Supremo Tribunal Federal

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Ementa e Acórdão

16/09/2016 PRIMEIRA TURMA

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

COM AGRAVO 765.221 DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. LUIZ FUX

EMBTE.(S) :CLÁUDIO FAGUNDESDA ROCHA

ADV.(A/S) :VINICIUS LUDWIG VALDEZ E OUTRO(A/S)

EMBDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA RECURSAL. FIXAÇÃO. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO, OMISSÃO OU ERRO MATERIAL. INEXISTÊNCIA. RECURSO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. MULTA DO ARTIGO 1.026, § 2º, DO CPC/2015. APLICABILIDADE. NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. BAIXA IMEDIATA DOS AUTOS AO JUÍZO DE ORIGEM, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO.

A C Ó R D Ã O

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, na conformidade da ata de julgamento virtual de 9 a 15/9/2016, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração, com a condenação ao pagamento de multa, e determinou o trânsito em julgado com a baixa imediata dos autos à origem, nos termos do voto do Relator.

Brasília, 16 de setembro de 2016.

LUIZ FUX – RELATOR

Documento assinado digitalmente

Supremo Tribunal Federal

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Relatório

16/09/2016 PRIMEIRA TURMA

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos por CLÁUDIO FAGUNDES DA ROCHA contra acórdão que restou assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO

REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVENTUÁRIOS DE JUSTIÇA. NOTÁRIOS E REGISTRADORES. REGIME PREVIDENCIÁRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA APOSENTADORIA. VERIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. ERRO MATERIAL. INOCORRÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE SUCUMBÊNCIA RECURSAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESPROVIDOS.”

Inconformada com a decisão supra, a parte embargante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

Supremo Tribunal Federal

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 11729777.

Supremo Tribunal Federal

16/09/2016 PRIMEIRA TURMA

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos por CLÁUDIO FAGUNDES DA ROCHA contra acórdão que restou assim ementado:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO

REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVENTUÁRIOS DE JUSTIÇA. NOTÁRIOS E REGISTRADORES. REGIME PREVIDENCIÁRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA APOSENTADORIA. VERIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. INEXISTÊNCIA. ERRO MATERIAL. INOCORRÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APLICAÇÃO DE SUCUMBÊNCIA RECURSAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DESPROVIDOS.”

Inconformada com a decisão supra, a parte embargante interpõe o presente recurso, alegando, em síntese:

Supremo Tribunal Federal

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Relatório

ARE 765221 AGR-ED-ED / DF

"Ao final, ao majorar ao máximo legal, ‘obedecidos os limites do artigo 85, § 2º, 3º e 11 do CPC/2015’, não atentou o julgado, e daí a omissão fustigada, que no caso concreto – e há de se julgar o caso concreto – não há ‘valor da condenação’ e /ou qualquer ‘proveito obtido’ (CPC, art. 85, § 2º), remanescendo única e exclusivamente o ‘valor atualizado da causa’ como parâmetro para ser utilizado em referência ao ‘máximo legal’ de 20% sobre o valor atualizado da causa a que alude o art. 85, do novel CPC, notadamente pelo juízo de improcedência da ação ordinária, o que, por si, ensejaria – dada a inexistência de qualquer decaimento recursal e/ou trabalho adicional do patrono do Estado do Rio Grande do Sul – em inaceitável enriquecimento ilícito que não pode ser prestigiado e/ou tolerado por essa Excelsa Corte." (doc. 24, fl. 3).

É o relatório.

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Supremo Tribunal Federal

ARE 765221 AGR-ED-ED / DF

"Ao final, ao majorar ao máximo legal, ‘obedecidos os limites do artigo 85, § 2º, 3º e 11 do CPC/2015’, não atentou o julgado, e daí a omissão fustigada, que no caso concreto – e há de se julgar o caso concreto – não há ‘valor da condenação’ e /ou qualquer ‘proveito obtido’ (CPC, art. 85, § 2º), remanescendo única e exclusivamente o ‘valor atualizado da causa’ como parâmetro para ser utilizado em referência ao ‘máximo legal’ de 20% sobre o valor atualizado da causa a que alude o art. 85, do novel CPC, notadamente pelo juízo de improcedência da ação ordinária, o que, por si, ensejaria – dada a inexistência de qualquer decaimento recursal e/ou trabalho adicional do patrono do Estado do Rio Grande do Sul – em inaceitável enriquecimento ilícito que não pode ser prestigiado e/ou tolerado por essa Excelsa Corte." (doc. 24, fl. 3).

É o relatório.

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Supremo Tribunal Federal

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Voto - MIN. LUIZ FUX

16/09/2016 PRIMEIRA TURMA

V O T O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não merecem acolhida as pretensões da parte embargante.

Ab initio, há que se frisar que a parte ora recorrente pretende, nestes segundos embargos de declaração, rediscutir matéria já decidida. Ora, esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual não se revelam cabíveis embargos de declaração quando, a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vêm a ser opostos com o inadmissível objetivo de infringir o julgado, em ordem a viabilizar um indevido reexame da causa (AI 177.313-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 13/9/1996).

Vale enfatizar, ainda, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a oposição de embargos com nítido intuito procrastinatório, com a injustificável reiteração do recurso, traduz hipótese de evidente abusividade, apta a justificar, por si só, a aplicação da norma inscrita no artigo 1.026, § 2º, do CPC/2015 (ARE 908.102-AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 28/6/2016).

Com essas considerações, NÃO CONHEÇO dos embargos de declaração e, por considerá-los manifestamente procrastinatórios,

CONDENO a parte embargante ao pagamento da multa de 2% (dois por

cento) sobre o valor corrigido da causa. Por fim, determino seja certificado o trânsito em julgado e promovida a baixa imediata dos autos à origem, independentemente da publicação do acórdão.

É como voto.

Supremo Tribunal Federal

16/09/2016 PRIMEIRA TURMA

V O T O

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não merecem acolhida as pretensões da parte embargante.

Ab initio, há que se frisar que a parte ora recorrente pretende, nestes segundos embargos de declaração, rediscutir matéria já decidida. Ora, esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual não se revelam cabíveis embargos de declaração quando, a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição, vêm a ser opostos com o inadmissível objetivo de infringir o julgado, em ordem a viabilizar um indevido reexame da causa (AI 177.313-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 13/9/1996).

Vale enfatizar, ainda, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a oposição de embargos com nítido intuito procrastinatório, com a injustificável reiteração do recurso, traduz hipótese de evidente abusividade, apta a justificar, por si só, a aplicação da norma inscrita no artigo 1.026, § 2º, do CPC/2015 (ARE 908.102-AgR-ED, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe de 28/6/2016).

Com essas considerações, NÃO CONHEÇO dos embargos de declaração e, por considerá-los manifestamente procrastinatórios,

CONDENO a parte embargante ao pagamento da multa de 2% (dois por

cento) sobre o valor corrigido da causa. Por fim, determino seja certificado o trânsito em julgado e promovida a baixa imediata dos autos à origem, independentemente da publicação do acórdão.

É como voto.

Supremo Tribunal Federal

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Extrato de Ata - 16/09/2016

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.221

PROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. LUIZ FUX

EMBTE.(S) : CLÁUDIO FAGUNDES DA ROCHA

ADV.(A/S) : VINICIUS LUDWIG VALDEZ (32089/PR) E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos

de declaração, com a condenação ao pagamento de multa, e determinou o trânsito em julgado com a baixa imediata dos autos à origem, nos termos do voto do Relator. 1ª Turma, Sessão Virtual de 9 a 15.9.2016.

Composição: Ministros Luís Roberto Barroso (Presidente), Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma

Supremo Tribunal Federal

PRIMEIRA TURMA

EXTRATO DE ATA

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.221

PROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR : MIN. LUIZ FUX

EMBTE.(S) : CLÁUDIO FAGUNDES DA ROCHA

ADV.(A/S) : VINICIUS LUDWIG VALDEZ (32089/PR) E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos

de declaração, com a condenação ao pagamento de multa, e determinou o trânsito em julgado com a baixa imediata dos autos à origem, nos termos do voto do Relator. 1ª Turma, Sessão Virtual de 9 a 15.9.2016.

Composição: Ministros Luís Roberto Barroso (Presidente), Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin.

Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma