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PERFIL DOS IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS E A RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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PERFIL DOS IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS E A RELAÇÃO

COM A QUALIDADE DE VIDA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Celiane Jesus da Silva¹, Samira Michel Garcia², Thais Martins dos Santos³, Joselaine Souto Hall 4

¹ Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Acadêmica do Curso de Enfermagem. E-mail: celianejesusdasilva@gmail.com

² Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Docente do Departamento de Enfermagem. E-mail: samira@unemat.br

³ Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Docente do Departamento de Enfermagem. E-mail: thaisms.enf@gmail.com

4 Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Docente do Departamento de Enfermagem. E-mail: joselaineshs@unemat.br

RESUMO

O presente trabalho se trata de um estudo de revisão bibliográfica integrativa, com análise de estudo qualitativo e quantitativo, de acordo com o ano de publicação, local, método do estudo, objetivos e resultados. Foi realizado a busca do material nos bancos de dados eletrônicos nacionais, referentes ao perfil dos idosos institucionalizados e a relação com a qualidade de vida, o qual foi utilizado a base de dados da BVS (Biblioteca virtual em Saúde), utilizando como descritores: Qualidade de vida, idoso, instituição de longa permanência e saúde do idoso institucionalizado. Como critérios de inclusão foram selecionados estudos de caráter nacional, artigos dispostos em meio eletrônico, texto completo referentes ao tema e publicação no ano entre 2008 a 2018. O perfil dos idosos institucionalizados, refere-se muito quanto a idade, escolaridade, baixa renda, pois são fatores que contribuem e levam a internação desses idosos em uma instituição de longa permanência, de forma que trazem consequências com essa internação interferindo na sua qualidade de vida, que pode vir ocasionar, solidão, dependência funcional das atividades diárias ou até mesmo evoluir para uma depressão devido ao abandono de seus familiares. Os resultados encontrados no estudo permitem mostrar ao profissional da saúde, e principalmente aos familiares que a internação desses idosos trazem serias consequências a saúde desse idoso, fazendo com que ele venha regredir após a internação em uma instituição de longa permanência.

PALAVRAS-CHAVE Qualidade de vida; idoso; instituição de longa permanência; saúde do idoso institucionalizado.

Área de Conhecimento: Saúde

1 INTRODUÇÃO

Em 2017, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que a expectativa de vida no mundo tem aumentado consideravelmente, e o Brasil está entre os países em que essa população vem crescendo cada vez mais; nos últimos dez anos o Brasil

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ganhou 8,5 milhões de cidadãos acima de 60 anos, e essa população deve chegar aos 38 milhões em 2027 (BASSLER et al., 2017).

A evidência que o Brasil é um país que envelhece em grande escala, pois uma forte observação é a mudança acelerada na estrutura etária, no qual tem aumentado a população idosa e reduzindo a o número de crianças e jovens, principalmente pela redução da taxa de mortalidade e nascimento (BASSLER et al., 2017).

A qualidade de vida hoje é uma importante medida em saúde e está ligada diretamente ao processo de envelhecimento, pois é um grande desfio hoje alcançar a velhice com qualidade de vida, para tal objetivo, se faz necessário iniciativas e intervenções que possam contribuir para melhoria da qualidade de vida dos idosos (CASTRO, 2017).

É possível afirmar que o envelhecimento da população é um fenômeno natural irreversível e mundial; assim o processo de envelhecimento pode variar de pessoa para pessoa, sendo que vários fatores podem influenciar nesse processo, tendo como interferência na qualidade de vida: o acidente vascular cerebral, a falha de memória, doenças crônicas e dentre outras; dependendo das restrições provocadas pelo processo de envelhecimento, esses idosos precisam e dependem de cuidados específicos; todavia, espera-se principalmente que receba esses cuidados de pessoas próximas e principalmente de familiares (ASSIS et al., 2017).

Segundo Fagundes et al. (2017), no cristianismo entre os anos 520 e 590 surgiu as instituições para idosos, em que o Papa Pelágio II, fez de sua própria casa um hospital onde abrigava idosos; durante a Idade Média as primeiras instituições foram criadas com o modelo assistencial com objetivo de solucionar a mendicância, doenças e pobrezas. No final do Século XX, recebia o nome de “asilo”, porém com o passar do tempo, passou a ser chamado de instituições para idosos; ainda hoje é possível se ver empregado o nome “asilo” a alguns abrigos de idosos cujos os mesmos necessitam de moradia, alimentação e receber cuidados mínimos necessários (FAGUNDES et al., 2017).

Segundo Lima et al. (2016), o número de idosos institucionalizados tem aumentado em vários países, inclusive no Brasil, isso ocorre quando um idoso perde a capacidade parcial ou total de realizar suas atividades diárias por consequência do envelhecimento, dessa forma necessita de cuidados de terceiros ou membros da família, que por muitas vezes, por falta de condições financeiras, afetivas ou falta de tempo, acabam optando pela internação em uma instituição para idosos.

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Com o passar do tempo, esses idosos institucionalizados sentem-se sozinhos e abandonados por seus familiares; em decorrência disso alguns se tornam amargurados, agressivos, carentes ou até mesmo resistentes; o afastamento familiar, a incapacidade de realizar atividades diárias, o isolamento social são sérios fatores que contribuem para uma péssima qualidade de vida; contribuindo para o surgimento de algumas doenças; é importante conhecer a população assistida, dessa forma tornam-se importantes estudos e pesquisas que elaborem um planejamento estratégico situacional que trabalhem as demandas locais, objetivando dessa forma, um cuidado mais integral e individualizado (MENEZES et al., 2017).

Para Martins e Mestre (2016), qualidade de vida é importante para o idoso, principalmente aqueles em situações vulneráveis; o estado de saúde e como vive esse idoso influencia diretamente na sua qualidade de vida, bem como seu estado cognitivo e social. Com o passar dos anos, os problemas de saúde vão surgindo ao ponto em que a pessoa tem a probabilidade de sofrer perdas psicológicas, social e física; fato esse, que o idoso dependerá de cuidados de familiares ou de cuidadores de idosos. Sendo assim, a dependência de algumas de suas atividades de vida diária e o isolamento social tornam-se fatores que interferem na qualidade de vida do idoso (MARTINS; MESTRE, 2016).

O objetivo deste estudo foi revisar o conceito atribuído à qualidade de vida sob o perfil de idosos institucionalizados.

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de Estudo

Esta pesquisa trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, correspondendo a um método que pode agregar estudos primários ou secundários, de variadas metodologias, e ou teorias, com uma vasta gama de implicações, visto que ela contribui para o processo de sistematização e análise dos resultados, visando à compreensão de um determinado tema a partir de outros estudos independentes (POMPEU; ROSSI; GALVÃO, 2009).

A revisão integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e a melhoria da prática clínica, possibilitando a síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos (POLIT; BECK, 2006).

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De acordo com Mendes, Silveira e Galvão (2008), a revisão da literatura integrativa é composta por seis etapas sendo: 1) identificação do tema e formulação da questão norteadora: 2) busca e coleta de dados (escolha das bases, ano de publicação, critérios de inclusão e exclusão); 3) avaliação (definição das informações a serem extraídas, a partir das informações-chave); 4) análise (procura de elucidação para os resultados diferentes ou conflitantes dos estudos incluídos na revisão integrativa); 5)interpretação dos resultados (discussão e avaliação crítica dos estudos) 6) apresentação dos resultados (descrição das etapas percorridas e exposição dos principais resultados da pesquisa.

A pesquisa foi realizada nas seguintes bases de dados, Scientific Electronic Library

Online (SciELO), por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura

Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), a qual possibilitou uma busca simultânea nas principais fontes nacionais.

