SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO
Ambiente regulatório, evolução recente e perspectivas
10 de abril de 2017
Luciano Rodrigues
1.
Evolução recente
2.
Considerações sobre o mercado de açúcar
3.
Considerações sobre o mercado de etanol
4.
Ambiente
regulatório
e
os
desafios
associados ao CTT
75 /7 6 76 /7 7 77 /7 8 78 /7 9 79 /8 0 80 /8 1 81 /8 2 82 /8 3 83 /8 4 84 /8 5 85 /8 6 86 /8 7 87 /8 8 88 /8 9 89 /9 0 90 /9 1 91 /9 2 92 /9 3 93 /9 4 94 /9 5 95 /9 6 96 /9 7 97 /9 8 98 /9 9 99 /0 0 00 /0 1 01 /0 2 02 /0 3 03 /0 4 04 /0 5 05 /0 6 06 /0 7 07 /0 8 08 /0 9 09 /1 0 10 /1 1 11 /1 2 12 /1 3 13 /1 4 14 /1 5 15 /1 6 16 /1 7-p 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Cana (milhões ton)
Fonte: UNICA e MAPA. Nota: p - preliminar
EXPANSÃO ACELERADA DA PRODUÇÃO NO INÍCIO DOS ANOS 2000
Lançamento veículos flex fuel
Cotações do petróleo em alta
Estabelecimento da CIDE sobre gasolina
Redução da alíquota de ICMS sobre etanol em SP de 25% para 12%
Custo de produção competitivo
75 /7 6 76 /7 7 77 /7 8 78 /7 9 79 /8 0 80 /8 1 81 /8 2 82 /8 3 83 /8 4 84 /8 5 85 /8 6 86 /8 7 87 /8 8 88 /8 9 89 /9 0 90 /9 1 91 /9 2 92 /9 3 93 /9 4 94 /9 5 95 /9 6 96 /9 7 97 /9 8 98 /9 9 99 /0 0 00 /0 1 01 /0 2 02 /0 3 03 /0 4 04 /0 5 05 /0 6 06 /0 7 07 /0 8 08 /0 9 09 /1 0 10 /1 1 11 /1 2 12 /1 3 13 /1 4 14 /1 5 15 /1 6 16 /1 7-p 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Cana (milhões ton)
Fonte: UNICA e MAPA. Nota: p - preliminar
CRISE E ESTAGNAÇÃO DA PRODUÇÃO
Crise financeira mundial e restrição ao crédito
Pressões ambientais e mudanças no sistema de produção (exigência de ampliação acelerada da mecanização)
Geada, seca, florescimento
Avanço da produção em novas regiões
Excesso de oferta mundial de açúcar
• Dívida líquida por tonelada de cana (R$/tonelada)
Faixa de dívida líquida (milhões de toneladas)Moagem 2015/2016 %
Até R$ 50/ton 44,4 11,3% R$ 50 a R$ 100/ton 111,2 28,4% R$ 100 a R$ 150/ton 90,1 23,0% R$ 150 a R$ 200/ton 89,6 22,9% Acima de R$ 200/ton 56,1 14,3% Total 391,4 100% 125,40 129,97 129,13 151,05 152,22 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016
Elaboração: UNICA a partir dos balanços contábeis publicados por cerca de 147 usinas (63% da produção)
Endividamento das unidades produtoras
Vale mencionar que a situação é muito heterogênea entre as empresas do setor
• Despesa financeira líquida sobre a receita operacional líquida(%) 5,3% 4,7% 5,8% 0,6% 2,4% 20,5% -1,0% 6,4% 12,5% 12,6% 13,4% 17,0% 14,9% -5% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 20 03 /0 4 20 04 /0 5 20 05 /0 6 20 06 /0 7 20 07 /0 8 20 08 /0 9 20 09 /1 0 20 10 /1 1 20 11 /1 2 20 12 /1 3 20 13 /1 4 20 14 /1 5 20 15 /1 6 Safra 2008/09: elevação de 30% na taxa de câmbio Safra 2009/10: queda de 20% na taxa de câmbio
Elaboração: UNICA a partir dos balanços contábeis publicados por cerca de 147 usinas (63% da produção)
Out/2005 início do controle de preço da
gasolina
MERCADO DE AÇÚCAR
apresentou intensa
de recuperação de preços na última safra.
