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Fundamentos de Energia Eléctrica. Ensaio da Máquina Síncrona

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(1)

Instituto Superior Técnico

Fundamentos de Energia Eléctrica

Ensaio da Máquina Síncrona

Laboratório de Máquinas Eléctricas

(2)

Ensaio da Máquina Síncrona...3

A. Objectivos...3

B. Base teórica...3

Máquina isolada da rede...4

Ensaio em vazio...4

Ensaio em curto-circuito...4

Características exteriores...4

Máquina em paralelo com a rede ...5

Manobra de sincronização...5

Características da máquina ligada em paralelo com a rede. ...7

C. Esquema de ligações ...9

C1. Máquina motriz...9

C2. Máquina síncrona...10

D - Ensaios...12

1ª parte – Máquina isolada da rede...12

Ligação do Motor de corrente contínua...12

Ensaio em vazio...12

T1 - Traçado da característica em vazio ...12

T2 - Visualização das formas de onda geradas pela máquina. ...13

T3 - Ensaio em curto-circuito...13

T4 - Características exteriores ...13

2ª parte - Ensaio da máquina síncrona em paralelo com a rede de energia. ...16

Sincronização ...16

T5 - Curvas P = f(Pmot) e Q = f(Pmot) ...16

T6 - Curvas P=f(If) e Q=f(If)...17

Desligação da rede eléctrica ...18

(3)

Ensaio da Máquina Síncrona

A. Objectivos

• Mostrar o funcionamento da máquina síncrona como gerador isolado. • Determinar os parâmetros desta máquina.

• Efectuar a manobra de paralelo com a rede.

• Mostrar as características de funcionamento em paralelo com a rede.

B. Base teórica

No estator das máquinas síncronas encontra-se alojado o enrolamento trifásico do induzido que é percorrido por um sistema trifásico de correntes. No rotor encontra-se o indutor que é percorrido por corrente contínua.

Em funcionamento normal, esta máquina gira a velocidade constante que é determinada pela frequência de alimentação f e pelo número de pares de pólos p.

p

f

N 60

=

(1)

Em funcionamento como gerador e isolado da rede, é necessário controlar a velocidade da máquina motriz de forma a obter-se velocidade e frequência constantes em qualquer regime de carga. Quando se usar esta máquina ligada a uma rede eléctrica de potência muito superior, como a frequência da rede é constante, a velocidade de rotação da máquina também será constante.

Com o rotor em movimento a corrente no indutor criará um campo magnético girante. Por esse facto aparecerá um sistema trifásico de forças electromotrizes E no induzido. Esta força electromotriz designa-se por força electromotriz em vazio. Quando haja possibilidade de se fecharem correntes pelo induzido, aparecerá então um outro campo girante, síncrono com o primeiro. Pode então escrever-se a seguinte equação na convenção “gerador” e em regime permanente sinusoidal:

I

jX

r

V

E

=

+

(

a

+

s

)

(2) Onde:

V - tensão aos terminais duma fase do induzido, I - Corrente numa fase do induzido,

ra - resistência duma fase do induzido,

Xs- reactância síncrona.

V

I

r

a

jX

s

E

Figura 1. Esquema equivalente.

A equação 2 é muito fácil de manipular, pois a f.e.m. em presença, E, varia apenas com a velocidade de rotação da máquina e com o valor da corrente indutora. No entanto, ela é válida apenas para um tipo de construção do rotor, o de pólos lisos ou cilíndrico.

(4)

Do esquema equivalente, ou da equação 2 pode deduzir-se o diagrama fasorial da figura 2.

V

I

jX

s

I

r

a

I

E

Figura 2. Diagrama fasorial.

Máquina isolada da rede

Quando a máquina se encontrar isolada da rede eléctrica é possível efectuar vários ensaios. Neste trabalho realizam-se apenas os ensaios em vazio, em curto-circuito e determinam-se as características exteriores.