Foi utilizado como critério de inclusão no estudo, artigos na língua vernácula, que atenda a temática do estudo e publicado na última década entre os anos de 2008 a 2018, utilizando dos operadores booleanos AND e NOT com os seguintes descritores: Instituição de longa Permanência para Idosos, Qualidade de Vida e saúde do idoso institucionalizado. E como critérios de exclusão serão as pesquisas do tipo estudo de caso e que não enquadrem na temática.

Foram utilizados como critério de inclusão nesse estudo, artigos publicados em periódicos, no idioma Português, indexados em uma das bases de citadas anteriormente, que tratem de estudos no cenário brasileiro e publicados entre o período de 2008 a 2018, texto completo disponível, estudos que abordem o perfil do idoso institucionalizado e a relação com a qualidade de vida. Excluíram-se os artigos sem relação direta com a temática, não se enquadrando no aspecto da pesquisa, aqueles que disponibilizarem apenas resumo, idiomas diferentes de português, aquelas cujas pesquisas não foram desenvolvidas no Brasil e textos sem elemento relevante a finalidade do estudo e que não tenham sido publicados nos últimos 10 anos.

Durante a busca foram encontrados 260 artigos com os descritores “qualidade de vida”, “saúde do idoso institucionaliza” e “idoso” operadores booleano “and” not”, a partir dos filtros texto completo, idoso, português, anos de 2008 a 2018, foram selecionados oito artigos para análise.

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3. RESULTADOS E DISCISSÕES

Diante dos resultados expostos, pode-se observar a partir de uma análise dos resultados que no período entre 2008 a 2018 teve aumento nas produções de relevância entre os anos de 2011 a 2016 e uma certa redução entre 2017 e 2018. Para os anos de 2010 e 2012 não foram encontrados artigos que se enquadraram na pesquisa.

Quadro 1 – Distribuição dos estudos localizados na base de dados, sobre a temática Qualidade de Vida e Idosos Institucionalizados, 2018.

AUTOR ANO TÍTULO OBJETIVOS DESENHO/M

ÉTODO PRINCIPAIS RESULTADOS BALLA E; SCORT EGAG NA H.M 2014 USO DO TEMPO LIVRE ATRAVÉS DE RECURSOS EXPRESSIVOS: CONTRIBUIÇÃO PARA UM GRUPO DE IDOSOS INSTITUCIONALI ZADOS Avaliar a contribuição do uso de recursos expressivos no tempo livre para mudanças no modo de ser e estar dos idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. Qualitativa do tipo exploratória-descritiva

Considera-se que o uso das atividades lúdicas trazem benefícios no que se refere ao modo de ser e estar dos idosos residentes, refletindo na sua melhoria da qualidade de vida. Esta prática se revelou como uma estratégia importante de cuidado, que deveria ser estimulada de forma regular e continuada

JEREZ-ROIG.J et al. 2016 AUTOPERCEPÇÃ O DA SAÚDE EM IDOSOS INSTITUCIONALI ZADOS Este trabalho objetivou determinar a auto percepção da saúde em idosos institucio-nalizados, assim como verificar a prevalência de percepção negativa da saúde e seus fatores asso-ciados. Trata-se de estudo transversal Do total de 350 residentes, 11 (3,1%) indivíduos recusaram responder o questionário, 1 (0,3%) era menor de 60 anos e foram excluídos 189 (54,0%) que não foram capazes de responder, 4 (1,1%) hospitalizados e 1 (0,3%) em fase terminal. OLIVEI RA A.R.E; GOMES J.M; PAIVA M.K 2011. 2011 INSTITUCIONALI ZAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS DA REGIÃO METROPOLITAN A DE VITÓRIA – ES O objetivo deste estudo foi comparar a QV de 70 idosos funcionalmente independentes e residentes em instituições (G1) e 210 não institucionalizad os (G2) na região metropolitana de Vitória-ES. Estudo descritivo transversal.

A maioria dos idosos participantes do estudo é do sexo feminino (64,3%), tanto para o grupo institucionalizado quanto para os não institucionalizados. OLIVEI RA B; CONCO 2016 A ENFERMAGEM DÁ O TOM NO ATENDIMENTO Conhecer o que enfermeiros entendem por Pesquisa qualitativa

A partir da análise de duas entrevistas concedidas por enfermeiras, percebeu-se

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NE M.H.V.B SOUZA S.R.P HUMANIZADO AOS IDOSOS INSTITUCIONALI ZADOS? humanização no cuidado. que a compreensão da humanização é essencial para que os cuidados humanizados se integrem, a partir do protagonismo das necessidades dos idosos e estejam na essência do cuidado que o idoso deseja e merece receber. OLIVEI RA P.B; TAVAR ES D.M.S 2014 CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA SEGUNDO NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS Caracterizar os idosos residentes em Instituições de Longa Permanência (ILPI) segundo as variáveis: sexo, idade, escolaridade, causa de admissão e tempo de permanência; e descrever suas condições de saúde segundo a teoria das Necessidades Humanas Básicas. Tratou-se de um estudo analítico, observacional, transversal, com abordagem quantitativa.

Foi observado maior percentual de idosos do sexo feminino (70,9%), com 80 anos ou mais de idade (44,2%) e, analfabetos (48,8%). No que concerne a causa de institucionalização, 44,2% dos idosos procuraram a ILPI por morarem sós e 34,9% pela dificuldade de conviver com familiares. Quanto ao tempo de permanência, 55,8% dos idosos encontravam-se institucionalizados em um período de 2 a 5 anos. SANTIA GO L.M., et al. 2016 CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁ FICAS E DE SAÚDE DE IDOSOS INSTITUCIONALI ZADOS EM CIDADES DO SUDESTE E CENTRO-OESTE DO BRASIL Buscou-se traçar o um perfil das condições sociodemográfic as e de saúde de idosos residentes em instituições de longa permanência (ILPI) em cidades das regiões Sudeste e Centro-Oeste Estudo epidemiológico descritivo Foram entrevistados

760 indivíduos, dos quais mais da metade era homem (52,6%) e quase 40,0% tinham 80 anos ou mais. A maioria apresentava dependência em atividades instrumentais de vida diária (81,2%) e déficit cognitivo (73,3%). Observou-se que grande parte das características

sociodemográficas e de saúde dos idosos diferia entre as cidades estudadas. SILVA J.L et al. 2015 FATORES ASSOCIADOS À DESNUTRIÇÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALI ZADOS Objetivo de analisar as evidências científicas que retratam os fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizad os. Revisão integrativa da literatura

Os resultados mostraram que os fatores psicológicos (depressão e demência) e funcionais (dependência) foram os principais aspectos relacionados à desnutrição, uma vez que a institucionalização favorece o isolamento e a inatividade física e mental, podendo comprometer a qualidade de vida do idoso. ARAÚJ O A.M; BÓS 2017 QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA Avaliar possíveis diferenças na Estudo transversal Encontrou-se diferença significativa em todos os domínios e questões do

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Â.J.G CONFORME NÍVEL DE INSTITUCIONALI ZAÇÃO qualidade de vida da pessoa idosa em lista de espera para residir em instituição de longa permanência (espera), residente em instituição (residente), e daquele que não está em lista de espera (não espera).

WHOQOL-BREF entre os três grupos, com médias do escore total de: 62,0±10,61, 44,1±13,63 e 68,8±7,07, respectivamente, para residente, espera e não espera. Importantes diferenças também foram identificadas na avaliação do WHOQOL-OLD.

Os resultados obtidos foram categorizados de forma que 50% dos estudos (4) discutem condições referentes às condições de saúde dos idosos institucionalizados, 25% tratam da qualidade de vida dos mesmos em diferentes regiões do Brasil, apenas 12,5% abordam os cuidados da enfermagem quanto a população de idosos em instituições e 12,55 tratam o uso do tempo livre na instituição.

