1/44
F
LUÊNCIA
EM
E
STRUTURAS
M
ISTAS
GFRP-B
ETÃO
E
STUDO
E
XPERIMENTAL
E
P
REVISÕES
A
NALÍTICAS
P
ROTÓTIPO
DE
P
ONTE
P
EDONAL
PONTALUMIS
1
ºE
NCONTROL
USO-B
RASILEIRO DEE
NGENHARIA DEC
OMPÓSITOSJosé Almeida Gonilha, João Ramôa Correia, Joana Sousa
e Fernando Branco
2/44
1.
INTRODUÇÃO
2.
O PROJECTO PONTALUMIS
2.1. OBJECTIVOS
2.2. MATERIAIS
2.3. CONCEITO ESTRUTURAL
3.
PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA
3.1. CARACTERÍSTICAS E CONSTRUÇÃO
3.2. COMPORTAMENTO EM FLUÊNCIA
3.3. COMPORTAMENTO DINÂMICO
3.4. COMPORTAMENTO NA ROTURA
4.
PROTÓTIPO À ESCALA REAL
4.1. CARACTERÍSTICAS
4.2. ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
5. CONCLUSÕES
Í
NDICE
3/44
1. INTRODUÇÃO
4/44
Perfis de primeira geração
Secções transversais de
parede fina,
copiando a construção metálica
• Elevada
deformabilidade
• Susceptibilidade a
fenómenos
de instabilidade
em compressão
Perfis de primeira geração
P
ERFIS
P
ULTRUDIDOS
GFRP –
G
EOMETRIA
Fiberline
Utilização limitada do
potencial do material
5/44
1. INTRODUÇÃO
• Ligação painel-painel:
colagem ou encaixe (snap-fit)
• Ligação painel-viga:
aparafusamento/colagem
Leveza
Rapidez instalação
Durabilidade
Reduzida manutenção
Perfis de nova geração
Painéis multi-celulares para
construção nova e reabilitação
6/44
1. INTRODUÇÃO
• Reforço com fibras
- Rovings
- mechas de fibras
contínuas longitudinais
- Mantas
- (não-)tecidas, fibras curtas
ou contínua, em várias direcções
- Véu de superfície
com fibras curtas
aleatoriamente distribuídas
• Matriz polimérica:
- Resina (poliéster, viniléster, epóxi)
- Fillers
- Aditivos
Arquitectura de fibras de laminado
Véu Rovings
Manta
P
ERFIS
P
ULTRUDIDOS
GFRP –
C
ONSTITUIÇÃO
7/44 1. INTRODUÇÃO
Manta
Rovings
Imagem microscópica de um laminado de um banzo8/44
1. INTRODUÇÃO
Comportamento
elástico-linear
até à rotura (sem ductilidade!)
Elevada
resistência axial
(semelhante ao aço)
Reduzidos módulos de
elasticidade
(10-20% do aço) e
corte
Susceptibilidade a fenómenos de instabilidade
Reduzida
densidade
(20-25% do aço)
Propriedade
Longitudinal
Transversal
Resistência tracção/compressão [MPa]
200 - 400
50 - 60
Resistência ao corte [MPa]
20 - 30
Módulo de elasticidade [GPa]
20 - 40
5 - 9
Módulo de distorção [GPa]
3 - 4
Densidade [g/cm
3]
1.8 - 1.9
Teor em fibras [%]
50 - 70
9/44
1. INTRODUÇÃO
Eyecatcher building (5 pisos),
Basel, Switzerland
Kolding Bridge,
Denmark
Construção nova
10/44
1. INTRODUÇÃO
Substituição de tabuleiros de pontes
Reabilitação de pisos de madeira
Reabilitação
11/44
2. O PROJECTO PONTALUMIS
12/44
O
BJECTIVOS
• Estudar comportamento de estruturas mistas GFRP-SFRSCC
– Comportamento estático
– Comportamento dinâmico
– Comportamento visco-elástico
• Protótipo à escala reduzida
– Monitorização da construção
– Ensaios dinâmicos
– Ensaios de fluência
