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Metodologia Para O Planejamento Do Transporte Florestal Utilizando Geotecnologia

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Academic year: 2021

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IV CONEFLOR – III SEEFLOR/ Vitória da Conquista (BA), 25 a 28 de Novembro de 2013.

- Resumo Expandido - [873] ISSN: 2318-6631

Metodologia Para O Planejamento Do Transporte Florestal Utilizando

Geotecnologia

Mariana Peres de Lima(1); Guilherme Willi Aggens(2); Karla Rodrigues de Melo(3); Josiane de

Fátima Alfonso Godoy(4)

(1) Professora, UFMT/Universidade Federal do Mato Grosso Campus Sinop, marianaperes@ufmt.br (2)

Estudante; UFMT/Universidade Federal do Mato Grosso Campus Sinop, guilherme@florestal.eng.br; (3)

Estudante; UFMT/Universidade Federal do Mato Grosso Campus Sinop, karlamelo.floresta@gmail.com; (4)

Engenheira Florestal, josianealfonso@gmail.com

RESUMO

Verificando a necessidade de melhorar o planejamento da colheita e transporte de madeira, já que estas atividades são as que mais influenciam no custo final da madeira posta na fábrica, este trabalho teve como objetivo desenvolver uma nova proposta metodológica através da utilização de ferramentas de geotecnologia e pesquisa operacional visando á determinação de melhores locais para o empilhamento de madeira e, consequentemente, a determinação de traçado ótimo de transporte utilizando o método da menor distancia ligando algumas das pilhas selecionadas até as saídas da fazenda. Os resultados encontrados foram considerados satisfatórios no planejamento da extração de madeira, já que foram utilizados métodos determinísticos e não mais intuitivos ou empíricos como é realizado atualmente, e que facilitariam as atividades de campo.

Palavras-chave: Empilhamento de madeira, rota ótima. INTRODUÇÃO

Estima-se que 50% dos custos da produção de celulose é consequentes do uso do produto florestal e cerca de 50% deste, refere-se aos custos de transporte e colheita florestal (ANDRADE, 1998). Frisando a importância do estudo de novas técnicas para aperfeiçoar o processo de transporte florestal. Este estudo tem por objetivo propor uma nova metodologia para o planejamento de transporte florestal, utilizando o sistema de informação geográfica visando simulações para determinar as melhores rotas ligando os binômios pilhas de madeira (origens) e as saídas da fazenda (destinos) através de algoritmo de menor distância. Também foi simulado o número de viagens necessárias para a retirada da madeira para cada pilha.

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IV CONEFLOR – III SEEFLOR/ Vitória da Conquista (BA), 25 a 28 de Novembro de 2013.

- Resumo Expandido - [874] ISSN: 2318-6631

MATERIAL E MÉTODOS

A Fazenda Santa Terezinha I pertence à empresa Votorantim Celulose e Papel. Está localizada no município de São José dos Campos na região leste do Estado de São Paulo. A fazenda esta situada nas coordenadas 22° 58' 20" S e 45° 55' 20" W e está ilustrada na Figura 1. O clima da região é quente com inverno seco, com temperatura média anual de 21°C, com média máxima de 24°C e média mínima de 17°C (OLIVEIRA, 2001). Os dados foram disponibilizados pela empresa Votorantim Celulose Papel. Utilizou-se um projeto localizado na Fazenda Santa Terezinha I com uma área total de 981,87 ha, sendo a área efetiva 512,57 ha com plantio de Eucalyptus spp com finalidade de produção de celulose. Com o intuito de detalhar o planejamento de retirada da madeira extraída, foram alocados 21 pilhas de madeira dentro dos 12 sub- talhões pertencentes ao talhão 16 da fazenda Santa Terezinha I. Para cada uma das 21 pilhas de madeira foram realizadas as simulações ligando os locais de empilhamento e as saídas da fazenda (S1 e S2). Neste trabalho a ferramenta utilizada para a determinação das melhores rotas é baseada no método do caminho mínimo, ou seja, leva em consideração o percurso de menor distância entre as pilhas e as saídas da fazenda.

Figura 1 Mapas de localização da área de estudo.

