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Vista do Atuação da equipe de enfermagem no atendimento ambulatorial frente à mulher violentada

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Academic year: 2021

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Atuação da equipe de enfermagem no atendimento ambulatorial frente à mulher violentada

Manal Khalil Abdouni Francine Marques M. Oliveira Enfermeiras pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila. Claudia Lysia de Oliveira Araújo Enfermeira, Professora Titular das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila. Doutora em Enfermagem na Saúde do Adulto, da Escola de Enfermagem da USP.

RESUMO

Trata-se de um estudo descritivo, acompanhando o atendimento da equipe de enfermagem em um ambulatório de especialidades, tendo como objetivo analisar como é feito o atendimento a uma mulher vitima de violência de qualquer natureza, e se esta equipe sabe identificar os principais sinais e sintomas. A pesquisa foi realizada com 11 profissionais sendo que três deles são enfermeiras e oito técnicos de enfermagem que atenderam aos critérios de inclusão. Utilizamos como técnica de coleta de dados um instrumento, divididos em duas etapas: a primeira foi constituída da identificação pessoal com sete questões; e a segunda etapa foi formada por dados relativos à pesquisa, com 11 questões descritivas e objetivas, especificando o tema abordado. Os resultados obtidos mostram que a faixa etária predominante na equipe de enfermagem é em média 40,1 anos, e que a conclusão do curso técnico ou de graduação é na faixa de 1979 a 2010, a escolaridade de nível superior é de 27,3% e nível técnico 72,7%. O sexo feminino é dominante, representando 90,9% dos entrevistados, quanto a palestras sobre a violência contra a mulher no curso de formação, 54,5% dos entrevistados responderam que tiveram. Enquanto 72,7% responderam que se sentem preparados para atender uma mulher vitima de violência. Aos enfermeiros foi questionado se eles realizam preparo da equipe, 33,3% responderam que sim. 100% dos profissionais responderam que conhecem os tipos de violência (doméstica, intrafamiliar e de gênero). Quando questionados sobre qual tipo de violência é mais frequente, 36,4% disseram que é a violência física e 36,4% disseram que a que ocorre mais é a psicológica, 18,2% responderam que a violência física e sexual é a mais freqüente, 9,1% respondeu que a predominante é a violência física e psicológica. Os profissionais mostraram despreparo no atendimento à vitima de violência, ressaltando que não é realizada educação permanente na unidade estudada.

PALAVRAS-CHAVE:

Violência contra a mulher, Equipe de Enfermagem, Atendimento

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This is a descriptive study, following the care of the nursing staff in an outpatient specialty, and to analyze how is the care a woman victim of violence of any kind, and if this team can identify the main signs and symptoms. The survey was conducted with 11 professionals and three of them are nurses and eight nursing technicians who met the inclusion criteria. Used as a technique for data collection an instrument, divided into two stages: the first consisted of personal identification with seven questions, and the second step consisted of data relating to the research, with 11 objective and descriptive questions, specifying the subject addressed. The results show that the predominant age group in nursing staff is on average 40.1 years, and the completion of the technical course or degree is in the range from 1979 to 2010, the education level is higher than 27.3% technical level and 72.7%. The female is dominant, accounting for 90.9% of the respondents, as the lectures on violence against women in the course of training, 54.5% of respondents answered that they had. While 72.7% said they feel prepared to meet a woman victim of violence. Nurses were asked if they perform preparation of staff, 33.3% answered yes. 100% of professionals said they know the types of violence (domestic, intra-family and gender). When asked what kind of violence is more frequent, 36.4% said it is physical violence and 36.4% said that it is more psychological, 18.2% responded that physical and sexual violence is the most frequent, 9.1% responded that is the predominant physical and psychological violence. Professionals showed unpreparedness in attendance the victim of violence, stressing that lifelong learning is not performed in the study unit.

KEYWORDS:

Violence against women, Nursing Team, Customer

INTRODUÇÃO

Considera-se a violência como ação intencional realizada por individuo ou grupo, dirigida a outro, que resulte em óbito, danos físicos, psicológicos e/ou sociais, implicando a utilização da força física ou coação psíquica ou moral (1) .

A OMS relaciona essa violência a diversos agravos à saúde física, como: abusos de drogas e álcool, distúrbios gastrintestinais, inflamações pélvicas crônicas, dores de cabeça, asma, ansiedade, depressão, distúrbios psíquicos, como tentativa de suicídio, além do trauma físico direto (2).

A violência contra a mulher vem aumentando no Brasil, e no mundo, com uma frequência inexplicável. Nas duas últimas décadas, a problemática da violência contra a mulher tem sido reconhecida por entidades ligadas aos direitos humanos e organismos internacionais como a OMS e a OPAS como problema de saúde pública (2).

