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Parecer de prospectiva do Comité das Regiões sobre a estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego (2009/C 76/03)

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Parecer de prospectiva do Comité das Regiões sobre a estratégia de Lisboa para o crescimento e o emprego

(2009/C 76/03)

O COMITÉ DAS REGIÕES:

— reitera a importância de uma estratégia europeia destinada a apoiar o crescimento económico e o aumento do emprego, assente na inovação, na investigação e na competitividade — sobretudo no contexto da actual crise financeira dos mercados financeiros e das consequências previsíveis para a economia real – estratégia essa que deve reforçar, simultaneamente, a sustentabilidade tanto através da salvaguarda dos princípios de coesão e de solidariedade, como através da protecção do ambiente; — observa que a estratégia para o crescimento e o emprego, relançada em 2005 pelo Conselho Europeu

da Primavera, apesar de apelar à criação de uma parceria europeia, não conseguiu o pleno envolvi-mento necessário dos actores institucionais protagonistas da sua aplicação; sublinha que o Conselho Europeu da Primavera reconheceu o papel do nível local e regional na criação de crescimento e emprego, admitindo que uma maior apropriação do programa para o crescimento e o emprego em todos os níveis de governo levará a uma definição mais coerente e efectiva das políticas;

— nota que este défice de apropriação da Estratégia para o Crescimento e o Emprego por parte de todos os níveis de governo está na base da tradução gorada dos objectivos da Estratégia de Lisboa em polí-ticas integradas em cada nível de governo, o que acarretou processos, por vezes, menos rectos de utili-zação dos recursos produtivos, financeiros, humanos e sociais destinados à concretiutili-zação dos objec-tivos de crescimento económico e de melhor emprego.

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Relator: FlavioDELBONO

O COMITÉ DAS REGIÕES

1. toma nota do fosso cada vez maior entre o crescimento económico da Europa e do resto do mundo, resultante, sobre-tudo, das novas condições determinadas pela globalização dos mercados;

2. reitera a importância de uma estratégia europeia destinada a apoiar o crescimento económico e o aumento do emprego, assente na inovação, na investigação e na competitividade — sobretudo no contexto da actual crise financeira dos mercados financeiros e das consequências previsíveis para a economia real –, estratégia essa que deve reforçar, simultaneamente, a sustenta-bilidade tanto através da salvaguarda dos princípios de coesão e de solidariedade, como através da protecção do ambiente;

3. observa que a estratégia para o crescimento e o emprego, relançada em 2005 pelo Conselho Europeu da Primavera, apesar de apelar à criação de uma parceria europeia, não conseguiu o pleno envolvimento necessário dos actores institucionais prota-gonistas da sua aplicação; sublinha que o Conselho Europeu da Primavera reconheceu o papel do nível local e regional na criação de crescimento e emprego, admitindo que uma maior apropriação do programa para o crescimento e o emprego em todos os níveis de governo levará a uma definição mais coerente e efectiva das políticas;

4. recorda, em particular, que os trabalhos da Plataforma de Acompanhamento da Estratégia de Lisboa apontaram para a existência de um «paradoxo de Lisboa»: as autarquias locais e regionais desempenham um papel fulcral na estratégia para o crescimento e o emprego (educação, inovação, investigação no nível local ou regional), sem que em muitos casos haja consci-ência de que esta acção faz parte da Estratégia de Lisboa (ausência de economias de escala/âmbito de acção), sendo que a maioria delas não vê qual é realmente a utilidade, para si, desta Estratégia;

5. parte do pressuposto de que a implementação da Estra-tégia de Lisboa só será eficaz se o território tiver grande capaci-dade para gerar, atrair e utilizar recursos humanos, competên-cias flexíveis e transversais, investigadores preparados e técnicos de alto nível, se se caracterizar por modelos de comportamento, valores, relações de confiança e capacidades de organização que favoreçam a interacção e a cooperação entre agentes e empresas, o funcionamento do mercado e a qualidade de vida, se dispuser de infra-estruturas materiais e imateriais adequadas e suficientes e se as suas instituições forem credíveis e eficientes;

6. nota que este défice de apropriação da Estratégia para o Crescimento e o Emprego por parte de todos os níveis de governo está na base da tradução gorada dos objectivos da Estratégia de Lisboa em políticas integradas em cada nível de governo, o que acarretou processos, por vezes, menos rectos de utilização dos recursos produtivos, financeiros, humanos e sociais destinados à concretização dos objectivos de crescimento económico e de melhor emprego;

7. chama a atenção para a posição que assumiu recente-mente em alguns pareceres referentes à Estratégia de Lisboa, sobre:

— a coordenação entre os programas dos fundos estruturais e os outros programas europeus pertinentes, como o Programa-Quadro para a Competitividade e a Inovação (PCI), o 7.oPrograma-Quadro para a Investigação e o Desen-volvimento, os programas de aprendizagem ao longo da vida, com vista a maximizar o valor acrescentado europeu e a envolver os órgãos de poder local e regional (Resolução de 7 de Fevereiro de 2008 para o Conselho Europeu da Prima-vera de 2008);

— os novos tipos de relações entre as administrações públicas, as universidades, os centros de investigação e as empresas (Parecer de 18 e 19 de Junho de 2008 sobre a «Política de agrupamentos de empresas»);

— a melhoria do acesso das PME ao financiamento e da partici-pação em programas comunitários (Parecer de 13 e 14 de Fevereiro de 2007 sobre «Aplicar o programa comunitário de Lisboa: Financiar o crescimento das PME — Promover a mais valia europeia»);

— a aplicação integrada das medidas de política de envolvi-mento activo no nível local, regional, nacional e comunitário (Parecer de 18 e 19 de Junho de 2008 sobre a «Inclusão activa»);

— a melhoria e o reforço dos sistemas de educação e formação profissional europeus enquanto factores fundamentais para o desenvolvimento da competitividade da UE a longo prazo (Parecer de 9 e 10 de Abril de 2008 sobre «Promover a plena participação dos jovens na educação, no emprego e na sociedade»);

— o papel dos órgãos de poder local e regional na aplicação das políticas de flexigurança (Parecer de 6 e 7 de Fevereiro de 2008 sobre «Princípios comuns de flexigurança: Mais e melhores empregos mediante flexibilidade e segurança»); — o papel dos serviços sociais de interesse geral e seu

contri-buto para a aplicação dos objectivos de Lisboa (Parecer de 6 de Dezembro de 2006 sobre «Aplicar o Programa Comuni-tário de Lisboa: Os serviços sociais de interesse geral na União Europeia»);

— um mercado único integrado enquanto instrumento dinâ-mico para o crescimento econódinâ-mico e social europeu (Parecer de 23 de Março de 2007 sobre «O futuro do mercado único e inventário da realidade social na Europa»); — «Rever o orçamento, transformar a Europa» (parecer de

iniciativa de 10 de Abril de 2008, CdR 16/2008 fin); — as novas perspectivas para a criação e a consolidação de um

espaço europeu da investigação (CdR 83/2007 fin);

— o apoio à investigação e à inovação nas regiões da UE (CdR 263/2007);

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8. sublinha, portanto, a necessidade de:

— uma melhor coordenação entre as políticas de crescimento e emprego nos diferentes níveis de governo;

— uma política integrada de crescimento e emprego em todos os níveis (integrada em todas as áreas políticas);

— acordos de governação em vários níveis: acordos escritos, consulta regular e coordenação das agendas políticas entre os diferentes níveis de governo;

RECOMENDAÇÕES PARA O CICLO DE GOVERNAÇÃO

2008-2010

Tendo em conta a parceria em curso entre a Comissão Europeia e os governos dos Estados-Membros para a reali-zação da Estratégia de Lisboa, o Comité das Regiões:

9. recorda que para que a estratégia seja bem sucedida, os diferentes níveis de governo têm de pôr em prática as decisões constantes das Orientações do Conselho Europeu da Primavera através de uma abordagem mais integrada, que envolva a coor-denação das suas agendas nas áreas políticas pertinentes, para que as decisões políticas sejam mais eficazes. Neste contexto, são de encorajar os acordos de governo a vários níveis;

10. encoraja as autarquias locais e regionais e as suas asso-ciações e redes (por exemplo, a rede Lisbon Regions Network) da União Europeia a actuarem mesmo para além das suas compe-tências formais no sentido de realizarem, no contexto da estra-tégia, políticas e acções concretas destinadas a orientar e apoiar a estrutura económica e social para a prossecução dos objectivos de crescimento e emprego;

11. insta com os governos nacionais da UE-27 para que envolvam de forma mais eficaz as autarquias locais e regionais do seu país na aplicação da Estratégia de Lisboa desde o início até ao seu período final, o que pode ocorrer através do seguinte: — organizando, sob a responsabilidade do «Senhor Lisboa» nacional, um conjunto de «auditorias do país», no nível nacional, em cooperação com os órgãos de poder local e regional e suas associações, para fazer o ponto da situação, trocar boas práticas e avaliar da necessidade de outras medidas políticas, bem como para indicar domínios de acção e instrumentos que, em termos de governação, possam ajudar a promover a participação das autarquias locais e regionais na aplicação da Estratégia de Lisboa. Os contributos de tais auditorias devem reflectir-se nos programas nacionais de reformas (PNR) a enviar à Comissão Europeia;

— considerando os relatórios nacionais de progresso, que cada Estado-Membro deve enviar à Comissão Europeia até meados de Outubro, como uma oportunidade para avaliar o grau de envolvimento das autarquias locais e regionais na aplicação da Estratégia de Lisboa. Neste contexto, a análise dos relatórios nacionais efectuada anualmente pelo Comité das Regiões evidenciou, até à data, um envolvimento

esporá-dico das autarquias locais e regionais, pelo que é necessário realçar esta situação no relatório anual da Comissão; 12. solicita à Comissão Europeia que faça o ponto da situação, de forma mais exaustiva, no seu relatório anual a publicar em Dezembro de 2008, analisando de modo estrutu-rado, para cada país, o papel e a participação das autarquias locais e regionais no contexto da governação da estratégia; 13. apela ao próximo Conselho Europeu da Primavera, em 2009, para que encoraje a maior difusão possível da decisão política integrada e dos instrumentos de governação a vários níveis, enquanto característica permanente do processo de decisão político em toda a UE até 2010 e para além desta data; 14. reitera o seu empenho em contribuir para o êxito da estratégia quer através do acompanhamento da sua aplicação a nível regional e local, quer através de um apoio activo às audito-rias nacionais, incluindo através das suas delegações nacionais; 15. solicita ainda à Comissão Europeia, e às instituições em todos os níveis, um empenho renovado na informação, por um lado, das autarquias locais e regionais acerca das políticas e dos programas criados, com o objectivo de financiar acções e planos coerentes com os objectivos da Agenda de Lisboa e, por outro lado, dos cidadãos acerca do impacto que a estratégia para o crescimento e o emprego pode ter na vida quotidiana, criando uma maior consciencialização do que pode ser realizado através de acções de nível europeu;

PERSPECTIVAS PARA ALÉM DE 2010

16. As evoluções permanentes do contexto mundial e a apli-cação incompleta da Estratégia de Lisboa impõem uma vasta reflexão sobre o papel futuro das acções no nível comunitário destinadas à prossecução dos objectivos de mais e melhor emprego;

17. considera que uma actuação rápida e coordenada da União Europeia é uma condição importante para o crescimento e o emprego;

O COMITÉ DAS REGIÕES

18. espera que se lance, através do envolvimento concreto de todos os actores cuja acção é decisiva para a concretização dos objectivos, uma ampla reflexão e um vasto debate sobre: — as prioridades da estratégia, actualmente demasiado vasta e,

por isso, por vezes demasiado vaga nos seus objectivos. A multiplicidade de objectivos requer uma clara determinação de prioridades. Quantos objectivos?

— as medidas, as acções e os modos de governação mais eficazes e eficientes para se atingir esses objectivos, aten-dendo às actuais competências dos diversos níveis de governo, inclusivamente a partir de modalidades utilizadas para outros programas (por exemplo, os Fundos Estruturais e o programa-quadro sobre investigação e desenvolvimento). Como persegui-los com êxito?

