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XXII Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (ENPROP 2006) Rio de Janeiro, 9-11 de outubro de 2006

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XXII Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (ENPROP 2006)

Rio de Janeiro, 9-11 de outubro de 2006

Oficina sobre Parcerias Institucionais Relatório Sucinto

1. Introdução

Na tarde do dia 10/OUT, foi realizada a Oficina 1, dedicada ao terma das “Parcerias Institucionais”, que contou com a participação da Dra. Maria Auxiliadora Nicolato, técnica da CAPES. Após uma breve exposição do Prof. Celso P. de Melo, e comentários da Dra. Nicolato, o plenário discutiu o tema e chegou às recomendações expressas ao final do presente documento.

2. Histórico: O tema Parcerias na CAPES

A crescente complexidade do sistema nacional de pós-graduação fez surgir a necessidade de associações entre diferentes instituições de ensino superior (IES) pós-graduado. Em sua forma mais tradicional, essas associações envolviam o oferecimento, por parte de um programa de pós-graduação (PPG) já consolidado, de cursos foras de sede em nível de mestrado (MINTER) ou, excepcionalmente, de doutorado (DINTER), em caráter de “turmas fechadas” para capacitação do corpo docente de uma outra instituição (isto é, apenas a esses alunos-docentes era permitida a matrícula em tais turmas). De um modo geral, a CAPES tem sido parcimoniosa na concessão de autorização para a instalação de tais programas, que deveriam ter duração limitada e ficar sob a responsabilidade acadêmica da instituição que ministra o curso (à qual caberia a responsabilidade pela emissão dos diplomas correspondentes).

Em número ainda pequeno, mas de modo cada vez mais freqüente ao longo dos últimos anos, outros tipos de parceria entre diferentes IES vieram a ser estabelecidas, o que trouxe um descompasso entre a realidade do sistema e os

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instrumentos de acompanhamento e avaliação da própria CAPES, gerando a necessidade de revisão dessas experiências como forma de discipliná-las e melhor apoiá-las. Dessa forma, em maio de 2006, a Diretoria de Avaliação da CAPES instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para analisar a questão e indicar possíveis aperfeiçoamentos na gestão da análise, acompanhamento e avaliação de tais parcerias institucionais.

Após dois dias de trabalho, o GT endossou o encaminhamento preliminarmente preparado pela equipe técnica da CAPES para uma revisão do sistema de apresentação de novas parcerias, através da modificação do Aplicativo para Propostas de Cursos Novos (APCN), que passaria a prever os seguintes tipos de associações:

a) Associação Ampla (AA) entre duas IES que, isoladamente, não teriam condições de propor e/ou manter um PPG com o nível de excelência desejado; b) Associação Parcial (AP), quando um PPG vinculado a uma única IES é

reforçado pela inclusão, em caráter sistemático e continuado, de pesquisadores de outra instituição;

c) Associação Temporária (AT), quando um PPG em fase de consolidação busca a parceria em caráter temporário com um programa já consolidado de outra IES, de modo a preencher lacunas eventualmente existentes em seu mapa de competências, com o objetivo de acelerar seu processo de emancipação acadêmica;

e, finalmente, a

d) Associação em Rede, que pode ser do tipo AA, AP ou AT, e ocorre quando mais de duas IES se associam para oferecer um curso de pós-graduação, usualmente de uma forma inovadora e/ou em uma área do conhecimento mais recente.

3. Conclusões da Oficina

Ao final dos debates, os seguintes pontos foram destacados pelos participantes da Oficina:

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Dentre as vantagens percebidas com a flexibilização do sistema nacional de pós-graduação assim concebida, estão:

– Ampliação da capacidade de oferta de PG em todo o território nacional;

– Aceleração das possibilidades de capacitação docente;

– Aumento da eficiência do sistema como um todo, pela exploração de sinergias identificadas entre PPGs de diferentes IES;

– Valorização da participação de cada IES participante de uma dada associação; o que no caso dos programas consolidados viria a ser medido pelo aumento em seu ÍNDICE DE SOLIDARIEDADE (este é um indicador a ser ainda mais bem definido pela CAPES e que deveria vir a ser adequadamente expresso através de um aperfeiçoamento dos instrumentos de coleta de informações da própria Agência).