Ensaio em vazio

O Ensaio em vazio é efectuado com os enrolamentos do induzido em aberto. Mantém-se a velocidade de rotação constante e varia-se a corrente de excitação

I

f. Obtém-se a tensão aos terminais em função da corrente de excitação. Como

I

=0,

E

=

V

e portanto, neste ensaio, determina-se a relação entre

E

e

I

f.

Ensaio em curto-circuito

O ensaio em curto-circuito é efectuado com os enrolamentos do induzido curto-circuitados. Neste caso

V

=0. Obtém-se a corrente do induzido (em c.c.) em função da corrente de excitação.

Com os resultados do ensaio em vazio e do ensaio em c.c. é possível determinar a reactância síncrona da máquina.

Características exteriores

As características exteriores são obtidas a velocidade constante e corrente de excitação constante, variando a impedância que se encontra aos terminais do gerador e medindo as correntes e as tensões aos terminais.

Podem distinguir-se três casos mais simples: • Carga resistiva pura

• Carga indutiva pura • Carga capacitiva pura

(5)

Máquina em paralelo com a rede

Manobra de sincronização

O processo de sincronização requer que várias condições sejam satisfeitas no instante em que se liga o interruptor.

• A tensão aos terminais do gerador deverá ser igual em amplitude à tensão da rede. • As sequências de fase do gerador e da rede deverão ser iguais.

• As frequências da rede e do gerador deverão ser próximas.

• A diferença de fase entre a tensão do gerador e da rede deverá ser próxima de zero.

A sequência da manobra será a seguinte:

a) Acciona-se a máquina motriz, até uma velocidade próxima da de sincronismo.

b) Regula-se a corrente de excitação do alternador, por forma que a tensão aos seus terminais seja aproximadamente igual à tensão da rede.

c) Verifica-se se a sequência de fases nos terminais a ligar é a mesma.

d) Regulando a velocidade da máquina motriz, actua-se por forma que a diferença entre as frequências das tensões da rede e aos terminais do alternador seja muito pequena e, quando estiverem ambas em fase, efectua-se o paralelo.

e) Depois de feito o paralelo, regula-se a máquina motriz de modo a que a potência fornecida pelo alternador à rede atinja o valor pretendido e actua-se no circuito de excitação do alternador por forma que a potência reactiva fornecida pelo alternador à rede atinja o valor desejado.

Um dos sistemas mais simples que se podem utilizar para efectuar o paralelo, consiste numa montagem do tipo da indicada na fig. 3. Os voltímetros V1 e V2 indicam as tensões aos terminais da rede e do alternador, que devem ser aproximadamente iguais.

L1 Rede de Energia

Máquina Síncrona

Figura 3. Montagem de fogos pulsantes.

L3 L2

V1

V2 S

1 2 3

Se a sequência de fases não for a mesma, as três lâmpadas não se acendem e apagam ao mesmo tempo. Trocando duas das fases da rede ou do alternador, ter-se-á a mesma sequência de fases.

As tensões aplicadas às lâmpadas dependem da desfasagem relativa da tensão da rede e da tensão aos terminais do alternador. Se as frequências forem ligeiramente diferentes, as duas estrelas de tensões têm movimento relativo (fig. 4) e a tensão aos terminais das lâmpadas varia entre zero e o dobro da tensão

(6)

simples(1), com uma frequência igual à diferença entre as duas frequências. O período do brilho das lâmpadas é o inverso da diferença entre as duas frequências.

U1 V1 UL1 U2 U3 V2 V3 UL3 UL2

Figura 4. Estrelas de fogos pulsantes.

Quando o período do brilho das lâmpadas for elevado, da ordem de alguns segundos, as frequências são bastante próximas. No instante em que as três lâmpadas se apagam, as tensões estão em fase. Se as indicações de V1 e V2 forem aproximadamente iguais, poder-se-á efectuar o paralelo no instante em que as três lâmpadas se apagam.