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— os custos da estratégia e a melhor maneira de utilizar os recursos ambientais e económicos, preservando, simultanea-mente, o ambiente e o clima. Como lidar com soluções de compromisso?

— a necessidade de conjugar o reforço das acções orientadas para a competitividade com o objectivo fundamental do projecto europeu de apoiar a coesão económica, social e territorial, enquanto elemento de excelência. Como conciliar competitividade e coesão?

Enquanto contributo próprio, o CR

19. salienta a oportunidade de focalizar a acção da estratégia europeia para o crescimento e o emprego na competitividade baseada na investigação e na inovação, enquanto elemento fundamental que permite ao espaço económico e comercial da União uma verdadeira competitividade a nível internacional e ao mercado interno do emprego uma redefinição em termos de quantidade e qualidade do emprego. Paralelamente, importa prosseguir as medidas para promover a competitividade das pequenas e médias empresas e as iniciativas para legislar melhor. A sustentabilidade social e ambiental, para além da económica, do crescimento deve continuar a ser a referência para a definição das medidas para atingir o objectivo da competitividade;

20. propõe que a intervenção comunitária seja elaborada não como uma estratégia de vasto raio de acção, mas sim como um conjunto estruturado de políticas coordenadas e integradas, para permitir uma acção mais incisiva e aprofundada;

21. sublinha que é indispensável uma acção de decisão mais resoluta a nível comunitário na elaboração, coordenação e apli-cação das políticas e dos programas que constituem a nova agenda para a competitividade. Ao mesmo tempo, há que salva-guardar competências dos Estados-Membros e o princípio da subsidiariedade. A este propósito, é desejável que a revisão do orçamento comunitário assuma decisões importantes em prol das políticas para a competitividade, quer através de uma avaliação de ordem quantitativa das dotações, quer no contexto de uma estreita coordenação entre as próprias políticas. Sempre que a acção preveja competências dos Estados-Membros, a União Europeia e os seus Estados-Membros devem dotar-se de instrumentos de decisão eficazes e de coordenação a diferentes níveis de governo para garantir o êxito destas políticas;

Neste contexto:

22. salienta a necessidade de uma acção especial destinada a incrementar e melhorar o investimento na investigação aplicada. O esforço comum de todos os níveis de governo deve estimular e apoiar as PME na procura de formas de investimento que, salvaguardando a competitividade das próprias empresas no espaço interno, as projectem para uma dimensão internacional. O investimento público na investigação de base deve ser obriga-toriamente acompanhado de investimento privado considerável na investigação aplicada à inovação do produto e do processo;

23. consciente da importância do mercado único enquanto condição necessária a uma verdadeira estratégia de competitivi-dade eficaz, solicita que se renove o empenho a favor da apli-cação de todas as medidas com vista à conclusão do mercado único. Solicita ainda que se realce a dimensão local e regional para se garantir uma maior capacidade competitiva das PME através da exploração da diversidade local em termos competi-tivos;

24. na aplicação de uma estratégia de competitividade efec-tiva e eficaz deverá ter-se especialmente em consideração a redução dos acidentes de trabalho;

25. sublinha a necessidade de uma política europeia para a energia que foque os aspectos de produção, consumo e abasteci-mento através de uma redução progressiva da dependência ener-gética em relação a países terceiros, enquanto elemento indis-pensável para apoiar a competitividade das empresas europeias, em particular as PME, e para garantir aos cidadãos a manu-tenção de níveis adequados de qualidade de vida;

26. realça a necessidade de promover activamente, e através de modalidades diversas, novos tipos de emprego feminino, sem prejuízo de que as medidas a adoptar neste contexto sejam defi-nidas pelos Estados-Membros ou pelos órgãos de poder local e regional em função das respectivas competências. A experiência mostra que a oferta de trabalho feminino é mais sensível ao salário líquido do que a oferta masculina, pelo que, em dife-rentes âmbitos, as formas destinadas a facilitar os novos empregos femininos poderiam contribuir para colmatar o profundo fosso que teima em persistir em muitos países no que diz respeito aos objectivos de Lisboa;

