Fidelidade em Teoria de Campos
Rafael dos Santos Silveira
orientador: Mar o Mori oni
Fidelidade em Teoria de Campos
Rafael dos Santos Silveira
orientador: Mar o Mori oni
Niterói, Maiode 2015.
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
Sodoes the pain
Words are meaningless
Andforgettable
Agradeçoà minhafamília,porter me riado;
ÀIwata, Sakurai,Aonuma,Fils-Aime,eGareld,peloapoioemdiversasfasesdifí eis;
Aos amigos doCas-UFRJ, porterem meajudado noiní io dauniversidade;
Aos amigos doIF-UFF, porterem ajudado aterminar auniversidade;
Ao Google, por mepoupar muito tempo;
Ao meu orientador, pelapa iên ia durante o doutorado;
Ao CNPQ, peloapoionan eiro;
In this thesis, we present a method to ompute the quantum delity in eld theory. We
introdu e a repli a tri k to handle the square roots of operators and apply the method
to ompute the delity for freeeld theorieswith dierent masses. We alsoshow howto
Nesta tese, apresentamos um método para al ular a delidade quânti a em teoria de
ampos. Apresentamos um método de répli as para lidar om as raízes quadradas de
operadoreseapli amosométodopara al ularadelidadepara ateoriade amposlivres
ommassasdiferentes. Tambémmostramos omoapli arnossométodoemaproximações
Sumário
Introdução 1
1.1 Informação lássi ae quânti a . . . 2
1.1.1 Teoria de Shannon . . . 3
1.1.2 Entropia de von Neumann . . . 4
1.2 De oerên ia . . . 5
Fidelidade Quânti a 7 2.1 Introdução . . . 7
2.2 Misturas quânti as . . . 7
2.3 Matriz densidade em teoriade ampos . . . 10
2.4 Fidelidade e misturasquânti as . . . 11
2.5 Formulação de Jozsa-Uhlmann . . . 12
2.6 Exemplo . . . 13
2.7 Propriedades dadelidade de Jozsa-Uhlmann . . . 15
2.8 Exemplo: De aimento exponen ial . . . 16
2.9 Outras medidasde de oerên ia . . . 18
Fidelidade em Teoria de ampos 23 3.1 Fidelidade emTQC . . . 23
3.2 Extensão analíti a: Método darépli a . . . 24
Campo bosni o em 2D 33
4.1 Introdução . . . 33
4.2 Campo equivalente . . . 34
4.3 Massa equivalente . . . 35
4.4 Cál uloda delidade . . . 38
4.5 Teoremade Gel'and-Yaglom . . . 40
4.6 Análise dadelidade para amposbosni os . . . 43
Apli ações 47 5.1 Teorias interagentes . . . 47
5.2 Fonteexterna onstante . . . 49
Con lusões 51
Lista de Figuras
2.1 Função Partição . . . 11
2.2 Fidelidade em um aso simplesde de aimento exponen ial. . . 18
2.3 Exemplo do uso daentropia para determinar de oerên ia. . . 20
3.4 Evolução dos ampos,aquimostramos as ondiçõesini iais e nais dos
(2n + 1)n
ampos 274.5 Fidelidade para diferentes massa. Podemos notar que para massasmuito diferentes, adelidade iráa zero e émáxima para quando ambas as massas são iguais. 44
4.6 Fidelidade para diferentes dimensões de sistema. Para sistemas menores, hámais han es de similaridadeentre ossistemas. 45
Introdução
Quandorealizamosumamedida,realizamosuma omparaçãoentre algoque onhe emos,
e tomamos omo padrão, e um objeto ujas ara terísti as queremos identi ar. Dado
isso, é possível ter uma ideia do quão importante omparações são para omovemos o
mundo.
Quando pensamos na qualidade de transmissão, queremos que a mensagem re ebida
seja idênti a à enviada, mas, devido diversos fatores, pode o orrer perda de informação
enviada. Em geral essa perda se deve basi amente a dois efeitos: perda de informação
devido à inuên ia do meio externo, e à falta de re ursos para realizar a transmissão
[1℄ . Uma vez que sistemas quânti os tem sido ada vez mais utilizados para
transmi-tir informação, é ne essário também riar ferramentas para analisar a qualidade dessa
transmissão.
Para estados quânti os puros, esta omparaçãoé simples: basta aprojeçãonoespaço
dos estados entre dois sistemas. O mesmo não o orre para estados referentes a misturas
quânti as. Épre iso deniruma nova projeçãopara poder ompará-las.
A Fidelidade surge omo uma proposta para esta omparação, sendo utilizada para
medir o omportamentode sistemas reais em relação às suas ontrapartes, onsideradas
ideais. Estetipodemedidajávemsendoutilizadas omomedidade qualidadeemrelação
àperda de informação,dada interação omo ambienteemexperimentosquânti os [1,2℄,
teleportação quânti a [3,4℄, e riptograa [ 5℄.
Maspara realizartais omparações, se fazne essário onhe er asmatrizesdensidades
destes sistemas. Estas matrizes, em geral, são onhe idas através de repetidas
ópi a.
Cardy eCalabrese, emseus trabalhos [6,7℄ trouxeram o on eito de entropia de
ema-ranhamentopara a Teoria Quânti a de Campos(TQC), e abriramas portas para físi os
teóri os se aproximarem da informação quânti a, um território até então pou o
explo-rado por eles. Nestes trabalhos, o uso de ferramentas já onhe idas pelos ampistas,
simpli am o ál ulo daentropia quânti a em teorias om a simetria onforme [6,7℄.
Posteriormente, Cardy e Calabrese al ularam a negatividade [8,9,10℄ de um sistema
utilizandoferramentasdeTQC.Anegatividadeéumamedidadeemaranhamentode um
sistemaquânti o,eédenida omo
N (ρ) ≡
P (|λ
i
| − λ
i
) /2
,ondeλ
i
sãoosautovaloresda transposta par ialdeρ
,demonstrando queasideiasapresentadasnos primeirostrabalhos poderiamser apli adas além do al ulo daentropia de emaranhamento.Dado isto, nãoé difí ilimaginarmosoutrasmedidas nas quaispodemos utilizar
ferra-mentasteóri as parasimpli ara obtenção de seus valores.
Nesta tese apresentamos a delidade quânti a omo ferramentade omparação entre
dois sistemas des ritos por misturas quânti as. Após revermos on eitos referentes à
delidade,apresentaremosnosso métodoparao ál ulodadelidadeutilizandoométodo
da répli a para lidar om as raízes quadradas que surgem na expressão da delidade
quânti a.
Utilizaremosnossométodono ál ulodadelidadequânti aemsistemasdes ritospor
teorias de ampos livres, mas que tenhammassas diferentes. Posteriormentemostramos
omo este resultado pode ser apli ado emteorias interagentes.