b) Dificuldades ainda a serem superadas

Por outro lado, foram de imediato identificadas as seguintes dificuldades a serem superadas no sistema de registro de dados e de acompanhamento e avaliação dos PPGs:

– Apenas em 2005, o APCN passou a admitir a indicação de todas as instituições participantes e o cadastro de todos os docentes envolvidos;

– Em sua forma atual, o sistema Coleta CAPES não admite registro do quadro real da participação de todas as IES envolvidas, levando a que o preenchimento dos dados seja de responsabilidade exclusiva de um único coordenador (naturalmente, o uso de uma base de dados imperfeita ou incompleta resulta em levantamento de indicadores de desempenho incorretos, tendo como resultado uma AVALIAÇÃO INCORRETA);

– Não se encontram devidamente regulamentadas as situações em que cada uma das instituições participantes pode ou não emitir os diplomas correspondentes;

– No sistema atual, a produção científica não pode ser considerada em ambos os cursos (ou seja, não é admitido o critério de dupla contagem de informações, o que beneficiaria cada instituição ou PPG participante), fato

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que se torna mais grave naqueles casos em que o doutorado resulta de uma parceria entre PPGs que oferecem mestrados independentes: contrariamente ao que ocorre com um PPG constituído por um mestrado e doutorado na mesma sede. Na forma atual, o doutorado em parceria termina por penalizar o(s) mestrado(s) das IES participantes.

c) Questões adicionais

Além disso, os participantes da Oficina discutiram as seguintes questões adicionais:

– Qual o melhor procedimento perante o caso de encerramento unilateral de uma Associação por parte de um programa que resolve criar um PPG próprio e independente?

– Como melhor equacionar os problemas relativos à captação e à administração de recursos, assegurando um fluxo financeiro mais ágil entre as IES participantes?

– Como minimizar os problemas decorrentes da excessiva centralização administrativa em uma das IES, e levar em conta a inevitável existência de diferenças entre as IES quanto às normas, procedimentos e registro das informações?

d) Recomendações Finais

Ao final das discussões, foram feitas ainda as seguintes recomendações:

– Que um esforço especial fosse feito, no âmbito de cada IES, para difundir entre seu corpo docente as informações relativas às diferentes modalidades de ASSOCIAÇÕES agora reconhecidas pela CAPES;

– Em especial, fazer com que essas informações cheguem da forma mais completa possível junto aos membros dos Comitês de Áreas, de maneira que as particularidades do processo já possam vir a serem consideradas durante as avaliações de 2007;

– Desde já, começar a envidar esforços para equacionar de forma mais completa a situação para o próximo triênio;

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– Insistir junto aos Comitês de Áreas da CAPES para que, de imediato, não seja considerada como dupla contagem nem a participação nem a produção intelectual de pesquisadores que atuem simultaneamente em um dado PPG e em uma dada Associação entre PPGs (em especial, considerar como independentes a produção intelectual relativa a um PPG de Doutorado associado face à produção de eventuais PPGs de Mestrado independentes nas IES de origem);

– Estimular a formulação de parcerias inovadoras, como forma de assegurar o permanente interesse das IES em permanecerem associadas;

– A experiência adquirida nas parcerias já em andamento deve ser melhor divulgada e transmitida no âmbito das IES, para que haja avanço na formação de novos modelos de associações;

– Tomar o cuidado de discutir previamente como melhor lidar com eventuais diferenças de regimentos, registros acadêmicos, expedição de diplomas, e normas de funcionamento entre as IES participantes de uma associação proposta;

– Desde o termo inicial de associação, planejar, discutir e ajustar as condições de funcionamento da parceria e examinar as eventuais conseqüências do término da parceria;

– Buscar o contínuo envolvimento não apenas dos Representantes de Área, mas de todos os eventuais participantes dos Comitês de Avaliação da CAPES.

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2006

Prof. Celso P. de Melo (UFPE; Coordenador da Oficina) Profa. Marta Tavares d’Agosto (UFJF, relatora da Oficina) Profa. Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC; relatora da Oficina)

Referências

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