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Boletim de Agropecuária da FACE Nº 32, Abril de 2014

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Boletim de Agropecuária da FACE – Nº 32, Abril de 2014

Segue abaixo uma breve explicação sobre os dados agropecuários analisados neste Boletim.

Pesquisa, acompanhamento e avaliação de safras

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em conjunto com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizam mensalmente levantamentos sistemáticos da produção de grãos no acompanhamento da safra dos principais produtos da agropecuária brasileira, através do estabelecimento de contato com produtores em todo o território, divulgando levantamentos periódicos com dados sobre a conjuntura destes produtos de acordo com o local onde são produzidos.

Os dados aqui representados são fonte de informações para os diversos grupos interessados em conhecer a situação do contexto agropecuário em Goiás e na região Centro-Oeste. Sejamestes produtores, investidores do agronegócio, pesquisadores ou qualquer indivíduo que tenha interesse pelo tema. Os dados são publicados trimestralmente de acordo com as atualizações dos dados.

Para a coleta dos dados de grãos, a CONAB divulga doze levantamentos por safra. Para a pesquisa de coleta de dados da cana de açúcar são realizados quatro levantamentos anuais, sendo que o primeiro apresenta as estimativas da safra para o corrente ano. O segundo e o terceiro levantamentos buscam ajustar os dados previstos no primeiro levantamento e o quartolevantamento consolida os dados finais do ano sendo divulgado juntamente com as previsões para a safra seguinte.

No relatório presente destacam-se os efeitos da falta de chuvas da região do oeste baiano, que atinge a produção de soja e algodão desde o sul de Goiás até o sul do Piauí. Informações de campo já relatam perdas de 10% a 15% na próxima safra devido aos problemas de chuvas no sul de Goiás e a um possível excesso de chuvas no Mato Grosso. O presente boletim analisa o 7º levantamento referente à safra 2013-2014 de grãos e também o 4º levantamento referente à safra 2013-2014 da cana de açúcar.

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Condições gerais da estimativa de Área Plantada, Produção e da Produtividade agrícola no Brasil

A Tabela 1 apresenta dados relativos à área plantada de grãos, observa-se que há previsão de aumento nas três regiões pesquisadas, sendo que Goiás (3,2%), assim como no último levantamento, apresenta crescimento abaixo da média da região Centro-Oeste (5,0%) e do Brasil (4,2%). Quando se analisa a área plantada é interessante notar que neste mês por se tratar de um relatório de pré-consolidação de safra, percebe-se que em relação ao relatório anterior, houve elevação da estimativa de área plantada no geral.

No Estado de Goiás o maior aumento verificado no estado com relação à área de cultivo se comparado à safra anterior é o da cultura de arroz (19,0%). Com relação às variações negativas, verificou-se declínio nas seguintes culturas: Feijão 2º Safra (-32,8%) Milho 1ª safra (-24,2%) e Trigo (-18,9%). Vale ressaltar que a cada relatório, essas previsões vem se tornando mais efetivas e, consequentemente, as quedas da área plantada são mais expressivas. Com exceção das culturas de inverno que se mantém na mesma estimativa, ainda que não houvesse colheita dessas culturas no último mês.

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Quanto ao Centro-Oeste, nota-se que a soja (8,6%) vem sustentando o índice de crescimento. Embora a variação em termos percentuais não seja a mais elevada, em termos absolutos, entretanto nota-se que a contribuição é bastante significativa. O Girassol (127,4%) representou a maior elevação em termos relativos e o algodão (22,3%) continua em ritmo de expansão, embora o ritmo tenha sido menos expressivo. Ao contrário do que se observou até fevereiro, os produtores estão reduzindo suas expectativas de plantio para o algodão. A chuva intensa no sul do Mato Grosso tem levado ao apodrecimento das maçãs e, consequentemente uma futura perda de produtividade. No âmbito nacional, destaques para o Girassol (99%) que se adaptou bem aos locais de concentração da soja e do algodão. Ambos enfrentam problemas, principalmente na região de Luís Eduardo Magalhães na Bahia, onde a falta de chuvas tem dificultado a floração. Em termos absolutos, a soja continua sendo a maior contribuição.

Para o quesito produção (Tabela 2), esta apresenta uma previsão bem mais modesta quando se compara às estimativas do início do ano. Os problemas climáticos ocorridos no Mato Grosso, Paraná e Bahia resultaram na grande causa deste fato. De acordo com a estimativa de dados dos principais veículos de informação do agronegócio já foi possível estimar perdas de 20% em algumas regiões.