1.1 Informação lássi a e quânti a
O estudo da teoria da informação foi ini iado por Claude Shannon em [11℄, onde ele
formulou os fundamentos do assunto. Neste artigo, Shannon mostra que o prin ipal
problema em omuni ações é reproduzir om exatidão a mensagem enviada no seu lo al
de re ebimento,ou que, pelomenos,o mais próximoo possível seja.
reprodução envolvem efeitos quânti os [12℄. Embora o primeiro artigo emteoria lássi a
da informação tenha sido publi ado em 1948, o estudo sistemáti o da área omeçou há
pou omaisdevinteanos,quandoforamabandonadososesforçosdeusarmétodos lássi os
para medire lassi ar informaçãoem sistemasquânti os.
1.1.1 Teoria de Shannon
Shannon[11℄apresentoudoisteoremasquedepoisforamgeneralizadosparaateoria
quân-ti a da informação. No primeiro teorema, é dada uma fórmula apaz de determinar o
máximo que se pode omprimir um sinal aleatório emitido por uma fonte, para que se
possa re uperar osinal original om omáximo de delidade[12℄.
Esteteoremaarmaqueumafonte
X
queemiten
possíveissinais om probabilidadesp
1
, p
2
, ..., p
n
, pode ser reduzida aN = (n H(X) + o(n))
bits e ser restaurada om alta e iên ia,ondeH(X)
éaentropia de ShannoneN
será opróximonúmerointeirode bits apósn H(X)
apósa a soma omo(n)
, que garante este ser um valorinteiro. A entropia édada porH(X) = H(
{p
i
}) = −
n
X
i=1
p
i
log
2
(p
i
).
(1.1)O segundo teorema, para situações emque existem limitações físi asfundamentais à
transferên ia de informação (ruído, largura de banda), estabele e a apa idade do anal
emtransmitirinformação. O teoremada odi ação de anal, também hamadoteorema
fundamentalda teoria da informação, determina que,
n
usos de anal de transmissãoN
que apresenta ruído, podem ser transmitidosn C
− o(n)
bits om maior e iên ia, ondeC
é hamada apa idadedo anal eé dada porC = max
p(X)
I(X; N(X)) ,
(1.2)
ondea maximizaçãoé feitasobre todas as possíveisdistribuiçõesde probabilidadeem
X
parao enviofeitopelo anal,N(X)
para osinal re ebido, dadoo envioX
. A informação mútua,I(X; Y )
, é denida porI(X; Y ) = H(Y )
− H(Y |X)
= H(X) + H(Y )
− H(X, Y )
,
(1.3)onde
H(X, Y )
éaentropiadadapeladistribuição onjuntadeX
eY
,eH(Y
|X)
é hamada entropia ondi ional deY
, dadoX
,e é dada pelaexpressãoH(Y
|X) =
X
i
p
X=X
i
H(Y
|X = X
i
).
(1.4)A informação mútua é uma medida da quantidade de informação que uma variável
aleatória ontém a er a da outra. Por exemplo, no aso de duas variáveis aleatórias
independentes
X
eY
, de probabilidadesp(x)
ep(y)
,p(x, y) = p(x)
· p(y)
, a informação mútua resultariaem0
omo seria esperado.1.1.2 Entropia de von Neumann
Sendoargumentostermodinâmi os,envolvendooaumentodaentropiaasso iadaao
traba-lhorealizadoporum sistema,vonNeumannfoi apazde deduziroequivalenteàentropia
de informação para um sistema quânti o, a entropia de von Neumann [12℄. Dado um
sistema quânti o des ritopela matrizdensidade
ρ
, sua entropiaé dada porS(ρ) =
−T r[ρ log
2
ρ].
(1.5)Lembrando que
ρ
é uma operador positivo denido, mostra-se que−T r[ρ log
2
ρ]
é uma grandeza bem denida. Asdemais propriedadespara matrizesdensidade emisturasquânti as serão apresentadas posteriormente neste trabalho. No aso de
ρ
ser des rita em sua base de autovetores, om autovaloresλ
i
, ela é diagonal, assim omo a matriz(
−ρ log
2
ρ)
om autovalores(
−λ
i
log
2
λ
i
)
, de formaque para este aso,S(ρ) = H(
{λ
i
}),
(1.6)1.2 De oerên ia
Name âni a quânti a, ade oerên iaquânti a éaperda da oerên iaoudoordenamento
das fases entre omponentes de um sistema em uma superposição quânti a. Esta perda
não evitaque diferentes elementos nasuperposição quânti a dafunção de onda onjunta
ambiente e sistema interram entre si. E este efeito é uma das origem do olapso da
função de onda.
Ade oerên ia[13℄,trazdiversasimpli açõesnaimplementaçãodainformaçãoquânti a
em omputadores quânti os reais. Aprin ipal,équesistemasquânti osreaisnun aestão
ompletamente isolados do meio externo, mas sim imersos e interagindo ontinuamente
om o meio. Esta área estuda, a partir do formalismo padrão da me âni a quânti a, a
formaçãode orrelações entre o sistemaquânti o e meio externo,e muitas vezes, oefeito
supressor que ainteração om o meiotraz sobre o sistema quânti o.
Sistemaspodem perder informação para o meio através das mais diversas interações.
Estetipodeestudofoiini iadoporZurekemumartigopubli adoem1991[14℄noqualele
rela ionaperda de informação nas medidas ausada por interações om o meio externo.
Em[15℄, Zurek mostra que, ao ontrário de sistemas lássi os, em sistemas quânti os as
interações externasnão podem ser des onsideradas aose realizaruma medida.
Em sistemas quânti os isolados, a evolução é dada por operadores unitários,ou seja,
estados puros permane em puros. Mas ao interagir om o meio externo, a pureza do
sistema, em geral, é perdida ao longo da sua evolução temporal. Esta inuên ia do
meio pode se dar na forma de a oplamento om seus graus de liberdade ou devido a
Fidelidade Quânti a
2.1 Introdução
Sistemaspurosname âni a quânti a são aquelesquepodemser representados atravésde
raio perten ente a um espaço de Hilbert, estando ontida toda informação no elemento
que hamamos estado do sistema. O primeiropostulado da me âni a quânti a dita que
toda informação de um sistema quânti o está denida, em um tempo espe i o
t
0
, por um raio|ψ(t
0
)
i
perten ente aoespaço dos estados.Assim omo vetores de um mesmo espaço vetorial, a omparação entre dois sistemas
puros pode ser realizada através do produto es alar entre os estados orrespondentes a
adaum deles. Sejam
|φi
e|ψi
dois estadosperten entes aum mesmoespaçode Hilbert. Podemos, por exemplo, ompará-los por meiodehφ|ψi =
Z
dA
hφ|AihA|ψi =
Z
dA φ(A) ψ(A) ,
(2.1)onde
|Ai
sãoestados onhe idosdosistema,tais omoposiçãooumomentolinear,eφ(A)
eψ(A)
, asprojeçõesdos sistemasnesses estados.2.2 Misturas quânti as
Diferente de estadospuros, quepodem ser des ritos na forma
|Ψi =
P α
i
|ψ
i
i
i
, onde
|ψ
i
i
formamuma basede estadosdepropriedades onhe idas,misturas quânti as representamensembles estatísti os para osistemae são des ritas utilizandomatrizesdensidades,
ρ =
X
i
p
i
ρ
(puro)
i
=
X
i
p
i
|ψ
i
ihψ
i
| ,
(2.2) omP
i
p
i
= 1
, isto representa que o sistema tem probabilidadep
i
de ser en ontrado no estado|ψ
i
i
.Dado um observável qualquer
A
dosistema, seu valoresperado dentrodo ensemble é dado pela soma ponderada porp
i
dos valores esperados deA
em ada um dos estados puros|ψ
i
i
. Sendo assim,hAi
ρ
=
X
i
p
i
hψ
i
| A |ψ
i
i = T r[ ρA ] .
(2.3)A matriz densidade apresenta asseguintes propriedades:
1.
T r[ ρ ] = 1
; 2.T r[ ρ
2
] 6 1
,sendo igual a 1se, e somentese,
ρ = ρ
puro
=
|ψihψ|
; 3.hAi
ρ
= T r[ ρA ]
;4.
ρ
é um operadorhermitiano;5. seus autovalores são não-negativos e representam a probabilidade de en ontrar o
sistema emum dado estado;
6. satisfaz a equação de von Neumann,
i~
∂
∂t
ρ = [H, ρ]
, ondeH
é o hamiltoniano que des reve o sistema;7. no aso de sistemas ompostos, perten entes ao espaço
H
A
H
B
, o estado pode ser es rito através do estadoρ
AB
= ρ
A
ρ
B
, ondeρ
A
eρ
B
representam ada um dos subsistemas e são dados pelos traçospar iais dosistemaρ
A
= T r
B
[ ρ
AB
] ,
ρ
B
= T r
A
[ ρ
AB
] .
(2.4)Existeuma maneirapelaqualestadosmistos podem ser representados atravésde estados
ρ
A
=
X
i
p
i
|ψ
i
ihψ
i
| ,
(2.5)onde os estados
{|ψ
i
i}
formam uma base ortonormal para o espaçoH
A
. Podemos in-troduzir um segundo sistema des rito pelo espaçoH
B
, que será uma ópia doespaço de HilbertH
A
, om uma base ortonormal{|φ
i
i}
. Podemos denir um estado puro para o sistema ompostoH
A
⊗ H
B
, daseguintemaneira|ψφi ≡
X
i
√
p
i
|ψ
i
i ⊗ |φ
i
i .
(2.6)Dessaformaaotomarmosotraçopar ialnoespaço
H
B
nesteestado|ψφi
re uperamos a matriz densidadeρ
A
. O sistemaB
, que não possui interpretação físi a, pode ser hamadode um sistema de referên ia, sendo apenas uma ferramentamatemáti a para apuri ação.
Podemosdemonstrar fa ilmentea validadedesta representação,
T r
B
[ρ
AB
]
= T r
B
[
|ψφihψφ| ]
=
P
ij
√
p
i
p
j
|ψ
i
ihψ
j
| T r [|φ
i
ihφ
j
|]
=
P
ij
√
p
i
p
j
|ψ
i
ihψ
j
| δ
ij
=
P
i
p
i
|ψ
i
ihψ
i
|
= ρ
A
,
(2.7)de forma que o traço par ial no espaço
H
B
nos forne e novamente a matriz densidade originalρ
A
.Um aso importanteéode estados assintóti os [6℄[7℄,ouseja
t
→ ∞
,onde já o orreu atermalizaçãodosistema,demodoqueeste seen ontraráemequilíbriotérmi oatempe-ratura
T
omum possívelreservatórioea matrizdensidadepar ialdosistema,ex luindo oreservatório, deve ser próxima aρ
→
e
−β ˆ
H
S
Z
,
(2.8)onde,
β = 1/k
B
T
,Z
≡ T r[e
−β ˆ
H
s
]
quânti o.
2.3 Matriz densidade em teoria de ampos
Para des rever a matrizdensidade utilizandoa teoria quânti a de ampospara sistemas
bosni os que interajam om um reservatório térmi o [6℄[7℄, omeçamos dis retizando
o espaço, riando assim, uma oleção de sítios, rotulados pela variável dis reta
~x
, que determina a posição espa ial do sítio. Podemos tratar, assim, problemas om domíniosde espaços nitos, semi-innitosou innitos. Mantemos otempo omo ontínuo.
Denotamos omo
n ˆ
φ
~
x
o
um onjunto de observáveis lo ais e omutantes entre si, om
autovalores
{φ
~
x
}
e autoestados{|φ
~
x
i}
, ara terizados pelaposiçãonarede~x
. Os estados produtos|
Q
~
x
{φ
~
x
}i ≡ ⊗
~
x
|φ
~
x
i
formamumabaseparaosistema omdinâmi ades ritapela hamiltonianaH
ˆ
.Por exemplo, poderíamos onsiderar o ampo fundamental de uma teoria bosni a
na rede ou, no aso fermini o, podemos tratar de uma das omponentes do spin em
parti ular. Então o estado assintóti o deste sistema poderá ser des rito omo
ρ
→
e
−β ˆ
H
S
Z
,
(2.9)ujoselementossão dados nabase
{|
Q
~
x
{φ
~
x
}i}
porρ
"
Y
~
x
{φ
~
x
},
Y
~
x
′
{φ
~
x
′
}
#
=
h
Y
~
x
{φ
~
x
}|ρ|
Y
~
x
′
{φ
~
x
′
}i =
1
Z(β)
h
Y
~
x
{φ
~
x
}e
−βH
|
Y
~
x
′
{φ
x
~
′
}i
(2.10)que pode ser es rita através de uma integral fun ional om ondições de ongurações
ini ial enal
|
Q
~
x
′
{φ
~
x
′
}i
e|
Q
~
x
{φ
~
x
}i
respe tivamente. Temosρ
Q
~
x
{φ
~
x
},
Q
~
x
′
{φ
~
x
′
}
=
1
Z(β)
R [Dφ]δ
φ(y, 0)
−
Q
~
x
′
{φ
~
x
′
}
×
×δ
φ(y, τ )
−
Q
~
x
{φ
~
x
}
e
−S
E
[φ]
,
(2.11) ondeS
E
= S
E
[
Q
~
x
{φ
~
x
}, ∂
µ
Q
~
x
{φ
~
x
}] =
R
β
0
L dτ
Figura2.1: Função Partição
onjunto de deltas indi a a ne essidade de realizar a omparação sítioa sítioda
ongu-raçãodosistema. Afunção de partição
Z[β]
,responsávelpelanormalizaçãoqueassegura queT r[ρ] = 1
,é en ontrada aoes olhermosQ
~
x
′
{φ
~
x
′
} =
Q
~
x
{φ
~
x
}
e, tambémpode ser repre-sentada de maneiraanálogaZ[β]
≡ T r
s
[e
−β ˆ
H
s
]
=
R [Dφ]δ
φ(y, 0)
−
Q
~
x
{φ
~
x
}
×
×δ
φ(y, τ )
−
Q
~
x
{φ
~
x
}
e
−S
E
[φ]
.
(2.12)No asodaintegralfun ional,istotemoefeitodeformarum ilindrode ir unferên ia
β
,juntando as extremidadesτ = 0
eτ = β
no espaço dos estados. A gura (4.1) ilustra esta ideia.2.4 Fidelidade e misturas quânti as
Édifí ilrealizaruma omparaçãoentresistemasqueseen ontramemmisturasquânti as,
des ritaspormatrizesdensidadedotipo
ρ =
P
ψ
p
ψ
|ψihψ|
. Adelidadeéapresentada omo uma generalização da projeção entre estados puros|ψi
, para o aso de estados mistosρ
[1℄[20℄. É uma medida omparativa entre dois estados que rela iona quão próximos elesestão no espaço dos estados quânti os. Mas embora meça a proximidade entre estados,
nãopode ser tomada omométri adesteespaço,apesarde ser possível riartaismétri as
apartir dadelidade [21℄.
Como medida de de oerên ia, ela ompara quanto um sistema real, interagente om
ρ
real
eρ
ideal
,F (ρ
real
, ρ
ideal
)
, mede a perda de informação que o sistema real sofre ao interagir om omeio externo em relaçãoao sistemaideal, ompletamenteisolado.2.5 Formulação de Jozsa-Uhlmann
Para formular a expressão de Jozsa-Uhlmann [1℄, onsideremos dois sistemas quânti os,
representados pelas matrizes densidades
ρ
1
eρ
2
, orrespondente ao espaço de HilbertH
de dimensãon
.Sejam
|Φ
1
i
e|Φ
2
i
um par qualquer de representações por meio da puri ação de S hmidt paraρ
1
eρ
2
, orrespondente ao espaço de Hilbert estendidoH H
′
. Podemos representar|Φ
1
i
damaneira|Φ
1
i =
X
i
pλ
i
|e
i
i ⊗ |m
i
i,
(2.13)onde,
λ
1
, λ
2
, ..., λ
n
são os autovalores deρ
1
orrespondentes à base ortonormal de auto vetores{ |e
1
i, ..., |e
n
i}
,e{ |m
1
i, ..., |m
n
i}
é uma base ortonormal arbitráriaparaH
′
. Da
mesma formapara
|Φ
2
i
|Φ
2
i =
X
i
√
µ
i
|f
i
i ⊗ |l
i
i.
(2.14)Podemossupor,semperdadegeneralidade,que
|Φ
1
i
e|Φ
2
i
perten emaHH
. Sendo assim,podemosrela ionarasdiversasbasesquetemosparaH
pormeiodetransformações unitáriasV
,U
1
, eU
2
|f
i
i = V |e
i
i, |m
i
i = U
1
|e
i
i, |l
i
i = U
2
|e
i
i,
(2.15)√
ρ
1
|e
i
i =
pλ
i
|e
i
i ,
√
ρ
2
|f
i
i =
√
µ
i
|f
i
i.
(2.16)Para estadosdaforma
|φi =
P
i
|f
i
i |f
i
i
,podemosusar aseguinterelação paraqualquer
(A
⊗ I)|φi = (I ⊗ A
T
)
|φi.
(2.17)
Este resultado pode ser obtido rees revendo a equação em termos da base
|f
i
i |f
j
i
paraoespaçoH H
. eutilizandoofatode que|φi
temapenas valoresnão nulos quandoδ
ij
difere de zero. Podemos rees rever os estados|Φ
1
i
e|Φ
2
i
na forma|Φ
1
i =
X
i
pλ
i
|e
i
i ⊗ |m
i
i =
X
i
√
ρ
1
U
1
|e
i
i ⊗ |e
i
i,
(2.18)|Φ
2
i =
X
i
√
µ
i
|f
i
i ⊗ |l
i
i =
X
i
√
ρ
2
U
2
T
V V
T
|e
i
i ⊗ |e
i
i.
(2.19)Sendo assim aprobabilidadede transição entre
|Φ
1
i
e|Φ
2
i
é dada porhΦ
1
|Φ
2
i =
X
i
he
i
|U
1
T †
√
ρ
1
√
ρ
2
U
2
T
V V
T
|e
i
i = T r
h
√
ρ
1
√
ρ
2
U
2
T
V V
T
U
1
T †
i
.
(2.20)Pode-semostrar[1℄queparaqualqueroperador
A
sobefeitodetransformaçãounitáriaU
, feita a maximização,γ = max
|T r[AU] | = T r[ |A| ]
. A maximação feitasobre a taxa de transição das representações puri adas,obtemosF (ρ
1
, ρ
2
) = max
|hΦ
1
|Φ
2
i|
2
=
T r
h
(
√
ρ
1
ρ
2
√
ρ
1
)
1
2
i
2
.
(2.21)Esta expressão pode ser fa ilmente al ulada para matrizesdiagonais,mas há
di ul-dadepara seu ál ulo emvários asos mais omplexos,tais omo matrizesdensidadenão
diagonais,innitas,oumesmo quando obtidasatravésda teoriaquânti a de ampos.
2.6 Exemplo
Umaprimeiraapli açãopossívelpara este resultado éna omparaçãoentre dois sistemas
queapresentam omportamentosdiferentes. Um desses sistemas des ritoex lusivamente
peloestado
|ψi
,eoutro que duranteo experimento pode apresentar osestados|ψi
, om probabilidadeigual a1
2
, e|φi
, om probabilidadetambémigual a1
Podemos es rever asmatrizesdensidade de ada sistema, real
ρ
R
eidealρ
I
, daformaρ
I
=
|ψihψ|
(2.22)ρ
R
=
1
2
|ψihψ| +
1
2
|φihφ|
(2.23)A delidade, nos dáque aproximidade entre estes estados édada por
F (ρ
I
, ρ
R
) =
T r
h
(
√
ρ
I
ρ
R
√
ρ
I
)
1
2
i
2
.
(2.24)Como o estado ini ial é puro, e sua matrizdensidade tambémé o projetor no estado
|ψi
, éválida apropriedadeP
|ψi
=
|ψihψ| = (P
|ψi
)
2
,
(2.25)e portanto podemos fa ilmente al ular
√
ρ
I
, uma vez que,√
ρ
I
=
pP
|ψi
=
q
(P
|ψi
)
2
= P
|ψi
= ρ
I
.
(2.26)Logo, a delidade pode ser es rita naforma
F (ρ
I
, ρ
R
) =
T r
h
(
|ψihψ|ρ
R
|ψihψ|)
1
2
i
2
,
(2.27)que pode ser reduzida à
F (ρ
I
, ρ
R
) = T r[ρ
I
ρ
R
]
=
hψ|ρ
R
|ψi
(2.28)
Substituindo nossa denição para
ρ
R
na expressãoa ima, obtemosF (ρ
I
, ρ
R
) =
1
2
,
(2.29)2.7 Propriedades da delidade de Jozsa-Uhlmann
A expressão de Jozsa-Uhlmann para delidade, dada pela equação [2.24℄, apresenta 6
propriedadesprin ipais[1℄:
1.
