DISTÚRBIO DA ANSIEDADE
TRANSTORNOS DA ANSIEDADE
TRANSTORNOS DA ANSIEDADE
A ansiedade é uma apreensão difusa e vaga associada a
sentimentos de incerteza e desesperança. Essa emoção não
tem objeto específico. É experimentada de forma subjetiva e
comunicada de forma interpessoal. É distinta do medo, que
é a apreensão intelectual do perigo. A ansiedade é a
resposta emocional da apreensão. A capacidade de ficar
ansioso é necessária para a sobrevida, mas os níveis graves
de ansiedade são incompatíveis com a vida.
Os níveis de ansiedade são os seguintes:
1. A ansiedade brandaestá associada à tensão da vida diária e torna a pessoa alerta, aumentando seu campo de percepção. Essa ansiedade pode motivar o aprendizado, produz o crescimento e a criatividade.
2. A ansiedade moderadapermite que uma pessoa focalize as preocupações imediatas e bloqueie a periferia. Ela estreita o campo de percepção da pessoa. Dessa maneira, a pessoa experimenta desatenção seletiva, mas pode focalizar um detalhe específico e a não pensar sobre qualquer outra coisa. Todo comportamento é voltado para a obtenção do alívio. A pessoa precisa de muita orientação para focalizar qualquer outra área.
3. A ansiedade gravereduz muito o campo de percepção de uma pessoa, que tende a focalizar um detalhe específico e a não pensar sobre qualquer outra coisa. Todo comportamento é voltado para a obtenção do alívio. A pessoa precisa de muita orientação para focalizar qualquer outra área.
4. O nível de pânico da ansiedadeestá associado a pavor, medo e terror. Os detalhes são desprezados de forma desproporcional. Por experimentar uma perda de controle, a pessoa é incapaz de fazer as coisas mesmo com orientação. O pânico envolve a desorganização da personalidade e resulta em aumento da atividade motora, diminuição da capacidade de se relacionar com os outros, percepções distorcidas e perda do pensamento racional. Esse nível de ansiedade é incompatível com a vida, e se permanecer por um período prolongado, resultará
Respostas fisiol
Respostas fisiol
ó
ó
gicas
gicas
à
à
ansiedade
ansiedade
Pressão para urinar*
Micção freqüente*
Trato urin
Trato urin
á
á
rio
rio
Respiração rápida
Falta de ar
Pressão no tórax
Respiração superficial
Nó na garganta
Sensação de sufocação
Engasgo
Respirat
Respirat
ó
ó
rio
rio
Palpitações
Coração “disparado”
Pressão arterial aumentada
Tontura
Desmaio
Pressão arterial diminuída
Freqüência cardíaca diminuída*
Cardiovascular
Cardiovascular
Respostas
Respostas
Sistema corporal
Sistema corporal
Perda do apetite
Repugnância em relação ao alimento Desconforto abdominal Dor abdominal* Náusea* Pirose* Diarréia*
Gastrintestinal
Gastrintestinal
Reflexos aumentados Reação de tremor Contratura da pálpebra Insônia Tremores Frigidez Encrespamento, compasso Face franzida Fraqueza generalizada Pernas trêmulas Movimentos desajeitadosNeuromuscular
Neuromuscular
Respostas comportamental, cognitiva e afetiva
Respostas comportamental, cognitiva e afetiva
à
à
ansiedade
ansiedade
Inquietação
Tensão física
Tremores
Reação de tremor
Fala rápida
Falta de coordenação
Propensão a acidentes
Isolamento interpessoal
Inibição
Fuga
Anulação
Hiperventilação
hipervigilância
Comportamental
Comportamental
Respostas
Respostas
Sistema
Sistema
Atenção prejudicada
Concentração deficiente
Esquecimento
Erros no julgamento
Preocupação
Bloqueio do pensamentos
Campo perceptual diminuído
Criatividade reduzida
Produtividade diminuída
Confusão
Hipervigilância
Autoconsciência
Perda da objetividade
Medo de perder o controle
Imagens visuais ameaçadoras
Flashbacks
pesadelos
Cognitivo
Cognitivo
Irritável
Impaciência
Inquietação
Tensão
Nervosismo
Medo
Alarme
Terror
Agitado
Dormência
Culpa
Vergonha
Afetivo
Afetivo
FATORES PREDISPONENTES
FATORES PREDISPONENTES
FATORES PREDISPONENTES
Na visão psicanalítica, a ansiedade é o conflito emocional que ocorre entre dois elementos da personalidade: o id e o superego.
1. Na visão interpessoal, a ansiedade origina-se do medo da desaprovação interpessoal e da rejeição. Ela também está relacionada com os traumas do desenvolvimento, como as separações e perdas, que levam a vulnerabilidades específicas. As pessoas com auto-estima baixa estão particularmente vulneráveis ao desenvolvimento da ansiedade elevada.
3. Na visão comportamental, a ansiedade é o produto da frustração, a qual é tudo que interfere com a capacidade de uma pessoa alcançar um objetivo desejado.
4. Os estudos familiares mostram que os distúrbios da ansiedade ocorrem tipicamente dentro das famílias. Assim, também, os distúrbios da ansiedade se sobrepõem, da mesma forma que os distúrbios da ansiedade e a depressão. 5. Os estudos biológicosmostram que o cérebro contém os receptores específicos
para os benzodiazepínicos, medicamentos que estimulam o neurorregulador inibitório ácido gama-aminobutírico (GABA), que desempenha uma função importante nos mecanismos biológicos ligados à ansiedade. Além disso, a saúde geral de uma pessoa e a história familiar de ansiedade têm um efeito acentuado sobre a predisposição para a ansiedade.
FATORES PRECIPITANTES
FATORES PRECIPITANTES
1. As
ameaças à integridade física
incluem a incapacidade
fisiológica iminente ou a capacidade diminuída de
realizar as atividades cotidianas.
2. As
ameaças à auto-estima
sugerem o perigo para a
identidade da pessoa, para sua auto-estima e
funcionamento social integrado.
AGORAFOBIA
AGORAFOBIA
Um agrupamento mais ou menos bem definido de fobias que
abrangem medos de sair de casa, entrar em lojas, multidões e
lugares públicos ou de viajar sozinho em trens, ônibus ou
aviões.
FOBIAS SOCIAIS
FOBIAS SOCIAIS
Medo de ser observado por outras pessoas, levando à evitação de
situações sociais. Fobias sociais mais invasivas estão usualmente
associadas a baixa auto-estima e medo de críticas. Elas podem se
apresentar como uma queixa de rubor, tremores das mãos,
náuseas ou urgência miccional e o paciente está às vezes
convencido de que uma dessas manifestações secundárias de sua
ansiedade é o problema primário. Os sintomas podem progredir
para ataques de pânico.
FOBIAS ESPEC
FOBIAS ESPEC
Í
Í
FICAS (ISOLADAS)
FICAS (ISOLADAS)
Fobias restritas a situações altamente específicas, tais como
proximidade a determinados animais, altura, trovão, escuridão,
voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros
públicos, comer certos alimentos, dentistas ou a visão de sangue
ou ferimentos. Ainda que a situação desencadeante seja
delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na
agorafobia ou na fobia social.
S
S
Í
Í
NDROME DO PÂNICO
NDROME DO PÂNICO
O aspecto essencial são ataques recorrentes de ansiedade grave
(pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou
conjunto de circunstâncias em particular e que são, portanto,
imprevisíveis. Assim como em outros transtornos de ansiedade,
os sintomas dominantes incluem início súbito de palpitações,
dor no peito, sensações de choque, tontura e sentimentos de
irrealidade. Freqüentemente há também um medo secundário
de morrer, perder o controle ou enlouquecer. A síndrome do
pânico não deve ser considerada o diagnóstico principal se o
paciente apresenta um transtorno depressivo na época do início
dos ataques; nessa circunstância, os ataques de pânico
provavelmente são secundários à depressão.
TRANSTORNO OBSESSIVO
TRANSTORNO OBSESSIVO
-
-
COMPULSIVO
COMPULSIVO
O aspecto essencial são pensamentos obsessivos ou atos
compulsivos recorrentes. Pensamentos obsessivos são idéias,
imagens ou impulsos que entram na mente do paciente
repetidamente de uma forma estereotipada. Eles são quase
invariavelmente angustiantes e o paciente usualmente tenta, sem
sucesso, resistir-lhes. Eles são, contudo, reconhecidos como
pensamentos do próprio indivíduo, ainda que sejam involuntários e
freqüentemente repugnantes. Atos ou rituais compulsivos são
comportamentos estereotipados que se repetem muitas vezes.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Ansiedade generalizada e persistente, mas não restrita ou
mesmo
fortemente
predominante
em
quaisquer
circunstâncias ambientais em particular (isto é, ela é
“livremente flutuante”). Os sintomas dominantes são
variáveis, mas incluem queixas de nervosismo persistente,
tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça
leve, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medo
de que o paciente ou um parente irá brevemente adoecer
ou sofrer um acidente são freqüentemente expressados.
Processo de enfermagem nos dist
Processo de enfermagem nos distúúrbios relacionados rbios relacionados ààansiedadeansiedade
A.
A.
Hist
Hist
ó
ó
rico de enfermagem
rico de enfermagem
1.
Note as manifestações fisiológicas da ansiedade envolvendo a
resposta de luta ou fuga e também sintomas físicos individuais
especiais.
2.
Note as respostas comportamentais e cognitivas específicas do
cliente que são congruentes ou incongruentes com os critérios
diagnósticos estabelecidos para os distúrbios da ansiedade no
DSM-IV.
3.
Reveja a história pregressa de problemas relacionados à
ansiedade do cliente.
4.
Reveja os fatores de estresse internos e externos atuais do cliente.
5.
Discuta com o cliente sua própria percepção dos problemas
atuais.
B.
B.
Diagn
Diagn
ó
ó
sticos de enfermagem
sticos de enfermagem
1.
Analise o nível da ansiedade do cliente
2.
Analise o uso de estratégias adaptativas pelo cliente
3.
Analise o uso de medidas de defesa pelo cliente
4.
Estabeleça diagnósticos de enfermagem individualizados
C.
C.
Prescri
Prescriç
ção
ão
1. Aja em colaboração com o cliente estabelecendo metas
realistas
2. Estabeleça os critérios para a evolução final desejada para
as intervenções, como por exemplo:
a. O cliente identifica respostas da ansiedade
b. O cliente identifica as possíveis fontes de ansiedade nas
situações vitais do momento atual.
c. O cliente conhece diversas medidas adaptativas para a
redução da ansiedade e utiliza-as.
d. O cliente utiliza recursos e/ou ajuda externa quando as
respostas ansiosas aumentam.
e. O cliente relata redução das respostas ansiosas e maior
confiança em sua capacidade de lidar com elas.
D.
D.ImplementaImplementaççãoão 1.
1. No caso de clientes com distNo caso de clientes com distúúrbios obsessivorbios obsessivo--compulsivo:compulsivo:
a. Transmita aceitação ao cliente apesar de seu comportamento ritualístico.
b. Dê ao cliente tempo para executar os rituais (a ansiedade vai aumentar se ele não puder executar os comportamentos compulsivos). c. Encoraje o estabelecimento de limites aos comportamentos ritualísticos como parte do plano de tratamento estabelecido. d. Use a escuta ativa para encorajar o cliente a verbalizar sentimentos (o melhor momento para a interação é depois do cliente completar o comportamento ritualístico).
e. Direcione a necessidade de executar rituais para condutas mais úteis do ponto de vista social (p. ex., lavar a louça após as refeições, dobrar a roupa lavada para guardar).
f. Explorar com o cliente os propósitos servidos pelo comportamento. g. Ensinar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para lidar com a ansiedade.
h. Dar informações sobre as medicações usadas como parte do plano de tratamento.
3.
3. No caso de um cliente com fobias:No caso de um cliente com fobias:
a. Não forçar o contato com o objeto fóbico ou a situação fóbica. b. Utilizar implementações selecionadas relativas à ansiedade. c. Ajudar o cliente a descrever seus sentimentos antes da resposta ao objeto fóbico.
d. Encorajar o cliente a praticar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para lidar com a ansiedade.
e. Participar como membro da equipe de tratamento de um programa estabelecido de dessensibilização sistemática.
4. No caso de um cliente com distúrbios de estresse pós-trauma:
a. Usar implementações selecionadas relativas à ansiedade.
b. Confirmar com o cliente que o evento traumático foi efetivamente muito estressante.
c. Ajudar o cliente a verbalizar todos os aspectos do evento traumático, incluindo os próprios sentimentos.
d. Encorajar a participação do cliente num grupo de auto-ajuda ou de apoio para o acompanhamento.
e. Ensinar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para reduzir a ansiedade.
f. Encaminhar aos AA (Alcóolicos Anônimos) ou NA (Narcóticos Anônimos) se a dependência de drogas ou álcool for um problema.
5. No caso de um cliente com um distúrbio dissociativo: