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IFRS 15 Receita de Contratos com Clientes. O que muda no reconhecimento contábil

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IFRS 15

Receita de Contratos com Clientes

(2)

Agenda

 IFRS – Breve Histórico

 Receitas – Normas Vigentes

 IFRS 15 – Introdução

 IFRS 15 – Princípio Fundamental

 IFRS 15 – Etapas

 IFRS 15 – Impactos Esperados

(3)

IFRS

(4)

 A ideia de universalização das práticas contábeis tem origem no

período Pós-Guerra início dos anos 50 (necessidade de

integração econômica).

 Reacendeu nos anos 70 com a criação do IASC e FASB.

 Ensaiou seus primeiros passos na década de 90 inspirada no

conceito de harmonização.

 Tornou-se realidade em Setembro de 2003, inspirada no

conceito de convergência, quando a comunidade europeia

aprovou a adoção a partir de 2005.

 O Brasil fez a convergência em 2007 adequando sua legislação

societária (lei 11.638/2007) com adoção inicial para as

Demonstrações Contábeis encerradas no exercício de 2010.

(5)
(6)

Os reflexos das IFRS na contabilidade

 Convergência das normas de contabilidade

 O conceito do Valor Justo

 As questões contábeis segregadas das fiscais

 Princípios no lugar de regras

 Essência sobre a forma

 A contabilidade direcionada aos usuários externos

 Busca da transparência da informação

(7)

Receitas

(8)

As Normas Vigentes sobre Receitas

IFRS

CPC

IAS 11 - Contratos de Construção CPC 17 - Contratos de Construção IAS 18 - Receitas CPC 30 (R1) - Receitas

IFRIC 13 - Programa de Fidelidade CPC 30 (R1) - Interpretação A IFRIC 15 - Contratos de Construção

do Setor Imobiliário

ICPC 02 - Contratos de Construção do Setor Imobiliário

IFRIC 18 - Recebimento em

Transferência de Ativos de Clientes

ICPC 11 - Recebimento em

Transferência de Ativos de Clientes SIC 31 - Transação de Permuta

(9)

IAS 18 = CPC 30 (R1) - Receitas

• Princípio Fundamental

• “A receita é reconhecida quando for provável que os

benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e

possa ser medido de forma confiável.”

(Foco: nos riscos e benefícios)

• Identificação da transação

 Busca-se identificar a essência da transação. Exemplo: quando o preço de venda de um produto incluir um valor identificável para serviço subsequente, esse valor é diferido e reconhecido como receita, ao longo do período durante o qual o serviço é realizado.

 Transações em conjunto cujo efeito comercial não possa ser entendido sem referência à série de transações como um todo. Exemplo venda de produtos com celebração simultânea e separada de um contrato de recompra destes produtos

(10)

IAS 18 = CPC 30 (R1) - Receitas

• Venda de produtos: A receita será reconhecida quando:

 A entidade tiver transferido ao comprador todos os

riscos

e benefícios significativos da propriedade dos produtos

;

 A entidade não mantiver envolvimento gerencial contínuo

em um nível geralmente associado à titularidade nem

controle efetivo sobre os produtos vendidos;

 O valor da receita puder ser mensurado de forma

confiável;

 For provável que

os benefícios econômicos associados à

transação fluirão para a entidade

; e

 Os custos incorridos ou a serem incorridos em relação à

transação puderem ser mensurados de forma confiável.

(11)

IAS 18 = CPC 30 (R1) - Receitas

• Prestação de serviços. A receita será reconhecida quando:

 O valor da receita puder ser medido de forma confiável;

 For provável que os

benefícios econômicos associados à

transação fluirão para a entidade;

 O estágio de conclusão da transação no final do período de

relatório puder ser mensurado de forma confiável; e

 Os custos incorridos para a transação e os custos para

concluir a transação puderem ser mensurados de forma

confiável

(12)

IAS 18 = CPC 30 (R1) - Receitas

• Uso, por outros, de ativos da entidade que rendam juros,

royalties e dividendos

 For provável que os

benefícios econômicos associados à

transação fluirão para a entidade

; e

 O valor da receita puder ser medido de forma confiável.

• Divulgação

 Políticas contábeis adotadas

 A metodologia para determinar o estágio de conclusão das

transações que envolvem a prestação de serviços

 O valor de cada categoria de receitas reconhecida; e

 O valor de receita decorrente de trocas de produtos ou

(13)

IAS 11 = CPC 17 Contratos de Construção

• Esta norma é aplicada na contabilização de contratos de

construção nas demonstrações financeiras de empreiteiros

• Se um contrato cobrir vários ativos, a construção de cada ativo deverá ser

tratada como um contrato de construção quando: propostas; negociações

e custos e receitas puderem ser identificados separadamente.

• Um grupo de contratos, seja um único ou com vários clientes, deverá ser

tratado como um único contrato de construção quando: os contratos formam um pacote; estão inter-relacionados com margem de lucro global e são executados simultaneamente.

• Um contrato poderá prever a construção adicional de um ativo, a critério

do cliente, ou poderá ser alterado para incluir a construção de um ativo adicional. A construção do ativo adicional deverá ser tratada como um

contrato de construção separado quando: o ativo diferir significativamente dos ativos cobertos pelo contrato original; ou o preço do ativo for negociado sem levar em conta o preço original do contrato.

(14)

IAS 11 = CPC 17 Contratos de Construção

Reconhecimento das Receitas e Despesas do Contrato

• Quando o resultado de um contrato de construção puder ser estimado de forma confiável, suas receitas e os custos associados ao contrato de construção deverão ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, por referência ao estágio de conclusão da atividade do

contrato ao final do período de relatório. Uma perda esperada deverá ser

reconhecida como uma despesa imediatamente.

• Pelo método da percentagem completada a receita do contrato é reconhecida nos períodos contábeis em que o trabalho for executado. Os custos seguem o mesmo critério com a ressalva sobre perdas esperadas.

• O estágio de execução pode ser apurados de algumas formas:

(a) a proporção dos custos incorridos com o trabalho executado até a data, vis-à-vis os custos totais estimados do contrato;

(b) medição do trabalho executado; ou (c) evolução física do trabalho contratado.

(15)

Outras Normas Emitidas Anteriormente Sobre o Assunto Receita

 IFRIC 13 Programas de Fidelidade de Cliente

A interpretação trata da contabilização pela entidade que concede os créditos de prêmio aos seus clientes

 IFRIC 15 – Contratos de Construção do Setor Imobiliário

Essa Interpretação se aplica à contabilização das receitas e dos correspondentes custos das entidades que realizam a incorporação e/ou construção de imóveis diretamente ou por meio de subempreiteiras.

 IFRIC 18 - Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes

Esta Interpretação é aplicável à contabilização da transferência de itens do imobilizado pela entidade que recebe tais transferências de seus clientes.

 SIC 31 – Receita – Transações de Permuta Envolvendo Serviços de Publicidade

A questão sobre quais circunstâncias uma Vendedora pode medir de forma confiável a receita pelo valor justo de serviços de publicidade recebidos ou fornecidos em uma transação de permuta.

(16)

IFRS 15

(17)

Introdução a IFRS 15

• Contexto das IFRS

As questões contábeis segregadas das fiscais

Princípios no lugar de regras

Essência sobre a forma

A contabilidade direcionada aos usuários externos

(18)

Introdução à IFRS 15

• As normas vigentes apresentam modelos separados por:

– Contratos de Construção

– Bens, Serviços e uso de outros ativos que rendam juros, royalties e

dividendos

– Foco em riscos e benefícios econômicos

 A IFRS 15 apresenta um modelo único para obrigações de desempenho:

 Atendidas ou Alcançadas ao longo do tempo

 Atendidas ou Alcançadas em um momento específico

 Foco no controle ou seja no momento em que ocorre a transferência

(19)

Introdução à IFRS 15

 A IFRS 15 deverá ser aplicada nos exercícios encerrados a partir de 1º de Janeiro de 2017 mais provável 2018

 É a primeira Norma dentro do esforço de convergência que será aplicada

simultaneamente pelos diversos países que já adotam as IFRS e pelos Estados Unidos.

 A IFRS 15 não se aplica à contratos tratados por outras normas: – Contratos de Arrendamento Mercantil

– Contratos de Seguros

– Instrumentos Financeiros e outros Direitos e Obrigações Contratuais Abrangidas pelas Normas: IFRS 9 – Instrumentos Financeiros; IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas; IFRS 11 – Acordos Conjuntos; IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas e IAS 28 – Investimentos em Associadas e Joint-Ventures.

– Troca de bens não monetários entre partes de uma mesma linha de negócios realizadas com a finalidade de facilitar vendas a clientes e potenciais clientes.

(20)

Introdução à IFRS 15

ANEXOS DA IFRS 15

Anexo A - Terminologia:

Define os termos utilizados

Anexo B - Guia de Aplicação:

Detalha aspectos do texto principal da norma e situações específicas tratadas na norma principal no âmbito dos princípios gerais e inclui métodos para sua aplicação

Anexo C - Data e Transição:

Fornece informações sobre a data de aplicação da norma; os aspectos relacionados à transição na sua adoção inicial; e relaciona as normas revogadas

Anexo D - Emendas a outras Normas:

direciona as modificações necessárias em outras normas em decorrência da emissão da IFRS 15.

(21)

Introdução à IFRS 15

O Apêndice A da IFRS 15 apresentam as principais definições e termos utilizados;

• Contrato: é um acordo entre duas ou mais partes que cria direitos e

obrigações executáveis.

• Ativo Contratual: é o direito de uma entidade a receber contrapartida em troca dos bens e serviços transferidos para um cliente quando esse direito estiver condicionado a algo que não seja a passagem doe tempo.

• Cliente: é a parte que entrou em contrato com a entidade para obter bens e serviços resultantes das atividades ordinárias da entidade em troca de uma contrapartida.

• Obrigação de Pagamento: é a promessa contratual com um cliente de transferir a ele um bem ou serviço (ou um pacote de bens e serviços) que é distinto ou uma série de bens.

• Preço da transação: é o montante de contrapartida que uma entidade espera receber, em troca da transferência de bens ou serviços prometidos a um cliente, excluindo as quantias cobradas por conta de terceiros.

(22)

IFRS 15

(23)

IFRS 15 – Receitas de Contratos de Clientes

• O

princípio fundamental

da IFRS 15 é que

uma entidade

reconhece a receita para representar a transferência de bens

ou serviços prometidos aos clientes em um montante que

reflete a contrapartida de que a entidade espera ter o direito

em troca desses bens ou serviços.

Uma entidade reconhece a

receita de acordo com esse

princípio fundamental

aplicando

as seguintes

etapas

:

(24)

IFRS 15

Etapas para atender o

Principio Fundamental

(25)

Identificar o Contrato Identificar as obrigações de desempenho Determinar o preço da transação Alocar o preço da transação Reconhecer a Receita

(26)

Etapa 1: Identificar o contrato (s) com um cliente

Contrato é um acordo entre duas ou mais partes que cria

direitos e obrigações aplicáveis. Os requisitos do IFRS 15 se

aplicam a cada contrato que foi acordado com o cliente e

atende aos critérios especificados.

Em alguns casos, o IFRS 15 exige que uma entidade

contabilize dois ou mais contratos como se fosse um único

com o cliente. IFRS 15 também prevê requisitos para a

contabilização de modificações contratuais.

(27)

Etapa 1: Identificar o contrato (s) com um cliente

 As partes fazem acordo escrito ou oral e se comprometem a cumprir com suas respectivas obrigações.

 A entidade deve identificar os direitos de cada parte em relação aos bens e serviços a serem transferidos.

 A entidade deve identificar as condições de pagamento dos bens ou serviços que serão transferidos.

 O contrato tem substância comercial, isto é, espera-se que risco, prazo ou montantes dos fluxos de caixa futuros da entidade sofram mudanças como resultado do contrato .

 É provável que a entidade receberá contrapartida a que tem direito em troca dos bens ou serviços transferidos ao cliente.

(28)

Etapa 1: Identificar o contrato (s) com um cliente

 Um contrato não existe se cada parte tiver o direito de unilateralmente cancelá-lo quando ainda não tiver sido executado sem compensar a outra parte.

 O contrato é não executado se: (a) a entidade ainda não tenha transferido quaisquer bens ou serviços prometidos para o cliente; e (b) a entidade ainda não recebeu, e ainda não tem direito a receber, qualquer contraprestação em troca de bens ou serviços prometidos.

(29)

Etapa 2: Identificar as obrigações de desempenho no contrato

Contrato inclui promessas para transferir bens ou serviços à

um cliente. Se esses bens ou serviços são distintos, as

promessas são obrigações de desempenho e

são

contabilizados separadamente

. Um produto ou serviço é

distinto se o cliente pode se beneficiar do produto ou serviço

isoladamente ou em conjunto com outros recursos que estão

prontamente disponíveis para o cliente e

a promessa da

entidade para transferir o produto ou serviço ao cliente é

identificável separadamente de outras promessas no

contrato.