27. assinala que, a par da procura de soluções para os efeitos do declínio populacional em muitas regiões, importa enfrentar urgentemente os desafios causados pelo envelhecimento da população no espaço europeu, que requerem novas medidas de assistência social para as famílias para além de uma política de imigração prudente, mas consciente das necessidades humanas e sociais. Esta política de imigração deve focar não só os trabalha-dores altamente qualificados, mas eventualmente também a mão-de-obra não qualificada susceptível de apoiar a produção das PME, em função das necessidades dos Estados-Membros e/ /ou dos órgãos de poder local e regional. A globalização social e da economia já não permite comportamentos que têm muitas vezes fomentado a ilegalidade no mercado de trabalho;

28. recorda a importância da educação científica e de alto nível, mas também da educação primária, secundária, da formação profissional e do ensino superior, que permitem percursos de formação para alcançar qualificações de alto nível, criando condições e oportunidades para o aumento da partici-pação dos cidadãos, e sobretudo das mulheres, na vida activa e produtiva. Com este objectivo, dever-se-iam desenvolver acções com vista à diminuição efectiva do abandono escolar prema-turo;

29. à luz do exposto, sublinha a necessidade de manter como referência os valores essenciais do projecto europeu;

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30. chama, portanto, a atenção para a importância do modelo social europeu e da Agenda de Política Social europeia, bem como dos processos de Bolonha e de Copenhaga no que respeita à educação e formação. Apesar da sua diversidade, os sistemas nacionais assentam em fundamentos e princípios comuns que formam um entendimento partilhado do progresso social; os agentes sociais, as comunidades locais, os grupos, as autarquias locais e regionais e as organizações civis desempe-nham um papel cada vez mais importante no âmbito desta noção partilhada de progresso social;

31. recorda o empenho na protecção do ambiente através de acções de alcance local, mas também com intervenções de alcance global, sobretudo no âmbito do Protocolo de Quioto sobre as alterações climáticas. Neste contexto, sublinha a impor-tância para a dimensão local e regional do «pacote para a susten-tabilidade», elaborado pela Comissão, e, em particular, a comuni-cação sobre o plano de acção sobre a sustentabilidade da polí-tica industrial, enquanto estratégia integrada para ajudar a economia da UE a tornar-se não só a mais competitiva, mas também a mais sustentável do ponto de vista ambiental; 32. recorda ainda que o conhecimento do território é um dos aspectos mais importantes para a realização dos objectivos traçados pela Estratégia de Lisboa ao nível local e regional, sendo, portanto, fundamental o desenvolvimento de uma infor-mação estatística partilhada e de uma capacidade de leitura dos indicadores igualmente no nível local e regional;

33. propõe que se aplique a estratégia pós-2010 com base numa governação melhorada capaz de imprimir novo

dina-mismo e dinâmica à acção europeia em prol do crescimento económico e do emprego e capaz de superar as dificuldades dos actuais mecanismos (o método aberto de coordenação, o acordo quanto a indicadores de desempenho, indicadores estruturais e melhorias técnicas adicionais, etc.);

34. Isto deve assentar em:

— melhorias na avaliação, na diferenciação, na formulação e na finalidade dos objectivos,

— um calendário sincronizado com o da próxima legislatura europeia (2009-2014),

— a mobilização mais transparente e mais sustentável dos instrumentos jurídicos e financeiros da Comissão Europeia, — incentivos mais fortes para os Estados-Membros agirem e

maior envolvimento dos dirigentes políticos nacionais, — um papel activo das autarquias locais e regionais em todas

as fases do ciclo político (determinação das necessidades, concepção, aplicação, acompanhamento e avaliação), suscep-tível de desempenhar funções de integração e adaptação entre as instâncias locais e regionais, as diferentes políticas com impacto territorial e os objectivos da União Europeia; 35. O Comité das Regiões contribuirá posteriormente para a reflexão, com vista às decisões a tomar sobre o futuro das políticas europeias para o crescimento e o emprego após 2010. Para tal, examinará também a oportunidade de criar, no seu seio, um grupo de trabalho especializado, aberto ao diálogo com as instituições comunitárias.

Bruxelas, 26 de Novembro de 2008.

O Presidente do Comité das Regiões

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