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TEOREMAS LIMITE EM PROBABILIDADE RENATO ASSUNÇÃO DCC - UFMG

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Academic year: 2021

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TEOREMAS LIMITE EM

PROBABILIDADE

RENATO ASSUNÇÃO DCC - UFMG

(2)

Referência para um estudo aprofundado das questões (e demonstrações das afirmações feitas aqui)

(3)

LIMITE DE NÚMEROS REAIS

Sequência de números reais xn

Quando dizemos que xn converge para um limite L?

Olhamos para a diferença |xn – L|

Queremos que isto vá para zero quando n cresce.

Difícil formalizar de modo genérico, para toda e qualquer sequência.

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EXEMPLO

Seja xn = 1 + 1

𝑛

Vemos que |xn – 1|  0 qdo n  ∞

Considere agora a seguinte sequência:

𝑥𝑛 = 1 + 1 𝑛 𝑠𝑒 𝑛 ≠ 10 𝑘 2, 𝑠𝑒 𝑛 = 10𝑘

Agora, |xn – 1|  0 qdo n  ∞ e n ≠10, 100, 1000, 10000, 100000,...

Se n =10, 100, 1000, 10000, 100000,... teremos xn = 2

Cada vez mais raramente xn se afasta de 1 mas NUNCA teremos

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ESTA CONFUSÃO  DEFINIÇÃO RIGOROSA

Definição:

{xn : n = 1, 2, …} converge para L quando n  ∞ significa que  > 0,

 n0(),

tal que |xn – L| < 

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CONVERGÊNCIA COM PROBABILIDADE

Sequência de variáveis aleatórias S1, S2, S3, ...

Quando podemos dizer que Sn converge?

Qual o sentido, o significado, que queremos dar a esta convergência?

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EXEMPLO: SEMPRE AS MOEDAS...

Considere jogar uma moeda honesta para cima repetidamente

Seja Xn = 1 se lançamento n é cara, e Xn = 0, se coroa

Seja Yn = (X1+...+Xn)/n

Yn é a proporção de caras nos primeiros n lançamentos.

O que esperamos ver quando n crescer?

Yn  ½ , certo? Mas a sequência 1,1,1,1,1,1,1,1 é tão provável quanto outra sequência de tamanho 8

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TRÊS REPETIÇÕES (SEQUÊNCIAS) INDEPENDENTES

A curva em preto vai convergir?

Provavelmente? Com certeza?

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UMA V.A. É FORMADA POR DUAS COISAS...

Seja Xn = 1 se lançamento n é cara, e Xn = 0, se coroa

Seja Yn = (X1+...+Xn)/n

Yn é a proporção de caras nos primeiros n lançamentos.

O que é Yn?

É uma V.A.  lista de valores possíveis e lista de probabilidades associadas

Valores possíveis: 0, 1/n, 2/n, ..., (n-1)/n, n/n  depende de n

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LIMITE DE V.A.

Seja Yn = (X1+...+Xn)/n

{Yn : n = 1, 2, …} é uma sequência de v.a.’s

Yn não é independente de Yn+1

Se você me disser que Y50 = 1/2 então eu sei que Y51 terá de ser apenas um dos dois valores possíveis: 25/51 ou 26/51

Com que probabilidade isto vai ocorrer?

Posso dizer que Yn converge para alguma coisa?

Existe o limite ALEATÓRIO limn Yn

(19)

CONVERGÊNCIA QUASE CERTA

Almost sure convergence

Vamos ver em que sentido diremos que {Yn : n = 1, 2, …}

converge quase certamente para a constante μ quando n  ∞

Yn  μ q.c. se P { limn Yn  μ } = 1

Para entender isto melhor, vamos voltar às moedas em sequência.

(20)

CONVERGÊNCIA QUASE CERTA

Pense na sequência de potencialmente infinitos lançamentos da moeda honesta.

Temos várias sequências onde a proporção de caras não converge para ½ quando n cresce.

Por exemplo: • 1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,... • 0,0,0,0,0,0,0,0,0,0,0,0,0,.... • 0,0,0,1,1,1,1,1,1,1,1,1,1,.... • 0,0,1,0,0,1,0,0,1,0,0,1,0,0,1,.... • 0,1,0,0,1,0,0,0,1,0,0,0,0,1,....

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EPPUR SI MUOVE

Temos infinitas sequências para as quais a proporção de caras não converge para ½

Todas as sequências são igualmente prováveis.

Seja A = o conjunto de todas as sequências de 1’s e 0’s em que a proporção de caras não converge para ½

Podemos mostrar rigorosamente que P( A ) = 0 !!

Ac = { sequências que convergem para ½ }. Então P( Ac ) = 1

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CONVERGÊNCIA QUASE CERTA

Almost sure convergence, em inglês

Deveria ser convergência certa (e não, quase certa)

Afinal, P { limn Yn  1/2 } = 1

Isto é, com probabilidade 1 (com certeza) teremos Yn  1/2

Mas e as infinitas sequências em Yn não converge para ½?

Elas tem medida de probabilidade ZERO. São “poucas demais”, um infinitinho perto de todas as sequências possíveis.

(24)

CONVERGÊNCIA EM PROBABILIDADE

Às vezes, não conseguimos provar que uma sequência aleatória converge quase certamente.

Podemos provar um resultado mais fraco.

Fixe um ϵ > 0 e bem pequeno.

Seja An = { sequências em que |Yn - µ| < ϵ }

DEFINIÇÃO: Yn  ½ em probabilidade se limn P { An } = 1

(25)

CONVERGÊNCIA Q.C. E EM PROBABILIDADE

Convergência q.c.:

• Yn  ½ q.c. se P { limn Yn  1/2 } = 1

Convergência em probabilidade:

• Yn  ½ em prob. se limn P { | Yn - ½ | < ϵ} = 1

Se as v.a.’s são i.i.d. então a v.a. 𝑋 = (𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛)/𝑛 converge quase certamente para µ = E(Xi)

Isto é, com probabilidade 1, teremos 𝑋 µ

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LEI FRACA DOS GRANDES NÚMEROS

Se as v.a.’s são i.i.d. então a v.a. 𝑋 = (𝑋1 + 𝑋2 + ⋯ + 𝑋𝑛)/𝑛 converge EM PROBABILIDADE para µ = E(Xi)

PROVA: Basta aplicar a desigualdade de Tchebyshev

Seja σ = SD(Xi).

Temos E( 𝑋) = E(Xi) = µ e Var( 𝑋) = Var(Xi)/n = σ2/n

Então, por Tchebyshev,

𝑃 𝑋 − 𝜇 > 𝜀 ≤ 𝑉𝑎𝑟 𝑋

𝜀2 = 𝜎2

𝑛𝜀2 → 0 quando n cresce

(27)

EXEMPLO DAS DUAS CONVERGÊNCIAS

• Se uma sequência converge q.c. então ela converge em probabilidade. O inverso pode não ocorrer

• Consider a sequence {Xn} of independent random variables such that • P(Xn= 1)= 1/n

• and P(Xn = 0)=1−P(Xn = 0)=1−1/n.

For ε<1, we have P(|Xn|≥ε)= P(Xn=1) = 1/n which converges to 0. Hence, Xn→ 0 in probability.

Since ∑n P(Xn = 1) = +∞ and the events {Xn = 1} are independent, the Borel-Cantelli theorem says that there will be infinite n’s such that Xn = 1.

(28)

TEOREMA CENTRAL DO LIMITE

No caso de v.a.’s i.i.d., com probabilidade 1, teremos 𝑋 µ

Para um n finito, 𝑋 ≠ µ, usualmente.

Qual o tamanho típico dessa diferença? Qual a distribuição de probabilidade dessa diferença?

Como 𝑋-µ vai para zero, precisamos dar um zoom nesta diferença.

(29)

TCL

“Zoom” é ampliar ( 𝑋-0.5) por um fator que envolve n

O que acontece com g(n) * ( 𝑋-µ)

Mostra-se que, se multiplicarmos ( 𝑋-µ) “por menos” que 2

𝑛, teremos g(n) * ( 𝑋-µ)  0.

Por exemplo:

• log(n)/2 𝑛  0

• Neste sentido, log(n) é “menor” que 2 𝑛

(30)

MENOS QUE

2

𝑛 LEVA A ZERO

Multiplicando por log(n)^1.2

log(n)^2 também funciona (como nas moedas) mas demora Muito para convergir A zero.

(31)

TCL

Se multiplicarmos ( 𝑋-µ) “por mais” que 2

𝑛 …

teremos que g(n) * ( 𝑋-µ) não vai convergir para nada

Por exemplo:

• n/2

𝑛  ∞

• Neste sentido, n é “maior” que 2 𝑛

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SIMULANDO 35 MIL MOEDAS

(34)
(35)

TCL

𝟐

𝒏 ( 𝑋-0.5)  converge para N(0, σ2 = ¼ )

Convergência para uma v.a., não para um valor constante.

Não podemos prever EXATAMENTE para onde vai 𝟐 𝒏 ( 𝑋- ½ )

Mas podemos prever que:

• não será muito maior que 2σ = 1

• não será muito menor que -2σ = -1

(36)

𝟐

(37)

𝟐

𝒏 (

𝑋-0.5)  N(0, σ

2

= ¼ )

Note como a sequência 𝟐

𝒏 ( 𝑋-0.5) não converge para nenhum valor constante.

Cada uma das linhas oscila em torno de zero mas não parece convergir para um valor fixo. Após 35 mil simulações não sabemos onde cada linha vai parar.

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TCL

O TCL é bem geral. Não precisamos lidar apenas com moedas.

Sejam X1, X2, ..., Xn, ... uma sequência de v.a.s i.i.d. com valor esperado E(Xi) = µ e variância Var(Xi) = σ2

Então 2

𝑛* ( 𝑋-µ)  N(0, σ2) em distribuição

A distribuição de Xi é arbitrária: discreta, contínua, assimétrica ou não.

A convergência não é para uma constante.

Pode nem existir convergência da sequência 2 𝑛* ( 𝑋-µ)

O que sabemos é que o número aleatório 2 𝑛* ( 𝑋-µ) tem uma

(43)

TCL: CASO EM QUE X

i

~ N(µ, σ

2

)

Seja Xi ~ N(10, 42)

Então 2

(44)
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O QUE SIGNIFICA

2

𝑛* (

𝑋-10)  N(0, 4

2

)?

Tome um tempo n qualquer Na figura, n= 4000

Olhe as várias simulações dos caminhos No tempo n=4000, qual a distribuição dos 2

4000* ( 𝑋-10) no eixo vertical ? Eles seguem uma N(0, 42).

(46)

HISTOGRAMA, 1000 VALORES DE

2

4000*(

𝑋-10)

(47)

PROVA DO TCL

Função geradora de momentos de v.a. X:

• M(t) = E(etX ) • Caso discreto: 𝑥 𝑒𝑡𝑥𝑃(𝑋 = 𝑥) • Caso contínuo: 𝑒𝑡𝑥 𝑓 𝑥 𝑑𝑥

Exemplos: • Binomial: (1-p+pet)n • Normal: exp(tµ+σ2t2/2)

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EM RESUMO...

X1, ..., Xn são v.a.’s i.i.d. com E(Xi) = µ e Var(Xi) = 𝜎2

𝑋𝑛 = (X1+...+Xn)/n

DOIS resultados (teoremas limite)

𝑋𝑛  µ (v.a. 𝑋𝑛 converge para a constante µ)

• Lei dos Grandes Números

𝟐 𝒏 ( 𝑋- µ)  converge para N(0, σ2) • v.a. 𝟐

𝒏 ( 𝑋- µ) converge para a v.a. N(0, σ2)

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MANIPULAÇÃO SIMPLES

𝟐 𝒏 ( 𝑋- µ)  converge para N(0, σ2)

𝟐 𝒏 ( 𝑋- µ) / σ  converge para N(0, 1)

( 𝑋- µ) / (σ/ 𝟐 𝒏)  converge para N(0, 1) Standard Error = SD/sqrt(n)

(50)

RELEMBRAR N(0,1)

Densidade curva de sino

Centrada em 0

(51)

TERMINOLOGIA

O que é central, o limite ou o teorema?

O teorema é central, está no centro dos principais resultados de probab.

O limite não “centra” nada.

Var(𝑋𝑛) = 𝜎2/n

Standard Error = σ/𝟐 𝒏

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SLIDES DE PATRICK BREHENY

USOS DO TCL

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P(

𝑋 > 230) = ??

A distribuição do colesterol INDIVIDUAL não precisa ser gaussiana. Imagine que seja levemente assimétrica.

Xi = colesterol do indivíduo i

Temos E(Xi) = µ = 211

Var(Xi) = 𝜎2 = 462  SD = 46

X1, ..., Xn são v.a.’s i.i.d. com E(Xi) = 211 e Var(Xi) = 𝜎2 = 462

(55)

P(

𝑋 > 230) = ??

Usar TCL. Sabemos que

𝟐

𝒏 ( 𝑋- µ)  converge para N(0, σ2)

OU AINDA ( 𝑋- µ) / (σ/ 𝟐

𝒏) ≈ N(0, 1)

Truque: manipular 𝑋 em P( 𝑋 > 230) até que ( 𝑋- µ) / (σ/ 𝟐

𝒏) apareça

(56)

P(

𝑋 > 230) = ??

n=25, µ = 211 e 𝜎2 = 462

P( 𝑋 > 230) = P( 𝑋 -211 > 230 - 211)

P( ( 𝑋 -211)/(46/𝟐 𝟐𝟓) > (230-211)/(46/𝟐 𝟐𝟓) )

Isto é,

P( 𝑋 > 230) = P( ( 𝑋 -211)/(46/𝟐 𝟐𝟓) > 2.065 ) ≈ N(0,1)

(57)

P(

𝑋 > 230) = ??

P( 𝑋 > 230) = P( ( 𝑋 -211)/(46/𝟐

𝟐𝟓) > 2.065 ) = P(Z > 2.065)

Com Z ~ N(0,1), usamos o comando pnorm no R:

pnorm(2.065) = 0.9805385 = P(Z <= 2.065)

Portanto, P(Z > 2.065) = 1 – pnorm(2.065) = 0.0194615

Referências

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