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Fígado Professor Alexandre

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Academic year: 2021

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Fígado

Professor Alexandre

 O que se usa para ver fígado é USG, TC e RM.

 Relação com estômago, vesícula, diafragma, adrenal direita, rim e duodeno.  São pontos de referência anatômica:

o Vesícula biliar o VCI o Veias hepáticas o Veia porta o Hilo hepático o Fissura falciforme o Fissura transversa

 Na VCI, drenam três veias: veia hepática direita, esquerda e média.  O fígado pode ser dividido em LHD, LHE e lobo caudado.

o LHE: segmento medial e segmento lateral em relação ao hilo hepático. o LHD: segmento anterior e segmento posterior

 Quando estamos vendo um corte mais superior do fígado, usamos as veias supra-hepáticas como referência:

o A veia hepática média divide o fígado em LHD e LHE. o A veia hepática esquerda divide o LHE em medial e lateral. o A veia hepática direita divide o LHD em anterior e posterior.

 Em cortes mais inferiores, podemos usar a vesícula para dividir em LHD e LHE. Já a fissura do ligamento falciforme divide o LHE em medial e lateral.

 O lobo caudado fica anteriormente à VCI.

 A classificação francesa divide o fígado em números: o Lobo caudado: segmento 1

o Lateral do LHE  Porção cranial: 2  Porção caudal: 3 o Medial do LHE  Cranial: 4A  Caudal: 4B o Anterior do LHD

 Cranial à veia porta: 8  Caudal à veia porta: 5 o Posterior do LHD

 Cranial à veia porta: 7  Caudal da veia porta: 6

 O fígado normal tem bordas lisas e regulares. Se estiver serrilhado, é sinal de massas e nódulos. O fígado tem de ser homogêneo.

 As lesões são císticas quando:

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o Na TC: hipodensa (sem realce com contraste) o Na RM: hipointensa em T1 e hiperintensa em T2  As lesões são sólidas quando:

o No USG: hipo, iso ou hiperecogênica o Na TC: hipo, iso ou hiperdensa o Na RM: capta contraste

 As lesões são lipomatosas (gordurosas) quando: o No USG: hiperecogênica

o TC: hipodensa

o RM: hiperintensa em T1 e T2  As lesões são calcificadas quando:

o No USG: hiperecogênica com sombra acústica posterior o Na TC: hiperdensa

o Na RM: hipointensa em T1 e T2 (sem sinal)

DOENÇAS HEPÁTICAS DIFUSAS

ESTEATOSE HEPÁTICA

 Acúmulo excessivo de triglicérides nos hepatócitos.

 Geralmente assintomática ou hepatomegalia, dor, elevação enzimática.  Instalação, progressão e regressão rápidas.

 Difusa ou focal.

 O diagnóstico é feito com:

o US: aumento difuso da ecogenicidade

o TC: redução difusa da densidade (inferior à do baço)

 No USG, o parênquima do fígado deve ter a mesma ecogenicidade do parênquima renal.

HEMOCROMATOSE E HEMOSSIDEROSE  Acúmulo de ferro no fígado.

 Pacientes tem aumento de ferritina.  USG é péssimo!

 Na TC: aumento da densidade do fígado.

 Na RM (melhor método!!!): hipossinal (não seria hipersinal? Pesquisar!) (devido ao efeito paramagnético do ferro) principalmente em T2.

 O diagnóstico diferencial é feito com doença de Wilson e glicogenoses.

CIRROSE

 As principais causas são álcool e vírus.

 Há redução do LHD com aumento relativo do lobo esquerdo e caudado.  O fígado fica com contornos irregulares e aspecto heterogêneo.

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 Pacientes com cirrose podem apresentar hepatocarcinoma.

 Podem ser vistos sinais de hipertensão portal. Se o calibre da veia está acima de 1,2cm, é sinal de hipertensão portal.

 Se usarmos o doppler, podemos ver a inversão do fluxo portal (o fluxo se torna hepatofugal).

ESQUISTOSSOMOSE

 A principal característica é a fibrose periportal, o que leva a hipertensão portal.

DOENÇAS HEPÁTICAS FOCAIS  A detecção depende de:

o Diâmetro da lesão: <1cm x >1cm o Tipo de lesão: cística x sólida o Método utilizado: US x TC x RM

 Os melhores métodos são a TC e a RM (mais cara e menos disponível).

 Para ver nódulos hepáticos, precisamos do contraste. Isso porque ele facilita a visualização do nódulo e a identificação do seu tipo.

 Após a colocação do contraste, o fígado não se realça muito. Ele se realça mais quando o contraste começa a chegar através da veia porta (cerca de 60 segundos depois da injeção). Depois, há uma fase de equilíbrio, em que o contraste sai dos vasos e se equilibra com o parênquima hepático (cerca de 200 segundos depois).

 O hepatocarcinoma se realça principalmente na fase arterial do contraste (porque ele é irrigado pela artéria hepática).

HEMANGIOMA HEPÁTICO

 É a lesão hepática focal benigna mais comum. Cerca de 10% da população têm.  Geralmente único e periférico, sem transformação maligna e de sangramento raro.  Frequentemente é um achado de exame em pessoas assintomáticas, com conduta de

acompanhamento e observação.

 Na USG: nódulo hiperecogênico homogêneo bem definido.

 Na TC: nódulo hipodenso. Periférico com progressão centrípeta e homogeneização tardia.

 Na RM: T1 – hipo/isointenso. T2 - Hiperintenso.

METÁSTASE HEPÁTICA

 É a lesão hepática maligna mais comum.

 As metástases são 18 vezes mais comuns do que o hepatocarcinoma.  O fígado é o segundo sítio mais comum de doença metastática.

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 25 a 50% na autópsia de pacientes com câncer.

 Principais causas de metástases hepáticas: cólon, estômago, pâncreas, mama e pulmão (do mais frequente pro menos).

 Principais exames para avaliação de metástase: idealmente, temos de fazer TC e RM. A sensibilidade do USG para detecção de metástase é muito pior.

o Os tumores de tubo digestivo geram metástases hipovasculares (que realçam menos do que o parênquima após o contraste.

o Há também metástases hipervasculares e calcificadas.

HEPATOCARCINOMA

 Ele é o tumor maligno primário do fígado mais comum. Corresponde a 82% dos tumores hepáticos primários malignos do fígado.

 São mais frequentes nos homens.

 Exibe grande associação com a cirrose (alcoólica ou viral) em 80% dos casos.  A alfafetoproteína é elevada.

 Cerca de 10% dos pacientes com cirrose vão desenvolver hepatocarcinoma.

 É um nódulo que realça muito na fase arterial. Isso porque boa parte deles são hipervasculares.

VIAS BILIARES E VESÍCULA LITÍASE BILIAR

 O USG sem doppler é o melhor exame para ver cálculo nas vias biliares. Ele é hiperecogênico com sombra acústica posterior.

 A TC e a RM não vê cálculo de colesterol!!!

 O barro biliar (lama biliar) é hiperecogênica e não faz sombra acústica posterior.  Os pólipos são hiperecogênicos, não tem sobra acústica posterior e, com a

movimentação do paciente no leito durante o USG, ele não muda de local. O pólipo deve ser acompanhado. Se crescer além de tal limite, tem indicação de cirurgia porque ele predispõe a colangiocarcinoma.

 Um exame alternativo à USG é a colangiorresonância. Ela consegue ver líquido presente dentro das vias biliares.

 O tumor de via biliar é o colangiocarcinoma, que pode acontecer em qualquer ponto da via.

 O tumor de Klatskin é uma neoplasia ao nível da junção dos ductos biliares direito e esquerdo. Na colangioressonância, há enchimento das vias hepáticas direita e esquerda, mas não tem enchimento do colédoco e nem da vesícula.

BAÇO

 É o maior órgão do sistema reticulo endotelial.  Maior acúmulo de tecido linfoide.

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 É um órgão frequentemente lesionado em traumas abdominais fechados.  Ele é homogêneo na imagem.

 A maior parte das doenças resultam em esplenomegalia homogênea. O diagnóstico diferencial é feito clinicamente.

 O aspecto do cisto esplênico é igual a qualquer outro cisto.  Linfoma conta com uma esplenomegalia homogênea.

 Acontece que 1/3 dos pacientes com baço normal tem baço com infiltrado linfoide. E 1/3 dos que tem linfoma, não tem nada na imagem. Então, a imagem contribui pouco para o diagnóstico.

 O trauma esplênico não tem o USG como método de escolha na suspeita de lesão esplênica. A TC com contraste acaba sendo superior.

o O FAST (USG feito na beira do leito no paciente traumatizado) só serve para ver líquido livre (que é indicativo de cirurgia). Ele não permite ver lacerações do baço, sendo a TC bem melhor.

 A TC permite ver hematomas subcapsulares. Ele pode romper em segundo tempo (horas ou mesmo dias após o trauma). Pra isso, é preciso usar contraste para diferenciar bem o parênquima do hematoma.

PÂNCREAS

 As neoplasias do pâncreas, na maior parte das vezes (95%), são adenocarcinomas. Pode haver metástases, cistos e tumores de células de ilhotas.

 65% na cabeça do pâncreas e 35% no corpo/cauda.

 Geralmente, os adenocarcinomas são hipodensos e hipovasculares na TC (realçam menos do que o parênquima). Já os de ilhota são hiperdensos.

 Existem critérios de irressecabilidade (como envolvimento de vasos grandes).

ADRENAL

 As adrenais tem aspecto em Y, T ou em linha.  O mais frequente de achar nelas são os nódulos.

 50% deles são adenomas (que podem ser secretantes ou não). Eles são BENIGNOS!  30% podem ser metástases e os 20% restantes são outras causas como:

adenocarcinoma, feocromocitomas, mielolipomas, cistos, etc.

 A TC é o padrão ouro. Isso porque ela tem alta especificidade e sensibilidade para dizer se o nódulo adrenal é benigno ou maligno. Dá pra ver também na RM, só que é mais caro e menos disponível.

 O USG não presta para a adrenal!

 Provou-se que, quando se detecta um nódulo com menos de 10 UH (unidade de densidade) na TC, podemos afirmar categoricamente que se trata de um adenoma.  Feocromocitoma está associado com esclerose tuberosa, Von Hippel-Lindau e NEM tipo

IIa e IIb.

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 A adrenal é o 4º sítio mais comum de metástase!!!!!!!!! o Pulmão

o Fígado o Cérebro o Adrenal!

 Você acaba achando que aquele nódulo adrenal se trata de uma metástase quando ele não é um adenoma na imagem, não é um cisto e não tem clínica de feocromocitoma.

Referências

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