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DISTÚRBIO DA ANSIEDADE

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Academic year: 2021

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DISTÚRBIO DA ANSIEDADE

TRANSTORNOS DA ANSIEDADE

TRANSTORNOS DA ANSIEDADE

A ansiedade é uma apreensão difusa e vaga associada a

sentimentos de incerteza e desesperança. Essa emoção não

tem objeto específico. É experimentada de forma subjetiva e

comunicada de forma interpessoal. É distinta do medo, que

é a apreensão intelectual do perigo. A ansiedade é a

resposta emocional da apreensão. A capacidade de ficar

ansioso é necessária para a sobrevida, mas os níveis graves

de ansiedade são incompatíveis com a vida.

Os níveis de ansiedade são os seguintes:

1. A ansiedade brandaestá associada à tensão da vida diária e torna a pessoa alerta, aumentando seu campo de percepção. Essa ansiedade pode motivar o aprendizado, produz o crescimento e a criatividade.

2. A ansiedade moderadapermite que uma pessoa focalize as preocupações imediatas e bloqueie a periferia. Ela estreita o campo de percepção da pessoa. Dessa maneira, a pessoa experimenta desatenção seletiva, mas pode focalizar um detalhe específico e a não pensar sobre qualquer outra coisa. Todo comportamento é voltado para a obtenção do alívio. A pessoa precisa de muita orientação para focalizar qualquer outra área.

3. A ansiedade gravereduz muito o campo de percepção de uma pessoa, que tende a focalizar um detalhe específico e a não pensar sobre qualquer outra coisa. Todo comportamento é voltado para a obtenção do alívio. A pessoa precisa de muita orientação para focalizar qualquer outra área.

4. O nível de pânico da ansiedadeestá associado a pavor, medo e terror. Os detalhes são desprezados de forma desproporcional. Por experimentar uma perda de controle, a pessoa é incapaz de fazer as coisas mesmo com orientação. O pânico envolve a desorganização da personalidade e resulta em aumento da atividade motora, diminuição da capacidade de se relacionar com os outros, percepções distorcidas e perda do pensamento racional. Esse nível de ansiedade é incompatível com a vida, e se permanecer por um período prolongado, resultará

Respostas fisiol

Respostas fisiol

ó

ó

gicas

gicas

à

à

ansiedade

ansiedade

Pressão para urinar*

Micção freqüente*

Trato urin

Trato urin

á

á

rio

rio

Respiração rápida

Falta de ar

Pressão no tórax

Respiração superficial

Nó na garganta

Sensação de sufocação

Engasgo

Respirat

Respirat

ó

ó

rio

rio

Palpitações

Coração “disparado”

Pressão arterial aumentada

Tontura

Desmaio

Pressão arterial diminuída

Freqüência cardíaca diminuída*

Cardiovascular

Cardiovascular

Respostas

Respostas

Sistema corporal

Sistema corporal

(2)

Perda do apetite

Repugnância em relação ao alimento Desconforto abdominal Dor abdominal* Náusea* Pirose* Diarréia*

Gastrintestinal

Gastrintestinal

Reflexos aumentados Reação de tremor Contratura da pálpebra Insônia Tremores Frigidez Encrespamento, compasso Face franzida Fraqueza generalizada Pernas trêmulas Movimentos desajeitados

Neuromuscular

Neuromuscular

Respostas comportamental, cognitiva e afetiva

Respostas comportamental, cognitiva e afetiva

à

à

ansiedade

ansiedade

Inquietação

Tensão física

Tremores

Reação de tremor

Fala rápida

Falta de coordenação

Propensão a acidentes

Isolamento interpessoal

Inibição

Fuga

Anulação

Hiperventilação

hipervigilância

Comportamental

Comportamental

Respostas

Respostas

Sistema

Sistema

Atenção prejudicada

Concentração deficiente

Esquecimento

Erros no julgamento

Preocupação

Bloqueio do pensamentos

Campo perceptual diminuído

Criatividade reduzida

Produtividade diminuída

Confusão

Hipervigilância

Autoconsciência

Perda da objetividade

Medo de perder o controle

Imagens visuais ameaçadoras

Flashbacks

pesadelos

Cognitivo

Cognitivo

Irritável

Impaciência

Inquietação

Tensão

Nervosismo

Medo

Alarme

Terror

Agitado

Dormência

Culpa

Vergonha

Afetivo

Afetivo

(3)

FATORES PREDISPONENTES

FATORES PREDISPONENTES

FATORES PREDISPONENTES

Na visão psicanalítica, a ansiedade é o conflito emocional que ocorre entre dois elementos da personalidade: o id e o superego.

1. Na visão interpessoal, a ansiedade origina-se do medo da desaprovação interpessoal e da rejeição. Ela também está relacionada com os traumas do desenvolvimento, como as separações e perdas, que levam a vulnerabilidades específicas. As pessoas com auto-estima baixa estão particularmente vulneráveis ao desenvolvimento da ansiedade elevada.

3. Na visão comportamental, a ansiedade é o produto da frustração, a qual é tudo que interfere com a capacidade de uma pessoa alcançar um objetivo desejado.

4. Os estudos familiares mostram que os distúrbios da ansiedade ocorrem tipicamente dentro das famílias. Assim, também, os distúrbios da ansiedade se sobrepõem, da mesma forma que os distúrbios da ansiedade e a depressão. 5. Os estudos biológicosmostram que o cérebro contém os receptores específicos

para os benzodiazepínicos, medicamentos que estimulam o neurorregulador inibitório ácido gama-aminobutírico (GABA), que desempenha uma função importante nos mecanismos biológicos ligados à ansiedade. Além disso, a saúde geral de uma pessoa e a história familiar de ansiedade têm um efeito acentuado sobre a predisposição para a ansiedade.

FATORES PRECIPITANTES

FATORES PRECIPITANTES

1. As

ameaças à integridade física

incluem a incapacidade

fisiológica iminente ou a capacidade diminuída de

realizar as atividades cotidianas.

2. As

ameaças à auto-estima

sugerem o perigo para a

identidade da pessoa, para sua auto-estima e

funcionamento social integrado.

AGORAFOBIA

AGORAFOBIA

Um agrupamento mais ou menos bem definido de fobias que

abrangem medos de sair de casa, entrar em lojas, multidões e

lugares públicos ou de viajar sozinho em trens, ônibus ou

aviões.

FOBIAS SOCIAIS

FOBIAS SOCIAIS

Medo de ser observado por outras pessoas, levando à evitação de

situações sociais. Fobias sociais mais invasivas estão usualmente

associadas a baixa auto-estima e medo de críticas. Elas podem se

apresentar como uma queixa de rubor, tremores das mãos,

náuseas ou urgência miccional e o paciente está às vezes

convencido de que uma dessas manifestações secundárias de sua

ansiedade é o problema primário. Os sintomas podem progredir

para ataques de pânico.

FOBIAS ESPEC

FOBIAS ESPEC

Í

Í

FICAS (ISOLADAS)

FICAS (ISOLADAS)

Fobias restritas a situações altamente específicas, tais como

proximidade a determinados animais, altura, trovão, escuridão,

voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros

públicos, comer certos alimentos, dentistas ou a visão de sangue

ou ferimentos. Ainda que a situação desencadeante seja

delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na

agorafobia ou na fobia social.

(4)

S

S

Í

Í

NDROME DO PÂNICO

NDROME DO PÂNICO

O aspecto essencial são ataques recorrentes de ansiedade grave

(pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou

conjunto de circunstâncias em particular e que são, portanto,

imprevisíveis. Assim como em outros transtornos de ansiedade,

os sintomas dominantes incluem início súbito de palpitações,

dor no peito, sensações de choque, tontura e sentimentos de

irrealidade. Freqüentemente há também um medo secundário

de morrer, perder o controle ou enlouquecer. A síndrome do

pânico não deve ser considerada o diagnóstico principal se o

paciente apresenta um transtorno depressivo na época do início

dos ataques; nessa circunstância, os ataques de pânico

provavelmente são secundários à depressão.

TRANSTORNO OBSESSIVO

TRANSTORNO OBSESSIVO

-

-

COMPULSIVO

COMPULSIVO

O aspecto essencial são pensamentos obsessivos ou atos

compulsivos recorrentes. Pensamentos obsessivos são idéias,

imagens ou impulsos que entram na mente do paciente

repetidamente de uma forma estereotipada. Eles são quase

invariavelmente angustiantes e o paciente usualmente tenta, sem

sucesso, resistir-lhes. Eles são, contudo, reconhecidos como

pensamentos do próprio indivíduo, ainda que sejam involuntários e

freqüentemente repugnantes. Atos ou rituais compulsivos são

comportamentos estereotipados que se repetem muitas vezes.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

Ansiedade generalizada e persistente, mas não restrita ou

mesmo

fortemente

predominante

em

quaisquer

circunstâncias ambientais em particular (isto é, ela é

“livremente flutuante”). Os sintomas dominantes são

variáveis, mas incluem queixas de nervosismo persistente,

tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça

leve, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medo

de que o paciente ou um parente irá brevemente adoecer

ou sofrer um acidente são freqüentemente expressados.

Processo de enfermagem nos dist

Processo de enfermagem nos distúúrbios relacionados rbios relacionados ààansiedadeansiedade

A.

A.

Hist

Hist

ó

ó

rico de enfermagem

rico de enfermagem

1.

Note as manifestações fisiológicas da ansiedade envolvendo a

resposta de luta ou fuga e também sintomas físicos individuais

especiais.

2.

Note as respostas comportamentais e cognitivas específicas do

cliente que são congruentes ou incongruentes com os critérios

diagnósticos estabelecidos para os distúrbios da ansiedade no

DSM-IV.

3.

Reveja a história pregressa de problemas relacionados à

ansiedade do cliente.

4.

Reveja os fatores de estresse internos e externos atuais do cliente.

5.

Discuta com o cliente sua própria percepção dos problemas

atuais.

B.

B.

Diagn

Diagn

ó

ó

sticos de enfermagem

sticos de enfermagem

1.

Analise o nível da ansiedade do cliente

2.

Analise o uso de estratégias adaptativas pelo cliente

3.

Analise o uso de medidas de defesa pelo cliente

4.

Estabeleça diagnósticos de enfermagem individualizados

(5)

C.

C.

Prescri

Prescriç

ção

ão

1. Aja em colaboração com o cliente estabelecendo metas

realistas

2. Estabeleça os critérios para a evolução final desejada para

as intervenções, como por exemplo:

a. O cliente identifica respostas da ansiedade

b. O cliente identifica as possíveis fontes de ansiedade nas

situações vitais do momento atual.

c. O cliente conhece diversas medidas adaptativas para a

redução da ansiedade e utiliza-as.

d. O cliente utiliza recursos e/ou ajuda externa quando as

respostas ansiosas aumentam.

e. O cliente relata redução das respostas ansiosas e maior

confiança em sua capacidade de lidar com elas.

D.

D.ImplementaImplementaççãoão 1.

1. No caso de clientes com distNo caso de clientes com distúúrbios obsessivorbios obsessivo--compulsivo:compulsivo:

a. Transmita aceitação ao cliente apesar de seu comportamento ritualístico.

b. Dê ao cliente tempo para executar os rituais (a ansiedade vai aumentar se ele não puder executar os comportamentos compulsivos). c. Encoraje o estabelecimento de limites aos comportamentos ritualísticos como parte do plano de tratamento estabelecido. d. Use a escuta ativa para encorajar o cliente a verbalizar sentimentos (o melhor momento para a interação é depois do cliente completar o comportamento ritualístico).

e. Direcione a necessidade de executar rituais para condutas mais úteis do ponto de vista social (p. ex., lavar a louça após as refeições, dobrar a roupa lavada para guardar).

f. Explorar com o cliente os propósitos servidos pelo comportamento. g. Ensinar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para lidar com a ansiedade.

h. Dar informações sobre as medicações usadas como parte do plano de tratamento.

3.

3. No caso de um cliente com fobias:No caso de um cliente com fobias:

a. Não forçar o contato com o objeto fóbico ou a situação fóbica. b. Utilizar implementações selecionadas relativas à ansiedade. c. Ajudar o cliente a descrever seus sentimentos antes da resposta ao objeto fóbico.

d. Encorajar o cliente a praticar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para lidar com a ansiedade.

e. Participar como membro da equipe de tratamento de um programa estabelecido de dessensibilização sistemática.

4. No caso de um cliente com distúrbios de estresse pós-trauma:

a. Usar implementações selecionadas relativas à ansiedade.

b. Confirmar com o cliente que o evento traumático foi efetivamente muito estressante.

c. Ajudar o cliente a verbalizar todos os aspectos do evento traumático, incluindo os próprios sentimentos.

d. Encorajar a participação do cliente num grupo de auto-ajuda ou de apoio para o acompanhamento.

e. Ensinar técnicas de relaxamento e outras medidas adaptativas para reduzir a ansiedade.

f. Encaminhar aos AA (Alcóolicos Anônimos) ou NA (Narcóticos Anônimos) se a dependência de drogas ou álcool for um problema.

5. No caso de um cliente com um distúrbio dissociativo:

a. Desenvolver uma relação de confiança e proporcionar apoio

durante episódios de despersonalização, amnésia, emergência de

novas personalidades.

b. Encorajar a revelação e discussão de sentimentos relacionados

a experiências dolorosas ou traumáticas.

c. Facilitar a exploração de mecanismos adaptativos alternativos.

d. Ajudar a identificar fontes de conflito.

e. Apoiar o compromisso a fazer uma terapia orientada para a

compreensão com um terapeuta experiente.

E.

E.

Evulo

Evulo

ç

ç

ão

ão

O cliente identifica suas próprias respostas ansiosas.

O cliente identifica os fatores de estresse na situação vital do

momento presente relacionados a respostas ansiosas.

O cliente usa medidas adaptativas e não comportamentos

sintomáticos.

O cliente identifica e coopera com o plano de tratamento

continuado.

(6)

• ___________.Classificação de Transtornos Mentais e

de Comportamento da CID-10: referência rápida. Porto

Alegre. Artes Médicas, 1997.

• ISAACS A., Saúde Mental e Enfermagem Psiquiátrica.

2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,

1988

• STUART,

G.W

&

LARAIA,

M.T.

Enfermagem

psiquiátrica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Reichmann &

Afonso Ed, 2002.

Referências

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