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Percepção das empresas de receptivo quanto á insegurança em Natal/RN

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE TURISMO CURSO DE TURISMO

WALESKA CÂMARA DE ANDRADE

PERCEPÇÃO DAS EMPRESAS DE RECEPTIVO QUANTO A INSEGURANÇA EM NATAL/RN

NATAL/RN 2019

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WALESKA CÂMARA DE ANDRADE

PERCEPÇÃO DAS EMPRESAS DE RECEPTIVO QUANTO A INSEGURANÇA EM NATAL/RN

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade de Artigo Científico apresentado à Coordenação de

Graduação em Turismo da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo.

Orientador (a): Wilker Ricardo de

Mendonça Nóbrega, Dr.

NATAL/RN 2019

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Waleska Câmara de Andrade

PERCEPÇÃO DAS EMPRESAS DE RECEPTIVO QUANTO A INSEGURANÇA EM NATAL/RN

Trabalho de Conclusão de Curso na

modalidade de Artigo Científico apresentado à Coordenação de

Graduação em Turismo da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo. Natal/RN, ___ de ______________de ________. _____________________________________________________________ Wilker Ricardo de Mendonça Nóbrega, Dr. – Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN) Presidente da Banca Examinadora

_____________________________________________________________ Mozart Fazito Rezende Filho, Dr. – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN)

Membro da Banca Examinadora

_____________________________________________________________ Ana Catarina Alves Coutinho, MSc. – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

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PERCEPÇÃO DAS EMPRESAS DE RECEPTIVO QUANTO A INSEGURANÇA EM NATAL/RN

Waleska Câmara de Andrade¹, Wilker Ricardo de Mendonça Nobrega². RESUMO:A criminalidade gera inúmeros impactos negativos para todos os setores da sociedade e com o turismo não seria diferente, tendo em vista que a violência exacerbada pode levar a um rápido declínio de uma localidade turística. Apesar disto existem poucos estudos que se aprofundem nas consequências desta criminalidade ou da imagem que ela gera no turismo de determinado destino turístico. Diante desse cenário, esta pesquisa traz à tona a relevância de estudar sobre a criminalidade, trazendo como recorte espacial a cidade do Natal (Rio Grande do Norte), e tendo como objetivo central analisar como a insegurança tem interferido no modus operandi das empresas de turismo receptivo. A metodologia utilizada para alcançar o objetivo proposto pelo estudo foi a realização de um estudo sobre as implicações dos fenômenos abordados, levantamento de dados do estado e do município em questão para que as considerações elencadas estejam o mais próximas à realidade e entrevistas semi-estruturadas com pessoas do nível estratégico das empresas de receptivo natalense. A pesquisa evidenciou que o medo do crime ocasiona mudanças no modus operandi das empresas de turismo receptivo de Natal.

Palavras-chave: Criminalidade, Insegurança, Turismo.

ABSTRACT: Criminality generates numerous negative impacts for all sectors of

society and tourism would not be different, given that the exacerbated violence can lead to a rapid decline of a tourism region. Despite this, there are few studies that deeply investigate the consequences of criminality or the image that it creates in tourism of a certain tourist destination. In face of this scenario, the present research brings up the relevance of studies on crime, bringing the city of Natal (Rio Grande do Norte) as it’s spatial cutout, and having as a central objective to analyze how insecurity has interfered in the modus operandi of receptive tourism companies. The methodology used to reach the objective proposed by the study was to carry out a study on the implications of the phenomenon addressed, data gathering of the state and municipality in question so that the considerations listed are closer to reality and semi-structured interviews with people from the strategic level of receptive companies from Natal. The survey revealed that fear of crime causes changes in the modus operandi of receptive tourism enterprises from Natal.

Key Word:: Criminality, Insecurity, Tourism.

_____________________

¹Graduanda em Turismo pelo Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Email: w.leska@hotmail.com ²Doutorado em Ciências Sócio Ambientais pelo Universidade Federal do Pará. Email: wilkernobrega@yahoo.com.br

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa/Problemática

As capitais nordestinas do Brasil se destacam cada vez mais pelo seu potencial turístico, e é sabido que o turismo é um grande aliado na promoção da integração entre culturas, entretanto, é necessário um planejamento para que a implantação da agenda do turismo ocorra da forma mais sustentável possível. Dito isso, sabe-se que vários fatores externos podem afetar o fluxo turístico, entre eles a violência. No que concerne este quesito, a região Nordeste vêm se destacando negativamente, com quase todas as suas capitais presentes no topo da lista das cidades mais violentas do mundo.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2017) em 2014, pelo menos 59.627 pessoas sofreram homicídio no Brasil, o equivalente a 29,1 mortes por 100 mil habitantes. Ou seja, cerca de 10% dos homicídios do mundo acontecem no Brasil. No ano de 2016 o Brasil teve 7 pessoas assassinadas por hora e 61.283 mortes violentas intencionais.

Nota-se que também em alguns estados o aumento das taxas de criminalidade foi superior a 100% em um recorte temporal de 10 anos, entre 2006 a 2016, sendo que a maioria deles está situado na região Nordeste - onde chegou em 2013 a marca de 39,4 mortes por 100 mil habitantes - (IPEA, 2016). Na tabela 1 é possível observar as variações das taxas de homicídios por unidade federativa.

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Fonte: Atlas da Violência, 2018.

Diante do cenário apresentado, o Rio Grande do Norte que tem chamado atenção negativamente por conta do aumento nos índices de violência. Através do gráfico 1 é possível notar o crescimento da criminalidade nas unidades federativas do país, onde a maior variação nas taxas de homicídios (256,9% de 2006 a 2016) pertence ao Rio Grande do Norte.

Além dos índices de homicídios do Rio Grande do Norte outro fator que contribui para a publicidade negativa quanto a violência é a capital Natal se encontrar no ranking das cidades mais violentas do mundo (Seguridad, Justicia y Paz, 2016), com uma expansão em suas taxas de homicídios conforme é evidenciado no gráfico 1:

Gráfico 1: Distribuição das taxas de homicídio, entre 2000 e 2013 na Região metropolitana de Natal e o estado do Rio Grande do Norte.

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Fonte: Diagnóstico da situação da segurança pública do Rio Grande do Norte, 2015

Apesar dos dados negativos e crescentes são raros os estudos que abordam a correlação dos temas turismo e violência, e diante da importância da atividade turística para a cidade de Natal, e consequentemente os impactos negativos da violência para o turismo do município, debruçar-se sobre os assuntos é de extrema relevância.

Diante desse cenário, esta pesquisa traz à tona o seguinte questionamento: Como a violência na cidade do Natal está interferindo no modus operandi das empresas de receptivo local? A partir dessa problemática foi elaborado o seguinte objetivo geral: Analisar como a insegurança tem interferido no modus operandi das empresas de turismo receptivo e seus objetivos específicos a seguir:

A) Identificar quais produtos/serviços foram alterados ou eliminados por conta da criminalidade;

B) Verificar as medidas/mudanças efetuadas pelas empresas para evitar possíveis situações/vitimização de violência;

C) Identificar se e de que forma as empresas de receptivo expõem suas medidas de seguridade física nos canais de comunicação com o cliente.

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Conforme foi evidenciado, o presente estudo visa contribuir para as questões levantadas, assim como servir como pilar para os órgãos de seguranças pública no processo de desenvolvimento de estratégias para a mitigação da criminalidade, além de auxiliar outros estudos que trabalhem a mesma temática. Para isto, nos próximas próximas seções serão abordados os fenômenos no referencial teórico deixando o leitor informado sobre suas problemáticas, posteriormente haverá a metodologia aplicada para coleta de dados e sua respectiva análise, assim como os seus resultados e conclusões.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Criminalidade, medo e insegurança:

O conceito de crime foi se moldando com o passar dos anos levando em conta a opinião dos juristas de diferentes escolas penais, pois de acordo com Fragoso (1987, p. 146): "a elaboração do conceito de crime compete à doutrina”.

Ao averiguar a literatura jurídica nota-se o conceito de crime voltado para o código penal, onde se descreve geralmente a tipicidade dos crimes cometidos e suas respectivas punições, entretanto, em um campo mais filosófico/sociológico existe um conceito muito subjetivo, onde cada grupo social (pesquisadores, líderes políticos, sociedade civil, etc.) terão concepções diferentes perante as suas representações sociais e situações impostas a estes grupos. Diante disso temos a afirmação de Eleutério (1997) que cita que:

Além de um fenômeno social, o crime é na realidade, um episódio na vida de um indivíduo. Não podendo portanto, ser dele destacado e isolado, nem mesmo ser estudado em laboratório ou reproduzido. Não se apresenta no mundo do dia-a-dia como apenas um conceito, único, imutável, estático no tempo e no espaço. Ou seja: "cada crime tem a sua história, a sua individualidade; não há dois que possam ser reputados perfeitamente iguais." Evidentemente, cada conduta criminosa faz nascer para as vítimas, resultados que jamais serão esquecidos, pois delimitou-se no espaço a marca de uma agressão, seja ela de que tipo for (moral; patrimonial; física; etc...).

Nessa conjuntura, é notório o aumento de homicídios nos grandes centros urbanos do país que segundo Adorno (2002) vem ocorrendo desde meados de 1970, e isto acaba acarretando um sentimento de insegurança e medo, além de

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outro problema que é a sensação de impunidade causada pela ineficiência do Estado na contenção da violência. Haja vista que segundo Mirabete (1990, p. 97):

Tem o Estado a finalidade de obter o bem coletivo, mantendo a ordem, a harmonia e o equilíbrio social, qualquer que seja a finalidade do Estado (bem comum, bem de proletariado, etc.) ou seu regime político (democracia, autoritarismo, socialismo, etc.). Tem o estado que velar pela paz interna, pela segurança e pela estabilidade coletivas diante dos conflitos inevitáveis entre os interesses dos indivíduos e entre os destes e os do poder constituído.

Essa ineficiência do Estado vai além da falta de políticas públicas de mitigação da violência ela também está presente nos eventos pós violência, ou seja, a conclusão dos casos e julgamento dos envolvidos, e isto fica bem claro quando analisa-se o levantamento: Onde mora a impunidade?, publicado pelo Instituto Sou da Paz em dezembro de 2017 que mostra que cerca de 80% dos crimes de homicídio nos estados brasileiros não são solucionados pelo poder público. Neste mesmo levantamento também é apontado que a maioria dos estados nem sequer foram capazes de disponibilizar seus dados para a pesquisa. Das 27 unidades federativas apenas seis (6) estados enviaram o percentual de crimes que foram solucionados, sendo esses os estados e seus respectivos percentuais de elucidação de inquéritos; Espírito Santo (20%), Mato Grosso do Sul (55,2%), Pará (4%), Rio de Janeiro (12%), Rondônia (24%) e São Paulo (38%).

Como é possível observar o maior índice de elucidação de casos é do estado do Mato Grosso do Sul (55,2%), todavia, quase metade dos casos ainda não são elucidados. Nesse contexto, a negligência do Estado na resolução dos casos de violência culmina na falta de segurança que, por conseguinte ocasiona conflitos, haja vista que se refere à proteção da vida, da integridade física, psicológica e econômica dos visitantes, prestadores de serviços e residentes, como aponta Grunewald (2003).

As pesquisas criminológicas mostrou que a percepção da probabilidade de vitimização está fortemente correlacionada com os níveis expressos de medo sobre o evento ocorrido (Ferraro, 1995; Farrall et al., 2009). Dessa forma, o aumento de crimes violentos e a impunidade sobre seus infratores gera medo, haja vista que se presume que os crimes vão tornar a acontecer, pois segundo Warr (1987) as percepções da gravidade de um determinado crime conciliado com possibilidades subjetivas de sua ocorrência pressupõe medo.

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Os conceitos sobre o medo do crime são bem variados, entretanto, os estudiosos (Hale, 1996; Vanderveen, 2006; Farrall, Jackson, & Gray, 2009) demonstram que o medo do crime está ligado aos sentimentos, comportamentos e pensamentos, ou seja, é ligado a subjetividade de possível ameaça de vitimização criminal. Essas emoções geram respostas à ameaça imediata (medo), pensamentos repetitivos sobre dano incerto no futuro (preocupação), e uma emoção mais difundida (ansiedade) bastante separada de sentimentos concretos de perigo iminente (Farrall & Jackson, 2013).

Ao correlacionar o medo do crime com o turismo percebe-se que a segurança, que é um elemento básico para a qualidade na receptividade de um visitante, deve apresentar-se como extensão dos serviços prestados aos residentes. Ou seja, não há como oferecer segurança aos turistas se a própria comunidade não está se sentindo segura (Aguiar, 2003).

2.2 Impacto da criminalidade na demanda turística

Sabe-se que os destinos turísticos estão cada vez mais competitivos e como o produto turístico não é algo tangível a percepção do destino e a experiência turística são muito influenciadas pelas dimensões da hospitalidade oferecidas, independentemente de onde ela emerge - empresa ou residentes - (ROSA, 2008).