As simulações de rotas ótimas para o escoamento de madeira entre as 21 origens (pilhas) e os dois destinos (S1 e S2) foram feitas a partir da importação de dados para o ambiente SIG. A empresa forneceu dados de características dos caminhões florestais utilizados no transporte da madeira. Dados do número de eixos para os caminhões vazios e carregados, o volume de madeira transportada por viagem, em metros cúbicos, e ainda a capacidade do veículo em toneladas. Através dos dados fornecidos, foi escolhido um dos veículos para fazer as simulações para a quantidade de veículos para transportar cada um dos volumes de madeira (m³) contido nas 4 pilhas selecionadas. O veiculo florestal selecionado para o transporte foi o BITREM, também intitulado FL-ROMEU/JULIETA 6E, sendo o volume transportado de 60 m³ de madeiras em toras.

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IV CONEFLOR – III SEEFLOR/ Vitória da Conquista (BA), 25 a 28 de Novembro de 2013.

- Resumo Expandido - [875] ISSN: 2318-6631

Para as 21 pilhas de madeira contidas no talhão 16, foram simuladas as melhores rotas ótimas através do algoritmo de caminho mínimo, visando aperfeiçoar o traçado. Desta forma, reduzindo os custos de transporte.

As figuras subseqüentes mostram parte dos resultados obtidos das rotas ótimas de transporte para quatro das 21 pilhas selecionadas, ligando-as até as saídas (S1 e S2) da fazenda. As quatro pilhas selecionadas foram: 4, 9, 15 e 20.

Figura 2 Rota ótima para o binômio Pilha 4 - Saída 1 (a), Rota ótima para o binômio Pilha 15 - Saída 2 (b)

A figura 2a mostra a melhor rota por meio da análise espacial para a pilha número 4. A saída utilizada foi a saída 1. A rota possui uma distância de 462,35m. Seriam necessários para transportar o volume de 554,93 m³ da pilha quatro, 9,24 viagens do Bi-trem FL-ROMEU/JULIETA 6E.

A figura 2b retrata a melhor rota ótima obtida entre a pilha 15 e a saída 2. A rota possui 2.333,05m e seriam necessárias 21,4 viagens do caminhão florestal para o transporte de 1.268,63 m³ de madeira contida na pilha.

As figuras 3a e 3b, mostram respectivamente as melhores rotas de saída de madeira da pilha 9 para a saída 2 e da pilha número 20 para a saída 2. A rota para a pilha 9 e saída 2 tem uma distância de 3.030,96 m, onde seriam necessários 1,09 viagens para transportar 65,51 m³ de madeira. Enquanto que a distância da pilha 20 e saída 2 possui 2.293,31 metros, onde seriam necessárias 19,21 viagens para o transporte de 1147,42 m³ de madeira. A metodologia utilizada para determinação das melhores rotas foi a do percurso de menor distância, que é um método determinante, o que não garante que esta seja a opção com o menor custo de transporte.

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IV CONEFLOR – III SEEFLOR/ Vitória da Conquista (BA), 25 a 28 de Novembro de 2013.

- Resumo Expandido - [876] ISSN: 2318-6631

Figura 3 Rota ótima para o binômio Pilha 4 - Saída 2 (a), Rota ótima para o binômio Pilha 20 - Saída 2 (b)

Assim deixa de lado a forma empírica e intuitiva, como é tratado atualmente pelas empresas. Por exemplo, pode haver outros trajetos com distâncias maiores que possuam características melhores para a locomoção dos veículos florestais. Uma combinação das duas abordagens seria indicada para agilizar a operacionalização do transporte.

CONCLUSÕES

O uso de geotecnologia se mostrou útil na proposta de planejamento de transporte floresta, podendo determinar rotas ótimas através do método de menores distâncias de deslocamento e ainda podendo planejar o número exato de viagens para cada pilha de madeira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Andrade, S.C. Avaliação técnica, social, econômica e ambiental de dois sistemas de colheita florestal no litoral Norte da Bahia. 1998. 125p.

OLIVEIRA, C.A. de. Turfa de São José dos Campos: Estado de São Paulo. São Paulo: CPRM, 2001. 14 p.

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IV CONEFLOR – III SEEFLOR/ Vitória da Conquista (BA), 25 a 28 de Novembro de 2013.

- Resumo Expandido - [877] ISSN: 2318-6631

À empresa VCP, em especial aos engenheiros Honório Kanegae, Taís Rufino, Claudio Thiersch, Pablo de Campos Ferreira, pelo concedimento dos dados e a confiança depositada.

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