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UNIVERSIDADES ABERTAS PARA A TERCEIRA IDADE NO BRASIL: (RE)CONQUISTA DA CIDADANIA PELA EDUCAÇÃO

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UNIVERSIDADES ABERTAS PARA A TERCEIRA IDADE NO BRASIL: (RE)CONQUISTA DA CIDADANIA PELA EDUCAÇÃO

Mariana Teixeira Thomé 1 Antônio Rodrigues Neto2

RESUMO:

O envelhecimento biológico dos seres humanos, em uma perspectiva de direito e de Direitos Humanos, dá origem a relações jurídicas específicas, considerando as peculiaridades que são vivenciadas na etapa da velhice. Ao idoso, portanto, é conferida proteção especial, com o objetivo de resguardar a sua autonomia, sua participação social e sua dignidade humana. O presente artigo, extraído de pesquisa em desenvolvimento produzida em sede do mestrado em Direitos Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, tem como escopo analisar, a partir de pesquisa bibliográfica e documental, e valendo-se de método descritivo e exploratório, de que forma as Universidades da Terceira Idade (UTI) podem expandir a noção de cidadania, conceito extraído de Hannah Arendt, para pessoas idosas, promovendo o estímulo mental, a qualificação e (re)integração do idoso junto à sociedade. Como primeiros resultados qualitativos obtidos, extrai-se que a educação para a terceira idade é instrumental poderoso para a garantia de participação na comunidade e defesa da dignidade e bem-estar para pessoas idosas, razão pela qual as UTIs emergem como de fundamental importância para a (re)conquista da cidadania a partir do direito fundamental à educação. Palavras-chave: Cidadania; Terceira Idade; Universidade da Melhor Idade.

1 INTRODUÇÃO

Ao envelhecer, uma pessoa enfrenta um processo biológico natural a todas as espécies. A evolução da medicina e das tecnologias aliada a uma nova cultura sobre o envelhecimento têm trazido resultados. Em 2017, 76 anos marcavam a expectativa de vida do brasileiro, representando um aumento significativo de 29,6 anos para os homens e 31,3 anos para as mulheres, em comparação com indicador dos anos 1940 (IBGE, 2018, p. 08).

1 Mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPG-DH/UFMS).

Especialista em Direito Constitucional e Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Advogada. E-mail: marianatthome@hotmail.com.

2 Mestrando em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPG-DH/UFMS).

Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Advogado. E-mail: antonio.neeeto@gmail.com. Anais do XVI Congresso Internacional de Direitos Humanos. Disponível em http://cidh.sites.ufms.br/mais-sobre-nos/anais/

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Em uma perspectiva de direito, alcançar 60 anos de idade, ou o que se convencionou chamar por “terceira idade”3, representa atingir um status de proteção na ordem constitucional (BRASIL, 1988) e internacional (ASSEMBLEIA GERAL DA ONU, 1948). Para tanto, o texto constitucional brasileiro estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado dar o amparo necessário que a pessoa idosa vier a necessitar (BRASIL, 1988). Registra-se, ainda, a existência do Estatuto do Idoso, de 20034 (BRASIL, 2013).

Internacionalmente, a Resolução nº 46/91 da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU, 1991) surge após a realização das Assembleias Mundiais sobre o Envelhecimento, com o objetivo de, mesmo sem caráter vinculante, incentivar governos a incorporar os “Princípios das Nações Unidas para o Idoso” nos programas nacionais, sendo eles: independência, participação, assistência, realização pessoal e dignidade (RAMOS, 2013, 80).

Para tanto, o documento resguarda, dentre outros, o acesso à educação permanente e a programas de qualificação e requalificação profissional; a integração junto à sociedade, participando ativamente da formulação e implementação de políticas públicas para a garantia do bem-estar e o fortalecimento das relações intergeracionais; a garantia da proteção institucional, em ambiente seguro e humano, propiciando-lhes proteção, reabilitação, estímulo mental e desenvolvimento social; e, ainda o acesso a recursos educacionais, culturais, espirituais e de lazer (ASSEMBLEIA GERAL DA ONU, 1991).