Diante disso, entende-se a importância da experiência turística e sua correlação com as emoções do turista, haja vista que segundo Gândara et al. (2009, p. 187), “o turista contemporâneo deseja deslocar-se para destinos onde possa mais que contemplar, viver e emocionar-se, ser o personagem da sua própria viagem. Ele anseia envolver-se nas experiências”. Neste caso, geralmente, as agências de turismo receptivo são as proporciadoras destas experiências, haja vista que são responsáveis por recepcionar os turistas e apresentar-lhes os atrativos turísticos do núcleo receptor, elas são as intermediadoras entre o turista e o destino fornecendo diversos produtos e serviços como: reservas, passeios, informações sobre o destino, transfers e etc.

Entretanto, tudo que foi citado anteriormente fica comprometido caso ocorra ocorra algum problema de segurança, tendo vista que se o turista se encontra inseguro isso limita sua experiência turística, pois haverá receio de ir a alguns

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lugares e também uma preocupação constante com a probabilidade de vitimização pela violência.

Dito isso, é possível dizer que a existência das agências de turismo receptivo depende diretamente da existência do destino turístico e consequentemente seu futuro. Segundo Lago & Cancellier (2005), eventos negativos que possam culminar no declínio de um destino pode ter um efeito devastador sobre essas empresas, haja vista que são estruturadas no próprio destino.

Vale salientar que a criminalidade afeta a sociedade como um todo, o medo é capaz de mudar os hábitos/comportamentos das pessoas e com o turismo não seria diferente, a segurança é um dos itens que são levados em conta no processo decisório do turista quanto a qual destino será escolhido, ou seja, localidades que possuem índices consideráveis de homicídios - e por este motivo publicidade negativa quanto a violência - podem ter sua demanda turística afetada.

No caso, uma localidade que seja vista como um lugar inseguro ou conhecida pelo crime exacerbado pode ter seu fluxo turístico afetado, visto que Morales (2003) frisa a relevância das informações que são dadas por terceiros e/ou da sua própria também causam impacto na decisão do turista. Gollo (2004) afirma também que a sensação de segurança do turista principalmente no que tange a tomada de decisão na escolha de um destino geralmente tem a ver com alguns aspectos locais como estabilidade política, social e econômica, oferta de produto turístico, infraestrutura adequada, entre outros.

Um fator que colabora com a inseguridade é a forma que a mídia espetaculariza os episódios de violência. Segundo Mansfeld, Pizan (2006) episódios criminosos que acontecem regularmente tem efeito mais intenso, duradouro e generalizado na procura do destino por conta da ampla cobertura da mídia sobre o episódio. Ou seja, na maioria das vezes a mídia mostra os incidentes em destinos turísticos mais severamente do que a realidade, portanto os turistas em potencial recebem as notícias de forma mais intensa do que os visitantes que já estão na localidade.

Segundo Ferreira (2013) existem variantes na percepção da violência dependendo da frequência de ocorrência dos incidentes de segurança, como por exemplo: crimes constantes e graves (crimes contra a vida ou propriedade) ocasionam grande efeito negativo sobre a demanda turística para os destinos

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afetados. Para se compreender um pouco mais sobre o impacto da criminalidade em uma localidade turística alguns autores como (Mansfeld & Pizam, 2006) utilizam variáveis mais relevantes para examinar a dimensão geográfica das situações de segurança, sendo elas: a) abrangência geográfica do impacto; b) distribuição geográfica das áreas afetadas; c) ocorrência no interior ou fora das instalações de empresas de turismo; d) áreas de baixa e alta criminalidade; e) as características físicas do meio ambiente urbano; f) características físicas das instalações turísticas; g) localização de atividades potencialmente geradoras de crimes ditos turísticos.

Diante do exposto, é evidente que a criminalidade local tem efeito direto sobre a imagem do destino turístico, que pode ser potencializado em conformidade com a forma que a mídia expõe os fatos criminosos ocorridos no local, afetando assim a demanda turística para a localidade.

3. METODOLOGIA

Para se averiguar a percepção de insegurança na cidade do Natal/RN através da ótica das empresas de receptivo foi optado que o presente estudo dispusesse de uma abordagem qualitativa. Segundo Minayo (2001, pág. 21-22):

A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Para a presente pesquisa foi realizado um levantamento de dados sobre a criminalidade de Natal, sua Região Metropolitana e do Rio Grande do Norte, juntamente com uma revisão bibliográfica e uma pesquisa documental sobre os fenômenos estudados, onde surgiu algumas indagações e foi gerado o problema da pesquisa. Nestas etapas foi utilizada uma análise da bibliografia disponível nas bases de dados, ou seja, foi selecionado artigos a partir das palavras-chave da pesquisa, apurando assim artigos e bases de dados alinhados com o tema da pesquisa, facilitando na identificação de artigos relevantes para o presente trabalho.

Para a segunda etapa foi desenvolvido um questionário semi estruturado como instrumento metodológico para entrevistas que foram realizadas com as empresas de turismo receptivo de Natal, onde foram entrevistadas pessoas do nível

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estratégico, além de um proprietário de uma das empresas pesquisadas onde foram entrevistados para abordar sobre a insegurança no cenário turístico e como isso influencia no modus operandi da empresa.

Para a realização da coleta de dados foram contactadas, entre os meses de abril e maio de 2019, 7 (sete) das principais empresas de receptivo de Natal/RN expondo os objetivos da entrevista e indagando a possibilidade de sua participação, entretanto, somente 3 (três) estabelecimentos se disponibilizaram a participar das entrevistas.

A entrevista semiestruturada é um conjunto de perguntas fechadas e abertas, que oferece ao participante a posibilidade de dissertar sobre a temática abordada. (Minayo, 2007). Este método possibilita a adaptação de questões, tanto na inclusão de novas questões quanto a omissão dependendo do desenvolvimento da entrevista, oferecendo assim maior flexibilidade ao pesquisador e entrevistado.

As entrevistas foram previamente agendadas e realizadas com os participantes de acordo com a disponibilidade dos mesmos. No ato da entrevista foi garantido o sigilo e anonimato do entrevistado, assim como foi solicitado a sua autorização para que a entrevista fosse gravada e transcrita, para que nenhuma informação fosse perdida.

Após a coleta iniciou-se a terceira etapa da pesquisa que foi a análise dos dados. Segundo Gil (1999, p.168):

A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (Gil, 1999, p. 168).

Neste momento foi-se utilizado a análise de conteúdo que compreende um processo complexo de interpretação de dados que procura identificar a relação entre os fenômenos mencionados.

4. ANÁLISE E DISCUSSÕES

Foram realizadas 3 (três) entrevistas em profundidade com 3 (três) empresas que operam o turismo receptivo de Natal/RN. Para garantir a ética da pesquisa e o

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anonimato do entrevistado e consequentemente as informações cedidas pelos mesmos foi concedido a alcunha de “E1”, “E2” e “E3”.

A priori notou-se que todas as empresas entrevistadas funcionavam a mais de 20 anos no segmento de receptivo, ou seja, elas são consolidadas no destino Natal. Outra consonância são a maioria dos produtos e serviços fornecidos pelas mesmas, ambas oferecem transfer in e out (aeroporto/hotel/aeroporto) e passeios pelo litoral sul e norte do estado do Rio Grande do Norte.

Vale salientar que entre as empresas entrevistadas, duas trabalham com captação de público avulso, ou seja, eles mesmos fazem a captação do seu público, entretanto, a outra trabalha com uma operadora, no caso seu público vem de pacotes fechados com essa operadora ou da venda em hotéis. As mesmas duas empresas que trabalham com público avulso também fornecem dois serviços diferenciados que seria o transporte privativo corporativo ou individual e o transfer do hotel/centro de convenções/hotel para eventos.

Com os dados coletado através das falas dos participantes foi possível organizar e destacar opiniões relevantes para o estudo em questão que serão apresentadas nos tópicos a seguir.

4.1 Reflexo da criminalidade na concepção de Produtos e serviços ofertados pelas empresas

Entende-se por produto turístico uma variada gama de elementos e processos. Esses elementos podem ser divididos em 4 (quatro) grandes grupos: a) atrativos turísticos; b) serviços turísticos; c) serviços públicos; e d) infra-estrutura básica. Estes grupos, quando em conjunto, adquirem valor turístico (Lemos, 2005).

A partir disso, a pesquisa considera essa magnitude do produto turístico e também as alterações ocorridas não apenas no atrativo turístico, mas em seu entorno, nos trajetos para chegar nele e até os serviços ofertados no/para o mesmo. Este tópico tem como finalidade constatar se a criminalidade de determinado espaço causou mudanças no uso do mesmo, ou seja, se as empresas em prol da segurança da mesma e de seus clientes deixaram de comercializar locais ou fizeram mudanças em seus roteiros a fim de evitar estes espaços.

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Foi observado que ao realizar perguntas com esta temática, os entrevistados, na totalidade sempre falavam do Fortaleza dos Reis Magos quase que prioritariamente, e em como ele deixou de ser comercializado por conta dos inúmeros assaltos que ocorreram ao redor da fortaleza. Como é possível observar nas falas dos entrevistados a seguir:

E1: [...] É, eu acho que hoje (sobre lugares que não recomenda para o visitante) é perto da Fortaleza dos Reis Magos, que está meio assim (insegura), primeiro porque está reformando, segundo porque ela está sem segurança, eu não indicaria para um passageiro ir lá, sozinho não, porque senão ele será assaltado [...] Deixamos de fazer (o passeio para a Fortaleza do Reis Magos) por causa da insegurança, estava tendo muito assalto, eles esperavam os ônibus chegarem para assaltar [...]

E2: (Além da Fortaleza dos Reis Magos), Maracajaú teve um tempo que estava tendo assaltos em quadriciclos quando saia fora do roteiro original, parei de vender também e oriento aos meus guias não vender lá na praia de Maracajaú passeio de quadriciclo que foge da área que eles ficam. E3:[...] A gente evita lugares mais esquisitos, onde tem o receio que ali pode acontecer algo, por exemplo litoral sul, na lagoa de arituba que é um destino nosso, a gente evita parar no mirante dos golfinhos em um ponto mais esquisito, paramos em um ponto estratégico onde tem uma maior quantidade de pessoas (o mesmo com a praia de Maracajaú). [...] O Forte dos Reis Magos a gente deixou de fazer não só pelos assaltos e a insegurança, mas pelo forte mesmo que estava precisando de reparos e tava sem estrutura para receber os turistas.

Dessa forma, através das falas observadas anteriormente podemos perceber que eventos recorrentes de criminalidade no espaço turístico ou ao redor dele gera uma imagem de atrativo turístico perigoso e consequentemente favorece o seu declínio e o desuso do mesmo. Isto ocorre por diversos motivos, entretanto, fica evidente que isto é uma resposta comportamental e emocional aos riscos de possível vitimização.

Contudo, quando espaços públicos são abandonados isso acarreta outros problemas, segundo Lima (2000) o aumento dos crimes violentos e o abandono dos espaços públicos potencializam o medo e a sensação de falta de segurança. Ademais lugares desocupados podem ser refúgios para meliantes.

4.2 Medidas efetuadas pelas empresas para evitar possíveis situações/vitimização de violência;

A criminalidade traz diversos impactos negativos para a sociedade como um todo. Segundo Barros (2005) um dos problemas seria o crescente sentimento de

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insegurança na população que acaba causando um efeito “dominó”, pois ao ser criado gera outros problemas, como a mudança de comportamentos e hábitos e a relação dos turistas e residentes com o uso dos espaços públicos.

Dito isso, esse tópico visa verificar como a insegurança influenciou na tomada de decisões do nível estratégico da empresa, levando os mesmos a fazerem mudanças em prol da segurança dos seus clientes e da empresa em si, evitando assim situações de possível vitimização da violência.

E1: [...] Sempre tomar cuidado com valores (dinheiro), com o turista para não levar muitos valores, muitos documentos, durante as viagens que a gente faz para precaver não ser assaltado e ter problemas. [...] Nós temos sempre seguranças (seguranças em todos os passeios), a polícia sempre passa por aqui (empresa física), sistema de monitoramento em toda a empresa, ônibus e nos restaurantes que a gente vai, em tudo.

E1: [...] “A gente que comenta (faz a prevenção) não ande com jóias, fiquem alertas, os hotéis fazem a prevenção para que tomem cuidado, não assusta, mas tenta deixar ele (o turista) meio avisado.

E2: [...] Evitei alguns roteiros, por exemplo, eu parava antes na Fortaleza dos Reis Magos, eu não paro mais enquanto eles não colocarem policiamento lá não paro mais, a gente fica um pouco vulnerável, alguns roteiros que eu podia vir um pouco mais tarde, deixo de ficar no roteiro mais tempo para vir mais cedo e não correr o risco noturno.

