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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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Academic year: 2021

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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

EMENTA: OS CONSELHOS REGIONAIS E FEDERAL DE MEDICINA SÃO ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA E PORTANTO INTEGRANTES DO CADIN - CADASTRO INFORMATIVO DE CRÉDITOS NÃO QUITADOS DO SETOR PÚBLICO FEDERAL. AS ANUIDADES PAGAS AOS CONSELHOS REGIONAIS SÃO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS, OU SEJA, RECURSOS PÚBLICOS. OS PROFISSIONAIS SUJEITOS AO PAGAMENTO DE ANUIDADES NOS CONSELHOS DE MEDICINA, QUANDO EM DÉBITO RELATIVO ÀS ANUIDADES VENCIDAS E NÃO PAGAS HÁ MAIS DE SESSENTA DIAS DEVERÃO TER SEUS NOMES INCLUSOS NO CADIN. OS ARTIGOS 6º E 7º DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.542-25/97, BEM COMO OS ARTIGOS 4º, 5º, 6º E 7º DO DECRETO Nº 1.006/97 (O QUAL INSTITUI O CADIN) ESTÃO SUSPENSOS POR FORÇA DE MEDIDA LIMINAR DEFERIDA EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, ATÉ O SEU JULGAMENTO FINAL.

ORIGEM: CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA Referência: Protocolo CFM nº 4645/97

INTERESSADO: DR. A. J. M. N. - Presidente PARECER Nº 213/97 do Setor Jurídico

Aprovado em Reunião de Diretoria do dia 18/9/1997.

PARECER

O Presidente do Conselho Regional de Medicina encaminha expediente a este CFM questionando a aplicabilidade aos Conselhos de Medicina da Medida Provisória nº 1.542-25, de 7 de agosto de 1997, a qual dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais.

Este Setor Jurídico foi instado a se pronunciar acerca da matéria suscitada.

Em remessa à Medida Provisória nº 1.542-25/97, temos que:

“Art. 1º - O Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (CADIN) passa a ser regulado por esta Medida Provisória.

Art. 2º - O CADIN conterá relação das pessoas físicas e jurídicas que:

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I - sejam responsáveis por obrigações pecuniárias vencidas e não pagas, há mais de sessenta dias, para com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta; II - estejam com a inscrição nos cadastros inidcados, do Ministério da Fazenda, em uma das seguintes situações: a) suspensa ou cancelada no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

b) declarada inapta perante o Cadastro Geral de Contribuintes - CGC.

§ 1º - Os órgãos e entidades a que se refere o inciso I procedrão, segundo normas próprias e sob sua exclusiva responsabilidade, às inclusões no CADIN, de pessoas físicas ou jurídicas que se enquadrem nas hipóteses preveistas neste artigo.

§ 2º - Na data do registro, o órgão ou entidade responsável expedirá comunicação ao devedor dando ciência de sua inclusão no CADIN, fornecendo-lhe todas as informações pertinentes ao débito.

...

§ 4º - Comprovado ter sido regularizada a situação que deu causa à inclusão no CADIN, o órgão ou entidade responsável pelo registro procederá, no prazo de cinco dias úteis, à respectiva baixa.

§ 5º - A inclusão no CADIN sem a expedição da comunicação ou da notificação de que tratam os §§ 2º e 3º, ou a não exclusão, nas condições e nos prazo previsto no § 4º, sujeitará o responsável às penalidades cominadas pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho)

... Art. 5º - ...

Parágrafo único - Cada órgão ou entidade a que se refere o inciso I do art. 2º manterá, sob sua responsabilidade, cadastro contendo informações detalhadas sobre as operações ou situações que tenham registrado no CADIN, inclusive para atender o que dispõe o parágrafo único do art. 3º.

Art. 6º - É obrigatória a consulta prévia ao CADIN, pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta para:

I - realização de operações de crédito que envolvam a utilização de recursos públicos;

II - concessão de incentivos fiscais e financeiros;

III - celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos.

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...

Art. 7º - A existência de registro no CADIN há mais de trinta dias constitui fator impeditivo para a celebração de qualquer dos atos previstos no artigo anterior.

... Art. 9º - ...

Parágrafo único - O Ministro de Estado da Fazenda estabelecerá cronograma, prioridades e condições para a remessa, às unidades da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, dos débitos passíveis de inscrição em Divida Ativa da União e cobrança judicial.

Art. 10 - Os débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Nacional poderão ser parcelados em até trinta parcelas mensais, a exclusivo critério da autoridade fazendária, na forma e condições previstas nesta Medida Provisória.

...”

Ab initio, vale ressaltar que os Conselhos de Fiscalização

Profissional, na qualidade de entidades da Administração Pública Federal indireta estão submetidos à regra da Medida Provisória nº 1.542-25/97.