A responsabilidade compartilhada e todo o aparato jurídico voltado à garantia dos direitos para as pessoas idosas perpassam esferas assistenciais, previdenciárias, trabalhistas

3 “Terminologias como terceira idade, melhor idade, pessoas idosas praticamente suprimiram a utilização do

termo velho para identificar as pessoas que acumulam muitos anos, constituindo-se muitas vezes em uma ofensa a preferência pelo uso desta palavra. Por outro lado, deve-se ter em vista que a utilização de uma expressão em detrimento de outra resulta muito mais do fato de que aquela que está sendo usada ser mais politicamente correta que aquelas que deixaram de ser utilizadas. Ademais, é preciso considerar a classe social a que pertence a pessoa que acumula muitos anos, fato importante para compreensão dos motivos pelos quais essas novas terminologias passaram a ser usadas” (RAMOS, 2014, p 37).

4 “Dando maior densidade ao direito à educação das pessoas idosas, a Lei n. 10.741/2003, estabelece no seu

art. 20 o seguinte: a) o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade; b) o Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a eles destinados; c) os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna; d) nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria; e) os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, ao público sobre o processo de envelhecimento; e f) o Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual” (RAMOS, 2013, p. 134-135).

Anais do XVI Congresso Internacional de Direitos Humanos. Disponível em http://cidh.sites.ufms.br/mais-sobre-nos/anais/

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e, especialmente, de Direitos Humanos. Além disso, evidencia-se, especialmente a partir da legislação internacional, a importância da educação como ferramenta de estímulo mental e de promoção da qualificação e (re)integração do idoso junto à sociedade.

Em que pese a existência de leis para tutelar direitos para pessoas idosas, Ramos (2014, p. 25-30) observa que a velhice, historicamente, tem sido encarada como um desvalor social especialmente nos modelos de sociedades capitalistas, fundando-se na ideia de que pessoas idosas seriam nada ou pouco úteis à produção e reprodução de riquezas. Com isso, à medida que a idade cronológica avança, a desvalorização social acompanha. A aposentadoria, nesse sentido, passa a ser carregada de estigmas e, inevitavelmente, representa a exclusão da vida social.

As Universidades da Terceira Idade (UTI), assim, emergem como política sócio educacional que objetiva promover a participação, autonomia e a (re)integração da população idosa na sociedade. Entende-se que os espaços de aprendizado que têm a terceira idade como público-alvo consistem em um meio de promoção e construção da cidadania a partir da educação.

Em razão disso, o presente artigo, valendo-se de método dedutivo e extraído de pesquisa em desenvolvimento produzida em sede do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPG-DH/UFMS), propõe, a partir da análise da evolução histórica das UTIs no Brasil, analisar de que forma essas Instituições expandem a cidadania, enquanto “direito a ter direitos” (ARENDT, 2012, p. 403), para pessoas idosas, trazendo-lhes benefícios sociais, culturais, científicos e técnicos por meio da educação.

O material é dividido em duas partes. O primeiro segmento ocupa-se da análise qualitativa da relação entre a educação para a terceira idade e a formação para a cidadania a partir do marco teórico proposto. No segundo segmento, propõe-se apresentar um histórico das Universidades da Terceira Idade no Brasil, contextualizando os programas por elas oferecidos. Nesse aspecto, utilizam-se de editais e demais documentos das instituições, especialmente de 2018 e 2019, para suporte documental.

Trata-se de um trabalho de caráter descritivo que objetiva lançar informações para futuras pesquisas sobre o tema, a fim de verificar de que forma a educação para idosos contribui para a participação em comunidade e do exercício da cidadania democrática e inclusiva, bem como verificar um panorama qualitativo das UTI identificadas pela pesquisa.

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2 EDUCAÇÃO NA TERCEIRA IDADE EM PROL DA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A previsão da igualdade como um dos “[...] valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”, tal como descrito no bojo do preâmbulo do texto constitucional brasileiro (BRASIL, 1988), culminou no estabelecimento da “[...] redução das desigualdade sociais” (BRASIL, 1988) e da “[...] promoção do bem de todos [...] sem quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988). Esses fatores foram fundamentais para a consecução, dentre outros, da cidadania e da dignidade humana (BRASIL, 1988), fundamentos do Estado Democrático de Direito em que vivemos. Assim:

Reconhecer e realizar a educação como direito humano e a Educação em Direitos Humanos como um dos eixos fundamentais do direito à educação, exige posicionamentos claros quanto à promoção de uma cultura de direitos. Essa concepção de Educação em Direitos Humanos é refletida na própria noção de educação expressa na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) (BRASIL, 2012, p. 02)

A partir dessa perspectiva, portanto, a igualdade pode ser percebida como intimamente ligada à conquista da cidadania, aqui entendida como “direito a ter direitos” (ARENDT, 2012, p. 403), possibilitando que pessoas pertençam e se sintam parte de um ordenamento jurídico em igual proporção aos demais. Respeita-se, assim, eventuais diferenças entre os cidadãos sem deixar que elas correspondam a desigualdades.

Essa perspectiva evidencia que aos idosos deve ser garantido tratamento igualitário, resguardadas as condições que particularizam a sua condição de idoso. Deve-se tutelar os seus direitos e permitir o acesso a espaços, destacando-se, nesse contexto, o acesso ao ambiente educacional. À educação, inclusive, foi atribuída a função constitucional de promover “[...] o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). Isso denota a íntima relação entre o ambiente educacional, a formação para a cidadania e a garantia da dignidade humana.

Nesse sentido, é o que dispõe Ranieri (2013, p. 56):

[...] a educação possibilita a difusão da democracia e dos direitos humanos, “valores cruciais” no mundo contemporâneo. Observa, ainda, tratar-se de um direito e dever fundamental social, regido pelo princípio da dignidade humana, bem como de um imperativo dos direitos humanos, sustento e guardião da vida, acrescentando que ela permite a consolidação da cidadania como “direito de ter direitos” de que nos fala Hannah Arendt.

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A educação para idosos, por sua vez, tem o condão de não apenas fornecer o conhecimento científico, mas possibilitar a participação social e o (auto)reconhecimento dos idosos como sujeitos detentores de direitos. O exercício da cidadania e a ocupação dos espaços pela terceira idade efetivas, relevantes para a construção de uma sociedade democrática, uma vez que

Não se pode ignorar a persistência de uma cultura, construída historicamente no Brasil, marcada por privilégios, desigualdades, discriminações, preconceitos e desrespeitos. Sobretudo em uma sociedade multifacetada como a brasileira, esta herança cultural é um obstáculo à efetivação do Estado Democrático de Direito. Assim, considera-se que a mudança dessa situação não se opera sem a contribuição da educação realizada nas instituições educativas, particularmente por meio da Educação em Direitos Humanos (BRASIL, 2012, p. 08).

Nessa perspectiva, as UTI possibilitam que a pessoa idosa possa conviver socialmente de forma autônoma e, assim, conquistar maior independência intelectual e física e elevar a sua participação social e em dignidade. Expande-se, dessa forma, a cidadania para a terceira idade. Nesse ponto, acompanha-se o pensamento de Moreira (2017, p. 239), para quem:

[...] a cidadania tem como pressuposto a existência de direitos para que as pessoas possam ter uma vida autônoma. Essa autonomia depende de condições objetivas e subjetivas de participação da vida social. Se as primeiras estão relacionadas com acesso a condições materiais, as segundas requerem o reconhecimento da igual dignidade dos indivíduos. Os direitos fundamentais são manifestações dessas condições necessárias para a realização da liberdade pessoal. Eles implicam a universalidade do acesso, o que nos permite dizer que são os direitos públicos subjetivos. Entretanto, eles também possuem uma dimensão objetiva, que enfatiza o papel das instituições estatais na realização desses direitos. Temos então diante de nós uma estrutura normativa centrada no dever governamental de promover a justiça social, um princípio que obviamente ocupa um papel extremamente importante na efetivação da cidadania.

Ramos (2013, p. 121), nesse sentido, afirma que não é possível enfrentar a desigualdade, especialmente aquela decorrente da idade, sem garantir o acesso à educação e qualificação permanentes, de forma que as pessoas mais velhas não sejam desfavorecidas em detrimento das mais novas. Para o autor (Id., p. 133): “Educar não significa apenas transmitir conhecimentos que interessam a quem ensina. O processo de educação é antes de tudo um processo de consciência, daí ser condição de libertação do próprio homem, daí a razão de ser considerado direito humano fundamental”.

Braga (2011, p. 83-84), em pensamento semelhante, observa que a educação para idosos é importante, também, porque consiste em um treinamento para se aprender a envelhecer, formação que nem sempre será formal. O aprendizado ao longo da vida, assim,

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associa-se à ideia de qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Além disso, entende que a necessidade de realização pessoal não encerra aos 60 anos, sendo a velhice um período oportuno para que o idoso busque satisfazer interesses pessoais, dentre eles o de conquistar uma formação. Além disso, é preciso considerar que

[...] segundo o IBGE (Censo 2000), a maioria da população não-alfabetizada no Brasil é composta por pessoas de idade mais avançada, ou seja, idosos e adultos mais velhos, especialmente as mulheres, os negros e afrodescendentes, os indígenas e os residentes nas áreas rurais e na região Nordeste (PERES, 2011, p. 631).

O fornecimento de conteúdos voltados à saúde e alfabetização da população idosa, por meio das Universidades da Terceira Idade, por sua vez, demonstram alinhamento à educação em Direitos Humanos e à transformação social do idoso na sociedade. Possibilitar que o idoso continue frequentando o espaço educacional é incentivar o contato e respeito intergeracional mútuo. Além disso, “[...] habilita o idoso a propor planos e realizar projetos de vida, construindo, continuamente, novas possibilidades de ser” (SILVEIRA; BORTOLOZZO; CARVALHO, 2009, p. 22). Silveira, Bortolozzo e Carvalho (2009, p. 29), ainda observam que:

A educação para a cidadania da pessoa idosa deve ter como uma de suas preocupações centrais o domínio de informações imprescindíveis para seu exercício, entre elas o conhecimento minucioso do Estatuto do Idoso e do Plano Nacional para a Pessoa Idosa. As atividades sócio-educacionais propostas precisam favorecer uma leitura contextualizada desses documentos, reforçando o compromisso dos idosos com as causas individuais e sociais da velhice.

Dessa forma, entende-se que a criação e manutenção de UTIs representa a conquista da cidadania a partir do conceito de Arendt (2012, p. 403), uma vez que incentiva que idosos conheçam seus direitos e conquistem as condições necessárias para uma velhice mais tranquila. Promove-se, dessa maneira, a inserção social e a capacitação dessas pessoas, permitindo-se que se sintam mais realizadas, transformando os estigmas e a discriminação existentes para com o envelhecimento na sociedade.

3 UNIVERSIDADES DA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

Conforme demonstrado previamente, a criação e a manutenção das UTIs corrobora para o exercício da cidadania por meio da educação. O presente item tem por objetivo traçar

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o histórico e verificar a incidência das UTIS nas cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

As Universidades da Terceira Idade (UTI ou U3I) surgiram em 1973, quando foram fundadas por Pierre Vellas. O processo de evolução dessas instituições é dividido em três gerações, que se distinguem pela sua finalidade precípua.

A primeira geração esteve atrelada a um modelo de serviço educativo, enquanto a segunda geração “[...] centrou suas atividades no conceito de participação e desenvolvimento das experiências dos idosos, preparando-os para intervir nos problemas da sociedade” (LEMIEUX, 1990 apud GOMES; LOURES; ALENCAR, 2005, p. 122). A terceira geração, por sua vez, baseou-se no planejamento de programações para os idosos que se aposentavam mais cedo.

Destaca-se que fatores, como a diversidade de atividades propostas aos idosos e a desigualdade social existente, influenciaram na construção de diferentes programas destinados à população idosa.

No que tange à evolução histórica do Brasil, destaca-se que as UTIs começam a se desenvolver no país a partir da década de 1980. Nesse período, algumas universidades desenvolveram seminários, cursos e encontros na área de educação destinados ao público idoso (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2015, p. 352). Desde então, as UTI “[...] têm proliferado nos centros urbanos e pautado novas discussões sobre o processo de envelhecimento na sociedade brasileira” (ASSIS; DIAS; NECHA, 2006, p. 199).

Em 1982, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) funda o Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI), com o fim de estudar e divulgar conhecimentos gerontológicos. O objetivo do núcleo, além de formar recursos humanos, consiste também em ampliar visibilidade do idoso na sociedade (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2015, p. 353).

No ano de 1984, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) organiza o Projeto Grupo de Atividades Físicas para a Terceira Idade. Nessa oportunidade, a instituição passa a ofertar diferentes atividades físicas aos idosos, possibilitando melhoria em sua qualidade de vida (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2015, p. 353).

Ao final da década de 1980, é criado o Núcleo de Assistência ao Idoso na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Esse setor contava com a participação de profissionais de diversas áreas do conhecimento e veio a dar início, posteriormente, à

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Universidade Aberta da Terceira Idade na instituição (OLIVEIRA; SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2015, p. 353).

É em 1990, no entanto, que essas universidades começam a se propagar no cenário nacional, sendo possível destacar a criação de núcleos voltados ao atendimento da população idosa. De forma geral, os programas de cada instituição utilizam abordagens distintas e seguem modelos pedagógicos diversos entre si, embora todos tenham por finalidade promover o resgate da cidadania e da autoestima dos alunos, incentivar sua autonomia e independência e inseri-los na sociedade por meio de um envelhecimento bem-sucedido (VERAS; CALDAS, 2004, p. 429). Atualmente, todas as cinco regiões do país possuem UTIs e, em alguns estados, as instituições podem ser encontradas tanto nas capitais, quanto em cidades interioranas.

O NETI, fundado pela UFSC, foi o primeiro programa do país a ofertar cursos de nível superior especialmente para os idosos (CACHIONI, 2005, apud IRIGARAY; SCHNEIDER, 2008, p. 212). O curso visa, além da capacitação dessas pessoas, a ampliação do conhecimento e a prática de atividades que permitem um envelhecimento ativo.

No âmbito da região Sul do Brasil, destaca-se a inauguração, em 2018, da UTI da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Para o primeiro semestre de 2019 a instituição ofereceu os cursos de: turismo na terceira idade, boxe para idoso com Parkinson, gastronomia para idosos (elaboração de hambúrgueres) e oficina de primeiros socorros para idosos (PUCRS, 2019).

A Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UNATI-UERJ) iniciou suas atividades em agosto de 1993, apesar de o Núcleo de Assistência ao Idoso da UERJ ter sido criado no final da década de 1980. A UNATI-UERJ atende idosos com idade mínima de 60 anos e tem por finalidade contribuir para a melhoria de sua saúde físico-mental e social. Também conta com um centro de convivência para idosos, que oferece cerca de cinquenta cursos e oficinas livres por ano.

No primeiro semestre de 2019, a instituição ofereceu cursos de: educação para a saúde; dança; oficinas de teatro; prática musical; criação em artesanato; línguas (alemão, espanhol, francês, italiano e inglês); e escrita. Disponibilizou-se, também, várias atividades gratuitas abertas ao público como: conferências, seminários, fóruns, workshops, palestras, encontros, rodas da saúde, aulas abertas, cine debate, café literário, exposições, comemorações, festas temáticas, etc. (UERJ, 2019).

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A região Sudeste conta com UTIs em todos os seus estados. Destacam-se os programas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

O programa da UFMG, denominado Projeto Maioridade, surge em 1993 e integra o “Programa Promovendo a Autonomia e Independência do Idosos na Comunidade”. O projeto tem por objetivo viabilizar o acesso dos idosos à universidade, bem como capacitá-los para um envelhecimento saudável e com qualidade de vida (UFMG, 2019). O conteúdo do programa é distribuído em quatro módulos: a) envelhecimento e saúde; b) movimento e qualidade de vida; c) aspectos psicológicos e sociais e d) cotidiano e cultura (UFMG, 2019). A UFES atende a população idosa por meio da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UNAPI), projeto que atende cerca de 150 pessoas idosas por semestre. A UNAPI “[...] tem o objetivo de, por meio da educação continuada, contribuir para o fortalecimento da cidadania do idoso, como sujeito de direitos, inserido em um contexto político, econômico e sociocultural”. No ano de 2019, as atividades da instituição são oferecidas em quatro módulos: saúde e qualidade de vida; psicologia, sociedade e opressões; idoso e cidadania; e memória e história (UFES, 2019).