E2: Não tenho muito o que fazer, tenho que orientar meus roteiros para onde não existe margem de risco que ocorram (problemas), não tenho o que fazer, por que sou transporte, vou daqui para pipa o quê que eu posso fazer? Não tenho o que fazer. Vou manter horário de saída e não deixo voltar muito tarde para não correr o risco de viajar a noite. Não tem o que mudar, pois não vou fazer uma programação que me coloque em risco. Tinha um roteiro que podia fazer um passeio nas dunas em um lugar isolado, eu cortei. Então é só isso eu posso fazer, desviar de onde ocorre. E3: Existe uma coisa chamado ROI (retorno sobre investimento), a gente não investe basicamente na segurança, investimos em cuidados. Por exemplo, temos um roteiro turístico no litoral sul e tem uns pontos que a gente sabe que são mais críticos, então a gente não para lá, a gente tem um ponto de apoio que vai parar lá, a gente já pede ao ponto de apoio que invista em segurança para que aquela região se torne mais segura. Por exemplo, no litoral sul o dono do restaurante tem sua influência, com a polícia local e com a prefeitura local, então a gente fica em cima deles para que eles possam cobrar do poder público para que haja uma maior segurança naquele ponto turístico, é complicado investir em segurança, imagina eu colocar um segurança armado ou uma coisa assim em cada carro nosso, o cliente vai pensar “Como assim? Para onde estou indo? Um campo de guerra? Para ter um cara armado aqui.” Então ele vendo já fica com medo e também impacta financeiramente, tenho 17 pontos turísticos, imagine colocar um segurança em cada carro nosso. Então trabalhamos mais com prevenção e cobramos o poder público juntamente com as associações para que eles fiquem mais antenados no corredor turístico.

Foi observado que as empresas tiveram que adequar seus roteiros de forma que evitassem lugares conhecidos por ter ocorrência de crimes e muitas vezes eles

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não veem isso como mudança, eles entendem por mudanças apenas investimentos financeiros, como instalação de videomonitoramento, contratação de pessoas para fazer a parte de segurança e etc.

Outro ponto observado durante as entrevistas foi como as empresas dividem a responsabilidade de assegurar os turistas com os seus parceiros também, como pontos de apoio, restaurantes e etc, cobrando dos mesmos para que usem de sua influência local com os órgãos públicos e policial militar para proporcionar o máximo de seguridade possível. Como é perceptível na fala da “E1” a seguir:

E1: [..] “Poucas vezes a gente escuta que os turistas foram assaltados ou que houve algum problema, pois os pontos de apoio que a gente leva os nossos turistas a gente sempre “coloca” (deixa claro para o ponto de apoio), coloque seguranças, liga para o policiamento, faça com que os nossos turistas estejam sempre bem assegurados. [...]

Diante disso, é perceptível que as empresas se beneficiam muito ao dividir a responsabilidade com os seus respectivos pontos de apoio, haja vista que os mesmos possuem noção da realidade e influência local e conhecem os desdobramentos necessários para evitar qualquer incidente de segurança naquele destino.

4.3 Exposição das medidas de segurança para os clientes

É sabido que a violência é um problema que afeta a todas as capitais do país independentemente de área geográfica e quantidade de habitantes, apenas no ano de 2016 o Brasil teve 61.283 mortes violentas intencionais, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2017. É um número expressivo, pois são cerca de 7 pessoas assassinadas por hora.

A partir disso, entende-se que instaurou-se uma sensação de insegurança generalizada o que consequentemente gera o medo do crime, haja vista que o medo é ocasionado pela percepção de vulnerabilidade e risco de ameaça (Farrall et al, 2009). Dito isso, infere-se que as pessoas diante de uma tomada de decisão sobre para qual destino turístico viajar levem em consideração a segurança pessoal e familiar. Diante do exposto, esta categoria tem como objetivo descobrir se os entrevistados usavam suas medidas de segurança como forma de diferencial, se e de que forma eles comunicavam aos clientes sobre elas. Sobre este aspecto será destacado alguns fragmentos das falas de 2 (dois) entrevistados:

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E1: [...] Não (não falamos), deixa assim (oculto), por que assim, sempre tem que tomar muito cuidado com o que você vai falar para o passageiro, senão ele pensa que você está chamando ele de ladrão (no caso de falar sobre o monitoramento por câmeras). Ai isso pode gerar processos.

E3: [...] Não, é até um alarde, na verdade, se eu fizer isso já vai amedrontar o cliente, não tenho como trabalhar esse nível de informação porque acaba impactando de forma negativa, então fazemos as coisas mais pelos bastidores para que o turista veja encantamento do destino e não a questão de periculosidade.