L3 Rede de Energia

Máquina Síncrona

Figura 5. Montagem de fogos girantes.

L1 L2

V1

V2 S

1 2 3

Outra montagem semelhante, e ainda mais usada, consiste em ligar três lâmpadas, uma entre terminais correspondentes do interruptor destinado a fazer o paralelo, as outras duas entre terminais "cruzados" (fig. 5).

As lâmpadas acendem-se e apagam-se com uma frequência igual à diferença entre as frequências da rede e do alternador mas não simultaneamente. Acendem-se sucessivamente, sendo o sentido da sucessão dependente do sentido da diferença das frequências (fig. 6).

Aparece assim um sistema "fogos girantes" que roda no sentido directo ou no sentido inverso consoante a frequência do alternador é superior (inferior) ou inferior (superior) à rede.

O instante conveniente para o paralelo é aquele em que a lâmpada que liga terminais correspondentes está apagada, sendo nessa altura iguais (mas inferiores ao máximo) os fluxos luminosos das outras duas lâmpadas. Normalmente as três lâmpadas são dispostas em triângulo, sendo colocada superiormente a lâmpada ligada entre terminais correspondentes.

U U2 U3 V V2 V3 UL3 UL2 1 1 UL1

Figura 6. Estrelas no sistema de fogos girantes.

Se a sequência de fases nos dois conjuntos de terminais do dispositivo de ligação for inversa, as três lâmpadas acendem e apagam simultaneamente.

Este sistema tem, em relação ao anterior, a vantagem de indicar o sinal da diferença entre as frequências do alternador e da

(1) Por este motivo, as lâmpadas devem ser previstas para uma tensão eficaz igual ao dobro da tensão simples.

(7)

rede. Por exemplo, ao ligar um alternador a uma rede convém que a sua frequência seja ligeiramente superior.

V

j X

I

E

s

I

Figura 8. Diagrama fasorial Sendo a frequência ligeiramente superior, ao efectuar-se o

paralelo o alternador vai fornecer à rede uma certa potência.

Sendo a frequência inferior, o alternador vai receber da rede alguma potência, o que vai sobrecarregar a rede e pode ser inconveniente para a máquina motriz que acciona o alternador.

Há, evidentemente, que ter o cuidado de averiguar em que estado se encontra determinado sistema de ligação. Por exemplo uma indicação de sequência de fases correcta num sistema de "extinção simultânea" é igual a uma indicação de sequência de fases incorrecta num sistema de "fogos girantes".

Características da máquina ligada em paralelo com a rede.

Quando a máquina se encontrar ligada em paralelo com a rede, a tensão aos terminais é constante e imposta por esta. Como a velocidade de rotação é constante, só é possível variar a potência trocada com a rede actuando no binário fornecido pela máquina motriz. Consoante o valor da corrente de excitação, e consequente força electromotriz em vazio, podem obter-se duas situações como se pode observar na figura 7.

E

V

I

jX

s

I

r

a

I

V

E

I

jX

s

I

r

a

I

a) Sobre-excitado b) Sub-excitado

Figura 7. Diagramas fasoriais em carga

Na figura 7.a a força electromotriz é relativamente grande comparada com a tensão. A corrente encontra-se em atraso relativamente à tensão significando este facto que a máquina encontra-se encontra a fornecer potência reactiva à rede. Na figura 7.b a força electromotriz em vazio é pequena comparada com a tensão resultando num fasor de corrente em avanço em relação ao fasor da tensão da rede. Neste caso a máquina encontra-se a absorver potência reactiva da rede.

Variação da potência no veio com corrente de excitação constante

Sendo a velocidade de rotação constante, o fasor E ficará função apenas de If. Nestas condições a

potência activa será determinada pelo ângulo de potência δ, obedecendo à equação:

δ

sin

s

X

VE

P

=

(3)

O diagrama vectorial, quando |E|=|V| encontra-se representado na figura 8. Neste caso a potência reactiva é negativa, isto é, a máquina absorve potência reactiva da rede.