Na região Centro-Oeste, todos os estados possuem Universidades Abertas para a Terceira Idade (UNATIs). Em 1998, a Universidade Católica Dom Bosco, do estado do Mato Grosso do Sul, cria o “Programa Universidade da Melhor Idade”. O projeto “[...] compreende que o idoso é um cidadão de direitos que deve ser valorizado, pois contribui para a construção de novos valores e esclarecimento dos direitos do idoso tanto na Universidade quanto na sociedade” (UCDB, 2019).

Segundo a instituição, “[...] A Universidade da Melhor Idade possui uma equipe técnica formada de profissionais qualificados nas áreas de Pedagogia, Psicologia, Nutrição, Educação Física, Fisioterapia, Letras, Enfermagem, História, Serviço Social e outros”. Dentre os cursos oferecidos aos participantes, destacam-se os de: português, espanhol, informática, nutrição, saúde do idoso, dança, hidroginástica, hidroterapia, psicologia intergeracional, artesanato social e jogos de mesa (UCDB, 2019).

Na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), a UNATI integra o “Programa de Gerontologia Social” (PGS) e oferece semestralmente disciplinas gratuitas em que podem participar as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Para o primeiro semestre de 2019 foram ofertadas, dentre outras, as seguintes disciplinas: inglês, francês,

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espanhol, fotografia, ginástica funcional, aplicativos para celular, dança circular, teatro básico, ética e cidadania e alfabetização para idosos.

Na Universidade de Brasília (UNB), o “Programa Universidade do Envelhecer” (UNISER) tem por finalidade oferecer ações educativas que permitam a ampliação das capacidades e habilidades dos idosos. Assim, busca-se estimular o empoderamento, a cidadania e o desenvolvimento humano e social dos alunos. Todo semestre é ofertado o curso de ‘educador político social no envelhecimento humano’ com o objetivo de “[...] despertar a esperança de um mundo melhor em que se pratique a compreensão mútua no qual os progressos no conhecimento sirvam de instrumentos para a promoção de um envelhecimento saudável e ativo” (UNB, 2019).

No que tange à região Nordeste, todos os seus estados possuem UNATIs. No ano de 1988, a Universidade Estadual do Ceará (UEC), sensibilizada com as necessidades da população idosa da região, cria a Universidade Sem Fronteiras (UNISF), que tem por missão educar de forma continuada por meio de “[...] ações conscientes, desenvolvendo o bem-estar, o crescimento pessoal e a integração de todas gerações na sociedade” (UEC, 2019).

A instituição visa estimular as pessoas idosas a conquistarem novos espaços sociais; a adquirirem novos conhecimentos; construírem novas amizades; realizarem viagens; e participarem de festas e atividades de dança. Desde 2001, a UNISF oferece curso de alfabetização gratuita aos alunos que não tiveram acesso à escola no período regular (UEC, 2019).

Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a UNATI é uma extensão do “Programa do Idoso” (PROIDOSO) e tem por finalidade promover ações para melhorar a qualidade de vida dessa faixa etária e facilitar a sua integração na sociedade contemporânea. Dentre os cursos ofertados destaca-se, também, o curso de alfabetização (UFPE, 2019).

Em relação à região Norte, em 1991 foi implantado, na Universidade Federal do Pará (UFPA), o “Programa de Extensão Universidade da Terceira Idade” (UNITERCI), que tem por finalidade ressignificar a velhice valorizando a pessoa idosa e promovendo a sua inclusão social. São quatro áreas do programa: arte e cultura; corpo, movimento e qualidade de vida; graduação permanente e atualização cultural na terceira idade (MEC, 2019).

A UNATI da Universidade Federal do Estado do Acre (UFAC) ministra aulas para alunos idosos sobre diversas temáticas, dentre elas: informática, dança, coral e desenho. O programa fornece 40 vagas todos os anos. No ano de 2018, a UFAC promoveu o programa “Cartas com amor: encontros mediados pela leitura” com o intuito de desenvolver a escrita

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acadêmica, “[...] a interação e a escuta do outro, bem como, viver uma experiência de mestre de leitura como aquele que dá o que recebeu com o ato de ler” (UFAC, 2019).

Com exceção do estado de Rondônia, todos os estados da região Norte possuem um programa de extensão voltado à Universidade da Terceira Idade. Naquele estado, embora a única universidade pública da região não possua uma UNATI, constantemente são realizados programas voltados aos idosos. Em novembro de 2018, por exemplo, foi realizado o 1º Simpósio sobre envelhecimento saudável na capital. O evento foi uma ação do projeto de extensão institucionalizado em fevereiro de 2018, denominado “Promovendo a Saúde da Pessoa Idosa na Comunidade” (DIÁRIO DA AMAZÔNIA, 2019).

Como se observa, desde os anos 1980, projetos, isolados ou inseridos dentro de programas de extensão ou de nível superior, surgem para ofertar conhecimento à população idosa em todo o país. Nesse sentido, Cruz Junior e Wenceslau (2018, p. 170) afirmam que “[...] com as políticas públicas educacionais adequadas – a pessoa idosa pode melhorar a sua qualidade de vida e a participação social. Não se deve esquecer que as políticas públicas são também auxiliares na extinção das formas de discriminação que ainda os rodeiam”.

Pela análise, é possível identificar a existência de UTIs em todas as regiões do território nacional. De modo geral, evidencia-se que a finalidade das UNATIs analisadas relaciona-se à capacitação das pessoas idosas para que o envelhecimento não venha a representar, inevitavelmente, a exclusão social. Objetiva-se desconstruir os estigmas e o desvalor social culturalmente associados.

Todos os programas sinalizados demonstram o reconhecimento da importância de se abrir espaço para a população idosa nos ambientes acadêmicos. Percebe-se que as Universidades da Terceira Idade são de fundamental importância para promover a inserção do idoso na sociedade e o exercício da cidadania. A finalidade precípua das UNATIs relaciona-se em capacitar as pessoas idosas por meio da educação.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O reconhecimento jurídico do papel transformador da educação culminou no estabelecimento, no texto constitucional, do seu propósito de formar para a cidadania. Assim, educação e cidadania foram forjadas como matérias fundamentalmente sociais, em razão de ser o direito fundamental à educação, também, o responsável por formar os cidadãos

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que compõem o tecido social. Para tanto, essa educação deve ser gratuita, de forma que todos possam gozar de um mínimo de participação social (como é o caso da alfabetização) e permanente. A finalidade precípua é inserir e manter a população no mercado de trabalho, permitindo-lhe o acesso a outros direitos e a aquisição de espaços públicos.

O envelhecimento culturalmente tem exercido efeito contrário, afastando os idosos do convívio social e os limitando em sua autonomia, realização pessoal e dignidade. Diante desse cenário, a educação para pessoas idosas, por meio das UTIs, é apontada como indispensável para a (re)conquista de sua cidadania. Com isso, expande-se a consciência sobre direitos e deveres para com a coletividades, o “direito a ter direitos” de que fala Arendt (2012, p. 403).

Sobre a trajetória das UTIs no Brasil, a pesquisa evidencia o seu surgimento e expansão a partir dos anos 1980, com presença por todo o território brasileiro. Os programas desenvolvidos pelas instituições buscam agregar conhecimento e estimular os idosos a participarem da vida social. Estimula-se, também, a prática de atividades como forma de melhorar a expectativa de vida e de se almejar o envelhecimento ativo.

Por meio da educação, as UTIs objetivam promover a autoestima das pessoas idosas incentivando a sua autonomia e independência por meio de diversos cursos (línguas, nutrição, estimulação de memórias, yoga e oficina de dança e teatro, por exemplo). Atividades gratuitas abertas ao público também foram promovidas com o intuito de integrar a sociedade e disseminar conhecimento.

À guisa de conclusão, entendeu-se que a educação de pessoas idosas e sua inclusão nos ambientes de ensino superior é ferramenta de estímulo mental e de promoção da qualificação e (re)integração do idoso junto à sociedade, portanto, indispensável à proteção dos seus direitos fundamentais.

5 REFERÊNCIAS

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