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O atendimento realizado pelos profissionais de saúde é um fator importante para o acolhimento da mulher vítima de violência sexual, pois a adoção de medidas apropriadas pode amenizar o seu sofrimento (3).

Classificamos a violência em três tipos: a violência domestica, violência intrafamiliar e violência gênero que é sub dividida em psicológica, física e sexual (1).

Violência domestica é aquela “cometida por pessoas íntimas, que envolve também filhos, pais, sogros e outros parentes ou pessoas que vivem na mesma casa”. A violência doméstica é um grave problema que afeta famílias de diversos países e classes sociais (1).

Outro tipo de violência é a intrafamiliar, ou seja, “é a violência cometida dentro ou fora de casa, por algum membro da família”. Violência de gênero é definida como “todo ato de violência de gênero que resulta, em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher”. Por ano, de 3 a 4 milhões de mulheres são agredidas em suas casas por pessoas de sua convivência íntima (1).

Podemos classificar e definir violência de gênero em três subtipos: violência psicológica, quando a mulher é tratada com descaso, submetida à humilhação, ameaça de agressão, privação de liberdade, impedimento ao trabalho, ao estudo e ao contato com família e amigos; violência física, quando a vitima é tratada com tapas, empurrões, chutes, bofetadas, puxões de cabelo, beliscões, mordidas, queimaduras, tentativa de asfixia, ameaça com faca e tentativa de homicídio; violência sexual, que é qualquer expressão verbal ou corporal que não é do agrado da pessoa, toques e carícias não permitidos, prostituição forçada e participação forçada em pornografia (1).

Entre as manifestações de violência de gênero, a violência sexual é uma das mais graves, visto que impõe uma série de desafios a saúde pública. Infelizmente o medo e a vergonha, aliados à carência dos serviços de saúde e das delegacias especializadas no atendimento à mulher em situação de violência, impedem a denúncia, a prevenção e os tratamentos dos problemas decorrentes da violência (3).

Segundo dados da Fundação Perseu Abramo, as mulheres só denunciaram a violência sofrida dentro de casa a algum órgão público (quase sempre delegacias policiais) quando se sentiram ameaçadas em sua integridade física: ou por armas de fogo em 31%, ou quando os espancamentos deixaram marcas, fraturas ou cortes em

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21% ou ainda diante de ameaças de espancamento contra si mesmas ou contra os filhos em 19%. Nas outras situações, como xingamentos, tapas, empurrões, quebradeira, relações sexuais forçadas e assédio sexual, o percentual de registro em delegacia ou outros órgãos públicos, não ultrapassou a 10% (4).

O ciclo da violência é composto por três fases: construção da tensão no relacionamento, onde ocorrem pequenas agressões, tanto físicas (como empurrões) ou verbais (xingamentos), a mulher acredita que ela pode ser responsável pela reação do companheiro. A segunda fase é da explosão da violência, ocorrem agressões físicas mais graves. A última fase desse ciclo é a da lua de mel, ou, arrependimento do agressor. Nessa fase o agressor presenteia a mulher e diz que se arrepende do ocorrido e que vai mudar (4).

Em 22 de setembro de 2006 entrou em vigor a lei número 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. Já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.

A sociedade está despreparada para acolher a mulher vítima de qualquer tipo de violência, e quando as mulheres procuram órgãos públicos é devido a um agravo de sua integridade física e não pelo fato de que foram agredidas por seus parceiros.

É muito importante ter no ambulatório ou nos postos de saúde, uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, tendo com educação permanente para detectar quando uma mulher é vítima de violência.

O profissional de saúde, em especial, a equipe de enfermagem, tem que ter um atendimento aprimorado e individualizado, para a abordagem dessa mulher, criando confiança, o enfermeiro, como líder da equipe, deve mostrar como identificar esses ciclos de violência, e principalmente, a equipe não deve ter conclusões precipitadas.

O tema foi escolhido, pois queremos identificar como é feito o atendimento para mulheres que podem ter sofrido algum tipo de violência, e quais são as dificuldades

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encontradas pelos profissionais da saúde, e assim, podendo ajudar na qualidade da entrevista realizada com essas mulheres.

OBJETIVO

Identificar como é feito atendimento dos profissionais de enfermagem em relação às mulheres violentadas.

Verificar se os profissionais conseguem observar os sinais e sintomas de agressão.

MÉTODO

Trata-se de estudo descritivo exploratório com abordagem quali-quantitativo, que foi realizado em ambulatório de especialidades, localizado no município do Vale do Paraíba-SP.

A população foi constituída por uma equipe de enfermagem que aceitou participar do estudo, assinando o termo de consentimento.

Para a coleta de dados foi constituído um instrumento de duas partes, a primeira refere-se aos dados de identificação da equipe de enfermagem: idade, sexo, ano que concluiu a formação técnica / graduação, pós-graduação, quanto tempo está no local de trabalho. A segunda parte refere-se à pesquisa em si, ou seja, composta de perguntas que identificam como é a atuação dos profissionais diante da mulher violentada.

Inicialmente a instituição foi contactada para solicitar autorização formal para a realização do estudo. Nesta ocasião, foi apresentada uma carta com as explicações necessárias sobre a pesquisa, além dos objetivos da mesma. Após autorização da instituição, o responsável legal pela mesma assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da Instituição.

Os indivíduos que atenderam aos critérios de inclusão foram informados sobre as implicações e os objetivos do estudo e os que concordaram em participar da pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Foi garantido a todos o seu anonimato; a garantia de não haver quaisquer sanções ou prejuízos pela não participação ou pela desistência, a qualquer momento; o direito de resposta às dúvidas; a inexistência de qualquer ônus financeiro ao participante.

Os resultados foram digitados e tabulados eletronicamente, analisados quantitativamente e representados em forma de tabelas.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dentre a equipe de enfermagem que constituíram o campo desta pesquisa, 15 profissionais atendiam aos critérios de inclusão no estudo. Entretanto, dois profissionais estavam de licença médica, e dois estavam de férias.

A população final foi constituída de 11 profissionais, correspondendo a 73,3% do total de todos profissionais que atenderam aos critérios de inclusão.

A população estudada caracterizou-se pelo predomínio de mulheres, técnicas de enfermagem.

Esta predominância feminina na enfermagem é compartilhada por outros autores, reproduzindo a característica histórica da enfermagem, profissão exercida quase exclusivamente por mulheres desde os seus primórdios (5).

Há relatos na literatura que a predominância dos trabalhadores nos hospitais é do sexo feminino, principalmente na enfermagem, explicada em função do arquétipo atribuído as mulheres. Fato que também é elucidado em várias culturas, onde a assistência e higienização dos doentes são consideradas como tenso o trabalho da mulher. Além disso, consideramos ser um traço estrutural das atividades do setor de saúde, a preponderância da força do trabalho feminino nas atividades que envolvem o trato e o cuidado com as pessoas (5).

Ao verificarmos a faixa etária dessa equipe, obtivemos profissionais com idades entre 24 a 59 anos de idade. A média de idade foi de 40,1 anos e a mediana de 40 anos.

Os sujeitos dessa pesquisa têm escolaridade correspondente ao nível superior completo e nível técnico, com ano de conclusão entre 1979 e 2010.

Segundo o COFEN (2007), o número de profissionais de enfermagem no Brasil a maior parte dos profissionais é de formação de nível técnico (44%) e de auxiliar (41%) supera o número de profissionais com graduação (15%).

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Tabela 1: Distribuição dos profissionais participantes segundo sexo, idade, escolaridade e ano conclusão da graduação/curso técnico. Lorena, 2010

Variável Profissionais participantes

Sexo N Percentual Feminino 10 90,9% Masculino 1 9,1% Idade 20 – 40 6 54,5% 41 – 60 5 45,5% Escolaridade Nível Superior 3 27,3 % Nível Técnico 8 72,7% Ano conclusão da graduação/curso técnico 1975 – 1985 1 9,1% 1986 – 1996 1 9,1% > 1997 9 81,8%

Os profissionais enfermeiros declararam que tem pós-graduação (100%), porém somente um enfermeiro tem especialização na área de Saúde da Mulher.

Sete profissionais (63,6%) trabalham entre um a dez anos no local, dois profissionais (18,2%) trabalham no local entre onze a vinte anos e dois profissionais trabalham no local há mais de vinte e um anos.

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Em relação ao curso de atualização ou aperfeiçoamento profissional, seis (54,5%) profissionais declaram que realizaram um ou mais cursos de aperfeiçoamento, e cinco (45,5%) não realizaram nenhum tipo de curso.

Ao verificar o conhecimento da equipe de enfermagem na graduação/curso técnico sobre violência da mulher, foi constatado que apenas seis profissionais (54,5%) responderam que sim, que tiveram palestras sobre o tema, enquanto cinco profissionais (45, 5 %) não tiveram esse tema abordado durante algum curso.

A apresentação dos casos de violência familiar que chegam aos serviços de saúde pode ser muito distinta, variando desde queixas vagas, envolvendo baixo rendimento escolar ou outras alterações comportamentais, no caso de violência infantil, até lesões corporais graves. Estas últimas são de fácil observação, já que correspondem ao padrão rotineiro na ótica assistencial. Já as outras formas de apresentação requerem um elevado grau de suspeição para sua adequada detecção, necessitando que o profissional esteja sensibilizado à questão. Muitas vezes ainda, evidências físicas de maus-tratos ou relatos típicos não são sequer visíveis, o que dificulta ainda mais este processo para profissionais de saúde que nem sempre estão capacitados para lidar com um evento desta natureza (6).

Um outro agravante seria a pouca ênfase nos cursos de graduação às questões relacionadas a temas que englobem aspectos para além do binômio saúde-doença. No lugar de agravos que, como visto, são comuns e graves como a violência familiar, o interesse maior se concentra em problemas mais "palpáveis" e/ou com soluções terapêuticas mais "objetivas". Direta ou indiretamente, uma confluência de motivos de ordem pessoal também contribui neste processo. O pouco tempo que o profissional percebe dispor para o atendimento; o receio em ofender ao tocar no assunto; a percepção de que não existem recursos disponíveis para oferecer às vítimas soluções efetivas; acreditar que não faz parte de suas atribuições abordar o assunto; o sentimento de impotência diante do problema ou ainda, a sensação de estar abrindo uma "caixa de pandora" sem ter em vista uma seqüência de ações programadas são algumas das razões apontadas (6).

Quando questionado se a equipe de enfermagem se sente preparada para atender uma mulher que sofre violência, percebemos que oito profissionais (72,7%) responderam que sim, ao contrario de três profissionais (27,3%), disseram que não.

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Os profissionais relatam que o trabalho com as mulheres vitimas de violência sexual requer um grande equilíbrio emocional e individual dos profissionais, uma vez que as pacientes apresentam-se muito fragilizadas, não só fisicamente, mas, principalmente, psicologicamente (7).

Em uma questão específica para profissionais enfermeiros, sobre orientações para a equipe, sobre como é feito o acolhimento, protocolo do Ministério da Saúde, reconhecer sinais e sintomas, vimos que apenas um enfermeiro (33,3%) faz orientação, enquanto dois (66,7%) não realizam.

No geral, a enfermagem é exercida em todas as instituições por um grupo heterogêneo, começando pelo próprio nível de formação que varia do elementar ao universitário. É fundamental então, o desenvolvimento de programas educacionais que contribuam para a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem, preparando, dessa forma, profissionais capacitados para darem suas contribuições à sociedade (8).

A educação permanente é uma das modalidades de educação no trabalho. Caracteriza–se por possuir um público–alvo multiprofissional; ser voltada para uma prática institucionalizada; enfocar os problemas de saúde e ter como objetivo a transformação das práticas técnicas e sociais; ser de periodicidade contínua; utilizar metodologia centrada na resolução de problemas e buscar como resultado a mudança. A educação permanente em saúde trabalhada tanto pelo Governo Federal quanto pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), é utilizada como política de formação e qualificação de recursos humanos, onde o processo educativo deve ser dinâmico, contínuo e trazer avanços sociais. A educação permanente dos recursos humanos deve visar auxiliá–los na adequação aos contínuos avanços tecnológicos e às mudanças sócio–econômicas (9).

O envolvimento do enfermeiro no processo de educação permanente acontece com a aquisição contínua de habilidades e competências que estejam de acordo com o contexto epidemiológico e com as necessidades dos cenários de saúde, para que resultem em atitudes que gerem mudanças qualitativas no processo de trabalho da enfermagem (9).

Nesse sentido, torna-se imprescindível que o enfermeiro assuma a responsabilidade pela educação contínua de sua equipe, ajudando a melhorar o padrão

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de assistência prestada no hospital e comunidade, promovendo a valorização dos recursos humanos em saúde (8).

Ao questionar se na unidade onde foi feita a pesquisa é realizado rastreamento sobre violência da mulher, apenas um profissional (9,1%) respondeu que sim, enquanto nove (81,8%) responderam que não é feito, e apenas um profissional (9,1%), não respondeu essa questão.

Para detectar sinais de que uma mulher venha sofrer algum tipo de violência, a equipe pode perceber e conhecer alguns sinais, sendo que primeiro sinal de perigo é o comportamento controlador, rápido envolvimento amoroso pode também sinalizar perigo; o homem ou a mulher violenta (o), por outro lado, revela uma hipersensibilidade, mostrando-se facilmente insultado (a), ferido (a) em seus sentimentos ou enfurecido (a) com o que considera injustiças contra si; o abuso verbal é também um sinal que pode preceder a violência física. O (a) agressor (a) poderá ser cruel, depreciativo, grosseiro. Tentará convencer sua parceira de que ela é estúpida, inútil e incapaz de fazer qualquer coisa sem ele (a); e se houver outros abusos no passado, ele (a) tentará negar, responsabilizando suas vítimas anteriores (4).

Todos os profissionais (100%) responderam que conhecem todos os tipos de violência contra a mulher.

A violência de gênero é caracterizada como qualquer ato que resulta em sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, inclusive atos como privação da liberdade, maus tratos, castigo, pornografia, agressão sexual e incesto (10).