Ao observar os fragmentos acima citados é notável que citar as medidas de segurança, apesar de muito importante no processo decisório do turista, podem ter efeito contrário, tendo em vista que pode se criar um alarde, levando ao cliente a se indagar sobre a necessidade das medidas e rever o destino escolhido ou até mesmo se sentir desconfortável com tais medidas. Para se evitar qualquer constrangimento e possíveis transtornos e ainda mantê-los seguros as empresas preferem fazer tudo de forma discreta pelos bastidores.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados levantados pelo presente estudo demonstram o quão grande é o problema da violência nas cidades brasileiras. Diante desse aumento dos índices de criminalidade no nosso país, observa-se uma sociedade com a crescente sensação de insegurança. Entretanto, de acordo com a pesquisa de Ferreira (2013), existe uma maior vulnerabilidade do visitante haja vista suas diferenças culturais (principalmente no caso de turistas internacionais) e sua distração constante pela condição de estar conhecendo uma cidade nova - o que ocasiona geralmente furtos. A partir da análise das falas dos entrevistados foi verificado que a insegurança e o medo do crime gera impactos nas empresas e em sua tomada de decisão quanto nível estratégico do empreendimento. Através deste estudo foi possível notar que as empresas estão cada vez mais preocupadas com os índices de violência, além de se preocuparem com possíveis incidentes de segurança, se atentam também com a forma que eles repercutem para os seus pólos emissores. Na fala de um dos entrevistados foi citado que a mídia acaba externando algo mais severo e amplo do que realmente algo de tamanho menor e pontual.

Outro ponto a ser elencado seria como a violência exacerbada em determinados locais levou as empresas de receptivo de Natal a fazerem mudanças em seus modus operandi a fim de não extinguir determinados atrativos turísticos do

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seu roteiro, mas evitar possíveis crimes em que possam ser acometidos. Dito isso, foi constatado que os empreendimentos possuem duas formas agir nessas situações, ou eles retiram totalmente os pontos (pontos de parada, trajetos, arredores dos atrativos turísticos) que apresentam problemas do seu roteiro ou eles limitam a área do atrativo de forma que o contato com aquele “ponto problemático” seja mínimo. Por exemplo, reduzir a área do passeio de quadriciclo ou mudar o ponto de parada do mirante.

Ao se verificar os dados obtidos pelo presente estudo e as informações coletadas durante a realização das entrevistas fica evidente o impacto negativo que índices de criminalidade altos e incidentes de segurança constantes causa na imagem de um atrativo turístico específico, podendo trazer o declínio do mesmo, fazendo-o cair em desuso, assim como foi revelado que ocorreu com a Fortaleza do Reis Magos, um patrimônio histórico de expressivo valor histórico-cultural para o estado do Rio Grande do Norte. Em todas as entrevistas ele foi citado como um lugar perigoso, ou seja, teve sua imagem atrelada aos eventos criminosos ocorrido em seu entorno e foi excluído do roteiro dessas empresas a fim de evitar futuros problemas.

Uma informação importante extraída das entrevistas é como a publicidade negativa tem mais impacto a médio e longo prazo do que a curto prazo, porém isso ocorre principalmente porque a curto prazo são geradas ações que minimizem o impacto midiático. Outro ponto que foi muito citado pelos entrevistados foi a influência da mídia na sensação de insegurança e no processo decisório do visitante quanto a qual destino escolher, tendo em vista que a espetacularização dos fatos na mídia faz com que o medo se instaure, o que pode gerar a desistência da viagem para determinado destino por conta de um problema pontual e/ou a escolha de outro destino que aparentemente possua mais segurança.

Diante do exposto, pode-se verificar que a pesquisa alcançou os objetivos propostos para a realização deste estudo. Todavia há ciência que as discussões não foram esgotadas, pois outras pesquisas podem surgir a respeito destas temáticas tão relevantes para o turismo, trazendo novas possibilidades e reflexões para a área.

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Apêndice

_________________________________________________________________ Roteiro de entrevista semiestruturada para as empresas de receptivo de Natal. Questões:

1. Você percebe e/ou percebeu mudanças no comportamento dos turistas por conta da violência?

2. Eles se mostram mais inseguros? De que forma você notou essa mudança? 3. De que forma isso afeta sua empresa/seu trabalho?

4. Quais medidas foram adotadas para apaziguar a situação (diminuir a insegurança dos visitantes e evitar crimes?

5. As medidas surtiram efeito? Quais foram as que fizeram maior diferença? 6. Os turistas percebem essas mudanças? Vocês costumam mencioná-las? 7. Em sua opinião, quais os locais/roteiros que apresentam maiores problemas

no quesito segurança?

8. Que medidas de segurança vocês adotam para levar os visitantes a estes lugares?

9. Em sua opinião, quais políticas públicas deveriam ser implementadas para que estes problemas fossem sanados?

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