ABC Cardiol
Journal of Brazilian Society of Cardiology
Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN-0066-782X
EXTRACELULAR
INTRACELULAR
HIPERTROFIA
GLOMERULAR MESANGIALEXPANSÃO INFLAMAÇÃORENAL
DRD
GLOMÉRULO
ESCLEROSE FIBROSE RENAL INFLAMAÇÃO OBESIDADE DM HIPERGLICEMIA PGA RPGA NOX PKC O2 AUTO-OXIDAÇÃO POLIOL HEXOSAMINAS DESEQUILÍBRIO REDOX TNF-α IL-1 IL-6 IL-18 MCP-1 NF-κ B PGAs NADPH EROS TGF-β PKC-α e β –O-GLaNAc SRAA TGF-β ENDOTELINAS TGF-β VEGF PAI-1 COLÁGENO
INFLAMATÓRIO METABÓLICO HEMODINÂMICO FIBRÓTICO
Figura 3 da Pág. 585. Volume Número
112
5
Maio 2019
Editor-chefe Carlos Rochitte Coeditor Internacional João Lima Editores Gláucia Moraes Ieda Jatene João Cavalcante Marcio Bittencourt Marina Okoshi Mauricio Scanavacca Paulo Jardim Pedro Lemos Ricardo Stein Tiago Senra Tirone DavidExiste alguma preocupação cardiovascular em relação ao uso de inibidores da aromatase no câncer de mama?
Readmissão hospitalar – dispositivos implantáveis Rigidez do AE e recorrência de FA: uma metanálise Stent vs. CRM: uma metanálise
Análise das coronariografias no Sul do Brasil Termorregulação em ratos hipertensos Efeitos do ER: coração e obesidade
Modulação automnômica cardíaca em câncer de mama Stents para pacientes diabéticos - REGISTRO VICTIM
* Na redução da PA quando comparado à valsartana, losartana e irbesartana. Δ Paciente hipertenso.
Material destinado exclusivamente à classe médica. BHA(131) Fevereiro/2019 - 702685
Benicar® (olmesartana medoxomila - OM), Benicar HCT® (olmesartana medoxomila - OM + hidroclorotiazida - HCT) e BenicarAnlo® (olmesartana medoxomila - OM + anlodipino - ANLO) são indicados para o
tratamento da hipertensão arterial.
Contraindicações:
hipersensibilidade aos componentes da fórmula, coadministração com alisquireno em pacientes diabéticos oudurante a gravidez. Benicar HCT
®também é contraindicado
em casos de hipersensibilidade a outros derivados da sulfonamida;em casos de insuficiência renal grave ou anúria.
BenicarAnlo® também é contraindicado emcasos de hipersensibilidade a outros medicamentos pertencentes à mesma classe do ANLO (di-hidropiridinas). Cuidados e advertências (Benicar®, Benicar HCT® e BenicarAnlo®): Gravidez: quando diagnosticada,
deve-se interromper a administração o mais rápido possível. Lactação: descontinuar a amamentação ou o uso do fármaco levando em conta a importância deste para a mãe.
Crianças
(somente Benicar
®): não deve ser
utilizado em pacientes com menos de 35 kg.
Não foi observada nenhuma diferença entre pacientes pediátricos e pacientes adultos quanto à eficácia e segurança.Benicar HCT
®e BenicarAnlo
®: não foi
estabelecida a segurança e eficácia em crianças.
Idosos (Benicar®, Benicar HCT® e BenicarAnlo®): observar as precauções e advertências mencionadas. Benicar HCT®: não pode ser descartada a maior sensibilidadede alguns indivíduos mais idosos. BenicarAnlo®: A eficácia desse medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Interações medicamentosas: no caso de Benicar
®, Benicar HCT
®e
BenicarAnlo
®,
os seguintes fármacos podem interagir com a olmesartana: alisquireno em pacientes diabéticos,anti-inflamatórios não esteroidais, fármacos que atuam sobre o sistema
renina-angioten-sina,
lítio e colesevelam.No caso de Benicar HCT
®,
podem interagir com os diuréticos tiazídicos: barbituratos ou narcóticos,antidiabéticos,
outros medicamentos anti-hipertensivos, lítio,anti-inflamatórios
não-es-teroidais,
entre outros. Interações com o álcool - Benicar® e BenicarAnlo®: não são conhecidas interações entre o medicamento e o álcool. Benicar HCT®: não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento. Interaçõescom alimentos: os medicamentos podem ser administrados com ou sem alimentos. Reações adversas da OM: tontura, enteropatia semelhante à doença celíaca, insuficiência renal aguda. Com o uso de Benicar HCT®, as reações
adversas relatadas além das já descritas para a OM foram: OM-HCT: tontura e fadiga. HCT: hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico (incluindo hiponatremia e hipopotassemia), hipercolesterolemia e hipertrigliceride-mia, gastrite , necrólise epidérmica tóxica, angeite necrosante, reações anafiláticas, anemia aplástica e câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas). Com o uso de BenicarAnlo® as reações
adversas relatadas além das já descritas para a OM, foram: OM-ANLO: hipotensão, hipotensão ortostática, rash, prurido, palpitação, aumento da frequência urinária e noctúria. ANLO: icterícia, elevação das enzimas hepáticas e ginecomastia. Os eventos adversos mais frequentes em estudos clínicos foram OM-ANLO: cefaleia, tontura, fadiga e edema. OM: tontura. ANLO: tontura, edema, palpitação e rubor facial. Posologia – Benicar®: 20 mg uma vez ao dia
como dose inicial, podendo-se aumentar a dose para 40 mg uma vez ao dia. Não é necessário ajustar a dose inicial para idosos, pacientes com insuficiência renal leve a moderada, ou com disfunção hepática leve a moderada. Pacientes com possível depleção de volume intravascular, insuficiência renal grave ou insuficiência hepática grave, iniciar o tratamento sob supervisão e considerar uma dose inicial inferior. Posologia – Benicar HCT®: Administrar 1 comprimido
uma vez ao dia a dose pode ser titulada a intervalos de 2 a 4 semanas. Posologia – BenicarAnlo®: Administrar uma vez ao dia. A dose pode ser titulada a intervalos de pelo menos duas semanas, até a dose máxima de 40/10 mg de
OM/ANLO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Informações adicionais à disposição da classe médica. Benicar®: MS – 1.0454.0172. Benicar HCT®: MS – 1.0454.0173. BenicarAnlo®: MS – 1.0454.0175. Farm. Resp.: Dr.