Apesar disto, a violência nas relações de gênero não é reconhecida nos diagnósticos realizados nos serviços de saúde, sendo problema de extrema dificuldade para ser abordado (11).

A agressão do parceiro íntimo – também conhecida como violência doméstica, maus-tratos ou espancamento da esposa – é, quase sempre, acompanhada de agressão psicológica e, de um quarto a metade das vezes, também de sexo forçado. Na violência doméstica contra a mulher, o abuso pelo parceiro íntimo é mais comumente parte de um padrão repetitivo, de controle e dominação, do que um ato único de agressão física (12).

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Violência intrafamiliar é caracterizada por toda ação que acomete a integridade física e psicológica da mulher. Pode acontecer dentro ou fora de casa por qualquer membro da família.

A violência intrafamiliar não é, na maioria dos casos, claramente identificável. Origina-se de relações interpessoais assimétricas e hierárquicas, marcadas por desigualdade e subordinação. Pode ser fruto de uma crise não resolvida na família, ou pode ser um padrão de relacionamento que acompanha a história familiar daquele grupo. A ocorrência de violência intrafamiliar pode ser ocultada como um segredo, o que revela a coesão doentia deste grupo (13).

Quando questionados sobre a violência de gênero, qual é a que mais ocorrem, quatro profissionais (36,4%) dos funcionários responderam que a mais comum é a violência física, também quatro profissionais (36,4%) responderam que a que mais ocorre é a violência psicológica, dois profissionais (18,2%) disseram que a violência física e sexual são as mais comuns, e um profissional (9,1%) respondeu que a violência física e psicológica são as mais prevalentes.

Um Estudo transversal, planejado para construir amostras representativas de 436 mulheres residentes na cidade de São Paulo (SP) e 644 mulheres residentes na Zona da Mata de Pernambuco (ZMP), excluída a região metropolitana do Recife. A coleta de dados foi realizada entre 2000-2001. A violência sexual foi a de menor freqüência, mas quase sempre conjugada com outras violências. As mulheres que a referiram, 82,1% em SP e 71,8% na ZMP relataram que seus parceiros fizeram uso da força física para manter relações sexuais. Ainda dentre as mulheres que declaram ter sofrido violência sexual, 69,5 em SP e 67,6% na ZMP mantiveram relações sexuais por medo do que o parceiro pudesse fazer. Práticas sexuais degradantes ou humilhantes foram as menos citadas. Quanto à recorrência, 26 (27,4%) em SP e 37 (21,8%) em ZMP referiram um episódio; 31 (32,6%) em SP e 67 (39,4%) em ZMP referiram muitos episódios e o restante declarou poucos episódios (14).

Pesquisas em atenção primária apresentam uma frequência de 21,4% das mulheres relatando violência doméstica a partir dos 18 anos. Já em serviços de emergência, as ocorrências encontradas variam de 22% a 35% durante a vida da mulher (11).

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Em um estudo realizado na região do Butantã, no município de São Paulo, em um centro de saúde – escola, observa-se que a violência é uma comum entre as usuárias do serviço de saúde estudado. A ocorrência encontrada de violência doméstica física (34,1%) é ainda maior se for incluídos todos os casos de violência doméstica (física ou sexual), com 36,6% das mulheres relatando algum episódio (118 casos). Ou seja, uma em cada três usuárias dos serviços de saúde já viveu um episódio desse tipo na vida (11).

As agressões no âmbito doméstico são também muito mais repetitivas do que as cometidas por pessoas estranhas ou conhecidas da vítima, o que sugere um maior impacto sobre a saúde das mulheres submetidas a essas agressões, aumentando, assim, a responsabilidade dos serviços em sua detecção (11).

Uma pesquisa realizada que ouviu o relato de 827 mulheres acima de 16 anos de 27 capitais brasileiras quanto à violência doméstica e familiar por meio de entrevistas. Na percepção de 60% delas, esse tipo de violência aumentou nos últimos anos. Para 25% a violência continua igual, e apenas 14% acham que a violência diminuiu. Outro índice reforça o aumento da percepção: 62% das entrevistadas disseram conhecer mulheres que já sofreram violência doméstica e familiar. Dentre os tipos de violência sofrida, as mais citadas foram à física (55%), a moral (16%) e a psicológica (15%). [...] No ano de 2007 a violência domestica representou 15% das agressões, e no ano de 2009 esse índice aumentou para 19% (12).

Ao ser questionado se conhecem as fases do ciclo de violência, apenas três (27,3%) responderam que sim, seis profissionais (54,4%) responderam que não e dois profissionais (18,2%) não responderam essa questão.

A violência doméstica segue, muitas vezes, um ciclo composto por três fases, onde a 1º fase é a construção da tensão no relacionamento, podem ocorrer incidentes menores, como agressões verbais, crises de ciúmes, ameaças, destruição de objetos etc. Nesse período de duração indefinida, a mulher geralmente tenta acalmar seu agressor, mostrando-se dócil, prestativa, capaz de antecipar cada um de seus caprichos ou buscando sair do seu caminho; a 2º fase é a explosão da violência, que é marcada por agressões agudas, quando a tensão atinge seu ponto máximo e acontecem os ataques mais graves; e a 3º fase é a ‘lua de mel”, ou arrependimento do(a) agressor (a), que terminado o período da violência física, o agressor demonstra remorso e medo de perder a companheira (4).

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A violência conjugal e o estupro têm sido associados a maiores índices de suicídio, abuso de drogas e álcool, queixas vagas, cefaléia, distúrbios gastrointestinais e sofrimento psíquico em geral. Em relação à saúde reprodutiva, a violência contra a mulher tem sido associada às dores pélvicas crônicas, às doenças sexualmente transmissíveis, como síndrome da imunodeficiência humana adquirida (Aids), além de doenças pélvicas inflamatórias e gravidez indesejada (11).

Ao serem questionados sobre quais são os sinais e sintomas de violência contra a mulher, os profissionais apresentaram as seguintes respostas:

“Chorosa, medrosa, amendrotada, queixas vagas, algumas com manchas ou ferimentos”; “Medo, sente-se envergonhada, inibida durante a abordagem da equipe, marcas pelo corpo.”;“Nervosismo, tensão, desespero, medo, pânico, angústia, depressão, chorosa, insônia.”; “Depressão, tristeza, choro, arranhadura no corpo e na alma, dor física, marcas roxas pelo corpo.”; “Revolta.”; “Violência corporal, com hematomas, depressão, medo, insegurança.”; “Tremor, nervosismo, depressão.”; “Falta de auto - estima depressão, desconfiança.” ; “Psicológico abalado, hematomas.”; “As mulheres ficam tensas, temerosas, apresentando hematomas pelo corpo e geralmente não aguentam tocar no assunto.”; “Perturbação do sono, depressão e ansiedade, transtornos alimentares, fobias, dificuldade em reconciliar-se com os outros, marcas no corpo como hematomas, cortes e fraturas sem causas aparentes.”

Muitas vezes, as sequelas psicológicas do abuso são ainda mais graves que seus efeitos físicos. A experiência do abuso destrói a auto-estima da mulher, expondo-a a um risco mais elevado de sofrer de problemas mentais, como depressão, fobia, estresse pós-traumático, tendência ao suicídio e consumo abusivo de álcool e drogas (12).

A violência doméstica, estupro e abuso sexual na infância estão entre as causas mais comuns de transtorno de estresse pós-traumático em mulheres. Nesta patologia, a paciente experimenta sensação muito forte de estar revivendo o evento traumático, assume conduta evitativa, vive apatia emocional, tem dificuldades para adormecer, se concentrar e assusta-se com facilidade (12).

O acolhimento é elemento importante para a qualidade e a humanização da atenção. Por acolher entende-se o conjunto de medidas, posturas e atitudes dos

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profissionais de saúde que garantam credibilidade e consideração à mulher em situação de violência sexual. O acolhimento pressupõe receber e escutar essas mulheres, com respeito e solidariedade, buscando-se formas de compreender suas demandas e expectativas (15).

Há algumas formas simples de acolher essa mulher, de forma profissional e solidária como estabelecer uma relação de confiança com a vitima, não julgar a pessoa que você está atendendo. Todos nós temos limites enormes aos olhos dos outros. O julgamento é o maior obstáculo à comunicação, não infantilize a vitima! Ela já foi infantilizada demais pelo agressor, procurar ouvir e compreender, não tentar adivinhar, respeitar as limitações da vítima, tentar, de várias formas, passar para a vítima que pode compreender o que ela está vivendo (4).

A equipe de enfermagem foi questionada sobre como é feito o acolhimento desta mulher vítima de violência, obtemos as seguintes respostas:

“São acolhedores.”; “Quando é identificada alguma alteração a equipe fica atenta, se reúne (ginecologista, psicóloga, enfermeira, técnicos de enfermagem), para fazer melhor abordagem.”; “Passa pelo atendimento psiquiátrico, tratamento emergencial, medicação, acompanhada pela família.”; “Recebê-la como um ser desamparado que se sente anulada como mulher, ouvi-la atentamente no gestual e nos olhos, confortando-a no momento de choro.”; “Dar atenção psicológica mais corporal devido ao trauma.”; “Acolhimento psicológico, médico, para se sentir segura e se abrir.”; “Primeiro lugar tentar ouvi-la.”; “Orientar a procurar serviço de Psicologia.”;“Encaminhar a mulher para a delegacia da mulher.”; “Sala reservada com a enfermeira e psicóloga, orientações”

Os profissionais reconhecem a importância de um atendimento diferenciado, principalmente devido a um feedback prestado pelas mulheres atendidas (7).

