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EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

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Academic year: 2021

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EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA

DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA

PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

FERNANDA BOBIG.1; MARCOS, G.R.J2. Resumo

A doença pulmonar obstrutiva crônica, é uma doença respiratória que limita cronicamente o fluxo aéreo. O objetivo foi analisar a pressão inspiratória e expiratória máxima com a manovacuometria e os efeitos da estimulação elétrica diafragmática em portadores de DPOC. Sendo avaliados através da manovacuometria, teste de caminhada de seis minutos, questionário de atividade física. Os resultados foram o aumento no condicionamento físico, hipertrofia na musculatura do diafragma e redução da dispneia.

Palavras-chaves: DPOC, Dispneia, FES. Abstract

Chronic obstructive pulmonary disease is a respiratory disease that chronically limits airflow. The objective of this research is to analyze the maximum inspiratory and expiratory pressure with the manovacuometry and the effects of diaphragmatic electrical stimulation in COPD patients. Being evaluated through manovacuometry, six-minute walk test, physical activity questionnaire. The results obtained were an increase in physical conditioning, hypertrophy of the diaphragm muscles and reduction of dyspnea.

Keywords: COPD, Dyspnea, FES, Electro stimulation.

INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença evitável e tratável, com importantes alterações extrapulmonares podendo ocorrer uma piora dos sintomas em alguns pacientes. Tem como característica cronicamente a limitação do fluxo aéreo e o desenvolvimento de processos inflamatórios, que

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Fernanda Bobig – Discente de fisioterapia – Faculdade de Apucarana – (FAP).

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prejudicam o sistema respiratório causada pela inalação de gases tóxicos. Tem como o principal fator de risco o tabagismo, mas outros fatores ambientais como a poluição atmosférica, idade, predisposição genética, hiperresponsividade das vias aéreas podem ser um fator.

Os sintomas mais comuns da DPOC incluem a tosse, a produção de secreção, sibilos e dificuldade respiratória ao realizar esforço. A dispneia frequentemente é lenta e progressiva no início e ocorre tardiamente na evolução da doença caracteristicamente no final da sexta ou na sétima década de vida. Outros sinais tardios da DPOC podem incluir o uso dos músculos respiratórios acessórios.

Pacientes com DPOC tem uma adaptação no músculo diafragma, caracterizada por um aumento nas fibras do tipo I (contração lenta) e uma redução nas fibras do tipo II (contração rápida), se tornando mais resistente à fadiga, e isto é devido ao aumento na sua atividade nesta condição clínica. Porém, devido a esta mudança, uma redução também ocorre na geração de força muscular do diafragma, com redução no conteúdo de miosina e na sensibilidade ao cálcio, os quais contribuem para a fraqueza muscular.

Objetivo

Analisar a pressão inspiratória e expiratória máxima com a manovacuometria e os efeitos da estimulação elétrica diafragmática em portadores de DPOC.

METODOLOGIA

Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso intervencional de abordagem analítica, de caráter quantitativo. Realizada entre setembro e outubro de 2018 na Faculdade de Apucarana (FAP), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da FAP – CETI-FAP sobre parecer do número 2.080.425.

Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os mesmos foram submetidos a uma avaliação inicial, utilizando o questionário Internacional de atividade física, para avaliar assim o nível de atividade física do paciente.

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Logo depois o teste de força muscular com o manovacuômetro que através da manovacuometria, pode-se permitir a mensuração da força da musculatura inspiratória e a força da musculatura expiratória, determinada pela pressão negativa e pressão positiva. Para mensurar a inspiração máxima (PImáx) pede-se uma expiração máxima, ou seja, até o volume residual (VR) em seguida o paciente realiza sua inspiração máxima e deve manter no mínimo 1,5 segundos, sendo marcada a maior pressão negativa registrada. Para mensurar a maior pressão expiratória máxima (PEmáx) é realizado uma inspiração forçada até o nível da capacidade pulmonar total (CPT), em seguida o paciente realiza uma expiração máxima e deve-se manter por 1,5 segundos e será registrada a maior pressão positiva alcançada.