Eduardo Mascari Tozzi – CRF-SP nº 38.995. Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda. SAC 08000-556596.MBR_01_02_02
Referências bibliográficas: 1. Swindle JP et al. Long term clinical and economic outcomes associated with angiotensin II receptor blocker use in hypertensive patients. Curr Med Res Opin. 2011;27:1719-31. 2. Ichikawa S et al. Long-term effects of olmesartan, an Ang II receptor antagonist, on blood pressure and the renin-angiotensin-aldosterone system in hypertensive
patients. Hypertens Res. 2001;24(6):641-6. 3. Oparil S et al. Role of angiotensin receptor blockers as monotherapy in reaching blood pressure goals. Am J Hypertens. 2005;18(2 Pt 1):287-94. 4. Zannad F et al. Blood pressure-lowering efficacy of olmesartan relative to other angiotensin II receptor antagonists: an overview of randomized controlled studies. Fundam Clin Pharmacol. 2007;21(2):181-90. 5. Giles TD et al. Comparison of increasing doses of olmesartan medoxomil, losartan potassium, and valsartan in patients with essential hypertension. J Clin Hypertens (Greenwich). 2007;9(3):187-95. 6. Greathouse M. Olmesartan medoxomil combined with hydrochlorothiazide for the treatment of hypertension. Vascular Health and Risk Management. 2006;2(4):401-9. 7. Izzo JL et al. Efficacy and safety of treating stage 2 systolic hypertension with olmesartan and olmesartan/HCTZ: results of an open-label titration study. J Clin Hypertens (Greenwich). 2007;9(1):36-44 8. Gomes MA et al. Based treatment algorithm for essencial hypertension with olmesartan medoxomil. Arq Bras Cardiol. 2008;91(3):168-76, 185-93 9. Kereiakes DJ et al. The effects of an olmesartan medoxomil-based treatment algorithm on 24-hour blood pressure levels in elderly patients aged 65 and older. J Clin Hypertens (Greenwich). 2009;11(8):411-21. 10. Chrysant SG et al. The combination of olmesartan medoxomil and amlodipine besylate in controlling high blood pressure:
COACH, a randomized, double-blind, placebo-controlled, 8-week factorial effi cacy and safety study. Clin Ther. 2008;30(4):587-604. 11. Barrios V et al. Olmesartan Medoxomil plus Amlodipine Increases Efficacy in patients with Moderate-to-Severe Hypertension after Monotherapy. Clin Drug Invest. 2009;29(7):427-39. 12. Mourad JJ & Jeune SL. Effective Systolic Blood Pressure Reduction with Olmesartan Medoxomil/Amlodipine Combination Therapy. Post Hoc Analysis of Data from a Randomized, Double-Blind, Parallel-Group, Multicentre Study. Clin Drug Invest. 2009;29(6):419-425. 13. Punzi H et al. Efficacy of Amlodipine and Olmesartan Medoxomil in Hypertensive Patients With Diabetes and Obesity. J Clin Hypertens (Greenwich). 2011; 10.1111/j.1751-7176.2010.00422.x. 14. Weir MR et al. A titrate-to-goal study of switching patients uncontrolled on antihypertensive monotherapy to fi xed-dose combinations of amlodipine and olmesartan medoxomil ± hydrochlorothiazide. J Clin Hypertens (Greenwich). 2011;13(6):404-12 15. Lista de preço de medicamentos ANVISA: http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos, consultado em 21/02/2019. 16. Bulas dos produtos (Benicar®, Benicar HCT® e BenicarAnlo®).
Qual é a necessidade
do seu paciente?
ΔBenicar possui a potência
necessária para tratar
o seu paciente.
16*1-15
Δ
L I N H A A N T I - H I P E R T E N S I V A
Potência superior, para mais pacientes
*1-1630 comprimidos mg 40 30 comprimidos mg 20 30 comprimidos mg 40/25 30 comprimidos mg 40/12,5 30 comprimidos mg 20/12,5 30 comprimidos mg 40/10 30 comprimidos mg 40/5 30 comprimidos mg 20/5 C M Y CM MY CY CMY K
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 112, Nº 5, Maio 2019
Sumário - Contents
Editorial
Existe Alguma Preocupação Cardiovascular em Relação ao Uso de Inibidores da Aromatase no
Câncer de Mama?
Is There Any Cardiovascular Concern Regarding the Use of Aromatase Inhibitors in Breast Cancer?
Tatiana F. G. Galvão
...página 489
Artigo Original - Original Article
Consultas Não Programadas em Emergência após Implante de Dispositivos Cardíacos:
Comparativo entre Cardiodesfibriladores e Ressincronizadores em Seguimento Inferior a 1 Ano
Unscheduled Emergency Visits after Cardiac Devices Implantation: Comparison between Cardioverter Defibrillators and Cardiac Resynchronization Therapy Devices in less than one year of Follow Up
Stefan Warpechowski Neto, Laura Lessa Gaudie Ley, Eduardo Dytz Almeida, Marco Aurélio Lumertz Saffi, Luiza Zwan Dutra, Antonio Lessa Gaudie Ley, Roberto Tofani Sant`Anna, Gustavo Glotz de Lima, Renato Abdala Karam Kalil, Tiago Luiz Luz Leiria
...página 491
Minieditorial - Short Editorial
Consultas não Programadas em Emergência após Implante de Dispositivos Cardíacos
Unscheduled Return Visits to the Emergency Department after Cardiac Electronic Devices Implantation
Roberto Costa
...página 499
Artigo Original - Original Article
Rigidez do Átrio Esquerdo: Preditor de Recorrência de Fibrilação Atrial após Ablação por
Cateter de Radiofrequência – Revisão Sistemática e Metanálise
Left Atrial Stiffness: A Predictor of Atrial Fibrillation Recurrence after Radiofrequency Catheter Ablation - A Systematic Review and Meta-Analysis
Eduardo Thadeu de Oliveira Correia, Letícia Mara dos Santos Barbetta, Othon Moura Pereira da Silva, Evandro Tinoco Mesquita
...página 501
Minieditorial - Short Editorial
Rigidez Atrial Esquerda, Marcador de Cardiomiopatia Atrial e Fibrilação Atrial – Associações e
Preditores de Sucesso do Procedimento após Ablação por Cateter
Left Atrial Stiffness, a Marker of Atrial Cardiomyopathy, and Atrial Fibrillation – Relationships and Predictors for Procedure Success after Catheter Ablation
Tan Chen Wu
...página 509
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948
ABC Cardiol
Stent versus Coronary Artery Bypass Surgery in Multi-Vessel and Left Main Coronary Artery Disease: A Meta-Analysis of Randomized Trials with Subgroups Evaluation
Pedro José Negreiros de Andrade, João Luiz de Alencar Araripe Falcão, Breno de Alencar Araripe Falcão, Hermano Alexandre Lima Rocha
...página 511
Minieditorial - Short Editorial
Decisão Baseada em Evidências entre ICP e CRM
Evidence based decision making between PCI and CABG
Carlos Collet
...página 524
Artigo Original - Original Article
Análise do Uso dos Critérios de Indicação de Coronariografia em Dois Serviços de Cardiologia
do Sul do Brasil
Analysis of the Appropriate Use Criteria for Coronary Angiography in Two Cardiology Services of Southern Brazil
Luis Sérgio Carvalho Luciano, Roberto Léo da Silva, Ozir Miguel Londero Filho, Leandro Waldrich, Luciano Panata, Ana Paula Trombetta, Julio Cesar Preve, Tammuz Fattah, Luiz Carlos Giuliano, Luiz Eduardo Koenig São Thiago ...página 526
Minieditorial - Short Editorial
Critérios de Uso Apropriado na Angiografia Coronária em Dois Hospitais do Sul do Brasil:
“Fazendo as Coisas Certas, da Maneira Certa”
Appropriate Use Criteria for Coronary Angiography at Two Hospitals in Southern Brazil: “Doing the Right Things And Doing Things Right”
Marco A. Magalhaes e Jamil R. Cade
...página 532
Artigo Original - Original Article
Termorregulação durante o Exercício em Ratos Hipertensos: Efeitos do Treinamento Físico
Thermoregulation in Hypertensive Rats during Exercise: Effects of Physical Training
Luis Henrique Lobo Silame Gomes, Lucas Rios Drummond, Helton Oliveira Campos, Leonardo Mateus Teixeira de Rezende, Miguel Araújo Carneiro-Júnior, Alessandro Oliveira, Antônio José Natali, Thales Nicolau Prímola-Gomes ...página 534
Minieditorial - Short Editorial
Controle da Temperatura Corporal durante o Exercício Físico
Control of Body Temperature during Physical Exercise
Ricardo Luiz Damatto, Marcelo Diarcadia Mariano Cezar, Priscila Portugal dos Santos
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 112, Nº 5, Maio 2019
Artigo Original - Original Article
Exercício Resistido Modula Parâmetros de Estresse Oxidativo e Conteúdo de TNF-α no Coração
de Camundongos com Obesidade Induzida por Dieta
Resistance Exercise Modulates Oxidative Stress Parameters and TNF-α Content in the Heart of Mice with Diet-Induced Obesity
Pauline Souza Effting, Stella M. S. Brescianini, Helen R. Sorato, Bruna Barros Fernandes, Giulia dos S. Pedroso Fidelis, Paulo Roberto L. da Silva, Paulo César L. Silveira, Renata T. Nesi, Rolando B. Ceddia, Ricardo A. Pinho ...página 545
Minieditorial - Short Editorial
Efeito Cardioprotetor do Exercício Resistido na Obesidade
Cardioprotective Effects of Resistance Training on Obesity
Marcelo Diarcadia Mariano Cezar, Luana Urbano Pagan, Ricardo Luiz Damatto, Aline Lima, Mariana Janini Gomes ...página 553
Artigo Original - Original Article
Alterações na Modulação Autonômica Cardíaca em Mulheres com Câncer de Mama em Uso de
Inibidores de Aromatase e sua Relação com Variáveis Bioquímicas
Changes in Cardiac Autonomic Modulation in Women with Breast Cancer Using Aromatase Inhibitors and the Relation with Biochemical Variables
Luana Almeida Gonzaga, Thais Reis Silva de Paulo, Juliana Viezel, Laís Manata Vanzella, Ismael Forte Freitas Jr., Luiz Carlos Marques Vanderlei
...página 555
Artigo Original - Original Article
Disparidades no Uso de Stents Farmacológicos para Pacientes Diabéticos com Infarto Agudo do
Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST Assistidos na Rede Pública versus Privada
- Registro VICTIM
Disparities In The Use Of Drug-eluting Stents For Diabetic Patients With ST-elevation Acute Myocardial Infarction Assisted In the Public versus Private Network - VICTIM Register
Jussiely Cunha Oliveira, Laís Costa Souza Oliveira, Jeferson Cunha Oliveira, Ikaro Daniel de Carvalho Barreto, Marcos Antonio Almeida-Santos, Ticiane Clair Remacre Munareto Lima, Larissa Andreline Maia Arcelino, Isadora Soares Bispo Santos Silva, Antônio Carlos Sobral Sousa, José Augusto Soares Barreto-Filho
...página 564
Minieditorial - Short Editorial
Brasil: Duas Realidades para o Tratamento da Mesma Doença
Brazil: Two Realities for the Treatment of One Disease
Leonardo Guimarães e Adriano Caixeta
...página 571
Comunicação Breve - Brief Communication
Inotrópicos Intravenosos Contínuos em Unidades de Enfermaria: Expandindo o Tratamento
Além da Unidade de Terapia Intensiva Utilizando um Protocolo Orientado em Segurança
Continuous Intravenous Inotropes in Ward Units: Expanding Therapy Outside Intensive Care using a Safety-Oriented Protocol
Laura Caroline Tavares Hastenteufel, Nadine Clausell, Jeruza Lavanholi Neyeloff, Fernanda Bandeira Domingues, Larissa Gussatschenko Caballero, Eneida Rejane Rabelo da Silva, Lívia Adams Goldraich
Rayne Gomes Amorim, Glaucevane da Silva Guedes, Sandra Mary de Lima Vasconcelos, Juliana Célia de Farias Santos ...página 577
Ponto de Vista - Viewpoint
Macrófagos Residentes Orquestrando o Ritmo Cardíaco
Resident Macrophages Orchestrating Heart Rate
Diego Santos Souza, Tatiane de Oliveira Barreto, Michael Nadson Santos Santana, José Evaldo Rodrigues Menezes-Filho, Jader Santos Cruz, Carla Maria Lins de Vasconcelos
...página 588
Correlação Clínico-radiográfica - Clinicoradiological Correlation
Caso 3/2019 – Atresia Tricúspide IIB, em Evolução Natural, com 21 Anos de Idade
Case 3/2019 – Type IIB Tricuspid Atresia, in Natural Evolution, at 21 Years of Age
Edmar Atik, Alessandra Costa Barreto, Maria Angélica Binotto
...página 592
Relato de Caso - Case Report
Relato de uma Família com Síndrome Craniofrontonasal e Síndrome de Wolff-Parkinson-White:
É um Novo Achado?
Report of a Family with Craniofrontonasal Syndrome and Wolff-Parkinson-White Syndrome: Is it a New Finding?
Celal Kilit e Türkan Pasali Kilit
...página 594
Carta ao Editor - Letter to the Editor
Comentários sobre o Estudo da Perfusão Miocárdica em Pacientes Obesos sem Isquemia
Cardíaca Conhecida
Comment on Myocardial Perfusion Study in Obese Patients without Known Cardiac Ischemia
Claudio Tinoco Mesquita e Gustavo Gavina da Cruz
...página 597
Diretriz - Guideline
Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal – 2019
Brazilian Fetal Cardiology Guidelines – 2019
Simone R. F. Fontes Pedra, Paulo Zielinsky, Cristiane Nogueira Binotto, Cristiane Nunes Martins, Eduardo Sérgio Valério Borges da Fonseca, Isabel Cristina Britto Guimarães, Izabele Vian da Silveira Corrêa, Karla Luiza Matos Pedrosa, Lilian Maria Lopes, Luiz Henrique Soares Nicoloso, Marcia Ferreira Alves Barberato, Marina Maccagnano Zamith ...página 600
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 112, Nº 5, Maio 2019
Atualização - Updated
Atualização das Diretrizes em Cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
Updated Geriatric Cardiology Guidelines of the Brazilian Society of Cardiology – 2019
Gilson Soares Feitosa-Filho, José Maria Peixoto, José Elias Soares Pinheiro, Abrahão Afiune Neto, Afonso Luiz Tavares de Albuquerque, Álvaro César Cattani, Amit Nussbacher, Ana Amelia Camarano, Angela Hermínia Sichinels, Antonio Carlos Sobral Sousa, Aristóteles Comte de Alencar Filho, Claudia F. Gravina, Dario Celestino Sobral Filho, Eduardo Pitthan, Elisa Franco de Assis Costa, Elizabeth da Rosa Duarte, Elizabete Viana de Freitas, Emilio Hideyuki Moriguchi, Evandro Tinoco Mesquita, Fábio Fernandes, Gilson Soares Feitosa, Humberto Pierre, Ilnei Pereira Filho, Izo Helber, Jairo Lins Borges, Jéssica Myrian de Amorim Garcia, José Antonio Gordillo de Souza, José Carlos da Costa Zanon, Josmar de Castro Alves, Kalil Lays Mohallem, Laura Mariana de Siqueira Mendonça Chaves, Lídia Ana Zytynski Moura, Márcia Cristina Amélia da Silva, Maria Alice de Vilhena Toledo, Maria Elisa Lucena Sales de Melo Assunção, Mauricio Wajngarten, Mauro José Oliveira Gonçalves, Neuza Helena Moreira Lopes, Nezilour Lobato Rodrigues, Paulo Roberto Pereira Toscano, Pedro Rousseff, Ricardo Antonio Rosado Maia, Roberto Alexandre Franken, Roberto Dischinger Miranda, Roberto Gamarski, Ronaldo Fernandes Rosa, Silvio Carlos de Moraes Santos, Siulmara Cristina Galera, Stela Maris da Silva Grespan, Teresa Cristina Rogerio da Silva, William Antonio de Magalhães Esteves ...página 649
Errata - Erratum
REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948
Conselho Editorial
Brasil
Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia GO – Brasil
Alfredo José Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho – Instituto de Cardiologia do Espírito Santo, Vitória, ES – Brasil
Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil
Ana Clara Tude Rodrigues – Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
André Labrunie – Hospital do Coração de Londrina (HCL), Londrina, PR – Brasil Andrei Carvalho Sposito – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil
Angelo Amato Vincenzo de Paola – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Antonio Augusto Barbosa Lopes – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil
Antonio Carlos de Camargo Carvalho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Antônio Carlos Palandri Chagas – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Antonio Carlos Pereira Barretto – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Antonio de Padua Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Ari Timerman (SP) – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil
Armênio Costa Guimarães – Liga Bahiana de Hipertensão e Aterosclerose, Salvador, BA – Brasil
Ayrton Pires Brandão – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Beatriz Matsubara – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), São Paulo, SP – Brasil
Brivaldo Markman Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil
Bruno Caramelli – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Carisi A. Polanczyk – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil
Carlos Eduardo Rochitte – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil Carlos Eduardo Suaide Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Carlos Vicente Serrano Júnior – Instituto do Coração (InCor HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Celso Amodeo – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil
Charles Mady – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Claudio Gil Soares de Araujo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Cláudio Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Cleonice Carvalho C. Mota – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil
Clerio Francisco de Azevedo Filho – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Dalton Bertolim Précoma – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/ PR), Curitiba, PR – Brasil
Dário C. Sobral Filho – Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE – Brasil Décio Mion Junior – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Denilson Campos de Albuquerque – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Djair Brindeiro Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil
Domingo M. Braile – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), São Paulo, SP – Brasil
Edmar Atik – Hospital Sírio Libanês (HSL), São Paulo, SP – Brasil Emilio Hideyuki Moriguchi – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Porto Alegre, RS – Brasil
Enio Buffolo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Eulógio E. Martinez Filho – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil Evandro Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Expedito E. Ribeiro da Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Fábio Vilas Boas Pinto – Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB), Salvador, BA – Brasil
Fernando Bacal – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Diretor Científico Dalton Bertolim Précoma Editor-Chefe
Carlos Eduardo Rochitte Coeditor Internacional João Lima
Editores Associados Cardiologia Clínica Gláucia Maria Moraes de Oliveira Cardiologia Cirúrgica Tirone David Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Cardiologia Pediátrica/ Congênitas
Ieda Biscegli Jatene Arritmias/Marca-passo Mauricio Scanavacca
Métodos Diagnósticos Não-Invasivos
João Luiz Cavalcante Pesquisa Básica ou Experimental Marina Politi Okoshi Epidemiologia/Estatística Marcio Sommer Bittencourt Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim
Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein
Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos
Flávio D. Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil
Francisco Antonio Helfenstein Fonseca – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Gilson Soares Feitosa – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil
Glaucia Maria M. de Oliveira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Hans Fernando R. Dohmann, AMIL – ASSIST. MEDICA INTERNACIONAL LTDA., Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Humberto Villacorta Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Ines Lessa – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA – Brasil Iran Castro – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil
Jarbas Jakson Dinkhuysen – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil
João Pimenta – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP – Brasil
Jorge Ilha Guimarães – Fundação Universitária de Cardiologia (IC FUC), Porto Alegre, RS – Brasil
José Antonio Franchini Ramires – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil
José Augusto Soares Barreto Filho – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE – Brasil
José Carlos Nicolau – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil José Lázaro de Andrade – Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP – Brasil José Péricles Esteves – Hospital Português, Salvador, BA – Brasil
Leonardo A. M. Zornoff – Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP – Brasil Leopoldo Soares Piegas – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ) São Paulo, SP – Brasil
Lucia Campos Pellanda – Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS – Brasil
Luís Eduardo Paim Rohde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil
Luís Cláudio Lemos Correia – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil
Luiz A. Machado César – Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC – Brasil
Luiz Alberto Piva e Mattos – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil
Marcia Melo Barbosa – Hospital Socor, Belo Horizonte, MG – Brasil Marcus Vinícius Bolívar Malachias – Faculdade Ciências Médicas MG (FCMMG), Belo Horizonte, MG – Brasil
Maria da Consolação V. Moreira – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil
Mario S. S. de Azeredo Coutinho – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópilis, SC – Brasil
Maurício Ibrahim Scanavacca – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil
Max Grinberg – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil Michel Batlouni – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil
Murilo Foppa – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS – Brasil
Nadine O. Clausell – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil
Orlando Campos Filho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Otávio Rizzi Coelho – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil
Otoni Moreira Gomes – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil
Paulo Andrade Lotufo – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Cesar B. V. Jardim – Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasília, DF – Brasil Paulo J. F. Tucci – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Paulo R. A. Caramori – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil
Paulo Roberto B. Évora – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Roberto S. Brofman – Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ/PR), Curitiba, PR – Brasil
Pedro A. Lemos – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Protásio Lemos da Luz – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil
Reinaldo B. Bestetti – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP – Brasil
Renato A. K. Kalil – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil
Ricardo Stein – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre, RS – Brasil
Salvador Rassi – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/ GO), Goiânia, GO – Brasil
Sandra da Silva Mattos – Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE – Brasil
Sandra Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil
Sergio Timerman – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INCOR HC FMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Silvio Henrique Barberato – Cardioeco Centro de Diagnóstico Cardiovascular (CARDIOECO), Curitiba, PR – Brasil
Tales de Carvalho – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC – Brasil
Vera D. Aiello – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da (FMUSP, INCOR), São Paulo, SP – Brasil
Walter José Gomes – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil
Weimar K. S. B. de Souza – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FMUFG), Goiânia, GO – Brasil
William Azem Chalela – Instituto do Coração (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Wilson Mathias Junior – Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil
Exterior
Adelino F. Leite-Moreira – Universidade do Porto, Porto – Portugal Alan Maisel – Long Island University, Nova York – Estados Unidos Aldo P. Maggioni – ANMCO Research Center, Florença – Itália
Ana Isabel Venâncio Oliveira Galrinho – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Maria Ferreira Neves Abreu – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Teresa Timóteo – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal
Cândida Fonseca – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa – Portugal Fausto Pinto – Universidade de Lisboa, Lisboa – Portugal
Hugo Grancelli – Instituto de Cardiología del Hospital Español de Buenos Aires – Argentina
James de Lemos – Parkland Memorial Hospital, Texas – Estados Unidos João A. Lima, Johns – Johns Hopkins Hospital, Baltimore – Estados Unidos John G. F. Cleland – Imperial College London, Londres – Inglaterra Jorge Ferreira – Hospital de Santa Cruz, Carnaxide – Portugal
Manuel de Jesus Antunes – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Marco Alves da Costa – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Maria João Soares Vidigal Teixeira Ferreira – Universidade de Coimbra, Coimbra – Portugal
Maria Pilar Tornos – Hospital Quirónsalud Barcelona, Barcelona – Espanha Nuno Bettencourt – Universidade do Porto, Porto – Portugal
Pedro Brugada – Universiteit Brussel, Brussels – Bélgica
Peter A. McCullough – Baylor Heart and Vascular Institute, Texas – Estados Unidos Peter Libby – Brigham and Women's Hospital, Boston – Estados Unidos Piero Anversa – University of Parma, Parma – Itália
Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos
SBC/DA – Maria Cristina de Oliveira IzarSBC/DCC – João Luiz Fernandes Petriz SBC/DCC/CP – Andressa Mussi Soares SBC/DCM – Marildes Luiza de Castro SBC/DECAGE – Elizabeth da Rosa Duarte SBC/DEIC – Salvador Rassi
SBC/DERC – Tales de Carvalho
SBC/DFCVR – Antoinette Oliveira Blackman
SBC/DHA – Rui Manuel dos Santos Povoa SBC/DIC – Marcelo Luiz Campos Vieira SBCCV – Rui Manuel de Sousa S. Antunes de Almeida
SOBRAC – Jose Carlos Moura Jorge SBHCI – Viviana de Mello Guzzo Lemke DCC/GAPO – Pedro Silvio Farsky DERC/GECESP – Antonio Carlos Avanza Jr DERC/GECN – Rafael Willain Lopes
DERC/GERCPM – Mauricio Milani DCC/GECETI – Luiz Bezerra Neto DCC/GECO – Roberto Kalil Filho DEIC/GEICPED – Estela Azeka DCC/GEMCA – Roberto Esporcatte DEIC/GEMIC – Fabio Fernandes DCC/GERTC – Juliano de Lara Fernandes DEIC/GETAC – Silvia Moreira Ayub Ferreira Vice-Presidente
José Wanderley Neto Presidente-Eleito Marcelo Queiroga Diretor Científico Dalton Bertolim Précoma Diretor Financeiro
Denilson Campos de Albuquerque Diretor Administrativo
Wolney de Andrade Martins
Diretor de Relações Governamentais José Carlos Quinaglia e Silva
Diretor de Tecnologia da Informação Miguel Antônio Moretti
Diretor de Comunicação Romeu Sergio Meneghelo Diretor de Pesquisa Fernando Bacal
Diretor de Qualidade Assistencial Evandro Tinoco Mesquita
Diretor de Relação com Estaduais e Regionais Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Fernando Augusto Alves da Costa Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Carlos Eduardo Rochitte
Editor-Chefe do International Journal of Cardiovascular Sciences
Claudio Tinoco Mesquita
Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL – Edvaldo Ferreira Xavier Júnior SBC/AM – João Marcos Bemfica Barbosa Ferreira SBC/BA – Emerson Costa Porto
SBC/CE – Maria Tereza Sá Leitão Ramos Borges SBC/DF – Ederaldo Brandão Leite
SBC/ES – Fatima Cristina Monteiro Pedroti SBC/GO – Gilson Cassem Ramos SBC/MA – Aldryn Nunes Castro
SBC/MT – Roberto Candia
SBC/NNE – Maria Alayde Mendonca da Silva SBC/PA – Moacyr Magno Palmeira
SBC/PB – Fátima Elizabeth Fonseca de Oliveira Negri
SBC/PE – Audes Diógenes de Magalhães Feitosa SBC/PI – Luiza Magna de Sá Cardoso Jung Batista
SBC/PR – João Vicente Vitola
SBC/RN – Sebastião Vieira de Freitas Filho SBC/SC – Wálmore Pereira de Siqueira Junior SBC/SE – Sheyla Cristina Tonheiro Ferro da Silva SBC/TO – Wallace André Pedro da Silva SOCERGS – Daniel Souto Silveira SOCERJ – Andréa Araujo Brandão SOCERON – Fernanda Dettmann SOCESP – José Francisco Kerr Saraiva
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Filiada à Associação Médica Brasileira Volume 112, Nº 5, Maio 2019
Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed
Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a
opinião da SBC.
Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que
contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)".
Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:
www.arquivosonline.com.br.
Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil
Tel.: (21) 3478-2700 E-mail: arquivos@cardiol.br www.arquivosonline.com.br SciELO: www.scielo.br Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: comercialsp@cardiol.br Produção Editorial SBC – Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Publicações
Produção Gráfica e Diagramação Graphic Design
Existe Alguma Preocupação Cardiovascular em Relação ao Uso de
Inibidores da Aromatase no Câncer de Mama?
Is There Any Cardiovascular Concern Regarding the Use of Aromatase Inhibitors in Breast Cancer?
Tatiana F. G. Galvão
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP – Brasil
Correspondência: Tatiana F. G. Galvão •
Av. Albert Einstein, 627- Sala 419-Bloco A1 E-mail: tatiana.galvao@einstein.br
Palavras-chave
Inibidores de Aromatase; Neoplasias de Mama; Colesterol; Glicemia; Terapia de Reposição de Estrogênio; Doenças Cardiovasculares/prevenção e controle.
DOI: 10.5935/abc.20190092
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente em mulheres no mundo todo e a segunda maior causa de mortalidade por câncer.1 Devido aos avanços na prevenção,
detecção precoce e tratamento, a mortalidade por câncer de mama diminuiu em quase 40% nas últimas quatro décadas.1
No entanto, este cenário otimista foi contrabalançado por um risco crescente de doença cardiovascular (DCV) em sobreviventes de câncer de mama. De fato, a DCV é uma das principais causas de mortalidade em sobreviventes de câncer de mama.2-5 Os mecanismos pelos quais esses pacientes
apresentam risco cardiovascular aumentado são múltiplos, incluindo os efeitos do próprio câncer (inflamação, estresse oxidativo, estado pró-trombótico, disfunção autonômica, etc.) ou devido aos efeitos colaterais relacionados à quimioterapia e radioterapia (disfunção metabólica, cardiotoxicidade).6
Algumas dessas vias podem ter significância prognóstica: uma investigação anterior mostrou que a modulação autonômica em pacientes com câncer de mama é um preditor independente de risco cardiovascular.6
Nesta edição dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, o estudo “Alterações na Modulação Autonômica Cardíaca em Mulheres com Câncer de Mama em Uso de Inibidores de Aromatase e sua Relação com Variáveis Bioquímicas”7
teve como objetivo explorar não o câncer de mama, mas as associações de um de seus tratamentos (isto é, inibidores da aromatase, IA) com marcadores de disfunção autonômica, bem como parâmetros metabólicos e inflamatórios em mulheres na pós-menopausa. A justificativa para analisar essa terapia específica foi baseada em uma meta-análise recente mostrando que o uso prolongado de IA teve um efeito marginal sobre a ocorrência de um evento de DCV (odds ratio: 1,18, IC 95% = 1,00-1,40) em comparação com placebo.8
Na presente investigação,7 os autores realizaram uma
análise transversal comparando dois grupos de participantes: 1) mulheres com câncer de mama, tratadas com IA e 2) mulheres na pós-menopausa sem câncer de mama. Para a avaliação da modulação autonômica, a frequência cardíaca foi registrada batimento a batimento por 30 minutos e a série de intervalos RR obtidos foi utilizada para calcular os índices de variabilidade
da frequência cardíaca (VFC): RR médio (ms); SDNN (desvio padrão de todos os intervalos RR normais, expressos em milissegundos) ms; frequência cardíaca (FC) média; RMSSD raiz quadrada das médias quadráticas das diferenças dos intervalos R-R sucessivos (ms), contagem de NN50 (número de pares de NNs sucessivos que diferem em mais de 50 ms); p NN 50% (proporção de NN 50 dividido pelo número total de NNs); RRtri (RR triangular), TINN (interpolação triangular do intervalo NN) ms; SD1ms, SD2 ms, LF (baixa frequência) ms2,
HF (alta frequência) ms2. LF; HF ms2. Apesar de algumas críticas,
todos esses parâmetros fornecem uma avaliação indireta da função autonômica. Além disso, foram analisados os seguintes parâmetros metabólicos e inflamatórios: glicemia de jejum, triglicérides, HDL-colesterol e proteína C-reativa (PCR).
O estudo mostrou que valores mais baixos dos índices de variabilidade da FC foram observados em pacientes com câncer de mama em relação ao grupo controle. Além disso, houve uma correlação inversa entre os índices SDNN, SD2 e HFms com triglicérides. Não foram encontradas correlações estatisticamente significantes entre os índices de variabilidade da FC e outras variáveis bioquímicas.
