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WORKSHOP GESTÃO DE RESÍDUOS VITIVINÍCOLAS

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Academic year: 2021

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A

FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO

WORKSHOP “GESTÃO DE RESÍDUOS

VITIVINÍCOLAS”

Reutilização de águas residuais na rega de

culturas agrícolas e valorização agrícola de lamas

Alda Brás

Divisão de Ambiente e Infraestruturas da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte

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A

FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO

Estrutura da apresentação

1. Reutilização de águas residuais: legislação de

enquadramento

2. Reutilização de águas residuais para rega: parecer

da DRAPN

3. Utilização de lamas na agricultura: legislação de

enquadramento

4. Valorização agrícola de lamas

5. Síntese conclusiva

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A

FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO

1. Reutilização de águas residuais: legislação

Legislação de

enquadramento Descrição

Artigo 11º (Reutilização) do Decreto-lei Nº152/97,

de 19 de junho

As águas residuais tratadas, bem como as lamas devem ser reutilizadas sempre que possível ou adequado.

Artigo 58º (Águas de rega) do Decreto-Lei Nº 236/98,

de 1 de agosto

Os critérios e normas de qualidade das águas de rega visam proteger a saúde pública, a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, as culturas que podem ser afetadas pela má qualidade das águas de rega e os solos cuja aptidão para a agricultura pode ser degradada pelo uso sistemático de águas de rega de má qualidade;

A utilização das águas residuais na rega das culturas agrícolas e florestais está condicionada ao licenciamento pela DRA e depende de parecer favorável da DRAg e da DRS;

A utilização de águas residuais na rega de jardins públicos depende de autorização da DRA, mediante parecer favorável da autoridade de saúde competente.

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A

FACULDADE DE CIÊNCIAS UNIVERSIDADE DO PORTO

1. Reutilização de águas residuais: legislação

Legislação de

enquadramento Descrição

Anexo XVI do Decreto-Lei Nº 236/98, de 1 de agosto

Estabelece os parâmetros e valores relativos à “Qualidade da Água destinadas à rega”;

Artigos 12º e 15º do Decreto-Lei nº 226 –A

/2007, de 31 de maio

A emissão da licença de rejeição de águas residuais no solo agrícola ou florestal situado no domínio público carece de parecer favorável das direções regionais de agricultura e pescas e das administrações regionais de saúde

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2. Reutilização de águas residuais: parecer da DRAPN

• Para a emissão do parecer a DRAPN necessita de

conhecer:

(i) Volume total de água residual a distribuir; (ii) Culturas e respetivas necessidades hídricas;

(iii) Análises das águas residuais (pH, Cond. Elec, N, P, K, Mg, Ca, Cu) e do solo (pH, P, K,MO);

(iv) Plano de rega/distribuição;

(v) Plano de fertilização das culturas.

O utilizador deve ter um registo das aplicações realizadas e respetivos locais para eventual monitorização

• Tendo em consideração a definição constante no nº 3 do artigo 3º do DL 236/98:

“Água de rega – água superficial ou subterrânea ou residual, que vise satisfazer ou complementar as necessidades hídricas das culturas agrícolas ou florestais”, a

emissão do parecer, por parte da DRAPN, visa assegurar o referido nesta definição e o cumprimento do Código das Boas Praticas Agrícolas e parte do pressuposto de que existe capacidade de armazenamento para assegurar que a utilização das águas residuais é efetuada nos momentos adequados.

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2. Reutilização de águas residuais: parecer da DRAPN

• A quantidade de nutrientes aplicados a cada cultura, para um dado nível de

produção esperada, que não deverá ultrapassar as respetivas necessidades da cultura em nutrientes, particularmente em azoto, sendo tomadas como

referência as recomendações de fertilização do Manual de Fertilização das Culturas do Laboratório de Química Agrícola Rebelo da Silva (LQARS);

• Quantidade e épocas de aplicação, tendo em conta as necessidades hídricas das

culturas e o melhor aproveitamento dos nutrientes veiculados pela água residual (a água residual deverá ser aplicada a partir do mês de Março e até ao mês de Outubro);

• Distâncias mínimas a respeitar na aplicação e condições da distribuição

(uniformidade da aplicação, incorporação,….).

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3. Utilização de lamas na agricultura: legislação

• O Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de outubro, estabelece o regime de

utilização de lamas de depuração em solos agrícolas, transpondo para a

ordem jurídica interna a Diretiva n.º 86/278/CEE, do Conselho, de 12 de

junho, relativa à valorização agrícola de lamas de depuração, de modo a

evitar efeitos nocivos para o homem, para a água, para os solos, para a

vegetação, para os animais e o ambiente em geral, promovendo a sua

correta utilização.

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4. Valorização agrícola de lamas

• A atividade de valorização agrícola de lamas só pode ser exercida por

produtores de lamas ou por operadores que comprovem dispor de um

técnico responsável acreditado e que sejam titulares de alvará para a

armazenagem e, ou, tratamento de lamas, emitido ao abrigo do Decreto

-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro;

• O técnico responsável tem que estar acreditado pela Direção Geral de

Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), pode assumir funções em

mais de um perímetro de intervenção, não podendo o quantitativo de

lamas pelo qual é responsável ultrapassar o limite de 40 000 t em matéria

fresca, em cada ano civil;

• Os produtores de lamas devem dispor de uma capacidade mínima de

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4. Valorização agrícola de lamas

• A utilização de lamas em solos agrícolas, num determinado perímetro de intervenção,

está sujeita a um plano de gestão de lamas (PGL) aprovado pela DRAP territorialmente competente;

• O PGL deve evidenciar a aptidão dos solos para a valorização agrícola de lamas,

demonstrar que a mesma é compatível com os objetivos definidos no DL e prever destinos alternativos adequados quando não seja possível a valorização agrícola da totalidade das lamas;

• A elaboração do PGL compete ao técnico responsável;

• O PGL aprovado tem uma validade máxima de cinco anos, sendo obrigatoriamente

revisto no final deste prazo;

• Elementos de instrução do Plano de Lamas (ANEXO III do DL 276/2009) – identificação

das infraestruturas de origem das lamas; caracterização das lamas a valorizar;

identificação do perímetro de intervenção; identificação das restrições (REN, Linhas de água, albufeiras, habitações, aglomerados, etc).

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4. Valorização agrícola de lamas

• O titular do PGL aprovado deve apresentar anualmente à DRAP uma declaração do

planeamento das operações (DPO) definindo as parcelas que irão ser sujeitas a utilização e a sua conformidade com o PGL;

• A DPO é relativa a uma exploração agrícola e reporta -se a cada ano civil;

• As operações objeto de declaração de planeamento podem ter início no prazo de

sete dias sobre a apresentação da DPO à DRAP;

• A DRAP aprecia a DPO, podendo solicitar ao requerente a prestação de informações

ou elementos complementares, bem como o aditamento ou reformulação da DPO.

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4. Valorização agrícola de lamas

• Quando a concentração de metais pesados no solo e/ou nas lamas a aplicar

ultrapasse os valores limite fixados;

• Em culturas forrageiras nas 3 semanas anteriores à apascentação do gado ou à

colheita dessas culturas;

• Em culturas hortícolas e hortofrutícolas durante o período vegetativo;

• Em solos destinados a culturas hortícolas ou hortofrutícolas que estejam em

contacto com o solo;

• Em margens de linhas de água (faixas de 50 m a 10 m);

• Na zona terrestre de proteção das albufeiras de águas públicas de serviço público,

na zona terrestre de proteção de lagoas ou lagos (numa faixa de 100 m);

• Sob condições climatéricas adversas (por exemplo chuva); • De novembro a janeiro;

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4. Valorização agrícola de lamas

• A menos de 25 m de captações de água para rega; 50 m de habitações isoladas; 100

m de captações de água para consumo humano e 200 m relativamente a aglomerados populacionais;

• Em parcelas com IQFP superior a 3, exceto nas culturas arbóreas e arbustivas se

implantadas em terraços; neste caso, a operação deverá ser sempre efetuada no sentido das curvas de nível;

• Em parcelas com IQFP inferior a 3, mas com algum declive, a operação de

incorporação das lamas deverá ser efetuada no sentido das curvas de nível, para que sulcos gerados pelas alfaias possam reduzir a possibilidade de erosão,

provocada pelas águas escorrentes;

• Na Zona Vulnerável “Esposende – Vila do Conde” e nas culturas forrageiras de

Outono/Inverno em área envolvente dessa ZV, designadamente nas freguesias não

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5. Síntese conclusiva

• Deve ser promovida a reutilização de águas residuais provenientes de adegas nomeadamente

através da sua utilização na rega de culturas agrícolas, porque, entre outros motivos, a água é um recurso escasso.

• Paralelamente, deve ser promovido junto dos vitivinicultores a adoção de práticas para

diminuição da produção de efluentes.

• O licenciamento da utilização de águas residuais na rega de culturas agrícolas é efetuado pela

APA e é sujeito a parecer das DRAP e DRS.

• Para a emissão do parecer a DRAP necessita de informação sobre as parcelas, culturas,

necessidades de rega, características das águas residuais, características do solo, plano de fertilização das culturas.

• As lamas provenientes do tratamento de efluentes da produção de bebidas alcoólicas e não

alcoólicas - “lamas de composição similar”- são também passiveis de valorização agrícola.

• Como a elaboração e apresentação dos PGL é dispendiosa, porventura uma solução mais

adequada poderá passar pelo recurso à compostagem na própria unidade produtiva.

• A falta de dados experimentais constitui um problema para a correta gestão e utilização dos

efluentes vitivinícolas. Essa falta de evidência empírica também nem sempre permite a melhor produção legislativa e a adoção de boas práticas de gestão.

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Obrigado pela atenção!

Alda Brás

Referências

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