0 6 F (ρ
1
, ρ
2
) 6 1
,ondeF (ρ
1
, ρ
2
) = 1
se, esomenteseρ
1
= ρ
2
.2. simetriade tro a:
F (ρ
1
, ρ
2
) = F (ρ
2
, ρ
1
)
.3. aso um dos sistemas seja puro, por exemplo,
ρ
1
=
|ǫihǫ|
, temos:F (ρ
1
, ρ
2
) =
hǫ|ρ
2
|ǫi = T r[ ρ
1
ρ
2
]
.4. onvexidade: uma vez que
ρ
1
, ρ
2
>
0
, ep
1
+ p
2
= 1
, temosF (ρ, p
1
ρ
1
+ p
2
ρ
2
) >
p
1
F (ρ, ρ
1
) + p
2
F (ρ, ρ
2
)
.5.
F (ρ
1
, ρ
2
) > T r[ ρ
1
ρ
2
]
.6. multipli idade:
F (ρ
1
⊗ ρ
3
, ρ
2
⊗ ρ
4
) = F (ρ
1
, ρ
2
) F (ρ
3
, ρ
4
)
.Aprimeiraesegunda propriedadesde orremdiretamentedadeniçãodadaanteriormente
para delidade dos sistemas puri ados,
F (ρ
1
, ρ
2
) = max
|hΦ
1
|Φ
2
i|
2
. A ter eirapode ser
deduzidalembrandoqueparaum sistemades ritoporum úni oestado
ρ
1
=
|ǫihǫ|
,temosρ
1
= ρ
2
1
= √ρ
1
e substituindoemF (ρ
1
, ρ
2
) =
T r
h
√
ρ
1
ρ
2
√
ρ
1
1
2
i
2
.
Para provar a quarta propriedade, onsideremos
|ǫ
1
i
e|µ
1
i
puri ações paraρ
eρ
1
respe tivamente que perten em ao espaçoH H
′
e
|ǫ
2
i
e|µ
2
i
puri ações paraρ
eρ
2
queperten em aoespaçoH H
′′
, es olhidas de formaque
H
′
⊥H
′′
e
F (ρ, ρ
1
) =
|hǫ
1
|µ
1
i|
2
,
F (ρ, ρ
2
) =
|hǫ
2
|µ
2
i|
2
,
(2.30)de forma que para o espaço de Hilbert
H (H
′
⊕ H
′′
)
, o estado
|ǫi = λ
1
|ǫ
1
i + λ
2
|ǫ
2
i
é umapuri ação possívelparaρ
dadoqueλ
1
eλ
2
satisfaçam|λ
1
|
2
+
|λ
2
|
2
= 1
. E oestado|µi = η
1
|µ
1
i + η
2
|µ
2
i
é a puri ação para o estadop
1
ρ
1
+ p
2
ρ
2
, desde que|η
1
|
2
= p
1
e|η
2
|
2
= p
2
. Sendoassim para um parλ
1
eλ
2
arbitráriotemosTomandoo valormáximo através davariação dos parâmetros
λ
F (ρ, p
1
ρ
1
+ p
2
ρ
2
) >
|µ
1
hǫ
1
|µ
1
i|
2
+
|µ
2
hǫ
2
|µ
2
i|
2
.
(2.32)Substituindo os valores onhe idos, obtemos
F (ρ, p
1
ρ
1
+ p
2
ρ
2
) > p
1
F (ρ, ρ
1
) +
p
2
F (ρ, ρ
2
).
A quintapropriedade de orre diretamente dater eira e quarta propriedades, se zermos a expansãodeρ
2
omo uma soma ponderada de auto estados.A demonstração da sexta propriedade de orre do fato de que, para quaisquer
opera-dores
A
eB
, temosT r[A
⊗ B] = T r[A] · T r[B]
ep(A ⊗ B) =
√
A
⊗
√
B
.São estaspropriedadesquedenem adelidade,sendoasquatroprimeirasne essárias
para que a onsideremos omo uma projeção entre estados, e as duas nais de orrentes
apenas da expressãoobtida por Jozsa-Uhlmann.
2.8 Exemplo: De aimento exponen ial
Considere um sistema de 2 níveis,
|ψi
e|φi
, onde a energia do estado|ψi
é superior à orrespondente a|φi
. Neste experimento preparamos os estados de forma que sejam igualmenteprováveis. Neste aso podemos es rever a matrizdensidade ideal omoρ
I
=
1
2
|ψihψ| +
1
2
|φihφ| =
1
2
0
0
1
2
.
(2.33)Mas devido aalguma interação om o meioexterno, o orre um de aimentodo estado
|ψi
ao estado|φi
om onstante de de aimentoα
. Uma maneira de representar este sistema através damatriz densidade seriaρ
R
(t) =
1
2
e
−αt
|ψihψ| +
1
−
1
2
e
−αt
|φihφ| =
1
−
1
2
e
−αt
0
0
1
2
e
−αt
.
(2.34)Podemos fazer uma medida da qualidade do experimento através da delidade,
F (ρ
I
, ρ
R
) =
T r
h
(
√
ρ
I
ρ
R
√
ρ
I
)
1
2
i
2
.
(2.35)Éfá ilper ebemosqueparatempospróximosaosini iaisosistemasemanterápróximo
ao ideal e portanto, sua delidade se manterá próxima a
1
. Mas se tivermost
→ ∞
, o asoserásemelhanteaoapresentadonaseção2.6, então esperamosqueadelidade atinjaovalor
1
2
.Para simpli arnosso ál ulo,rees revemos amatriz
ρ
I
naformaρ
I
=
1
2
0
0
1
2
=
1
2
I
2×2
,
(2.36)Oquenos ajudará, dadoo fatode que sendo
I
2×2
amatrizdensidade2
× 2
,√
I
2×2
=
I
2×2
. UtilizandoapropriedadedotraçoT r[kM] = k T r[M]
,sendok
umes alar,obtemosF (ρ
I
, ρ
R
) =
1
2
(T r [
√
ρ
R
])
2
.
(2.37)Por ser diagonal,a matriz
ρ
R
tem sua raiz quadrada fa ilmenteobtida,logopρ
R
(t) =
q
1
−
1
2
e
−αt
0
0
q
1
2
e
−αt
,
(2.38)substituindo esta expressão no ál ulo dadelidade e obtemos
F (ρ
I
, ρ
R
) =
1
2
q
1
−
1
2
e
−αt
+
q
1
2
e
−αt
2
=
1
2
h
1 +
pe
−αt
(2
− e
−αt
)
i
,
(2.39)umaexpressãoquereproduzosresultadosesperadosemostraum omportamentodotipo
de aimentopara adelidade também. A gura(2.2) ilustrao omportamentodeste aso
para
α = 1[t]
−1
Figura 2.2: Fidelidadeem um aso simples de de aimentoexponen ial.
2.9 Outras medidas de de oerên ia
Quando falamos em medira de oerên ia, estamosfalando emmedir todaa inuên ia do
meio externo que possa ser tratada omo ruído em medidas feitas no sistema, e não
apenas perda de fase doestado quânti o.
Dado o fato de que todo omportamento de um sistema poder ser des rito por meio
de uma matriz densidade ou um onjunto das mesmas, é possível denir medidas de
omparação entre sistemas isolados e sistemas que sofram algum tipo de inuên ia do
meio externo.
Sendo assim, podemosdenir duas ategorias de medidapara de oerên ia: desvio do
sistemade um sistemapuro;ouodesvio dosistemade um sistemades ritoporumúni o
estado ou des ritos por um úni o estado emparti ular. Para ambos asos, omparações
om estados dependentes ou não dotempo.
externopode exer er sem afetar demaiso sistema quânti o.
Entropia Quânti a
A entropia quânti a [22℄[23℄[6℄, onhe ida omo entropia de vonNeumann, de expressão
S
vN
(t) =
−T r[ρ(t) ln(ρ(t))],
(2.40)assim omosua equivalente lássi a,forne e uma medidadomínimode re ursos (qubits)
ne essários para a transmissão de uma informação aleatória, além de ser uma forma de
medira orrelaçãoquânti a de uma partedosistema. Ou de maneirasimilarpoderíamos
utilizarsua expressão emprimeira ordem
s
(1)
(t) = 1
− T r[ρ
2
(t)]
(2.41)
Ambas forne emumamaneirademedir efeitosdomeioexternosobreo sistema
quân-ti oem onsideração. Apesar de não ser um ál ulo omparativoentre estados, forne em
odesviode um estadopuro queimaginamosser oideal. Paraestados puroséfá ilprovar
que
S
puro
vN
(t) = s
(1)
puro
(t) = 0.
(2.42)Qualquer valordiferentejá demonstra um efeitodo meio sobre osistema. Esta
abor-dagem é útil em situações onde sabemos que o sistema pou o se modi a de um estado
purosob efeitode sua dinâmi aouação do meio externo.
Consideremos um sistema de 2 estados que deveria se manter em seu estado
ex i-tado, mas que, devido à ação do meio externo, de aia ao estado fundamental, de forma
semelhante ao apresentado na seção (2.6). Na gura (2.9), vemos o grá o da entropia
quânti a eentropia de primeiraordempara este sistema,quando
α = 1 [1/t]
:Norma-1
Figura 2.3: Exemplo douso da entropiapara determinarde oerên ia.
D(ρ, σ)
≡
1
2
||ρ − σ||
1
,
(2.43) onde||M||
1
≡ T r[ |M| ] = T r
h
√
M
†
M
i
é a norma do traço de um operador de traço nulo
M
. EA =
√
B
é qualquer matriz positiva que apresente a propriedadeA
· A = B
. A norma-1 tem valores que variam no intervalo[0, 1]
, ondeD = 0
a onte e para estados idênti os, eD = 1
para sistemas ortogonais noespaço dos estados.A norma-1determina, na verdade, a han e de erro emdiferen iar sistemas
ρ
eσ
no espaço de estados através de medidas. Então, no aso de uma medida de de oerên ia,podemosinterpretar omoa han edeumsistemarealserdiferetedosistemaquejulgamos
ser ideal.
Normas de S hatten
Há ainda uma outra grandeza asso iada a normas mais gerais, hamadas normas de
S hatten[22℄[25℄,querela ionasistemas omseus estadossem orrelaçõesquânti asmais
D
p
= min
Ω
0
||ρ − ρ
c
||
p
,
(2.44)onde a minimizaçãofeitaé sobre todos osestados quânti os sem orrelaçõesquânti as, e
||M||
p
≡
T r
h
(M
†
M)
p
2
i
1
p
(2.45)
é anorma-pde S hatten. Dentre àsfamíliasde possíveisnormas,sedesta am anorma-1
que o orre para
p = 1
, apresentada omo possível medida para de oerên ia, ep = 2
, onhe ida omo norma de Hilbert-S hmit ou norma-2, que mede a dis órdia geométri a[25℄.
Um exemplo: onsideremosdois sistemaspuros, des ritos pelos estados
|ui
e|vi
per-ten entes ao espaçoH
,e al ulemos afamíliade normasentre estes dois sistemas:D
p
(ρ
u
, ρ
v
) =
||A||
p
≡
T r
h
(A
†
A)
p
2
i
1
p
,
(2.46)onde
A
≡ |uihu| − |vihv|
. Claramente,A
é um operador hermitiano, de traço nulo e de autovalores±p1 − |hu|vi|
2
e 0, om multipli idade
(dim(
H) − 2)
. Usando estas informaçõespodemos al ularD
p
:D
p
(ρ
u
, ρ
v
)
=
|||uihu| − |vihv|||
p
= 2 (1
− |hu|vi|
2
)
p
2
1
p
= 2
1
p
(1
− |hu|vi|
2
)
1
2
.
(2.47)
Mostrando que este ál ulo ébastantesimples entre estados puros.
Dentreasmedidasapresentadas,es olhemostrabalhar omadelidade,porapresentar
uma interpretação mais direta, sendo esta, uma generalização de projeção ou taxa de
transição entre os estados. Apesar daexpressão ser difí ilde ser al ulada para matrizes
densidade om muitos ou innitos graus de liberdade. Para estados térmi os, ontudo,
podemos demonstraratravés donosso trabalhoser possívelrealizareste ál ulopormeio
Fidelidade em Teoria de ampos
3.1 Fidelidade em TQC
Até aqui, apresentamos a delidade omo medida de omparação entre dois sistemas
des ritospormatrizesdensidade. Agoramostraremosque,apesardetereminnitosgraus
deliberdade,podemosmediradelidadeentre doissistemasbosni os,quejáatingirama
termalização om seu meioexterno. Esta medidateráoefeitode umaprojeçãonoespaço
dosestadosquânti os, medindo,dadaaevoluçãototaldosistema,oquãoosdoissistemas
são pare idos.
Iremos nosaprofundar no aso de amposbosni osem2dimensões, omopor
exem-plo, na omparação de um sistema real, representado por [6℄[7℄
ρ
R
(β)
→
e
−β ˆ
H
R
Z
R
,
(3.1)onde
H
ˆ
R
é a hamiltoniana que melhor modela o sistema, in luindo todas as possíveis interações, internasou externas, omum sistemaidealρ
I
(β)
→
e
−β ˆ
H
I
Z
I
,
(3.2)queapresentaevoluçãorepresentadapelahamiltoniana
H
ˆ
I
onsideradaidealoudesejada. A omparaçãoentre osdois sistemas,através dadelidade, é dada porF (ρ
I
, ρ
R
) =
T r
h
(
√
ρ
I
ρ
R
√
ρ
I
)
1
2
i
2
.
(3.3)3.2 Extensão analíti a: Método da répli a
Comoenfatizadoanteriormente,foraos asosemquetemosmatrizesdensidadesdiagonais
oude estados puros,o ál ulode raízes de operadores éuma tarefa bastante ompli ada,
espe ialmentepara misturasquânti as des ritas pelaTQC, ondetais operadores, são em
geral de dimensão innita e não diagonais.
Cal ularemosestasraízesatravésdeumaabordageminspiradanométododasrépli as.
Este método,bastanteutilizadonafísi aestatísti a parao ál ulodaenergialivrede um
sistema,vem daapli açãodarepresentação
Lim
n→0
Z
n
− 1
n
= ln Z ,
(3.4)onde ini ialmente onsideraremos
n
um número inteiro. É muito mais simples al ular umapotên iainteirade umamatrizdoqueumlogaritmo,realizandoagorao ál uloparan
ópias do sistema original, e no nal, tomamos o limite paran
→ 0
onde supomos a validade daextensão analíti ada expressão(3.4).Podemos ilustrar este tipo de método por meio de um exemplo simples: estamos
interessados em des obrir afunção
y(x)
que satisfaça aequação diferen ialdy
dx
= x
1
2
,
(3.5)rees revendo a equação naforma
dy
dx
= Lim
n→
1
2
x
n
,
(3.6)e integrando ambos oslados daequação emrelação a
x
,obtemosy(x) = Lim
n→
1
2
x
n+1
n + 1
+ cte .
(3.7)Tomando por m o limite, obtemos o resultado
y(x) =
2
3
x
3/2
+ cte
, que satisfaz às
ondições doproblema.
S
=
−T r [ρ ln ρ]
= Lim
n→1
S
(n)
S
(n)
=
1
1−n
ln T r [ρ
n
] ,
(3.8) ondeS
(n)
também é onhe ida omo entropia de Rényi.
Umúltimoexemplo simples,emquepodemosapli areste tipode ideia, éen ontrar a
raizquadradade uma matrizde rotaçãoem2dimensões. Podemos es rever umarotação
emduas dimensõesem função doangulo
θ
omoM =
cos θ
sin θ
− sin θ cos θ
,
(3.9) A matriz√
M
pode ser obtida atravésde√
M = Lim
n→
1
2
M
n
= Lim
n→
1
2
cos(nθ)
sin(nθ)
− sin(nθ) cos(nθ)
=
cos
θ
2
sin
θ
2
− sin
θ
2
cos
θ
2
(3.10)De forma quepara realizaro ál ulo desta delidade, denimos uma delidade
gene-ralizada
F
n
(ρ
I
, ρ
R
)
, de maneira análoga para simpli ar o ál ulo das raízes de matrizes naexpressão original. Deniremosesta função naforma:F
n
(ρ
I
, ρ
R
)
≡ (T r [ ((ρ
I
)
n
ρ
R
(ρ
I
)
n
)
n
]) = (T r [ ρ
n
I
ρ
R
ρ
n
I
ρ
I
n
ρ
R
. . . ρ
n
I
])
,
(3.11)utilizandoa propriedade í li a do traço:
F
n
(ρ
I
, ρ
R
) = T r
(ρ
I
)
2n
ρ
R
n
(3.12) de formaque:F (ρ
I
, ρ
R
) = Lim
n→
1
2
(F
n
(ρ
I
, ρ
R
))
2
.
(3.13)3.3 Método das répli as
Partimos dadenição quees olhemos para delidade generalizada,
F
n
(ρ
I
, ρ
R
) = T r
(ρ
I
)
2n
ρ
R
n
,
(3.14)rees revemos o traço omo
T r[ ˆ
A ] =
R [Dφ]hφ| ˆ
A
|φi
,F
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
Z
[Dφ
0
]
hφ
0
| (ρ
I
)
2n
ρ
R
n
|φ
0
i,
(3.15)e inserimosresoluçõesda identidade, dotipo
I =
R [Dψ
i
]
|ψ
i
ihψ
i
|
, de formaapropriadaF
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
R [Dφ
0
][Dψ
1
]...[Dψ
(2n+1)n
]
hφ
0
|ρ
R
|ψ
1
ihψ
1
|ρ
I
|ψ
2
i
×hψ
2
|ρ
I
|ψ
3
i . . . hψ
(2n+1)n
|ρ
I
|φ
0
i.
(3.16)
Identi amos oselementos
hψ
i
|ρ
j
|ψ
k
i
, omohψ
i
|ρ
j
|ψ
k
i =
1
Z
j
(β)
Z
[Dφ
l
]δ
{φ
l
(y, 0)
− ψ
k
}} δ {φ
l
(y, β)
− ψ
i
} e
−S
j
[φ
l
]
,
(3.17)onde
S
j
[φ
l
]
é a ação des rita pela evolução do ampoφ
l
om lagrangianaH
j
. De forma que aexpressão (3.16) possa ser expressa omoF
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
(Z
1
R
(β))
n
(Z
I
(β))
2n2
R [Dφ
0
][Dψ
1
]...[Dψ
(2n+1)n
][Dφ
1
]...[Dφ
(2n+1)n
]
×
×δ {φ
1
(y, 0)
− ψ
1
}} δ {φ
1
(y, β)
− φ
0
} e
−S
I
[φ
1
]
×
× δ {φ
2
(y, 0)
− ψ
2
}} δ {φ
2
(y, β)
− ψ
1
} e
−S
I
[φ
2
]
× · · · ×
× δ
φ
(2n+1)
(y, 0)
− ψ
(2n+1)
}
δ φ
(2n+1)
(y, β)
− ψ
2n
×
e
−S
R
[φ
(2n+1)
]
× · · · × δ
φ
(2n+1)n
(y, 0)
− φ
0
} ×
δ
φ
(2n+1)n
(y, β)
− ψ
(2n+1)n
e
−S
R
[φ
(2n+1)n
]
.
(3.18)Podemos simpli aresta equação usandoo fato de que
Z
Figura3.4: Evoluçãodos ampos,aquimostramosas ondiçõesini iais enaisdos
(2n +
1)n
amposF
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
(Z
1
R
(β))
n
(Z
I
(β))
2n2
R [Dφ
1
]...[Dφ
(2n+1)n
]
×
×δ
φ
1
(y, β)
− φ
(2n+1)n
(y, 0) e
−S
I
[φ
1
]
×
×δ {φ
2
(y, β)
− φ
1
(y, 0)
1
} e
−S
I
[φ
2
]
×
× · · · × δ
φ
(2n+1)
(y, 0)
− ψ
(2n)
(y, β)
}
e
−S
R
[φ
(2n+1)
]
×
× · · · × δ
φ
(2n+1)n−1
(y, 0)
− φ
(2n+1)n
(y, τ )
}
e
−S
R
[φ
(2n+1)n
]
.
(3.20)Podemos observar uma semelhança om o ál ulo da função partição, os ampos
φ
1
, . . . , φ
(2n+1)n
evoluem de formaa one tar suas ondiçõesini iais enais. A delidade generalizadaseráobtidaaosomarmosas ontribuiçõesdaspossíveisevoluçõesdestesam-pos. Este tipo de evolução pode ser representada pela gura (3.3). As diferentes ores
indi amqual oregimede evolução ada ampoobede e,azul laropara osistema ideale
azul es uropara o real.
3.4 Campo equivalente
Observando aexpressão obtidanaseção anterior, vemos que oproblema seassemelha ao
problemadeum ampo ontínuo,mas quepossuihamiltonianaquedes revesuaevolução
deter umafunçãodeonda ontínua. Apli aremosomesmotipode ideiasedes reveremos
o problema do ampobosni o omo um problema dependente doparâmetro
τ
. Aproveitando dasemelhança dotermo presente nadelidade generalizadaZ
n
=
R [Dφ
1
]...[Dφ
(2n+1)n
]
×
×δ
φ
1
(y, β)
− φ
(2n+1)n
(y, 0) e
−S
I
[φ
1
]
×
×δ {φ
2
(y, β)
− φ
1
(y, 0)
1
} e
−S
I
[φ
2
]
×
× · · · × δ
φ
(2n+1)n−1
(y, 0)
− φ
(2n+1)n
(y, β)
}
e
−S
R
[φ
(2n+1)n
]
.
(3.21)
om a denição queusamos para a função partição:
Z =
Z
[Dφ]δ
(
φ(y, 0)
−
Y
x
{φ
x
}
)
δ
(
φ(y, β)
−
Y
x
{φ
x
}
)
e
−S
E
[φ]
,
(3.22)faremos uso de um ampo equivalente, que onterá toda informação original do nosso
problema. Para tal, pre isamos lembrar que sob uma translação temporal, temos as
seguintes ondições:
y
→ y
′
= y
τ
→ τ
′
= τ
− a .
(3.23)
Neste aso, o ampose omporta daseguinte maneira
φ(y, τ )
→ φ
′
(y
′
, τ
′
) = φ(y, τ + a) ,
(3.24)
e aação asso iada, denida por
S[φ] =
Z Z
β
0
dy dτ
L[φ(y, τ)],
(3.25)pode ser es rita naforma
S[φ] =
Z Z
β+a
a
dy dτ
L[φ(y, τ − a)] =
Z Z
β+a
a
dy dτ
′
L[φ
′
(y, τ
′
)] .
(3.26)y
i
→ y
′
i
= y
i
τ
i
→ τ
i
′
= τ
i
− [ (2n + 1)n − i ] β
(3.27)
De formaqueos ampos assumem a forma:
φ
i
(y
i
, τ
i
)
→ φ
′
i
(y
i
′
, τ
i
′
) = φ
i
(y
i
, τ
i
+ [ (2n + 1)n
− i ] β) ,
(3.28)e a ação asso iadaa ada um:
S
X
[φ
i
] =
Z Z
[ (2n+1)n−i+1] β
[ (2n+1)n−i ] β
dy
i
dτ
i
′
L
X
[φ
′
i
(y
i
, τ
i
′
)] .
(3.29)Fazendo asubstituição na expressãoda delidade generalizada,obtemos
F
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
(Z
1
R
(β))
n
(Z
I
(β))
2n2
R [Dψ
1
]...[Dψ
(2n+1)n
][Dφ
1
]...[Dφ
(2n+1)n
]
×
×δ
n
φ
′
1
(y, (2n + 1)nβ)
− φ
′
(2n+1)n
(y, 0)
o
× · · · ×
×δ
n
φ
′
(2n+1)n
(y, β)
− φ
′
(2n+1)n−1
(y, β)
o
×
×e
−
Z Z
β
0
dy
i
dτ
(2n+1)n
′
L
R
[φ
′
(2n+1)n
(y
i
,τ
(2n+1)n
′
)]
×
×e
−
Z Z
2β
β
dy
i
dτ
(2n+1)n−1
′
L
I
[φ
′
(2n+1)n−1
(y
i
,τ
(2n+1)n−1
′
)]
×
× · · · × e
−
Z Z
(2n+1)nβ
[(2n+1)n−1]β
dy
i
dτ
1
′
L
I
[φ
′
1
(y
i
,τ
′
1
)]
.
(3.30)Podemos ver uma semelhança do nosso sistema de
(2n + 1)n
ampos evoluindo no intervalodetempoimaginário[0, β]
, ada amposevoluindode formaindependente, om um úni o ampo ontinuo equivalenteφ(y, τ )
˜
queevoluino intervalo[0, (2n + 1)nβ]
om umahamiltonianaH
˜
dependente do parâmetroτ
.˜
φ(y, τ ) =
φ
(2n+1)n
(y
i
, τ ) ,
0 6 τ < β
φ
(2n+1)n−1
(y
i
, τ
− β) ,
β 6 τ < 2β
φ
(2n+1)n−2
(y
i
, τ
− 2β) ,
2β 6 τ < 3β
· · ·
· · ·
φ
1
(y
i
, τ
− (2n + 1)nβ) ,
[(2n + 1)n
− 1]β 6 τ < (2n + 1)nβ
(3.31)que evolua om a lagrangianaasso iada
L[ ˜
˜
φ, τ ]
˜
L[ ˜
φ, τ ] =
L
R
,
0 6 τ < β
L
I
,
β 6 τ < (2n + 1)β
L
R
,
(2n + 1)β 6 τ < (2n + 2)β
· · ·
· · ·
L
I
,
(2n
− 1)nβ 6 τ < (2n + 1)nβ
(3.32)Com isto, a expressão da delidade pode ser es rita se es olhermos este ampo
equi-valente omo
F
n
(ρ
I
, ρ
R
) =
(Z
1
R
(β))
n
(Z
I
(β))
2n2
R [D ˜
φ]δ
n ˜
φ(y, (2n + 1)nβ)
− ˜
φ(y, 0)
o
×
×e
−
Z Z
(2n+1)nβ
0
dy dτ ˜
L[ ˜
φ,τ ]
.
(3.33)Ondedenimosapartirdestaexpressão, umafunçãopartiçãoequivalente
Z
˜
n
asso iada ao ampo equivalente˜
Z
n
[(2n + 1)nβ]
≡
Z
[D ˜
φ]δ
n ˜
φ(y, (2n + 1)nβ)
− ˜
φ(y, 0)
o
e
−
Z Z
(2n+1)nβ
0
dy dτ ˜
L[ ˜
φ,τ ]
,
(3.34)F (ρ
I
, ρ
R
) = Lim
n→
1
2
˜
Z
n
[(2n + 1)nβ]
(Z
R
(β))
n
(Z
I
(β))
2n
2
!
2
.
(3.35)Esta expressão ompara a evolução dos dois sistemas durante o tempo imaginário
β
, através da relação entre as funções de partição dos ampos originais e de um ampoCampo bosni o em 2D
4.1 Introdução
Para ilustramos omo o método pode ser utilizado, onsideremos um sistema bosni o
ideal em2D, de tamanho
L
eperiódi o,em ontato om um reservatório térmi oa tem-peraturaT
,asso iado aum ampoes alar quepossui umamassa idealm
I
e evolui livre-mente. Este sistema pode ser des ritopelalagrangiana,L
I
[φ(x, t)] =
1
2
(∂
x
φ)
2
+
1
2
(∂
t
φ)
2
+
1
2
m
2
I
φ
2
.
(4.1)Queremos omparar sua evolução om um sistema real, de massa
m
R
, viável experi-mentalmente. Des revemos este sistema através dalagrangianaL
R
[φ(x, t)] =
1
2
(∂
x
φ)
2
+
1
2
(∂
t
φ)
2
+
1
2
m
2
R
φ
2
.
(4.2)Os dois sistemas são idênti os, ex eto pelos valores de massas
m
I
em
R
. E têm seu omportamento assintóti o para um tempo imaginárioβ
≡
1
k
B
T
, sendo