Embora este estudo seja oportuno, abordando a crescente conscientização sobre os efeitos cardiovasculares atribuídos ao câncer e seus tratamentos, existem limitações significativas que merecem uma discussão apropriada. Este é um estudo pequeno, transversal, que aborda parâmetros autonômicos e cardiovasculares em pacientes já em tratamento com IA.
A falta de medidas basais (antes de iniciar a terapia com IA) impede que se tire qualquer conclusão sobre se os principais resultados estavam relacionados aos IA, ao câncer de mama em si ou a algum outro fator residual. Em relação a este último, os autores não avaliaram o papel potencial de importantes fatores de confusão (como hipertensão ou uso crônico de medicamentos) que poderiam afetar a modulação autonômica ou os biomarcadores cardiovasculares.
Dito isto, este estudo levantou mais questões do que respostas, mas certamente estimula investigações adicionais para testar a segurança cardiovascular desta importante classe de quimioterapia. Na última década, os IA têm sido a terapia endócrina adjuvante de primeira linha recomendada em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama receptor de hormônio positivo; eles são associados à melhora da sobrevida livre de doença e sobrevida global.9 Com base na
crescente prevalência de câncer de mama em todo o mundo e na carga relacionada dos sobreviventes, é crucial esclarecer a segurança cardiovascular dos medicamentos relacionados. Os benefícios do tratamento do câncer devem ser equilibrados com a presença e magnitude de efeitos colaterais graves – incluindo eventos cardiovasculares – no acompanhamento de longo prazo.
Editorial
Galvão Existe alguma preocupação cardiovascular em relação ao uso de inibidores da aromatase no câncer de mama?
Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):489-490
1. Siegel RL, Miller KD, Jemal A. Cancer statistics, 2018. CA Cancer J Clin. 2018;68(1):7-30
2. Armenian SH, Xu L, Ky B, Sun C, Farol LT, Douglas PS, et al. Cardiovascular disease among survivors of adult-onset cancer: a community-based retrospective cohort study. J Clin Oncol. 2016;34(10):1122-30. 3. Pinder MC, Duan Z, Goodwin JS, Hortobagyi GN, Giordano SH.
Congestive heart failure in older women treated with adjuvant anthracycline chemotherapy for breast cancer. J Clin Oncol. 2007;25(25):3808-15.
4. Patnaik JL, Byers T, DiGuiseppi C, Dabelea D, Denberg TD. Cardiovascular disease competes with breast cancer as the leading cause of death for older females diagnosed with breast cancer: a retrospective cohort study. Breast Cancer Res. 2011;13(3):R64.
5. Kirkham AA, Beaudry RI, Paterson DI, Mackey JR, Haykowsky MJ. Curing breast cancer and killing the heart: A novel model to explain elevated
cardiovascular disease and mortality risk among women with early stage breast cancer. Prog Cardiovasc Dis. 2019;62(2):116-26
6. Lakoski SG, Jones LW, Krone RJ, Stein PK, Scott JM. Autonomic dysfunction in early breast cancer: incidence, clinical importance, and underlying mechanisms. Am Heart J. 2015;170(2):231-41.
7. Gonzaga LA, Paulo TRS, Viezel J, Vanzella LM, Freitas Jr IF, Vanderlei LC. Changes in cardiac autonomic modulation in women with breast cancer using aromatase inhibitors and the relation with biochemical variables. Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):555-563
8. Goldvaser H, Barnes TA, Šeruga B, Cescon DW, Ocaña A, Ribnikar D, et al. Toxicity of extended adjuvant therapy with aromatase inhibitors in early breast cancer: a systematic review and meta-analysis. J Natl Cancer Inst. 2018;110(1):31-9. 9. Mao H, Bao T, Shen X, Li Q, Seluzicki C, Im EO, Mao JJ. Prevalence and risk
factors for fatigue among breast cancer survivors on aromatase inhibitors. Eur J Cancer. 2018 Sep;101:47-54.
Referências
Este é um artigo de acesso aberto distribuído sob os termos da licença de atribuição pelo Creative Commons
Consultas Não Programadas em Emergência após Implante de
Dispositivos Cardíacos: Comparativo entre Cardiodesfibriladores e
Ressincronizadores em Seguimento Inferior a 1 Ano
Unscheduled Emergency Visits after Cardiac Devices Implantation: Comparison between Cardioverter
Defibrillators and Cardiac Resynchronization Therapy Devices in less than one year of Follow Up
Stefan Warpechowski Neto,
1Laura Lessa Gaudie Ley,
2Eduardo Dytz Almeida,
1Marco Aurélio Lumertz Saffi,
3Luiza Zwan Dutra,
1Antonio Lessa Gaudie Ley,
1Roberto Tofani Sant`Anna,
1Gustavo Glotz de Lima,
1Renato Abdala Karam Kalil,
1Tiago Luiz Luz Leiria
1Instituto de Cardiologia / Fundação Universitária de Cardiologia (IC/FUC),1 Porto Alegre, RS – Brasil
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,2 Porto Alegre, RS – Brasil
Hospital de Clínicas de Porto Alegre,3 Porto Alegre, RS – Brasil
Correspondência: Tiago Luiz Luz Leiria •
Av. Princesa Isabel, 370. CEP 90620-000, Santana. Porto Alegre, RS – Brasil E-mail: pesquisa.leiria@gmail.com, editoracao-pc@cardiologia.org.br
Artigo recebido em 04/06/2018, revisado em 05/09/2018, aceito em 05/09/2018
DOI: 10.5935/abc.20190018
Resumo
Fundamento: O uso de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) como o cardiodesfibrilador (CDI) e terapia de ressincronização cardíaca (TRC) - é cada vez maior. O número de eletrodos de estimulação e desfibrilação varia de acordo com o dispositivo. A colocação do eletrodo no ventrículo esquerdo aumenta o tempo cirúrgico podendo associar-se a maior morbidade no acompanhamento após alta hospitalar, evento muitas vezes confundível com a gravidade da patologia base.
Objetivo: Avaliar a taxa de internação não programada na emergência e óbito após cirurgia de dispositivos implantáveis estratificados pelo tipo de aparelho.
Métodos: Estudo de coorte prospectivo analisando 199 pacientes submetidos à implante de dispositivos cardíacos. Os grupos foram divididos de acordo com o tipo de dispositivo: CDI (n = 124) e TRC (n = 75). Estimativas de probabilidades foram analisadas pelo método de Kaplan-Meier de acordo com o desfecho. Valor de p < 0,05 foi considerado significativo nas análises estatísticas.
Resultados: A maioria da amostra era do sexo masculino (71,9%) – idade média de 61,1 ± 14,2. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi similar entre os grupos (TRC 37,4 ± 18,1 vs. CDI 39,1 ± 17,0; p = 0,532). A taxa de visita não programada na emergência relacionada ao dispositivo foi de 4,8% no grupo CDI e de 10,6% no grupo TRC (p = 0,20). A probabilidade de sobrevida relacionada ao dispositivo da variável “óbito” mostrou-se diferente entre os grupos (p = 0,008).
Conclusões: Paciente após o implante de TRC apresenta maior probabilidade de mortalidade após o procedimento cirúrgico no seguimento menor que 1 ano. A taxa de visita hospitalar não programada, relacionadas ou não ao implante, não difere entre os grupos. (Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):491-498)
Palavras-chave: Desfibriladores Implantáveis; Técnicas de Imagem de Sincronização Cardíaca; Dispositivos de Terapia de Ressincronização Cardíaca; Readmissão do Paciente; Mortalidade.
Abstract
Background: The use of Cardiovascular Implantable Electronic Devices (CIED), such as the Implantable Cardioverter Defibrillator (ICD) and Cardiac Resynchronization Therapy (CRT), is increasing. The number of leads may vary according to the device. Lead placement in the left ventricle increases surgical time and may be associated with greater morbidity after hospital discharge, an event that is often confused with the underlying disease severity.
Objective: To evaluate the rate of unscheduled emergency hospitalizations and death after implantable device surgery stratified by the type of device.
Methods: Prospective cohort study of 199 patients submitted to cardiac device implantation. The groups were stratified according to the type of device: ICD group (n = 124) and CRT group (n = 75). Probability estimates were analyzed by the Kaplan-Meier method according to the outcome. A value of p < 0.05 was considered significant in the statistical analyses.
Results: Most of the sample comprised male patients (71.9%), with a mean age of 61.1±14.2. Left ventricular ejection fraction was similar between the groups (CRT 37.4±18.1 vs. ICD 39.1±17.0, p = 0.532). The rate of unscheduled visits to the emergency unit related to the device was 4.8% in the ICD group and 10.6% in the CRT group (p = 0.20). The probability of device-related survival of the variable “death” was different between the groups (p = 0.008).
Conclusions: Patients after CRT implantation show a higher probability of mortality after surgery at a follow-up of less than 1 year. The rate of unscheduledhospital visits, related or not to the implant, does not differ between the groups. (Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):491-498)
Keywords: Defibrillators, Implantable; Cardiac-Gated Imaging Techniques; Cardiac Resynchronization Therapy Devices; Patient Readmission; Mortality.
Artigo Original
Warpechowski Neto et al Readmissão hospitalar – dispositivos implantáveis
Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):491-498
Introdução
No cenário da doença cardiovascular, pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) reduzida após infarto agudo do miocárdio apresentam maior risco de morte súbita relacionada a arritmia cardíaca. O uso de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI) como o cardiodesfibrilador (CDI) tem se mostrado favorável na melhora das taxas de sobrevida neste perfil de paciente.1
A terapia de ressincronização cardíaca (TRC), também demonstra benefício na redução das taxas de hospitalização, na melhora da função ventricular bem como diminuição de mortalidade no contexto da insuficiência cardíaca (IC).2,3
Durante o implante dos DCEIs, de acordo com a indicação clínica, faz-se necessário o uso de um, dois ou até três eletrodos intracardíacos. Na TRC, a dificuldade de canulação do seio coronariano, ou a inexistência de ramo venoso adequado para tal fim, tende a aumentar a complexidade do ato cirúrgico, o que pode associar-se a maior morbidade no acompanhamento após alta hospitalar – situação muitas vezes atribuída ou confundida com a gravidade da doença base. Independente da via de implante utilizada para a estimação ventricular esquerda, sabemos que existe uma taxa de deslocamento e disfunção dos eletrodos de aproximadamente 5%4 após a cirurgia e a
presença de um maior número de eletrodos faz com que a probabilidade de ocorrência desse tipo de evento torne-se mais elevada. Por outro lado, visitas não programadas a emergência relacionadas ao DCEI ocorrem, não necessariamente por causa dos eletrodos, em até 12% dos pacientes submetidos a essa forma de terapia.4,5 Dados locais que avaliam a taxa de visita
hospitalar não programada relacionada ao implante de DCEI limitam-se a região sudeste, sem literatura recente englobando dados da região sul do país. O presente estudo visa contribuir com essa questão.
Métodos
Desenho do estudo
Estudo de coorte prospectivo unicêntrico desenvolvido em hospital cardiológico de alta complexidade do sul do Brasil.
População
Foram incluídos, de maneira consecutiva, pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, submetidos a implante de CDI ou TRC no período de fevereiro de 2014 a julho de 2015. Foram excluídas as trocas de geradores sem implante de eletrodos.
Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada a partir do momento imediatamente anterior ao implante do dispositivo e, posteriormente, na ocasião dos atendimentos médicos na emergência. Os dados obtidos, registrados no prontuário eletrônico, foram exportados para banco de dados em formato Excel. As variáveis analisadas foram clínicas e relacionadas ao implante. As variáveis clínicas foram: (1) FEVE por ecocardiograma bidimensional (método de Teicholtz ou Simpson quando indicado); (2) etiologia da IC, definida como valvar, isquêmica ou não isquêmica. Em caso de mais
de uma etiologia, foi selecionada aquela considerada como predominantemente responsável pelo quadro; (3) classe funcional do paciente, graduada de acordo com a classificação da New York Heart Association. As variáveis relacionadas ao implante do DCEI foram: (1) infecção da ferida operatória; (2) dor em ferida operatória; (3) necessidade de reposição dos eletrodos; (4) trombose venosa de membro superior; e (5) hematoma de loja do dispositivo.
Desfechos
O desfecho primário foi a ocorrência de visita hospitalar não programada relacionada ao implante do DCEI. Visitas decorrentes de piora ou progressão da IC também foram consideradas para esta análise. O desfecho secundário foi mortalidade por qualquer causa.
Consideração ética
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul, sob o número 4983/14.
Análise dos dados
A partir do armazenamento dos dados em planilhas Microsoft Excel, o pacote estatístico Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS), versão 18.0 foi utilizado para as análises.
Um valor de p bicaudal menor que 0,05 foi considerado significativo nas análises estatísticas. As variáveis contínuas com distribuição paramétrica foram expressas como média ± desvio padrão, enquanto as não paramétricas apresentadas como mediana e intervalo interquartílico. As comparações foram feitas com teste t de Student para amostras independentes nas variáveis com distribuição de tendência central e com teste de Mann-Whitney naquelas consideradas assimétricas. As variáveis categóricas foram expressas como frequências absolutas (n) e relativas (%) e comparadas com teste qui-quadrado. As estimativas de probabilidades foram calculadas pelo método de Kaplan-Meier com uso de long-rank. Não foi possível realizar uma análise multivariada por meio da Regressão de Cox devido à ausência de eventos ocorridos no grupo CDI, o que impossibilitou o cálculo do hazard ratio (HR).
Resultados
No período do estudo foram realizadas 1.174 cirurgias para implante de dispositivos. Destas, 224 foram para CDI/TRC, sendo 25 exclusivamente para troca de gerador, excluídas da avaliação. A figura 1 demonstra o fluxograma de inclusão dos pacientes. A análise final foi realizada com 199 pacientes. A Tabela 1 demonstra as características da população avaliada. Houve maior prevalência do sexo masculino em ambos os grupos. A idade média foi similar, assim como a fração de ejeção. A miocardiopatia não isquêmica foi a etiologia mais prevalente em ambos os grupos. A maioria dos implantes foram realizados pelo Sistema Único de Saúde. Houve diferença estatisticamente significativa entre as classes funcionais, com maior percentual de pacientes em classe III em ambos os grupos. De todos os procedimentos, 57% foram para prevenção primária de morte súbita.
Figura 1 – Fluxograma de inclusão dos pacientes no Estudo. DCEI: dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis; CDI: cardioversor desfibrilador implantável; TRC: terapia de ressincronização cardíaca.
1.174 Pacientes submetidos a DCEI Excluídos 950 marcapassos uni ou bicamaral 224 CDI/TRC Excluídas 25 trocas de gerador CDI/TRC 199 CDI/TRC Desfechos
Em relação aos desfechos, a taxa de visita não programada na emergência relacionada ao dispositivo foi de 4,8% no grupo CDI e 10,6% no grupo TRC (p = 0,20). A dor na ferida operatória mostrou-se a mais prevalente dentre as complicações relacionadas ao dispositivo (Tabela 2).