No Centro-Oeste a queda na produção de Milho foi expressiva (-12,2%). A suspeita é de que o aumento absoluto na produção de soja pode ter contribuído bastante para isso. É comum o plantio da cultura do Milho enquanto alternativa para descanso de solo nas regiões produtoras de algodão. Se as expectativas em relação ao Algodão aumentam, como o que aconteceu no início do ano, é justificável tal queda na produção de Milho. Em termos nacionais, queda na produção de Centeio (-27,0%), do Triticale (-10,4%) e também do Milho 1ª e 2ª safra, -8,9% e -6,4%, respectivamente. Houve aumento expressivo na expectativa de produção de Algodão (25,2%), justificada pelo grande plantio que está em curso na área de Primavera do Leste – MT. Destaque para elevação de outras culturas como a elevação expressiva da mamona que supera o percentual de 300%, embora não seja tão relevante, pois se trata de culturas que pouco representam a agricultura brasileira em termos absolutos. Porém esses aumentos, se não verificada a esporadicidade podem reverter o que se enxerga hoje da demanda sobre esses grãos.

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Com relação à produtividade (Tabela 3) verifica-se a queda em todos os índices gerais. Isso reflete os problemas enfrentados pelos produtores para superar os efeitos climáticos e de pragas que atacaram principalmente as regiões Centro-Oeste e Nordeste. A maior queda na produtividade dos índices analisados foi em Goiás (-6,4%). O índice brasileiro foi menos impactado, pois aparentemente as culturas do sul do país enfrentam problemas em menor escala, com exceção de algumas anomalias no Paraná.

Em Goiás, a previsão de queda na produtividade do Arroz (-14,41%) se mantém. O grande destaque na atualização deste levantamento origina da queda de produtividade da soja 2% no Brasil e 3% em Goiás. Entretanto, a variação percentual não é a maior, se considerar o volume absoluto da soja cultivada no país que apresenta uma perda bastante significativa. O índice do centro-oeste para a soja foi menos afetado e teve aumento em torno de 1%. Isso se deve nessa safra ao clima favorável no Mato Grosso, pois o excesso de chuvas na região influencia de forma mais negativa o algodão do que a soja, refletindo a queda de produtividade do algodão no centro-oeste. Nas últimas semanas, a colheita do algodão tem se realizado no Mato Grosso e acredita-se que os índices não devem apresentar grandes alterações até que sejam repassadas a informação do plantio e de colheita em

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outubro. A soja está entrando em período de colheita em grande parte do país também, e as liquidações de empréstimos do setor agrário devem finalizar o ciclo em Maio.

Cana de Açúcar

No quarto levantamento da CONAB referente à safra de cana de açúcar, os dados são consolidados para que no próximo levantamento já sejam realizadas as previsões para a próxima safra. Goiás tem novamente florescido para a cultura da cana, que estava se deslocando para o sudeste conforme previsões anteriores, isso percebemos pela expansão da área plantada (12,7%), o que também percebemos na expansão de mais de 13% na tomada de novas áreas no Mato Grosso. Minas Gerais continua na frente de Goiás como o segundo maior produtor, principalmente pela ampliação da cultura de cana na área de Ribeirão Preto MG.

Os níveis de produção e produtividade confirmam a expansão da Cana, embora haja uma queda na produtividade do Centro-Oeste -0,1% que podemos considerar como uma

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situação de estabilidade no cultivo. O maior incremento em volume de produção foi em Goiás em mais de 17%.

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ANEXOS

Anexo 2 – Goiás, Centro-Oeste e Brasil, Estimativa de Produção das 2012/2013 e 2013/2014 (Em 1000 ha)

Indicador

Quantidade % da produção

Goiás Centro

-Oeste Brasil Goiás

Centro -Oeste Brasil Total 62606,8 122484,2 659850,1 100 100 100 Açucar 13443,4 27908,62 297920,4 4 21,5 22,8 45,1 Etanol 48584,7 92533,7 360901,9 77,6 75,5 54,7

Fonte: CONAB - Cana de Açúcar – Quarto Levantamento da Safra 2013-2014 - Abril de 2014

Anexo 3 – Goiás, Centro-Oeste e Brasil, Estimativa de Produção das Safras 2012/2013 e 2013/2014 (Em 1000 ha)

Indicador

Quantidade % do etanol

Goiás Centro

-Oeste Brasil Goiás

Centro -Oeste Brasil Açúcar (1.000 t) 1890,7 3670,8 37878,3 - - - Etanol Total (1.000 l) 3881117 7217620 27956711,52 100 100 100 EtanolAnidro (1.000 l) 994006 2120777 11824427,74 25,61 29,38 42,30 EtanolHidratado (1000 l) 2887111,00 5096843,00 16132283,78 74,39 70,62 57,70

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Referências

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