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PESCA COMERCIAL EMBARCAÇÕES

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Academic year: 2021

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PESCA COMERCIAL

(Decretos – Lei n.º 278/98, de 7 de Julho e n.º 383/98, de 27 de Novembro e Decreto Regulamentar n.º 7/2000, de 30 de Maio)

A Pesca Comercial, é definida como a actividade desenvolvida por profissionais de pesca, que se dedicam a captura de espécies marinhas, destinadas ao comércio.

Esta actividade está regulamentada pelo Decreto Regulamentar n.º 7/2000, 30 de Maio, definindo as características das embarcações, as artes e métodos de pesca permitidos.

Em complemento ao decreto supra mencionado, o Decreto-Lei n.º 278/98, de 7 de Julho, na

redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro, vem estabelecer as medidas de

conservação, de gestão e aproveitamento sustentável dos recursos da fauna e flora existentes nas águas sob a soberania e jurisdição portuguesas.

EMBARCAÇÕES

Embarcações de pesca, são todas as embarcações utilizadas directa ou indirectamente na exploração comercial dos recursos marinhos

.

As embarcações de pesca, em função das áreas onde podem operar classificam-se como: - Pesca Local

- Pesca Costeira - Pesca do Largo

Pesca Local

(Decreto Regulamentar n.º 7/2000, 30 de Maio)

As embarcações de pesca local podem apresentar 3 tipos de convés, e em função do tipo de convés, é definido a distancia á linha de costa em que podem operar.

Restrições:

(2)

ƒ Convés semi-fechado: até 12 Milhas da costa; ƒ Convés fechado: até 30 Milhas da costa.

Por motivos de segurança, o capitão do porto de registo da embarcação poderá fixar áreas de operação mais restritas.

Pesca Costeira

(DR 43/87, de 17 de Julho; Portaria n.º 32/99/A, 4 de Junho; Portaria n.º 101/2002/A, 24 de Outubro)

Restrições:

ƒ Áreas de operação:

– Convés fechado: ZEE Sub área dos Açores e banco Chaucer; – Convés aberto: até 30 M da costa.

ƒ Limites internos de operação:

– Comprimento de fora a fora (Cff) superior a 30 metros: 12 milhas da linha de costa; – Comprimento de fora a fora (Cff) superior a 24 metros: 6 milhas da linha de costa.

Pesca do Largo

(DR 43/87, de 17 de Julho)

Restrições:

• Características ou requisitos

– Embarcações com Tonelagem: superior a 100 TAB – Autonomia: mínimo 15 dias

• Áreas de operação

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– Qualquer área, para embarcações que se dedicam exclusivamente à pesca do atum (atuneiros)

As infracções por parte das embarcações no que respeita as áreas de operação, são punidas de acordo com o estabelecido na Secção II do Capítulo V do Decreto-Lei n.º 278/98, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro:

Coima de 600 a 37.500 € (ou de 125.000 € pessoas colectivas).

ƒ Exercício da pesca em áreas proibidas;

ƒ Operar com embarcações aquém do limite interior das respectivas áreas de operação estabelecidas;

ARTES DE PESCA

Pesca à linha

(Portaria n.º 101/2002/A, 24 de Outubro)

Entende-se como pesca à linha, a arte de pesca que se caracteriza pela existência de linhas, em regra, com um ou mais anzóis, lastros e bóias.

A pesca a linha, engloba diferentes artes, nomeadamente:

a. Palangre de fundo, para espécies demersais e de profundidade; b. Palangre de fundo, para espécies de grande profundidade;

c. Palangre de fundo derivante, para espécies de grande profundidade; d. Palangre de superfície, para espécies pelágicas;

e. Linhas de mão; f. Salto e vara.

(4)

Licenciamento:

ƒ A licença de pesca é pedida na Direcção Regional de Pescas, até 31 de Agosto do ano civil correspondente;

ƒ As licenças de pesca especificam o tipo de arte autorizada;

Restrições:

ƒ Pode-se utilizar linhas de mão com ou sem auxílio de alador; ƒ Distância à linha de costa para o palangre:

– É expressamente proibido a utilização de qualquer tipo de palangre a menos de 3 Milhas da linha de costa;

– Excepto na Ilha de São Miguel onde é permitida, a partir de 2 Milhas de distância da linha de costa, por embarcações de convés aberto, dirigido a espécies demersais e de profundidade;

ƒ Os anzóis utilizados na Pesca à Linha tem tamanho mínimo, (medidos perpendicularmente à haste entre a extremidade da farpa e o bordo interior da haste):

– 12 mm: para palangre de fundo e linha de mão, excepto corrico, toneira e cana de pesca;

– 30 mm: palangre de superfície.

ƒ Tamanho da madre e número de anzóis, inexistente.

ƒ Distância entre aparelhos de palangre: não pode ser inferior a 300 m entre si; ƒ É obrigatório a sinalização das artes de palangre:

¾ palangre de superfície:

- Uma bóia em cada extremidade, com um mastro

ƒ Período diurno, uma bandeira ou reflector de radar por bóia; ƒ Período nocturno deve ter um farolim, por bóia

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- Bóias intermédias

ƒ Período diurno, com uma bandeira ou reflector, por bóia ƒ Período nocturno com o maior numero de farolins possível ¾ Palangre de fundo, e palangre de fundo derivante.

- Uma bóia em cada extremidade

ƒ Período diurno com uma bandeira ou reflector de radar ƒ Período nocturno, com um farolim

ƒ Distância à linha de costa para as embarcações costeiras, que pescam à linha, (excepto as dedicadas à captura de tunídeos com isco vivo):

ƒ Comprimento de fora a fora (Cff) igual ou inferior a 14 metros, de convés fechado: não podem operar a menos de 1 Milha da linha de costa; ƒ Comprimento de fora a fora (Cff) superior a 14 metros: não podem

operar a menos de 3 Milhas da linha de costa.

As infracções ao disposto anteriormente, são punidas de acordo com o estabelecido na Secção II do Capítulo V do Decreto-Lei n.º 278/98, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro:

Coima de 600 a 37.500 € (ou de 125.000 € para pessoas colectivas):

ƒ Utilizar ou manter a bordo artes de pesca cujo as características técnicas violem as normas estabelecidas;

ƒ Exercer a pesca a distância da costa, inferior ao legalmente estabelecido para o tipo de arte;

ƒ Utilizar artes proibidas ou não licenciadas;

Coima de 150 a 5000 € (ou de 25.000 € para pessoas colectivas)

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ƒ Não respeitar as distâncias entre as artes de pesca;

Artes Proibidas

ƒ Arrasto; ƒ Ganchorra;

ƒ Redes de cerco para atum; ƒ Redes de emalhar de deriva.

TAMANHOS MÍNIMOS

(Portaria Nacional n.º 27/2001, de 15 de Janeiro; Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A, de 31 de Julho; Portaria Regional n.º 19/83, de 5 de Maio e Decreto Legislativo Regional n. 32/2000/A de 24 de Outubro)

O tamanho mínimo de pescado, é a medida a partir da qual, a espécie atingiu a maturidade sexual, considerando que pelo menos, se tenha reproduzido uma vez.

Tanto na pesca comercial, na pesca lúdica e caça submarina, é proibido manter a bordo, desembarcar, transportar, armazenar, expor ou vender exemplares que não tenham o tamanho ou peso mínimo legalmente estabelecido.

Espécie Tamanho/Peso

Mínimo

Cavaco 17 cm

Lagosta 9.5 cm (carapaça)

Santola 10 cm

Amêijoa 4 cm

Lapas 3 cm (mansa)

Atum galha-à-ré (albacora) 3.2 kg

Atum patudo 3.2 kg Atum rabilho 70 cm ou 6.4 kg Besugo 18 cm Boga 15 cm Cavala 20 cm Congro 58 cm

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Espécie Tamanho/Peso

Mínimo

Espadarte 125 cm ou 25 kg Pargo 20 cm Salema 18 cm Salmonete 15 cm Sardinha 11 cm Sargo 15 cm Polvo 750 g

Capturar espécies com tamanho mínimo inferior ao estabelecido por lei, constitui uma infracção punível do seguinte modo:

ƒ Pesca comercial: com o estabelecido na Secção II do Capítulo V do Decreto-Lei n.º 278/98, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro:

Coimas de 600 a 37.500 € (125.000 € para pessoas colectivas).

ƒ Pesca lúdica e caça submarina: de acordo com o estabelecido artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 246/2000, de 29 de Setembro:

Coima de 250 a 2500 €

PERÍODOS DE DEFESO

(Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A, de 31 de Julho; Portaria Regional n.º 19/83, de 5 de Maio e Decreto Legislativo Regional n. 32/2000/A de 24 de Outubro) Para algumas espécies, está definido um período de defeso, em que se considera ser o intervalo de tempo em que ocorre a reprodução.

Restrições:

ƒ Nos períodos de defeso de cavaco, lagosta e santola, é proibida a sua captura. Devem ser devolvidos ao mar.

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Espécie

Período de Defeso

Cavaco 1 de Maio a 31 de Agosto

Lagosta 1 de Outubro a 31 de Dezembro (todos) 1 de Janeiro a 31 de Março (fêmeas) Santola 1 de Outubro a 31 de Dezembro (todos)

1 de Janeiro a 31 de Março (fêmeas) Amêijoa 15 de Maio a 15 de Agosto

Lapas 1 de Outubro a 31 de Maio

Capturar espécies em período de defeso, constitui uma infracção punível do seguinte modo:

ƒ Pesca comercial: com o estabelecido na Secção II do Capítulo V do Decreto-Lei n.º 278/98, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro:

Coimas de 600 a 37.500 € (125.000 € para pessoas colectivas).

ƒ Pesca lúdica e caça submarina: com o estabelecido artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 246/2000, de 29 de Setembro:

Referências

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