(30)

Etapa 2: Identificar as obrigações de desempenho no contrato

 É fundamental identificar as obrigações de desempenho

contratadas. Dentro de um único contrato (ou pacote de

contratos combinados) a obrigação de desempenho pode se

resumir a entrega de um único produto ou serviço.

 Critérios de distinção:

1) O cliente pode se beneficiar do bem o serviço por conta própria ou juntamente com outros recurso que estão prontamente disponíveis para ele.

2) A promessa da entidade de transferir o bem ou serviço para o cliente é identificável separadamente de outras promessas do contrato.

(31)

Etapa 2: Identificar as obrigações de desempenho no contrato

 Onde o bicho pega?

 Contratos com várias obrigações de desempenho. Por

exemplo: Construção; Software; Terceirização; Combos

Exemplo:

A entidade Beta vende um equipamento à entidade Alpha

incluindo sua instalação.

Neste caso o equipamento é um item distinto do contrato

assim como o serviço de instalação. Logo ambos configuram

obrigações separadas de desempenho.

(32)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

O preço da transação é a remuneração de um contrato que uma entidade espera ter o direito em troca de transferência de produtos ou serviços prometidos a um cliente. O preço da transação pode ser um montante fixo, mas às vezes pode incluir um montante variável ou uma contraprestação que não seja dinheiro. O preço da transação também é ajustado pelos efeitos do valor temporal do dinheiro se o contrato inclui um significativo componente de financiamento e por qualquer montante a pagar ao cliente. Se a contraprestação for variável, uma entidade

estima que o valor da contraprestação a que terão direito em troca de produtos ou serviços prometidos. A quantidade estimada da contraprestação variável será incluída no preço da transação apenas na medida em que é altamente provável que uma reversão significativa no valor da receita acumulada reconhecida não ocorrerá quando uma incerteza associada com a contraprestação variável é posteriormente resolvida.

(33)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

 O preço da transação pode incluir montantes fixos, variáveis ou ambos. Também poderá conter um componente financeiro um diferimento ou antecipação relevante da contraprestação em relação ao cumprimento da obrigação de desempenho pela entidade vendedora.

 A contraprestação variável leva em conta: descontos, créditos,

concessões de preço, devoluções, bônus, outros incentivos comerciais.

Além disso, devem ser consideradas: as incertezas durante um longo intervalo de tempo; grau de experiência com contratos semelhantes; a existência de fatores fora do controle e uma alta probabilidade de que não haverá uma reversão significativa de receita.

 A IFRS 15 apresenta dois métodos para determinação do preço da transação que inclui contraprestação variável . São eles: Método do valor esperado e o método do valor mais provável.

(34)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

 Método do valor esperado consiste no somatório dos montantes possíveis de receber ponderados pelas respectivas probabilidades. Este método será bastante útil em cenários em que há um grande número de contratos com características semelhantes.

 Método do valor mais provável consiste na única quantia mais provável em uma gama de possíveis valores em consideração. O valor mais provável pode ser uma estimativa adequada do valor da contraprestação variável se o contrato tem apenas dois resultados possíveis (por exemplo, uma entidade pode ter um prémio de desempenho ou não)

(35)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

Exemplo 1: Uma entidade vende roupas pelo preço contratual de R$ 100.00. Contudo, ao receber os produtos os clientes solicitam descontos, quando identificam pequenos defeitos. A experiência mostra que:

 60% dos casos o preço com desconto é de: R$ 100,00  25% dos casos o preço com desconto é de: R$ 90,00  15% dos casos o preço com desconto é de: R$ 80,00

Aplicando-se o método do valor esperado, a estimativa da contrapartida que se espera ter direito é apurada como segue:

Preço = R$ 100.00 x 60% = R$ 60.00 Preço = R$ 90.00 x 25% = R$ 22.50 Preço = R$ 80.00 x 15% = R$ 12.00

Valor esperado = R$ 94.50

O reconhecimento de receita será de R$ 94,50 Obrigação de reembolso – Passivo de R$ 5,50

(36)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

Exemplo 2: Uma empresa de contabilidade tem um contrato para refazer a escrituração de cinco anos de um cliente por R$ 100.000.00. Ao término do serviço, a escrituração será auditada por uma empresa especializada e caso o relatório do auditor não apresente nenhuma ressalva a empresa de contabilidade terá direito a um bônus de 15% sobre o preço definido em contrato. Considerando que trabalhos similares realizados anteriormente indicam que o bônus foi obtido é provável que o mesmo ocorra com este contrato.

Aplicando-se o método do valor provável, a estimativa da contrapartida que se espera ter direito (preço da transação) é R$ 115.000.00:

(37)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

Exemplo 3: Uma empresa do varejo fechou 10 contratos de venda, transferindo aos clientes 200 peças e recebendo à vista R$ 100.00 por peça transferida. A empresa de varejo concedeu aos seus clientes o direito de devolução de peças no prazo de 30 dias após a data da compra e o reembolso do valor pago pelo cliente. A empresa de varejo estima que 95% das vendas não são devolvidas.

Contabilização da transação:

Débito: Bancos (ativo) 20.000

Crédito: Receita de vendas 19.000 Crédito: Obrigação de reembolso (passivo) 1.000

(38)

Etapa 3: Determinação do preço de transação:

 Componente de financiamento significativo

A norma visa reconhecer a receita por um valor que reflita o preço de venda à vista do bem ou serviço quando o cliente obtive o controle desse bem ou serviço.

Exemplo: Um equipamento é vendido pela entidade B, com prazo de

entrega de dois anos, mediante pagamento antecipado na data da assinatura do contrato. A entidade B considera a existência de um componente de financiamento significativo nesta transação.

A IFRS 15 determina o reconhecimento de uma obrigação contratual e uma despesa de juros calculada com base em taxas habituais aplicadas em outras transações com o cliente.

(39)

Etapa 4: Alocar o preço da transação às obrigações de

desempenho do contrato

Uma entidade tipicamente

aloca o preço da transação para

cada obrigação de desempenho

em função dos preços

isolados / individualizados de venda de cada produto ou

serviço distinto prometido no contrato.

Se um preço de venda

isolado / individualizado não é observável, uma entidade o

estima.

Às vezes, o preço da transação inclui um desconto ou

uma contraprestação variável que diz respeito inteiramente a

uma parte do contrato. Os requisitos especificam quando

uma entidade aloca o desconto ou contraprestação variável

para uma ou mais, mas não todas, obrigações de

desempenho (ou produtos ou serviços distintos) do contrato.

(40)

Etapa 4: Alocar o preço da transação às obrigações de

desempenho do contrato

 Não há que se falar em alocação, se o contrato possuir uma única obrigação de desempenho.

 Como regra geral o preço de transação deve ser alocado para cada

obrigação de desempenho na proporção do seu preço de venda independente.

Questão: E quando o preço de venda independente não está disponível?

Estimar o preço de venda independente:

 Abordagem de valor de mercado ajustado

 Abordagem de custo esperado mais uma margem (=) Abordagem residual

(41)

Etapa 5: Reconhecer receita quando (ou como) a entidade

satisfaz uma obrigação de desempenho

Uma entidade reconhece a receita quando (ou como) satisfaz uma obrigação de desempenho através da transferência de um produto ou serviço prometido a um cliente (que é quando o cliente obtém o controle do produto ou serviço). O montante das receitas reconhecido é o montante destinado à obrigação de desempenho satisfeita. A obrigação de desempenho pode ser satisfeita em um ponto no tempo (tipicamente de promessas de transferir mercadorias a um cliente) ou ao longo do tempo (tipicamente de promessas para transferir serviços para um cliente). Para obrigações de desempenho satisfeitas ao longo do tempo, uma entidade reconhece a receita ao longo do tempo, selecionando um método adequado para medir o progresso da entidade até a satisfação completa da obrigação de desempenho.

(42)

Etapa 5: Reconhecer receita quando (ou como) a entidade

satisfaz uma obrigação de desempenho

 Quando o Controle é transferido ao longo do tempo

Critérios:

1) O cliente recebe e consome simultaneamente os benefícios fornecidos pelo desempenho da entidade. Exemplo: Serviços de rotina ou

recorrentes: segurança, limpeza.

2) O desempenho da entidade cria ou aprimora um ativo que o cliente controla conforme o ativo é criado ou aprimorado. Exemplo: Construir

uma edificação no terreno do cliente.

3) O desempenho da entidade não cria um ativo com uso alternativo para a entidade e a entidade tem o direito executável de exigir o pagamento pela execução concluída até o momento. Exemplo: Construir um ativo

especializado que só o cliente pode usar, ou construir um ativo a pedido de um cliente.

Se um ou mais destes critérios for atendido, a entidade reconhece a receita ao longo do tempo, utilizando o método que melhor reflita o seu desempenho (unidades produzidos, custos incorridos ou horas trabalhadas).

(43)

Etapa 5: Reconhecer receita quando (ou como) a entidade

satisfaz uma obrigação de desempenho

 Quando o Controle é transferido num determinado momento

Indicadores de que o CONTROLE foi transferido para o cliente  Se há uma obrigação presente de pagar por um ativo

 Se a posse física é transferida

 Se a titularidade legal é transferida

 Se os riscos e benefícios da propriedade são transferidos  Se aceitou o ativo

(44)

IFRS 15

Impactos esperados

(45)

Impactos esperados em algumas atividades

• Setor de produtos de consumo: Identificar se a transferência de controle ocorre no ponto de embarque ou ponto de entrega do produto. A IFRS 15 determina que se a transferência ocorrer no ponto de embarque parte do preço da transação deverá ser direcionado para um serviços distinto de cobertura de transporte e riscos.

• Setor de mídia: As empresas de mídia muitas vezes oferecem pacotes de

produtos e serviços aos seus clientes. Por exemplo, uma campanha publicitária multimídia pode incluir mais do que um tipo de mídia, por exemplo, impressa e televisão. Outro exemplo, é quando um jornal tem uma assinatura que inclui acesso tanto ao conteúdo impresso quanto ao digital. Aplicando a IFRS 15 para estes tipos de cenário, as entidades terão de avaliar se os bens e serviços prestados representam obrigações de desempenho separadas ou se devem ser contabilizadas como uma obrigação desempenho única. Quando se concluir que certos produtos ou serviços devem ser contabilizados separadamente, as entidades irão, em seguida, olhar para o preço de venda independente e repartir a quantidade relevante do preço de transação para cada bem ou serviço distintos.

(46)

Impactos esperados em algumas atividades

• Setor imobiliário: Forte discussão sobre o momento da transferência do CONTROLE: ao longo do tempo ou no momento que a obrigação de

desempenho for cumprida.

• Setor de tecnologia: Na identificação das obrigações de desempenho, por

exemplo, softwares: será necessário considerar se quaisquer serviços subsequentes, tais como serviços de consultoria para personalização / instalação, suporte ao cliente ou upgrades, representam elementos distintos para os quais a receita deve ser atribuída separadamente.

• Setor de telecomunicações: Na identificação das obrigações de

desempenho, por exemplo, combos: será necessário atribuir o preço de transação para cada produto ou serviço incluso no contrato e reconhecer a receita no momento ou ao longo do tempo. Modificação de contratos, por exemplo, aumentar ou diminuir minutos ou adicionar ou excluir serviços. A IFRS 15 determina que estes ajustes sejam prospectivos

(47)
(48)

Reflexões finais

 IFRS 15 – Uma norma global para um dos mais importantes indicadores financeiros – As Receitas

 O conhecimento prévio do conteúdo desta norma pode fazer a diferença na identificação de medidas que atenuem eventuais impactos adversos de sua aplicação.

 O cumprimento das obrigações de desempenho pode alterar o planejamento tributário, o alinhamento dos bônus, comissões e outros incentivos relacionados inclusive a capacidade de pagar dividendos.

 Revisão de cláusulas contratuais: por exemplo canais de distribuição, o momento da entrega de um bem ou serviço.

 Revisão dos processos contábeis e controle internos visando sua adequada documentação.

 Adequação dos sistemas corporativos para obtenção das informações adicionais necessárias inclusive para divulgação. Criação de registros paralelos.

(49)

Reflexões finais

 Conhecer o négocio da entidade, já era uma obrigação para os profissionais da contabilidade, com a IFRS 15 tornar-se-a um imperativo para o exercício da profissão.

 IFRS 15 esta muito além do mero registro contábil de uma nota fiscal.

 O principio fundamental da IFRS 15 foca na transferência de CONTROLE em detrimento da transferência de riscos e benefícios.

 Por último: A IFRS 15 tem na sua essência os princípios fundamentais que direcionam as IFRS como um todo, quais sejam:

 As questões contábeis segregadas das fiscais

 Princípios no lugar de regras

 Essência sobre a forma

 A contabilidade direcionada aos usuários externos

(50)

C

H

A

ompetência

abilidade

titude

Do que precisa o novo

contador?

Benedicto David Filho

bene@nucleoaudit.com.br

Referências

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