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Está prevista no art. 149 da Constituição Federal e no artigo 578 e seguintes, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT.

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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL 2018 Perguntas Frequentes

1) O que é Contribuição Sindical?

A Contribuição Sindical é o mais importante instrumento de atuação das entidades sindicais para o exercício de atividades que visam o interesse das categorias representadas.

Está prevista no art. 149 da Constituição Federal e no artigo 578 e seguintes, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

O art. 8º, IV, da Constituição Federal prescreve o recolhimento anual por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não associados a um sindicato, conforme art. 580 da CLT, abaixo transcrito:

Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: I – Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração;

(...)

III – para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva.

Os valores arrecadados via contribuição sindical permitem que as entidades sindicais tenham recursos para preservação da sua real autonomia, garantindo a atuação efetiva em defesa das categorias por meio da representação perante autoridades, órgãos públicos, conselhos e comissões, gastos com convênios, parcerias e obtenção de outros benefícios.

2) A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) extinguiu a Contribuição Sindical?

Não. A contribuição sindical, também conhecida como imposto sindical, não acabou e continua sendo devida, pelos empregados em cooperativas (categoria profissional) ou pelas cooperativas (categoria econômica), em favor dos legítimos sindicatos representantes de cada categoria (laboral ou patronal). O que muda é que o recolhimento da contribuição sindical não é mais compulsório/obrigatório e deve ser autorizado, prévia e expressamente.

Desta forma, foram mantidas todas as demais exigências legais, tais como, prazo para pagamento, publicação de editais, multas por atraso no pagamento, etc.

3) É possível à cooperativa pagar a contribuição sindical patronal para outro sindicato? Não. A contribuição sindical patronal deverá ser destinada para a Ocemg, sindicato que representa a categoria econômica das cooperativas em Minas Gerais, de acordo com seu registro no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais - CNES da Secretaria de Relações do Trabalho – SRT, do Ministério do Trabalho.

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4) Como é realizado o cálculo para pagamento da Contribuição Sindical Patronal?

O valor da Contribuição Sindical dos empregadores consiste numa importância proporcional ao capital social da cooperativa, registrado nas respectivas juntas comerciais ou nos órgãos equivalentes, mediante a aplicação de alíquotas, conforme a tabela progressiva descrita na CLT, art. 580, inciso III.

A referida tabela utiliza como índice o “maior valor de referência”, que foi extinto. Por esta razão, a atualização dos valores da tabela tem sido realizada, anualmente, pelas respectivas entidades sindicais.

5) Qual o prazo para o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal?

A Contribuição Sindical Patronal tem seu vencimento no dia 31 de janeiro de cada ano e seu pagamento deve ser efetuado por meio da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), conforme modelo aprovado pela Caixa Econômica Federal.

As cooperativas criadas após o mês de janeiro poderão realizar o pagamento da Contribuição Sindical no mês em que requererem o registro ou a licença para o exercício da atividade (CLT, art. 587).

6) É possível fazer o pagamento parcelado da Contribuição Sindical Patronal?

Não. Conforme artigo 580 da CLT, a contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, não sendo permitido o seu parcelamento.

7) Qual a importância do recolhimento da Contribuição Sindical Patronal?

O sistema sindical brasileiro segue a unicidade sindical e não a pluralidade sindical. Isto significa que existe apenas um representante por categoria econômica.

O sindicato patronal, para bem representar um setor, precisa arcar com despesas de administração, assessoria jurídica, intercâmbios técnicos, programas de capacitação e formação profissional, e para tal, precisa de recursos. Estes recursos são provenientes basicamente da contribuição sindical, importante mola propulsora do sistema cooperativista.

A Contribuição Sindical Patronal também auxilia outras atividades em prol do aprimoramento das cooperativas mineiras, como o Dia de Cooperar - que se tornou um marco mundial no âmbito da Responsabilidade Social, o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) - que reconheceu nossas cooperativas entre as melhores do país, o GDA – Programa de Desenvolvimento Econômico e Financeiro - que analisa os indicadores econômicos das cooperativas.

Outro ponto de destaque é a possibilidade de indicação de um membro vogal para representar os interesses das cooperativas na Junta Comercial de Minas Gerais – JUCEMG, que vem sendo importante ferramenta para as cooperativas mineiras.

Oportunamente, lembramos que iniciaremos em breve as obras do Centro de Treinamento do Sescoop e a estruturação do espaço físico para ampliação da área sindical.

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8) Qual a atuação da Ocemg enquanto sindicato patronal?

Inicialmente, havia grande dificuldade para as cooperativas, pois não havia um sindicato patronal que resguardasse os interesses desta categoria econômica no Estado de Minas Gerais. Diante desse fato, a Ocemg - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais tomou a iniciativa e, em 18 de julho de 2001, obteve, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, a Certidão Sindical publicada no Diário Oficial da União. A partir desta data, a Ocemg passou a ser o legítimo representante da categoria econômica das cooperativas neste estado, com exceção das cooperativas de trabalho médico.