A Figura 2 demonstra a incidência do desfecho primário de sobrevida livre de visitas à emergência durante um período mediano de acompanhamento de 285 dias (p = 0,214). A incidência de visitas não programadas relacionadas
a patologias clínicas (não relacionadas ao implante do dispositivo) também não diferiu entre os grupos sendo de 28,2% no grupo CDI e de 18,6% no grupo TRC (p = 0,17), incluindo-se as readmissões por IC, como mostra a tabela 3.
A Figura 3 demonstra a curva de sobrevida de ambos os grupos. Ocorreram 4 óbitos no grupo TRC e nenhum no grupo CDI. Nenhum dos óbitos foi relacionado com o procedimento em si. As causas do óbito foram: 1 acidente vascular encefálico hemorrágico, 1 morte súbita domiciliar, 1 óbito por falência orgânica múltipla como complicação de Tabela 1 – Características da amostra. Porto Alegre, RS
Variável Total n = 199 CDI n = 124 TRC-P/D n = 75 Valor de p Idade, anos* 61,1 ± 14,2 61,1 ± 14,3 61,0 ± 14,2 0,963
Sexo, masculino† 143(71,9) 94(75,8) 49(65,3) 0,153
FEVE (%)* 38,4 ± 17,4 39,1 ± 17,0 37,4 ± 18,1 0,532
Etiologia† 0,043
Miocardiopatia não isquêmica 116(58,3) 66(53,2) 50(66,7) Miocardiopatia isquêmica 79(39,7) 56(45,2) 23(30,7) Etiologia valvar 4(2) 2(1,6) 2(2,7) Tipo de atendimento† 0,349 SUS 134(67,3) 87(70,2) 47(62,7) Saúde suplementar 65(32,7) 37(29,8) 28(37,3) Classe Funcional I 39(19,5) 32(25,8) 7(9,3) 0,007 II 24(12) 13(10,4) 11(14,6) III 72(36,1) 36(29) 36(48) IV 31(15,5) 21(16,9) 10(13,3)
*Dados apresentados em média ± desvio padrão; † Frequência absoluta e relativa; CDI: cardiodesfibrilador implantável; TRC-P/D: ressincronizador cardíaco; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; SUS: sistema único de saúde.
Artigo Original
Warpechowski Neto et al Readmissão hospitalar – dispositivos implantáveis
Arq Bras Cardiol. 2019; 112(5):491-498
Figura 2 – Estimativa de Kaplan-Meier da probabilidade de sobrevida de acordo com as visitas não programadas na emergência relacionadas ao dispositivo. Nota: p = 0,214. 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 100 200 300 400 500 600 Número em risco 61 34 25 13 4 0 p = 0,214 Tempo (dias) Sobrevida (%) Dispositivo CDI CRT Grupo (CDI) Grupo (CRT) 110 82 60 39 23 0
endocardite infecciosa (esta, secundária a abscesso dentário, com diagnóstico 194 dias após o implante do dispositivo) e 1 por IC refratária.
Discussão
A estimulação cardíaca artificial tem benefícios solidificados desde o seu implante inicial, em 1958, atravessando gerações em contínua evolução técnica e ampliando sua abrangência desde os distúrbios de condução atrioventricular até a redução de dissincronia. No entanto, ainda apresenta complicações em percentuais significativos a despeito de quase sessenta
anos de existência. Atualmente, o volume de procedimentos para implante de DCEI apresenta taxas anuais crescentes, dadas a evolução tecnológica do método, a ampliação das indicações e maior número de pacientes elegíveis.6
Paralelamente, a maior longevidade das populações de abrangência constitui-se fator de risco não modificável para complicações a longo prazo. Tamanha mudança de cenário limita a comparação de dados atuais com a primeira era de estimulação, não só pela curva de evolução dos dispositivos, da técnica de implante e das alterações no fator populacional, mas também pela base de registros prévios – muitos apenas de complicações demandantes de intervenção cirúrgica. Tabela 2 – Desfechos da população estudada. Visita não programada à emergência, relacionada ao dispositivo
Variável Total n = 199 CDI n = 124 TRC-P/D n = 75 Valor de p Visita não programada na emergência relacionada ao dispositivo* 14(7%) 6(4,8%) 8(10,6) 0,20
Complicações relacionadas ao dispositivo* 0,45
Infecção da ferida operatória 5(2,5%) 2(1,6%) 3(4%) Dor na ferida operatória 6(3%) 2(1,6%) 4(5,3%)
Reposição eletrodos 1(0,5%) 0 1(1,3%)
Trombose venosa membro superior 1(0,5%) 1(0,8) 0
Hematoma de loja 1(0,5%) 1(0,8) 0
Choque inapropriado 2(1%) 2(1,6%) 0
Mortalidade 0,008
Relacionada ao implante do dispositivo 0
Outras causas 4(2%) 0 4(5,3%)
* Dados apresentados em frequência absoluta e relativa; CDI: cardiodesfibrilador implantável; TRC-P/D: ressincronizador cardíaco.
Figura 3 – Estimativa de Kaplan-Meier da probabilidade de sobrevida relacionada ao dispositivo. Nota: p = 0,008. 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 Número em risco 61 34 25 13 4 0 p = 0,008
Tempo do óbito (dias)
Sobrevida (%) Dispositivo CDI CRT Grupo (CDI) Grupo (CRT) 110 82 60 39 23 0
Ao longo dos anos, a variabilidade nas definições de complicações tornou-se mais homogênea – com o acréscimo da descrição de efeitos adversos de manejo conservador – e já estão superadas as imprecisões na definição temporal dos eventos, hoje dicotomizados como precoces ou tardios com o marco temporal de 2 meses.6-8 As séries atuais, muitas limitadas
Tabela 3 – Desfecho da população estudada. Visita não programada à emergência, não relacionada ao dispositivo
Total n = 199 CDI n = 124 TRC-P/D n = 75 Valor de p Visita não programada na emergência, não relacionada ao dispositivo 49(24,6%) 35(28,2%) 14(18,6%) 0.17
AVE 1(0,5%) - 1(1,3%) 0,79
Cansaço 1(0,5%) 1(0,8%) - 0,43
Cefaléia/vertigem 3(1,5%) 3(2,4%) - 0,44
Distúrbios glicêmicos 1(0,5%) - 1(1,3%) 0,79
Dor MSE – não anginosa 2(1%) 2(1,6%) - 0,70
Dor torácica 13(6,5%) 9(7,2%) 4(5,3%) 0,81
Dor abdominal 1(0,5%) 1(0,8%) - 0,43
Insuficiência cardíaca 18(9%) 13(10,4%) 5(6,6%) 0,51 Isquemia aguda de membro inferior 2(1%) 2(1,6%) - 0,70 Mialgia – membros inferiores 1(0,5%) - 1(1,3%) 0,79
Náuseas/vômitos 1(0,5%) 1(0,8%) - 0,43
Pneumonia 2(1%) 1(0,8%) 1(1,3%) 0,71
Trombose venosa profunda 1(0,5%) 1(0,8%) - 0,43
Tromboembolismo pulmonar 1(0,5%) - 1(1,3%) 0,79
Herpes zoster 1(0,5%) 1(0,8%) - 0,43
* Dados apresentados em frequência absoluta e relativa; CDI: cardiodesfibrilador implantável; TRC-P/D: ressincronizador cardíaco; MSE: membro superior esquerdo; AVE: acidente vascular encefálico.
à revisão dos últimos 20 anos, apontam os primeiros sessenta dias como o período de maior incidência de complicações em taxas que oscilam em torno de 10%, em sua maioria.9,10
Este trabalho traz dados nacionais contemporâneos acerca da morbimortalidade após implante de CDI/CRT. Nosso hospital é um centro cardiológico terciário que realiza