Consoante a sobredita Medida Provisória, os profissionais sujeitos ao pagamento das anuidades nos Conselhos de Medicina, quando em débito relativamente às anuidades vencidas e não pagas há mais de sessenta dias terão seus nomes inclusos no CADIN, sendo expedida comunicação pelo respectivo CRM, dando-lhe ciência de sua inclusão e fornecendo, inclusive, as informações acerca do débito.

Quando regularizada a situação do devedor junto ao CRM, a respectiva baixa deverá ser processada no prazo de 5 dias úteis da regularização.

Caso o devedor não seja comunicado de sua inclusão no CADIN, com a discriminação do débito que deu motivo ao registro, ou, em caso de regularização da situação, não seja promovida a respectiva baixa, o CRM ficará sujeito às penalidades cominadas pela Lei nº 8.112/90 e pelo Decreto -Lei nº 5.452/43 (CLT).

Urge ressaltar, ainda, que as anuidades pagas pelos profissionais filiados às entidades de fiscalização profissional são contribuições sociais, portanto, recursos públicos.

As pessoas físicas ou jurídicas incluídas no CADIN terão acesso às informações a elas referentes diretamente no Conselho Regional de Medicina respectivo.

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Vale lembrar, que o Supremo Tribunal Federal deferiu liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade da Medida Provisória nº 1.442/96 (anterior à MP em análise) suspendendo a eficácia de seus artigos 6º e 7º, equivalentes aos mesmos artigos da MP nº 1.542-25/97. Assim, ambos os artigos estão suspensos até o julgamento definitivo da referida ADIN.

Os citados artigos versam sobre a obrigatoriedade da consulta prévia ao CADIN para a celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o desembolso de recursos públicos e sobre o impedimento para celebração dos referidos convênios, acordos, ajustes e contratos quando há registro no CADIN há mais de trinta dias.

Urge ressaltar, ainda que o Supremo Tribunal Federal deferiu liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade suspendendo os artigos 4º, 5º, 6º e 7º do Decreto Federal nº 1006 de 9/12/93, o qual institui o cadastro informativo dos créditos de órgãos e entidades federais não quitados - CADIN, em termos:

“Art. 4º - Nos casos em que houver registro no CADIN de obrigação de responsabilidade do interessado, o funcionário, empregado ou procurador, e o administrador ou dirigente competentes para emitir parecer sobre a matéria ou para deferir o pedido a que se referem os incisos do art. 3º deste Decreto, abster-se-á de dar prosseguimento ao exame do pleito, comunicando, por escrito, o fato a parte interessada. (Art. 3º - É obrigatória a consulta prévia ao CADIN, pelos órgãos e entidades que o integram para:

I - a realização de operações de crédito, inclusive a concessão de garantias;

II - a concessão de incentivos fiscais e financeiros;

III - a celebração de convenios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a qualquer título, de recursos financeiros;

IV - outras hipoteses, a critério do Ministro da Fazenda. § 1º - O disposto neste artigo não se aplica:

I - à concessão de auxilios a municipios atingidos por calamidade pública decretada pelo Governo Federal, de que trata o Decreto nº 99958 de 28 de dezembro de 1990;

II - as operações destinadas a composição e regularização dos créditos e obrigações objeto de registro no CADIN.

§ 2º A não realização da consulta ao CADIN constitui falta grave, nos termos da Lei nº 8.112, de 12 de dezembro de 1990, e da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada eplo Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943;

§ 3º - A Secretaria da Receita Federal consultará também o CADIN para efeito do disposto no artigo 7º, do Decreto -Lei nº 2.287 de 23 de julho de 1986.)

Art. 5º - Na hipótese de o interessado apresentar justificativa cabal referente ao não cumprimento da obrigação, sua aceitação é da exclusiva competência discricionaria do

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Art. 6º - Para efeito da seleção de prioridades na administração dos recursos disponíveis e da análise e decisão dos pleitos, dar-se-a preferência a quem não seja responsável por obrigações não quitadas, a que se refere este Decreto.

Art. 7º - Observado o disposto no art. 4º, o deferimento do pleito constituira tratamento excepcional, tendo como condição necessária, além da demonstração individualizada dos critérios técnicos usuais, a apresentação de parecer e decisão fundamentados e conclusivos, a critério da autoridade referida no art. 5º.”

CONCLUSÃO

Ex positis, os Conselhos Regionais e Federal de Medicina,

por se constituírem como entidades da Administração Pública Federal indireta, são integrantes do CADIN, e portanto, estão sujeitos aos ditames da Medida Provisória em comento.

Convém lembrar que as anuidades pagas aos Conselhos Regionais são contribuições sociais, ou seja, recursos públicos.

É o que nos parece, s.m.j. Brasília, 05 de setembro de 1997.

Claudia G. Pena Nogueira de Queiroz Assessora Jurídica

l:prot4645.sj

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