(8)

Variação da corrente de excitação com potência no veio constante

Quando se actua apenas na corrente de excitação e a potência no veio é mantida constante, a potência activa gerada mantêm-se também aproximadamente constante. Considerando a equação 3, pode concluir-se que Esinδ=Cte. Pode representar-se esta expressão por uma recta paralela ao fasor V, figura 9. Por outro lado, como a tensão e a potência activa se mantêm constantes, e como,

ϕ

cos

3VI

P

=

(4)

Pode concluir-se que I cosϕ=Cte. Esta condição é representada pela recta perpendicular a V, figura 9.

V I j Xs I E E senδ=cte I co sϕ =c te 2 1 3 2 1 3

Figura 9: Andamento de I e E quando se varia a excitação da máquina.

Quando se diminui a corrente de excitação (1→2), o comprimento do vector E diminui, mas E sinδ mantêm-se constante como consequência da potência activa se manter constante. A extremidade do fasor E descreverá uma trajectória assente sobre uma recta, ver figura 9. O fasor da corrente também descreverá uma trajectória assente sobre uma recta (I cosϕ=cte). A amplitude da corrente diminuirá numa primeira fase, atingirá o mínimo, correspondente a um factor de potência unitário e depois começará a subir novamente. Se se representar a amplitude da corrente I em função da corrente de excitação If, o gráfico descreverá uma curva em

forma de V. Para correntes de excitação baixas, a potência reactiva Q será negativa. No mínimo da curva Q será nula, e para correntes de excitação elevadas a potência reactiva será positiva.

Note-se que, se se diminuir muito a corrente de excitação o ângulo de carga δ será elevado, podendo aproximar-se de 90º e causar a perda de sincronismo da máquina.

(9)

C. Esquema de ligações

Um gerador eléctrico é uma máquina que transforma energia mecânica em energia

eléctrica. Neste trabalho de laboratório utiliza-se uma máquina de corrente contínua como

máquina motriz, fornecendo potência mecânica ao gerador síncrono através do veio mecânico.

O esquema de ligações encontra-se representado na figura 10.

Máquina Síncrona Motor de Corrente Contínua DC

I

DC

V

CARGA S W DC

P

DC DC mot

I

V

T

P

ω

=

P Q

Figura 10. Esquema de ligações das duas máquinas.

C1. Máquina motriz

Um motor de corrente contínua é composto por dois circuitos

eléctricos cujos terminais se encontram reunidos numa única placa de

bancada, conforme esquema.

O circuito de excitação, ou indutor, (terminais CD), é um circuito

passivo destinado a criar o campo magnético no entreferro. Não há

conversão electromecânica de energia neste circuito. Este circuito é

alimentado directamente a partir da rede de corrente contínua existente no

laboratório, mantendo-se assim a corrente de excitação constante, fig 11 (~0,5A). Por razões

de segurança, esta corrente nunca deve ser interrompida durante o funcionamento da

máquina. Por essa razão não existem fusíveis intercalados no circuito que a alimenta. Deverá

ser o primeiro circuito a ser ligado e o último a ser desligado.

A1 A B C D Dcc A C D +

-Figura 11. Esquema de ligações do circuito indutor da máquina de corrente contínua.

A1

+

Legenda

C-D: Excitação ou indutor da máquina de corrente contínua

Dcc: Disjuntor de corrente contínua

O circuito do induzido (terminais AB) é o circuito principal da máquina, onde ocorre

a conversão electromecânica de energia e no qual a potência em jogo é a mais importante. O

esquema de ligações encontra-se na figura 12.

Este circuito é alimentado com uma fonte de tensão ajustável, construída com um

autotransformador com regulação de tensão em carga e uma ponte de rectificação a díodos.

(10)

Para simplificar as montagens, o voltímetro e amperímetro que medem os valores de tensão e

corrente do lado contínuo foram integrados na montagem da ponte de rectificação bem como

a necessária protecção que é realizada com um fusível, Fig 12

V A Rectificador + Medidas R S T N A B R S T Autotransformador + -CA

D

A2

Figura 12. Esquema de ligações do circuito do induzido da máquina de corrente contínua.

A tensão de alimentação aplicada ao induzido e a respectiva corrente não deverão

ultrapassar respectivamente 210V e 9A.

Neste trabalho mantém-se a corrente de excitação constante. Neste caso, a velocidade

de rotação é aproximadamente proporcional à tensão de alimentação e a corrente absorvida no

induzido é proporcional ao binário desenvolvido no veio.

Existe um gerador taquimétrico instalado no veio que permite a medição da

velocidade de rotação. Os trabalhos deverão ser realizados à velocidade de 1500 rpm a que

corresponde a tensão de 30V à saída do gerador taquimétrico.

Para se ajustar a velocidade nos valores pedidos deverá aumentar-se progressiva e

lentamente a tensão aplicada ao induzido actuando para isso no cursor do autotransformador.

C2. Máquina síncrona.

A máquina síncrona é constituída por dois enrolamentos; um monofásico colocado no

rotor (terminais JK) e um trifásico colocado no estator (terminais UVW). Estes terminais

encontram-se reunidos numa única placa de bancada, cujo esquema se representa na Fig. 13.

Na mesma placa encontra-se ainda montado um amperímetro para leitura da corrente do

enrolamento JK.

O circuito do indutor (terminais JK) é alimentado com corrente contínua de

amplitude ajustável utilizando-se uma fonte de alimentação projectada para este efeito. Esta

fonte de alimentação dispõe de um cursor que permite variar a tensão aplicada ao circuito de

excitação e assim variar a corrente. (+ → J, - → k).

J K U V W A

+

-Fonte de alimentação da bobina de excitação

(11)

V2

A

Sistema de sincronização de

fogos girantes

R

S

T

A

A

V1

F F F

U

V

W

S

L1

L2

L3

(12)

D - Ensaios

1ª parte – Máquina isolada da rede

Ligação do Motor de corrente contínua

Efectue as ligações conforme os esquemas das figuras 11, 12 e 13 e não ligue qualquer

tipo de carga ao gerador síncrono.

Os terminais UVW da máquina síncrona deverão estar em aberto.

1. Ligue um voltímetro de bancada ou um multímetro entre dois dos terminais UVW da

máquina síncrona.

2. Ligue o disjuntor de corrente contínua (

). Certifique-se de que a máquina de

corrente contínua tem corrente de excitação (amperímetro A1).

CC

D

3. Regule a excitação da máquina síncrona de forma a que a corrente de excitação seja

nula.

4. Certifique-se de que o cursor do autotransformador se encontra na sua posição

mínima e ligue o disjuntor de corrente alternada (

D

CA

).

5. Proceda ao arranque do motor de accionamento e leve-o à velocidade de sincronismo

da máquina síncrona para a frequência nominal (1500 rpm, para as máquinas a

ensaiar) (30V no gerador taquimétrico). Esta velocidade deverá ser mantida ao

longo dos ensaios.

Ensaio em vazio

T1 - Traçado da característica em vazio

A característica em vazio define-se como a função

V =

f(I

f

) com corrente

I=0 no induzido, sendo V a tensão aos terminais

da máquina e

I

f

a sua corrente de excitação.

Actuando na excitação da máquina síncrona, aumente

progressivamente a corrente de excitação e obtenha a

característica

V=f(I

f

) em primeiro para valores sempre crescentes

(não ultrapasse 500 V) e em seguida para valores sempre

decrescentes.

Ascendentes Descendentes

If[A] V [V] If [A] V [V]

(13)

T2 - Visualização das formas de onda geradas pela máquina.

Utilizando um sistema de isolamento galvânico e um osciloscópio visualize as formas

de onda das tensões entre as fases da máquina síncrona (terminais UVW) nas seguintes

condições:

a) Mantendo constante a velocidade de rotação, varie a corrente de excitação da

máquina síncrona. Observe a frequência e a amplitude das tensões. Que conclui?

b) Mantendo constante a corrente de excitação da máquina síncrona, varie (diminua)

a velocidade de rotação actuando no valor da tensão de alimentação da máquina

de corrente contínua. Observe a frequência e a amplitude das tensões. Que

conclui?

T3 - Ensaio em curto-circuito

A característica de curto-circuito é a função

I = f(I

f

) com tensão nula aos terminais do

induzido.

Anule a corrente de excitação do alternador, mantendo o grupo à velocidade de

sincronismo.

Curto-circuite os terminais do induzido, curto-circuitando os terminais RST.

Com a pinça amperimétrica leia a corrente de curto-circuito aos terminais da máquina

e a correspondente corrente de excitação. Obtenha a característica de curto-circuito

aumentando gradualmente a corrente de excitação até um máximo de 120% da corrente

nominal no induzido (

I

N

=

1

,

74

A

).

I

f

[A]

I

cc

[A]

T4 - Características exteriores

A característica exterior é a função

V = f(I) traçada para I

f

constante, mas não nula,

para um determinado tipo de carga. Estas características são obtidas mantendo a velocidade

de rotação constante.

Em todos os tipos de carga tenha o cuidado de verificar e ajustar a velocidade de

rotação. Não exceda a tensão nominal.

• Carga resistiva

Ligue a carga em estrela. Efectue a ligação da carga resistiva

R

b

. À velocidade de

sincronismo coloque

R

b

no seu valor máximo (circuito aberto; comutadores na posição (0,0))

e regule a excitação para que se obtenha uma tensão composta em vazio de 200V. Varie

gradualmente a carga não ultrapassando os valores nominais para a corrente respectiva. Anote

o valor de corrente de excitação.

(14)

Carga trifásica resistiva

ESSELTE STUDIUM - É

constituída por um conjunto trifásico

de resistências que se podem

introduzir em paralelo aumentando a

carga através de dois comutadores,

um de regulação fina e o outro de

regulação grossa. Deve ter-se em

atenção um outro comutador que

selecciona a tensão máxima que o

conjunto pode suportar (380/220V)

ou (220/127V). Coloque este cursor na posição (220V/127V).

Figura 15. Carga resistiva.

• Carga indutiva

Ligue a carga em estrela. Efectue a

ligação da carga indutiva

L

b

, que, no início,

deverá estar com o menor entreferro

possível (maior indutância, menor corrente

do induzido). No resto proceda como no

caso da carga resistiva utilizando o mesmo

valor de corrente de excitação.

Carga trifásica Indutiva ESSELTE

STUDIUM - É constituída por um conjunto

trifásico de bobinas com número de espiras

fixo enroladas sobre um núcleo magnético.

O coeficiente de auto-indução é ajustado

actuando numa manivela que vai fazer

variar um entreferro. Quando este for

mínimo é o coeficiente de auto-indução máximo e vice versa. É possível escolher um de dois

números de espiras. Estão identificados como 220V ou 380V. Neste trabalho vamos utilizar o

enrolamento designado por (220V).

Figura 16. Carga indutiva.

• Carga capacitiva

Figura 17. Carga capacitiva.

Ligue a carga em estrela. Repita os

ensaios anteriores para carga capacitiva

C

b

,

que, no início, deve ser mínima (posições dos

comutadores (0, 0)). Tenha o cuidado de não

ultrapassar a tensão nominal.

Carga trifásica capacitiva ESSELTE

STUDIUM - É constituída por um conjunto

trifásico de condensadores que se podem

introduzir em paralelo aumentando a carga

(15)

através de dois comutadores com a mesma capacidade de regulação. Não deverá

ultrapassar-se a tensão nominal desta carga.