A violência familiar, ainda que reconhecidamente de difícil abordagem para o profissional da área da saúde, não deveria ser vista como um problema de menor importância se comparada a tantos outros agravos de menor magnitude, mas que, habitualmente, recebem atenção especial e são ativamente investigados. As vítimas da violência esperam que seus cuidadores lhes ofereçam oportunidades para ultrapassar o

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muro do silêncio de forma segura, e caberia aos profissionais criar um ambiente propício a esta revelação (6).

A maioria das mulheres agredidas, quando procura os serviços de saúde, busca alívio dos problemas como um todo e não apenas o mero cuidado de feridas. Elas procuram apoio e desejam ser acolhidas. Elas querem respeito, privacidade, atenção integral e uma escuta efetiva pelos profissionais. Acima de tudo, desejam ser compreendidas nesse processo como vitimas, permitindo que as mulheres percebam a sua real intenção, visando sempre o desejo de transformação e superação da mulher (7).

Ao verificar como é a atitude do profissional quando a mulher apresenta sinais de violência, mas nega que foi violentada, a equipe fez o seguinte relato:

“Deixar claro que só é possível ajudar quem quer ser ajudado.”; “Respeito à individualidade da mulher, tentando colocar-se a disposição caso queira conversar (Denunciar).”; “Orientar procurar delegacia da mulher.”; “Conversarmos até que ela sinta-se segura e confiança para contar o que realmente houve, sem forçá-la a isto, ela sente o momento certo.”;“Orientar, sendo uma orientação espontânea.”; “Tentar convencê-la a se abrir para ajudar.”; “Assisti essa pessoa, informando-a com outros exemplos que normalmente acontece com outras mulheres e deixar que a mesma tome sua atitude por contra própria.”; “Orientar a procurar serviço de psicologia.”; “Conversar com a mesma para que ela se abra, dizendo que a minha intenção é ajudá-la, mais que para isso ela precisa denunciar o autor da violência, para acabar com o problema.”; “Encaminhá-la ao setor de saúde da mulher, aos cuidados da enfermeira e psicóloga.”

A Norma técnica recomenda que o atendimento psicológico deva ser iniciado o mais breve possível, de preferência desde a primeira consulta, mantido durante todo o período de atendimento e pelo tempo que for necessário (15).

É necessário que o serviço de saúde realize exame físico completo, exame ginecológico, coleta de amostras para diagnóstico de infecções genitais e coleta de material para identificação do agressor (15).

Na questão onde se pergunta qual é a norma / rotina da instituição em caso de violência sexual, responderam que:

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“Encaminhar ao conselho tutelar (menores) ou perícia (B.O.), verificar o tipo de agressão, caso seja sexual fazer rotina DST. Encaminhar a psicologia.”; “Encaminhada ao médico para avaliação e conduta.”; “Orientar a procurar a delegacia da mulher.”; “Comunicar a delegacia da mulher.”; “Encaminhar à delegacia de defesa da mulher.”

O serviço de saúde deve registrar no prontuário dessa mulher, dados referentes à violência, como recomenda o manual de normas técnicas do Ministério da Saúde. Providenciar atendimento de urgência, realizar o boletim de ocorrência policial e exame pericial de Corpo de Delito e Conjunção Carnal e outras medidas legais cabíveis.

A Lei n.º10.778, de 24 de novembro de 2003, estabelece a notificação compulsória, no território nacional, dos casos de violência contra a mulher, atendidos em serviços públicos e privados de saúde. O cumprimento da medida é fundamental para o dimensionamento do fenômeno da violência sexual e de suas conseqüências, contribuindo para a implantação de políticas públicas de intervenção e prevenção do problema (15).

Verificar o acesso e a necessidade da mulher às diferentes possibilidades de apoio familiar e social, incluindo-se abrigos de proteção. Em casos de gravidez, suspeita ou confirmada, deve-se considerar a demanda da mulher ou adolescente, identificando se manifesta desejo ou não de interromper a gravidez. Cabe aos profissionais de saúde fornecer as informações necessárias sobre os direitos da mulher e apresentar as alternativas à interrupção da gravidez, como a assistência pré-natal e a entrega da criança para adoção (15).

CONCLUSÃO

Concluímos que uma boa assistência de enfermagem, conhecendo os tipos de violência e como agir nestes casos facilita a abordagem à mulher violentada e prestação de cuidados necessários.

Vimos que os entrevistados reconhecem os sinais e sintomas quando uma mulher é vítima de violência, porém quando responderam sobre como é feito o

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acolhimento e abordagem da mulher, eles mostraram que sabem como deve ser feito, mas apresentaram despreparo profissional e emocional.

O correto acolhimento dessa equipe pode influenciar a vitima a relatar o fato ocorrido. Cabe ao profissional orientar a procurar os seus direitos, e encaminhá-la para um serviço de saúde especializado, conforme exposto pelo Manual de Atendimento do Ministério da Saúde.

Ressaltamos a dificuldade que os profissionais têm durante a formação, pois durante os cursos, tanto técnico e de graduação não tiveram um conhecimento especifico e necessário sobre violência contra mulher e como é feito o acolhimento, focando como o profissional deve agir diante dessa situação.

O profissional enfermeiro, líder de sua unidade de trabalho, tem como uma de suas principais atribuições, preparar sua equipe para realizar o correto atendimento as vitimas de violência de qualquer natureza, através da educação permanente, ou incentivando que a equipe busque conhecimento sobre o tema.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os profissionais que participaram da coleta de dados mostraram despreparo no acolhimento da mulher que sofre ou poderá sofrer algum tipo de violência, dificuldades para responder as questões. As enfermeiras não preparam a equipe para abordar e receber esta mulher, não faz rastreamento de violência na unidade, só uma enfermeira respondeu que é feito, que prepara a equipe, mas o restante respondeu que não.

A maioria sabia quais são os sinais e sintomas, tipos de violência e como encaminhar para serviço especializado de saúde.

Vale ressaltar que fomos bem recebidas por todos, só que esperávamos encontrar mais preparo dos profissionais, e um número maior de profissionais trabalhando na área da Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS

1. Fernandes, R.A.Q.; Narchi, N.Z. Violência contra a mulher. Enfermagem e saúde da mulher, 1ª / ed. São Paulo: Manole, 2007. 171 – 189 p.

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2. Oliveira, E.M, et al. Atendimento às mulheres vítimas de violência sexual: um estudo qualitativo. São Paulo, Revista de Saúde Pública, volume 39, número 3, Junho 2005.

3. Araújo, C.A.A, et al. Violência sexual: caracterização das vítimas em um hospital de Taubaté, São Paulo. Revista de Enfermagem UFPE, São Paulo, volume 2, número 3, 210-215. Julho / 2008.

4. Soares, B.M. Enfrentando a violência contra a mulher: orientações práticas para profissionais e voluntários (as). Secretária Especial para políticas para mulheres, Brasília, 21-58, 2005.

5. Martins, C., et al. Perfil dos enfermeiros e necessidade de competência profissional. Texto e Contexto Enfermagem – Florianópolis, volume 15, número 3, 472-478, Julho/Setembro 2006.

6. Moura, A.T.M.S.; Reichenheim, M.E. Estamos realmente detectando violência familiar contra a criança em serviços de saúde? A experiência de um serviço público do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública Rio de Janeiro, volume 21, número 4, Julho/Agosto 2005.

7. Freitas, F.C.; Lima, M.G.; Dytz, J.L.G. Atendimento à mulher vítima de violência sexual no Programa Violeta, Distrito Federal. Com. Ciências Saúde, Brasília, volume 18, número 3, 2007. 185 – 195, Março / 2007.

8. Davim, R.M.B.; Torres, G.V.; Santos A.R. Educação continuada em enfermagem: conhecimentos, atividades e barreiras encontradas em uma maternidade escola. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, volume 7, número 5, Dezembro 1999.

9. Peres, A.M.; Ciampone, M.H.T. Gerencia e competências gerais do enfermeiro. Texto e contexto – Enfermagem. Florianópolis, volume 15, número 3,Julho a Setembro 2006.

10. Faria, A.L.; Araújo, C.A.A.; Baptista, V.H. Assistência à vítima de violência sexual: a experiência de Universidade de Taubaté. Revista Eletrônica de Enfermagem, Taubaté, volume 10, número 4,1138-1143, Dezembro / 2008. 11. Schraiber, L.B, et al. Violência contra a mulher: estudo em uma unidade de

atenção primária à saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, volume 36, número 4, 470-477, Agosto / 2002.

12. Day, V.P, et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de Psiquiatria de Rio Grande do Sul, Porto Alegre, volume 25, Abril de 2003.

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13. Antoni, C.; Koller, S.H. A visão de família entre as adolescentes que sofreram violência intrafamiliar. Estudos de Psicologia (Natal), Rio Grande do Sul, volume 5, número 2, Julho/Dezembro 2000.

14. Schraiber, L.B, Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, volume 41, número 5, Outubro / 2007.

15. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica. Ministério da Saúde. Brasília. 5 – 67. 2005.

Responsável pela submissão Manal Khalil Abdouni

manall.ka@hotmail.com Recebido em 07/03/2013 Aprovado em 18/03/2013

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