Em análise a qualidade de vida dos idosos institucionalizados presente nas produções científicas, Araújo e Bos (2017), nos mostra que a procura do idoso por instituição de longa permanência, já apresenta comprometimento em sua qualidade de vida, dessa forma, as instituições de longa permanência são vista como fontes de melhoria de qualidade de vida dos idosos. Dos oito estudos analisados, quatro (50 %) apresentam a fragilidade na qualidade de vida, um (12,5%) estudo apresenta que uma das formas de elevar os escores de vida da população de idosos é através de atividades lúdicas.

A qualidade de vida hoje é uma importante medida em saúde e está ligada diretamente ao processo de envelhecimento, pois é um grande desfio hoje alcançar a velhice com qualidade de vida, para tal objetivo, se faz necessário iniciativas e intervenções que possam contribuir para melhoria da qualidade de vida dos idosos (CASTRO, 2017).

Com o aumento da expectativa de vida, tem-se aumentado a preocupação com a qualidade de vida da população idosa, visto que teorias mais antigas que, o bem-estar na velhice depende das participações em atividades sociais, lazer e mudança de papeis (LIMA et

al., 2016).

Os idosos residente em ILP, estão mais propícios à riscos e agravos a saúde, o que interfere na sua qualidade de vida, já que também o ambiente, as relações com as famílias interrompidas e o isolamento social também são fatores relevantes que afetam a qualidade de vida desses idosos institucionalizados (MOREIRA, 2014).

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A qualidade de vida dos idosos institucionalizados depende do acolhimento da própria instituição, quanto ao próprio convívio entre amigos e familiares, evitando assim a solidão e o isolamento desse indivíduo, fato esse que se percebe com frequência nas instituições devido ao histórico de abandono e rompimento dos laços familiares (CASTRO, 2017).

Ressalta-se que, apesar da independência de alguns idosos, quando os mesmos são institucionalizados tendem a se tornarem dependentes devido a não aceitação da nova moradia, a não adaptação do ambiente que de fato é diferente da sua rotina de onde morava, e o próprio afastamento de seus entes queridos (BORGES et al., 2015).

Com a institucionalização do idoso, acaba reduzindo a capacidade de pensar, agir e a se comportar com a perspectiva de vida, o envelhecimento e a institucionalização tem sido uma dos fatores que tem levado a desmotivação pela perspectiva de vida, além de estarem longe de seus familiares e de suas rotinas habituais, fato este que afetado na sua qualidade de vida (VIEIRA et al.,2016).

Nesse sentido, é importante prestar uma assistência especial individualizada a cada um desses idosos institucionalizados, a fim de prevenir a incapacidade funcional dos mesmos, desde modo necessita que a equipe multiprofissional trabalhe em conjunto, conhecendo as características individuais, de forma que se possa planejar os cuidados a cada caso analisado (BORGES et al.,2015).

O envelhecimento populacional tem aumentado consideravelmente e que tem trazido modificações epidemiológicas a respeito desse aumento a essa população idosa, tendo em vista necessidade da garantia dos direitos essências, bem-estar, melhoria e manutenção da qualidade de vida dos idosos (SANTOS et al.,2017).

Com o crescimento da população idosa, tem se aumentado o número de idosos que se tornam dependentes de cuidados parcial ou total de suas atividades de vida diária, sendo assim hoje no Brasil, é possível destacar o aumento do número de idosos em Instituição de Longa Permanência onde a família não consegue prestar os cuidados necessários e acaba se tornando uma alternativa pra família a internação desse idoso (GARCIA; WATANABE, 2017).

É importante salientar que o processo de adaptação do idoso na instituição é importante, de modo que possa garantir o bem-estar desse idoso, para eles se tornam um fator estressante onde os mesmos estão acostumados com uma rotina totalmente diferente da instituição, desse modo se torna importante os cuidados psicossociais a esses idosos já que os mesmos tendem a ter uma resistência quanto ao processo de socialização com o novo

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ambiente, muitos idosos independentes acabam desenvolvendo vários graus de dependência devido a institucionalização (CASTRO, 2017).

Segundo Moreira (2014), a maioria da população brasileira que envelhece, tem baixa renda e aumento com o custo em saúde, as famílias que recebem até dois salários mínimo ficam impossibilitadas de prestar um cuidado na saúde desse idoso, de modo que optam pela institucionalização do mesmo, sendo assim a família espera que a instituição deverá prestar os cuidados que a família não pode realizar, de outro lado tem as famílias que institucionaliza o idoso com intuito de transferir suas responsabilidades a própria instituição, e que a maioria das vezes rompe o vínculo com seu ente, e não volta mais para vê-lo.

Ressalta-se que, aqueles idosos que não tem família e moram sozinhos, ou que foram abandonados, esses idosos precisam ainda mais de cuidados especializados sendo que muitos deles tem perdido sua autonomia ou independência, de modo geral percebe a exclusão e descarte do idoso quando não o consideram mais saudáveis e produtivos (MOREIRA, 2014).

A maioria dos idosos que são acolhidos na Instituição de Longa Permanência, além dos fatores como miséria e abandono, em sua maioria são acometidos por problemas mentais e físicos, ainda visto que a própria instituição pode ser um agente determinante para o estresse e problemas psíquicos, levando em consideração que o isolamento pode levar o idoso a solidão, tristeza e desinteresse em viver, se tornando uma grande preocupação e se tornando um cuidado mais minucioso a esses idosos (SANTOS et al., 2017).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos demostraram que a maioria dos idosos institucionalizados considera sua saúde ruim, devido à perda de peso, solidão, atividades recreativas, entre outros. Deste modo, é fundamental para o desenvolvimento de ações de controle das doenças crônicas e da promoção da saúde com vistas à melhora da qualidade de vida deste grupo populacional. Considerando a lacuna de conhecimento existente na literatura científica, são necessários novos estudos que analisem a autoavaliação da saúde em idosos institucionalizados.

Os idosos do presente apresentavam características semelhantes a outros estudos nacionais, predominando as mulheres, com idade igual ou superior a 80 anos, analfabetos e renda de um salário mínimo e procurarem as instituições devido a morarem sozinhos e possuírem dificuldade de conviver com familiares ou por falta de condições financeiras.

Portanto, conclui-se que a institucionalização pode tanto proporciona piora na qualidade de vida da pessoa idosa como pode não causar piora do ponto de vista que, as vezes

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os maus cuidados de seus familiares se tornam mais vantajoso estar em uma instituição de longa permanência ainda mais quando se é bem recebido e tratado de forma integral. As famílias brasileiras enfrentam muitos obstáculos em relação ao cuidar da pessoa idosa com comprometimento cognitivo e/ou funcional em domicílio. Existe carência de programas que auxiliem na orientação e acompanhamento do cuidado domiciliar; que forneçam apoio de cuidadores formais adequadamente capacitados sem comprometer o orçamento familiar; que possam disponibilizar de equipe multidisciplinar para acompanhar em domicílio a pessoa idosa incapacitada evitando que os mesmos fiquem aos cuidados de uma instituição. Os projetos devem incluir ações preventivas e resolutivas, considerando a heterogeneidade desta população.

Entender que a saúde não um objetivo de viver é sim um recurso para a vida, para a garantia de qualidade de serviços para uma população fragilizada como idosos institucionalizados, é fundamental preconiza a concepção de saúde ampliada. Com as análises bibliográficas, proporcionou a observação de que é necessário desenvolverem-se ações que promovam melhorias para um envelhecimento saudável em Instituições de Longa Permanência para Idosos. Esses trabalhos demonstram que os idosos acolhidos nas ILPI se apresenta ainda mais fragilizado por trazer consigo uma vivência por vezes mais dura de reclusão, solidão e abandono dos familiares. A saúde não se desenvolve sozinha, mas que está atrelada a uma série de outros fatores sociais que, corretamente trabalhados, podem promover um bem-estar e prevenir o surgimento de outras doenças.

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