Tabela de resultados das características exteriores

Carga resistiva Carga indutiva Carga capacitiva

If = If = If =

I [A] V [V] I [A] V [V] I [A] V [V]

A partir dos valores lidos nos ensaios anteriores, desenhe as características exteriores

todas no mesmo gráfico.

(16)

2ª parte - Ensaio da máquina síncrona em paralelo com a rede de energia.

Altere as ligações da máquina síncrona ligando a rede aos terminais RST e

introduzindo um wattímetro trifásico entre os terminais da máquina e os terminais UVW do

“Sistema de sincronização de fogos girantes”. O interruptor S deverá estar aberto (OFF).

Sincronização

Arranque com o motor de accionamento e leve-o até à velocidade de sincronismo.

Regule a excitação da máquina síncrona de forma a obter a tensão aos terminais do alternador

igual à tensão da rede.

Verifique se as lâmpadas L

1

, L

2

e L

3

têm a sequência desejada. Efectue as alterações

que achar necessário. Efectue o paralelo no instante ideal, certificando-se primeiro da

igualdade das tensões V

1

e V

2

.

Depois de efectuado o paralelo só deve voltar a desligar a máquina da rede se as

correntes forem nulas. Para desfazer o paralelo anule a potência mecânica e em seguida actue

na corrente de excitação da máquina síncrona de modo a anular as correntes do induzido.

T5 - Curvas P = f(P

mot

) e Q = f(P

mot

)

Mantendo a corrente de excitação da máquina síncrona constante, ajuste a potência

de entrada da máquina de corrente contínua actuando no autotransformador para valores de

1/5, 2/5 … 5/5 da potência nominal (valores aproximados). Para cada um destes pontos meça

a potência activa entregue à rede pelo gerador síncrono e a potência reactiva. Trace os

respectivos gráficos.

V

dc

[V]

I

dc

[A]

P

mot

[W]

P [W]

I [A]

I

f

[A]

V [V]

dc dc mot

V

I

(17)

T6 - Curvas P=f(I

f

) e Q=f(I

f

)

Ajuste a potência da máquina motriz de modo que a potência enviada à rede se anule

ou fique próximo de zero. Varie a corrente de excitação numa gama larga. Para cada ponto

meça os valores indicados nas tabelas. Trace os respectivos gráficos. Repita este ensaio para

valores de 1/4, e 1/2 da potência nominal da máquina síncrona.

V

dc

[V]

I

dc

[A]

P

mot

[W]

P [W]

I [A]

I

f

[A]

V [V]

Q [VAr]

2 2

3

P

S

Q

VI

S

I

V

P

mot dc dc

±

=

=

=

V

dc

[V]

I

dc

[A]

P

mot

[W]

P [W]

I [A]

I

f

[A]

V [V]

Q [VAr]

V

dc

[V]

I

dc

[A]

P

mot

[W]

P [W]

I [A]

I

f

[A]

V [V]

Q [VAr]

Utilizando os dados dos ensaios realizados trace as curvas em V (corrente do induzido I em

função da corrente no indutor I

f

com P = Cte.). Desenhe também em dois gráficos diferentes

(18)

Desligação da rede eléctrica

Para se desfazer o paralelo deverá anular-se a potência activa e depois actuar na

corrente de excitação de modo a anular a corrente do induzido. Só depois se deverá desligar a

máquina da rede actuando no interruptor S.

Fim dos ensaios

Anule a corrente de excitação da máquina síncrona.

Reduza a velocidade do grupo até zero.

Desligue o disjuntor de corrente alternada (

D

CA

).

Desligue o disjuntor de corrente contínua (

D

CC

).

Verifique se o osciloscópio está desligado.

Arrume todo o material que utilizou nos ensaios.

Referências

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