– Ensaio até ao colapso
• Protótipo final
– Ponte pedonal para instalar no campus da UM em Guimarães
13/44
Perfis pultrudidos em GFRP
Vantagens:
• Leveza
• Resistência
• Rapidez de montagem
• Durabilidade
• Reduzida manutenção
SFRSCC (Steel Fibre Reinforced Self-Compacting Concrete)
Vantagens
• Resistência à tracção
• Ductilidade em tracção
• Durabilidade
Dificuldades:
• Custos iniciais
• Composições específicas
para cada aplicação
M
ATERIAIS
Dificuldades:
• Custos iniciais
• Elevada deformabilidade
• Rotura frágil
• Tendência para instabilizar
• Fluência
14/44
Difficulties:
Simplesmente apoiado
Momentos positivos
Secção dos
protótipos
• Laje sem varões de reforço
• Direcção longitudinal: laje em compressão e perfis em tracção
• Ligação: adesivo epoxídico e conectores mecânicos
Vantagens:
• Diminui deformabilidade instantânea
• Reduz fenómenos de instabilidade
• GFRP em
tracção
: menos
fluência
Problemas:
• Apoios interiores
• Momentos negativos
2. O PROJECTO PONTALUMIS
15/44
3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA
3.1. CARACTERÍSTICAS E CONSTRUÇÃO
16/44
• Vão simplesmente apoiado de
5.50 m
3. PROTÓTIPO ESCALA REDUZIDA - CARACTERISTICAS/CONSTRUÇÃO
17/44
• Preparação dos elementos da estrutura
Preparação da superfície da laje Furação dos perfis Instalação dos parafusos
C
ONSTRUÇÃO
18/44
• Montagem
Movimentação das lajes Aplicação do adesivo epoxídico
Posicionamento final das lajes Aspecto final do protótipo
Enchimento de negativos
C
ONSTRUÇÃO
19/44
3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA
3.2. COMPORTAMENTO EM FLUÊNCIA
20/44
• Modelos de fluência para o
GFRP
– Propostos por
Bank
para a flexão
– Propostos pelo
EuroComp
para FRPs uni- e
multi-direccionais
em tracção e corte
– Propostos pela
Norma Italiana
𝐸 𝑡 =
𝐸
01 + 𝐸
0𝐸
𝑡𝑡
𝑛𝐺 𝑡 =
𝐺
01 + 𝐺
0𝐺
𝑡𝑡
𝑛t [anos]
E(t) [×E
0]
G(t) [×G
0]
1
0.794
0.637
5
0.704
0.505
10
0.667
0.448
30
0.625
0.362
50
0.602
0.324
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
21/44
• Comparação entre os modelos anteriores
F
LUÊNCIA
DO
MATERIAL
– M
ODELOS
PARA
O
GFRP
22/44
• Comportamento
em serviço
–
SFRSCC não fendilhado
– As fibras ainda não estão a funcionar
– Comportamento similar ao do betão tradicional
• Modelo do
Eurocódigo 2
com coeficiente de Trevino
– Coeficiente de fluência
:
(depende da humidade relativa, superfície exposta às condições
ambientais, resistência à compressão e idade no carregamento)
– Coeficiente de envelhecimento
de Trevino:
• Temperatura
considerada indirectamente:
𝑬
𝒄𝒕, 𝒕
𝟎=
𝑬
𝒄,𝟐𝟖𝟏 + 𝝌 𝒕, 𝒕
𝟎∙ 𝝋 𝒕, 𝒕
𝟎𝜒 𝑡, 𝑡
0≅ 𝜒 𝑡
0=
𝑡
0 31 + 𝑡
3 0𝜑 𝑡, 𝑡
0= 𝜑
0∙ 𝛽
𝑐𝑡, 𝑡
0𝑡
𝑇= 𝑒
−(4000 273+𝑇 ∆𝑡𝑖 −13.65) 𝑛 𝑖=1∙ ∆𝑡
𝑖F
LUÊNCIA
DO
MATERIAL
– M
ODELO
PARA
O
SFRSCC
23/44
Teste
Periodo
Duração
Carga
Temp méd
HR méd
t
0[horas]
[kN/m
2]
[ºC]
[%]
[dias]
1(a)
1 de Junho a
20 de Set. 2012
2590