Redução
de
políticas
distorcivas
e
Evolução do mercado brasileiro de açúcar
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 19 89 /9 0 19 90 /9 1 19 91 /9 2 19 92 /9 3 19 93 /9 4 19 94 /9 5 19 95 /9 6 19 96 /9 7 19 97 /9 8 19 98 /9 9 19 99 /0 0 20 00 /0 1 20 01 /0 2 20 02 /0 3 20 03 /0 4 20 04 /0 5 20 05 /0 6 20 06 /0 7 20 07 /0 8 20 08 /0 9 20 09 /1 0 20 10 /1 1 20 11 /1 2 20 12 /1 3 20 13 /1 4 20 14 /1 5 20 15 /1 6 Produção ExportaçãoConsumo interno e estoque
Mil toneladas
1,8%a.a.**
Mercado de açúcar: perspectivas favoráveis
Reversão do quadro superavitário no mercado global a partir do ciclo (mundial) 2015/2016
Desvalorização do Real frente ao Dólar, em benefício das receitas geradas pela exportação de açúcar
Fonte: LMC. Nota: e - estimativa
Mercado mundial de açúcar: produção, consumo e razão entre estoque e consumo globais 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 20 01 /0 2 20 02 /0 3 20 03 /0 4 20 04 /0 5 20 05 /0 6 20 06 /0 7 20 07 /0 8 20 08 /0 9 20 09 /1 0 20 10 /1 1 20 11 /1 2 20 12 /1 3 20 13 /1 4 20 14 /1 5 20 15 /1 6 20 16 /1 7 20 17 /1 8 e Mi lh ões d e to n e la d a s
Estoque Consumo Produção
?
Retorno do quadro superavitário a partir de 2017/18Região Centro-Sul: produtividade agrícola média na safra
Defesa comercial do açúcar
Questionamento formal à OMC sobre as políticas protecionistas impostas pela
Tailândia ao comércio internacional do açúcar e análise da eventual abertura de painel
Defesa dos interesses do setor no processo de salvaguarda promovido pela China
Gestões para inserção do açúcar no Mercosul
Garantia da inclusão do açúcar e do etanol no
Competitividade do açúcar
Is to é -11 /03 /20 15 VILANIZAÇÃO do açúcar Bom Dia Br as il – 06 /0 3 /2 01 5 Ve ja – 22 /0 2/2 01 5PROJETO DE GESTÃO E PERCEPÇÃO DA IMAGEM DO AÇÚCAR
Campanha “Doce Equilíbrio” - desenvolvida pela Burson-Marsteller contratada pela UNICA
MERCADO DE ETANOL
marcado pelos
avanços na competitividade a partir de
2015 e recuo em 2017.
Futuro do produto na
Histórico da política de preços da gasolina
0,45 0,65 0,85 1,05 1,25 1,45 1,65 1,85 2,05 2,25 200 2 200 3 200 4 200 5 200 6 200 7 200 8 200 9 201 0 201 1 201 2 201 3 201 4 201 5 se t/ 16 out /16 no v/16 de z/ 16 ja n/ 17 fe v/ 17 m ar /17 ab r/17Preço de faturamento da gasolina na refinaria
7 anos com preços congelados
Preço líquido recebido pela refinaria
R$/litro (gasolina pura)
Fonte: ANP. Elaboração: UNICA.
Política mensal de avaliação dos preços
15/10/2016 ▼ 3,2% 07/11/2016 ▼ 3,1% 05/12/2016 ▲ 8,1% 05/01/2017 ▬ Sem alteração 27/01/2017 ▼ 1,4% 24/02/2017 ▼ 5,4% 31/03/2017 ▬ Sem alteração
Ajuste mensal do preço doméstico de acordo com a variação do
Nova política de preços de diesel e gasolina - PETROBRAS
Preços domésticos terão como referência o Preço de Paridade de Importação (PPI) acrescido de uma margem; A competitividade será função dos objetivos comerciais e financeiros
Alíquotas de ICMS X competitividade do hidratado
Fonte: ANP e UNICA
Estados
Alíquota de ICMS
Etanol Hidratado Gasolina
Alagoas 25% 29% Ceará 25% 29% Goiás 22% 30% Paraíba 23% 29% Pernambuco 23% 29% Piauí 19% 27% Paraná 18% 29%
Rio Grande do Norte 23% 29%
Sergipe 27% 29%
Alterações de ICMS com ampliação da
Exportação de açúcar pela região Centro-Sul
73,6 80,7 78,8 78,1 69,2 71,6 91,6 113,8 86,9 103,0 94,7 80,4 Preço médioda cana Açúcarbranco mercado interno Etanol anidro carburante Açúcar branco mercado externo Açúcar VHP Etanol hidratado carburante R$/ to n el a da de c a n a 2015/2016 2016/2017 Fonte: Consecana-SP Preço médio da cana-de-açúcar entregue pelos fornecedores E detalhamento por produto. Valores nominais médios do Estado de São Paulo
(abril – março)
Preço médio da cana-de-açúcar e produtos
Diferencial de tributação federal entre o etanol hidratado e a gasolina (% sobre o preço de bomba)
Nota: as alíquotas ad valorem foram calculadas com base proporção dos tributos federais, em R$/litro, no preço médio de bomba da gasolina C e etanol hidratado registado para cada período.
13%
2%
7%
11%
6%
jan/2002 jul/2012 jun/2013 fev/2015 jan/2017
Início da CIDE sobre a gasolina (R$ 0,28/l) CIDE-gasolina com alíquota zerada Crédito presumido de R$ 0,12/l para o etanol
Ajuste Pis/Cofins gasolina (+ R$ 0,12/l) e restabelecimento parcial da CIDE (+ R$ 0,10/l) Oneração do etanol – término do crédito presumido de R$ 0,12/l
Fonte: *Intended Nationally Determined Contribution
Segundo NDC apresentado e ratificado pelo Brasil à ONU, o País precisa até 2030...
Reduzir suas emissões de GEE em 43% abaixo do nível registrado em 2005
Aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional
para 18%
Ampliar a participação de fontes renováveis para pelo menos 33% da
oferta de energia elétrica
METAS BRASILEIRAS ASSUMIDAS JUNTO À ONU
Essa meta representa um aumento dos atuais
28
bilhões de litros de etanolcombustível consumidos anualmente, para
50
bilhões de litros em 2030POLÍTICAS PÚBLICAS E SETORIAIS NO ÂMBITO FEDERAL
Características e objetivos: Garantir a segurança energética e o abastecimento. Gerar benefícios ambientais, sociais e de saúde pública. Promover geração descentralizada de renda.
Estimular inovação na indústria nacional e a eficiência energética.
Preservar infraestrutura existente (distribuição, revenda) e frota apta ao uso do etanol.
Recuperar interesse do setor privado em novos investimentos.
Mudanças no ambiente regulatório e
repercussão nas operações de CTT
COBERTURA DE CARGA
Resolução CONTRAN nº 441/2013 - instalação de lona ou dispositivo similar nos veículos utilizados no transporte de carga sólida a granel nas vias abertas à circulação pública em todo território nacional exigindo que os veículos estejam adequadamente equipados para evitar derramamento de carga sobre a via, garantindo a segurança de outros motoristas.
Resolução CONTRAN nº 499/2014 - veículos utilizados no transporte canavieiro teriam até 01 de setembro de 2016 para se adequarem.
Resolução n.º 618/2016 - prorrogou para 1º junho de 2017 o início da exigência do enlonamento no transporte de cana, prazo necessário para disponibilização comercial dos equipamentos necessários.
LIMITAÇÃO PBTC
Limites CONTRAN
BREVE HISTÓRICO
2011 – MPT solicita extratos de pesagens das balanças das usinas do Triângulo MG.
2012 – Ajuizamento e concessão de liminar contra primeira usina mineira.
2013 – Usina faz o primeiro acordo com o MPT sobre o tema.
BREVE HISTÓRICO
Renegociação do TAC do Transporte em Minas
Prazo de cumprimento até 01/2022
Alteração do cronograma
DISCUSSÕES E MUDANÇAS RECENTES IMPORTANTES
Estabelecimento de “cláusula de barreira” – cargas superiores ao PBTC + 40% multa de R$ 200,00 por viagem
Multa de R$ 5,00 por tonelada de excesso, apurada pela diferença entre a carga total efetivamente transportada e aquela autorizada pelo TAC.
ALTERAÇÃO DA RESOLUÇÃO CONTRAN N.º 211/2006
Resolução CONTRAN 2011/2006, que estabelece os requisitos necessários à circulação de CVCs, passa a prever a possibilidade de emissão de Autorização Especial de Trânsito (AET) para veículos com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual ou inferior a 91 toneladas.
DISCUSSÕES E MUDANÇAS RECENTES IMPORTANTES
Autorização Especial de Trânsito (AET) para as Combinações de Veículos de Carga (CVC) com Peso Bruto Total Combinado (PBTC) entre 74 e 91 toneladas ainda depende de regulamentação do CONTRAN –exigências e condições para emissão da AET em discussão.