Seguidamente foi realizado o Teste de Caminhada por 6 Minutos (TC6) com o intuito de comparar o condicionamento do paciente no início e ao final do tratamento, o teste tem por sua finalidade medir a maior distância percorrida pelo paciente no tempo de seis minutos, sendo avaliado os sinais vitais como a frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e a saturação de oxigênio (SpO2) e também a escala de esforço de Borg modificada para graduar o cansaço do paciente, além dos dados pessoais com sexo, idade, peso, altura, índice de massa corporal (IMC).

Após a avaliação inicial, um (1) participante foi submetido a 10 sessões de fisioterapia, 3 vezes por semana, sendo verificados os sinais vitais em cada sessão sendo eles PA, SpO2, FC. O paciente 1 foi realizado somente à avaliação, realizando a fisioterapia na clínica escola da FAP, já o paciente 2 foi utilizado o FES no músculo do diafragma e o protocolo de exercícios de reabilitação pulmonar.

Resultados

Tabela 1 - Comparação dos valores do TC6 antes e depois da intervenção fisioterapêutica e após a recuperação

Avaliação Inicial/Avaliação Final Paciente 1

Antes Depois Recuperação 1’ Recuperação 2’ SpO2(%) 91/92 89/90 96/96 95/96 FC (bmp) 70/75 82/84 62/70 40/55 Pai (mmHg) 120/90 150/100 150/80 140/80

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Fonte: Autora do estudo, 2018.

TC6 (teste de caminhada de seis minutos), SpO2 (saturação de oxigênio), FC (frequência cardíaca), bpm (batimentos por minutos), PAi (pressão arterial inicial), PAf (pressão arterial final) mmHg (milímetros de mercúrio) 1’ e 2’ (1 minuto e 2 minutos).

Tabela 2 - Distâncias predita e obtida no TC6 antes e após o treinamento de fisioterapia

Fonte: Autora do estudo, 2018.

Gráfico 1 - Manovacuometria antes e após o tratamento de fisioterapia

Fonte: Autora do estudo, 2018.

PImáx (pressão inspiratória máxima negativa), PEmáx (pressão expiratória máxima positiva)

Gráfico 2 - Manovacuometria antes e após o tratamento de fisioterapia Paf (mmHg) 120/90 150/100 150/80 140/80 Borg 2/2 9/8 9/9 7/7

Paciente 1 Avaliação Inicial Avaliação Final

TC6 predito 442,15 metros 442,15 metros TC6 obtido 250 metros 261 metros

77,08 74,12 60,45 85,4 62,6 87,69 0 20 40 60 80 100 120

- Pimáx (cmH2O) + PEmáx (cmH2O)

MANOVACUOMETRIA - Paciente 01

VALOR PREDITO VALOR OBTIDO INICIAL VALOR OBTIDO FINAL

102,5 111,84 71,51 50,6 87,8 65,54 0 20 40 60 80 100 120

- Pimáx (cmH2O) + PEmáx (cmH2O)

MANOVACUOMETRIA - Paciente 02

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Fonte: Autora do estudo, 2018.

PImáx (pressão inspiratória máxima negativa), PEmáx (pressão expiratória máxima positiva)

Conclusão

Conclui-se que, para à amostra utilizada neste estudo, a eletroestimulação pode auxiliar no tratamento da reabilitação para pacientes portadores de DPOC, pois os resultados foram positivos, com a utilização do FES associados com à reabilitação pulmonar. Os resultados obtidos foram o aumento no condicionamento físico, hipertrofia na musculatura do diafragma e redução da dispneia.

Referências

AZEREDO, C.A.C. Fisioterapia Respiratória Moderna. 4. ed. São Paulo: Manole, 2002.

BESSA, E.J.C; LOPES, A.J; RUFINO, R. A importância da medida da força muscular respiratória na prática da pneumologia. RJ, 2015.

GOLD. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease: global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonar disease, 2017. Disponível em: <http://goldcopd.org>. Acesso em: 8 mar. 2018.

RONDELLI, R.R. et al. Uma atualização e proposta de padronização do teste de caminhada de dos seis minutos. Revista Fisioterapia em Movimento, Curitiba, 2009.

SCHVEITZER, V; CLAUDINO, R; TERNES, M. Teste de caminhada de seis minutos: passos para realizá-lo. Revista Buenos Aires, 2009.

TESTELMANS, D. et al. Atrophy and hypertrophy signalling in the diaphragm of patients with COPD. European Respiratory Journal 2010.

Referências

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