5.59
23.0 ± 1.4
60 ± 9
562
2(b)
29 de Julho a
25 de Out. 2011
2114
3.28
23.3 ± 0.8
60
1254
3(c)
8 de Nov 2012
a 26 Fev. 2013
2642
5.59
11.3 ± 1.3
73 ± 15
722
• Características ambientais e do carregamento
1Estimado
Verão
Verão
Inverno
Elevado
Baixo
Elevado
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
24/44
• Deformações
por corte
não são desprezáveis
• Teoria de vigas de
Timoshenko
𝜹
𝒎𝒊𝒅−𝒔𝒑𝒂𝒏=
𝑪
𝟏𝑬𝑰
+
𝑪
𝟐𝑮 ∙ 𝒌𝑨
𝐶
1= 𝑞
𝑎
3𝑏
6
+
𝑎
2𝑏
24
+
5𝑎𝑏
348
+
5𝑏
4384
𝐶
2= 𝑞
𝑎𝑏
2
+
𝑏
28
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
25/44
• Determinar a posição da linha neutra
– LN na laje de betão
– SFRSCC
essencialmente em
compressão
– GFRP
em
tracção
• Modelos de Fluência do GFRP
(de acordo com a distribuição de tensões)
– EuroComp em tracção
para
o módulo de elasticidade
– Corte em flexão de Bank
para o
módulo de distorção
𝐸(𝑡) = 𝐸
0(𝑧 −
𝑻
𝑻
𝟎
𝑤 ∙ ln 𝑡)
𝐺 𝑡 =
𝐺
01 + 𝐺
0𝐺
𝑡𝑡
𝑛(𝑻 𝑻 )𝟎3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
26/44
• Deformações a curto prazo (ensaios)
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
27/44
• Previsões a longo prazo
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
28/44
• As
condições
ambientais (temperatura e HR) são muito
importantes no comportamento em fluência de estruturas
mistas GFRP-betão
• As regressões efectuadas com a
lei de potência de Findley
podem não ser adequadas a estruturas mistas
• Os
modelos de fluência
do material GFRP devem ter em
consideração:
– O
estado de tensão
do material GFRP
– As
condições ambientais
(nomeadamente a temperatura)
• Estes resultados mostram que as
soluções mistas
podem
conduzir a soluções
menos deformáveis
por fluência quando
comparadas com soluções totalmente em FRP.
3.2. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO FLUÊNCIA
29/44
3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA
3.3. COMPORTAMENTO DINÂMICO
30/44
Acelerações verticais:
A1 a A18
Aplicação de força:
S1 e S2
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO DINÂMICO
31/44
Identificação dos
primeiros 4 modos
de vibração
Modo Forma FrequênciaEnsaios Modelos analíticos MEF
Euler-Bernoulli Timoshenko Torção
Hz Hz Δ Hz Δ Hz Δ Hz Δ
1 Flexão 8.18 ± 0.04 8.56 +4.64% 8.00 -2.22% - - 7.89 -3.50% 2 Torção 12.44 ± 0.03 - - - - 11.74 5.66% 13.98 12.37% 3 Flexão 29.21 ± 0.24 34.24 +17.21% 27.24 -6.75% - - 27.01 -7.52% 4 Torção 33.81 ± 0.37 - - - - 36.68 8.48% 33.19 -1.84%
E
NSAIOS
I
DENTIFICAÇÃO
M
ODAL
- R
ESULTADOS
32/44
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO DINÂMICO
33/44
Ensaios com um peão
Ensaios com vários peões
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO DINÂMICO34/44
Acelerações para
um peão a andar
rápido no caminho
centrado
Acelerações máximas para um peão a andar no caminho centrado:
(i) devagar; (ii) normalmente e; (iii) rápido.
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO DINÂMICO
35/44
Limites de aceleração expectável (RMS) para vários períodos de exposição em
pontes pedonais (ISO 10137)
• 0.67 peões / m
2• Acelerações verticais a meio vão
•
Acelerações horizontais a meio e quarto de vão
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO DINÂMICO
36/44
3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA
3.4. COMPORTAMENTO ATÉ À ROTURA
37/44
Comportamento
elástico-linear
até à rotura
Rotura por
corte
na ligação
banzo- alma
3.3. PROTÓTIPO À ESCALA REDUZIDA – COMPORTAMENTO ROTURA
38/44
39/44
• Vão simplesmente apoiado de
10.50 m
4. PROTÓTIPO À ESCALA REAL
40/44
• Aspecto final (em fábrica)
4. PROTÓTIPO À ESCALA REAL
41/44
Ensaios com um peão
Ensaios com vários peões
Ensaios de identificação modal
4. PROTÓTIPO À ESCALA REAL
C
ARACTERÍSTICAS
42/44
• Ensaios Dinâmicos: Resultados
Ensaios com um peão
Ensaios com vários peões (ISO 10137)
Ensaios de identificação modal
Modo
Frequência (Hz)
Forma
Média Desv. Pad
1
6.60
0.04
Flexão simétrica
2
8.35
0.07
Torção simétrica
3
21.70
0.10
Flexão anti-simétrica
4
24.10
0.07
Torção anti-simétrica
4. PROTÓTIPO À ESCALA REAL
43/44
Comportamento elástico-linear
4. PROTÓTIPO À ESCALA REAL
• Ensaios Estáticos: Resultados
44/44
OBRIGADO
AGRADECIMENTOS
ICIST, FCT
(bolsa de doutoramento SFRH/BD/70041/2010)
e
ADI
(
projecto No. 2009/003456) pelo apoio financeiro.
ALTO
e
Universidade do Minho
pela parceria no projecto.
45/44
OUTROS PROJECTOS EM
CURSO NO IST
46/44 1Matos et al. (2012), Composite Structures
OUTROS PROJECTOS EM CURSO NO IST
1. S
TRUCTURAL
B
EHAVIOUR
OF
GFRP-RC B
EAMS
1
Flexural tests on 2-span beams
R
–
reference beam
(steel reinforced);
Rb-1
– GFRP reinforced beam with
concrete
confinement
in critical cross-sections
Load vs. deflection curves
47/44 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 Fa ilu re load [kN ] Temperature [°C] 0 10 20 30 40 50 60 70 0 20 40 60 80 100 120 Fa ilu re load [ kN ] Temperature [°C]
EBR specimen NSM specimen
2. F
IRE
B
EHAVIOUR
OF
CFRP-S
TRENGTHENED
RC
2,3
CFRP-concrete bond tests at elevated temperature
EBR – externally bonded reinforcement
NSM – near surface mounted
2 Firmo et al. (2012), Composites Part B: Engineering 3 López et al. (2013), Construction and Building Materials
EBR specimens
NSM specimens
48/44
3. F
IRE
B
EHAVIOUR
OF
CFRP-S
TRENGTHENED
RC
2,3
2 Firmo et al. (2012), Composites Part B: Engineering 3 López et al. (2013), Construction and Building Materials
Fire resistance tests in CFRP-strengthened beams (ISO 834)
Different fire protection systems (thick insulation at the anchorage zones)
Displacement increase vs. time
Failure of beam CFRP (unprotected)
49/44 4 Correia et al. (2013), Composite Structures
Shear tests on GFRP laminates
(20-250ºC)
5Correia et al. (2012), Composites Part B: Engineering
3. F
IRE
B
EHAVIOUR
OF
GFRP P
ULTRUDED
P
ROFILES
4,5
Fire resistance tests in GFRP profiles (ISO 834)
WC
CS, VP, I
50/44
Flexural test on GFRP panel
Cross-section and functioning principle
of snap-fit GFRP panels
Pedestrian bridge project (Feira de S. Mateus, Viseu)
4. B
EHAVIOUR
OF
GFRP S
NAP
-F
IT
B
RIDGE
P
ANELS
51/44
Pedestrian bridge project (Feira de S. Mateus, Viseu)
4. B
EHAVIOUR
OF
GFRP S
NAP
-F
IT
B
RIDGE
P
ANELS
Flexural test on GFRP panel
Cross-section and functioning principle
of snap-fit GFRP panels
52/44
Material characterisation tests
(
GFRP
laminates,
PU
and
PET
foams,
balsa
,
PP
honeycomb cores)
Load vs. deflection behaviour
Flexural tests in full-scale panels
(different cores / lateral ribs)
5. D
EVELOPMENT
OF
GFRP S
ANDWICH
P
ANELS
8
8 Correia et al. (2012), International Journal of Structural Integrity
53/44
9 Correia et al. (2012), Composite Structures
10 Valarinho et al. (2013), Construction and Building Materials
6. S
TRUCTURAL
G
LASS
9,10
Glass-GFRP hybrid beam – EP adhesive
Glass-GFRP hybrid beam – PU adhesive
Experimental and numerical axial strains throughout midspan section