A Ocemg vem defendendo os interesses da categoria econômica das cooperativas do Estado de Minas Gerais e desde 2002 celebra convenções coletivas, que podem ser acessadas em nosso site (www.minasgerais.coop.br), no link Serviços.

Ressaltamos que o sistema sindical brasileiro é duplo: patronal e laboral, ou seja, empregadores e empregados. O enfraquecimento de uma das partes é o fortalecimento da outra. Por este motivo, faz-se necessário o fortalecimento da Ocemg, enquanto representação patronal das cooperativas, principalmente no que se refere às negociações convenções coletivas.

9) Como está estruturado o Sistema de Representação Sindical Cooperativista?

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, muitas entidades sindicais patronais se apresentavam como representantes das cooperativas nas negociações coletivas, com grande prejuízo a estas sociedades, pois os sindicatos não possuíam a plena compreensão do papel das cooperativas, desconhecendo a legislação cooperativista e deixando muito a desejar na sua representatividade.

Assim, a partir do ano de 1993, em defesa da categoria econômica das cooperativas, surge o movimento pela representação sindical do cooperativismo.

Hoje, as entidades sindicais patronais representantes da categoria econômica das cooperativas são em número de 45 (quarenta e cinco) e estão assim distribuídas:

03 Federações interestaduais ou regionais 02 Federações Estaduais

40 (quarente) sindicatos

Diante, desta realidade, as entidades sindicais da categoria econômica das cooperativas decidiram constituir a sua entidade maior de representação, a CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA COOPERATIVAS – CNCOOP, que obteve seu registro em 16/11/2010.

10) O que é Convenção Coletiva de Trabalho?

Convenção Coletiva de Trabalho, ou CCT, é um ato jurídico pactuado entre sindicatos de empregadores e de empregados para estabelecer normas que serão aplicáveis nas relações de trabalho abrangidas pelas categorias dos segmentos econômicos e profissionais envolvidos na negociação.

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Conforme disposto no art. 611 da CLT, “Convenção Coletiva é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho”.

A convenção coletiva abrange todos os empregados e, em nosso caso, todas as empresas pertencentes a mesma categoria econômica (cooperativas) de uma dada base territorial (Minas Gerais), que serão sempre representados pelos respectivos sindicatos.

11) Qual a relação entre o Sistema Sindical e o “Sistema S”?

Os Serviços Sociais Autônomos, que integram o denominado “Sistema S”, são todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito Privado, para ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.

São entes paraestatais, de cooperação com o Poder Público, com administração e patrimônios próprios. Embora oficializadas pelo Estado, não integram a Administração direta nem a indireta, mas trabalham ao lado do Estado, sob seu amparo, cooperando nos setores, atividades e serviços que lhes são atribuídos, por serem considerados de interesse específico de determinados beneficiários.

Desta forma, os Serviços Sociais Autônomos não se inserem no âmbito da Administração Pública direta ou indireta, são entes paraestatais, ou seja, se inserem ao lado do Estado cooperando com o Poder Público, possuindo, assim, natureza peculiar. Porém, submetem-se a algumas normas públicas, como o dever de licitar e de prestar contas ao Tribunal de Contas da União – TCU.

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sescoop foi criado pela Medida Provisória nº 1.715, de 03 de setembro de 1998. O referido instrumento normativo descreve o objetivo do SESCOOP, que é o de organizar, administrar e executar em todo o território nacional o ensino de formação profissional, desenvolvimento e promoção social do trabalhador em cooperativa e dos cooperados.

A contribuição para o Sescoop, de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o montante da remuneração paga a todos os empregados das cooperativas, conforme determinação contida no artigo 10 da MP nº 2.168 de 24/08/2001, possui natureza substitutiva às contribuições anteriormente devidas (até 31/12/1998) e recolhidas para Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI; Serviço Social da Indústria – SESI; Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC; Serviço Social do Comércio – SESC; Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT; Serviço Social do Transporte – SEST e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR.

Assim, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop, foi uma grande conquista das cooperativas e só foi possível através da estrutura sindical cooperativista (sindicatos/federações/confederação). Isto porque o denominado “Sistema S” possui seu alicerce no sistema sindical brasileiro.

Desde sua criação, o Sescoop/MG já realizou atendimento há mais de cinco milhões de participantes, em seus cursos e eventos.

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12) Onde conseguir mais informações sobre o tema?

Em nosso Portal (minasgerais.coop.br), no link Publicações, as cooperativas poderão se informar sobre a legislação trabalhista e sindical, através da leitura da Cartilha Sindical da Ocemg e Reforma Trabalhista da CNCoop.

Referências

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