, a penas1 5,6
ou53
por cento ; seria precizo um resfr
iam
en
to de12°
para
. ·chover.
No d eserto ela . . Lybia, u o
oasis Kafra,
a. pressão. nié.d ia dovapor
em Agosto é de8,3
m
;
m
eem
·
St:>t�mbro
,_ -de·1 0,1m;m.
S
eria.preci: w , para chover,' que a tempe� ratura ·b àixassede 30o,O
a8o,5,
isto é, de� lo;5.
No.Sahara, n o
.
oasis Kamer, a humidade· absoluta .é.
de .13,0 m;m
em Maio .-S.e
pud essemos prod
uzir frio, como � . facilmente pod emos prodnzir calor,o
bteriamos agua da· .atmosphera mesmo no dese1to. . .
' . · ..
·•
. E' um sonho pensa
1�-se.
que. os grandes �:�,çudes { · ; ''c:>"
•plantiode
a.rvoreclos, o quftl deve suc.ced�r ao aguJl:: ':''·
m
ento,
p oss'a modificar o clima donordéste,
facilita:ri '' ·. ···do. á rest
i
tuiçij,
o atm ospherica ao d_ólo·! · · · · '· · .· .�-
';,·
No
C
eara
' os aÇ
udes .não Rão'.próprios; para' � coU:� .· .�_ervação da . .agua : seriam precizos reservatórios cober-.
..·
. tos, a. construir em pontos indicados pela expeTiencÍ
a.
< . .· �endo desc.obertos os açudes absorvem muito calór, per- _
. ·\dem pela evapora:ção, infiltram e atém d�sso 'são mais ou menos entulhados pelas enxurradas.
• J� �m Junho naquelh .. s púagens o arvoredo despe-·
se de·. folha�, ·a veget
a
Ç
ão rasteira- secca ; o' chãodalii
, : ·
....
.
..... ,
... , .
DA ACADEMIA CEARENSE
137
em
diante
fica expu:;toao
sol ard en t<� ::;ema.nas e mezesconseeut i vo � . "'
Com o trabalho
rnethodieo, persistente, baseado nosi.nflexivei,.;
dados e alga.ri smos qnodefinem
o sólo e H.,,
,
�;,nosph•
,
,·;
·
,
.
, pódfl-se evitai:
o:; desastre.::; das seccas, afonw,
asede, o exodo do
sertü.o . Tanto ba.s
tariaparfl
.. que, eom o
::;neceder dos
anuos, o meiosertane
j
o
d onm:dést-e vies:>e
a tornar-sto nmhabitat
especin l e mesmo"feliz. · · ·
Qnem
re.Hectir sob re n.,.; concl usões d o professor .Juliu� Hann,
de Vietma,
e'\V. l\L
Ihvis,
dos EstadosUn.id o:;, qnan t.o << ÚS especnla<;ües rrla tivas á
topographiacl ima.to \ ogí c a » n i1.o póde d eixar el e ter a niaior
fé
que,--·· dado
o bal arH,�Oque
iudi.carno:; nos deposi
tas naturaesdagua do
uord é::.;Le, na
terra e no céu do coração sertan�jo,-o Governo brasileiro conseguirá minorar a má
�o1.te
dos
q n esoffrern por
causa das ::,eccas.O
q ne prod u>� n m ul i ma seccoé
em grande part
ea.
alterayâo
pr o fnnda.da
t-.opographia. local, mudando-se·o l
ei
toelos
rios,modificflndo-se
operfil
dosvalles,
secando-se
os la.got>. -R'
o que pareceda
r-se no
nordéste brasileiro.
* * *
E'
precizo
que o to pographo, o gflologce
o agro'·nomo
praticos se
a lliem na terra sertanej a para a grande obra. pat.rio tiea.
de
arrancar. milhares de brasileirosao
.
iS soffhinen
tos atroze,:; causados pelas seccas.}t1dagar
d:ü;
eansa.s d as prolongadas . �>stiagens, preudel-as aos periodos do systema solar, é certamente util distrn.çí'1o scientifica · ·
·
Caso
se pudesse prev E>
r as
seccas com alguns me·. : '
ze� ele antecedencia., pod er-se-hifl, providenciar compfl,ra o sa.lva.mento do� homRn::; e do gado,
modo e n:nnovend
o-les
para as zonaR on hon.té que
pudessem volvRr ar)s lares.• �·I
138
REVlS'.r.A---� ---- ---·---·-
��-melhoramentos, porém, o conhecimento de taes . ean:"a
s
.nada. adiantaria , pois as acçõeB cosmictu:i t;fl,o inflexíveis .
. As providencia s pa.ra
o
ag�uun ento, quer para a lavoura, cpier para o consumo dos sertane
j
os só poderã oter em vista 6111
primeiro plano
o sól o - que' é a fontemais segura-, ·ficando em . segrindo plano - o céu
llfto só d evi
d
o ás longa� seccas, como ás irre.gnlaridades
do abastecim ento m eteorico dunlilte o ::; irp·ernos.FRANCISCO BHE.111N C: .
M. H . d n I<:scola Polyte(�hnica de S. Paulo.