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Método Primal-Dual de Pontos Interiores Aplicados ao Problema de Fluxo de Potência Ótimo com Restrições de Reserva

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Academic year: 2021

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etodo Primal-Dual de Pontos Interiores Aplicados

ao Problema de Fluxo de Potˆ

encia ´

Otimo com

Restri¸c˜

oes de Reserva

Mayk Vieira Coelho FEEC - UNICAMP

Av. James Maxwell 30 Cidade Universit´aria Bar˜ao Geraldo 13083-852 - Campinas-SP Brasil

mayk@cose.fee.unicamp.br Secundino Soares Filho

FEEC - UNICAMP

Av. James Maxwell 30 Cidade Universit´aria Bar˜ao Geraldo 13083-852 - Campinas-SP Brasil

dino@cose.fee.unicamp.br Aurelio Ribeiro Leite de Oliveira

IMECC - UNICAMP

Rua S´ergio Buarque de Holanda, 651 Campinas, SP, Brasil

aurelio@ime.unicamp.br

Resumo

O m´etodo de pontos interiores primal-dual ser´a desenvolvido para o problema de minimiza¸c˜ao das perdas na gera¸c˜ao e transmiss˜ao do fluxo de potˆencia ´otimo DC de um sistema de potˆencia hidrot´ermico considerando restri¸c˜oes de reserva de energia em um subconjunto de geradores, ser´a explorada ainda a estrutura matricial resultante, objetivando uma implementa¸c˜ao eficiente. Al´em disso, estudos de caso ser˜ao feitos utilizando o sistema el´etrico IEEE30.

Palavras-chave. Fluxo de Potˆencia ´Otimo, Pontos Interiores, Reserva de Potˆencia. ´

Area principal - EE - Energia El´etrica

Abstract

The primal-dual interior point method is developed for the minimization of loss problem in the generation and transmission of the DC power flow hidrotermic system considering power reservation constraint in a subset of generating units. The resulting matrix structure is exploited aiming at an efficient implementation. Case studies are performed using the IEEE30 power system.

Keywords. Optimal Power Flow, Interior Point Methods, Power Reservation. Main area - EE - Electrical Energy

(2)

1

Introdu¸c˜

ao

Desde o surgimento dos m´etodos de pontos interiores para programa¸c˜ao linear, c´odigos com-putacionais baseados nessas id´eias vˆem se apresentando como alternativas para resolu¸c˜ao de problemas de grande porte [Adler et al., 1989, Gondzio, 1996, Oliveira and Sorensen, 2005].

Na ´area de sistemas de potˆencia o advento dos m´etodos de pontos interiores trouxe `a tona uma nova linha de pesquisa. Estes m´etodos s˜ao reconhecidos atualmente por sua robustez [Momoh et al., 1999, Quintana et al., 2000] principalmente devido ao tratamento eficiente de desigualdades.

Neste trabalho ser´a desenvolvido o m´etodo de pontos interiores primal-dual para o problema de minimiza¸c˜ao das perdas na gera¸c˜ao e transmiss˜ao do fluxo de potˆencia ´otimo CC de um sistema de potˆencia hidrot´ermico considerando restri¸c˜oes de reserva de potˆencia em um sub-conjunto de geradores, ser´a explorada ainda a estrutura matricial resultante, objetivando uma implementa¸c˜ao eficiente. Ser´a feita ainda uma compara¸c˜ao com o modelo sem restri¸c˜oes de reserva de potˆencia [Oliveira and Soares, 2000].

Quando um sistema de potˆencia sofre uma contingˆencia, como a perda de unidades de trans-miss˜ao ou de gera¸c˜ao, podem ser verificados desequil´ıbrios no conjunto carga-gera¸c˜ao ou ex-trapola¸c˜oes nos limites de capacidade dos circuitos de transmiss˜ao. Nestas situa¸c˜oes torna-se necess´ario o emprego de medidas corretivas que eliminem estas viola¸c˜oes operativas, recondu-zindo o sistema a um ponto de opera¸c˜ao seguro.

Dentre o conjunto de medidas corretivas dispon´ıveis, destacam-se o redespacho de potˆencia ativa, reservando ou n˜ao potˆencia, o controle de tens˜ao e o corte de carga.

O servi¸co ancilar de reserva de potˆencia ´e provido por geradores conectados `a rede el´etrica e sincronizados com o sistema. Este servi¸co visa disponibilizar uma quantidade extra de potˆencia ativa, que pode ser imediatamente utilizada durante uma situa¸c˜ao de contingˆencia para resta-belecer o equil´ıbrio no conjunto carga-gera¸c˜ao.

Para que esta reserva de potˆencia seja disponibilizada, torna-se necess´ario que os geradores reduzam a gera¸c˜ao de potˆencia ativa durante a opera¸c˜ao normal do sistema, com objetivo de reservar uma parcela de sua capacidade de gera¸c˜ao para situa¸c˜oes de contingˆencia.

A reserva de potˆencia ´e um produto fundamentalmente diferente da energia. Enquanto que para a energia negociada sua utiliza¸c˜ao ´e programada antecipadamente, a reserva de potˆencia deve estar dispon´ıvel para ser usada imediatamente, caso ocorra uma contingˆencia no sistema.

A oferta para a reserva de potˆencia ´e feita por geradores, que tamb´em atendem o mercado de energia [Allen and Ilic, 2000].

Esta quantidade da reserva de potˆencia dispon´ıvel depende do n´ıvel de confiabilidade e de seguran¸ca que se quer.

No Brasil, OIS (Operador Independente do Sistema) pode requisitar, para garantir uma opera¸c˜ao eficiente e segura do sistema, o redespacho de um gerador reduzindo sua potˆencia ativa a fim de permitir que o mesmo forne¸ca mais reserva de potˆencia[Rodr´ıgues and Saavedra, 2007].

(3)

2

Formula¸c˜

ao Matem´

atica

Ser´a apresentado agora o modelo de fluxo de potˆencia ´otimo (CC) com reserva de potˆencia operacional: min αftRf + β¡ptQp + ctp¢ s.a Af = Ep − l Xf = 0 p + re = pu vtr e τ fl ≤ f ≤ fu pl ≤ p ≤ pu 0 ≤ re≤ reu (1) onde:

• m, n e g s˜ao os n´umeros de barras, linhas de transmiss˜ao e de geradores respectivamente;

• f : Vetor n × 1 de fluxo de potˆencia ativa; • p: Vetor g × 1 de gera¸c˜ao de potˆencia ativa; • re: Vetor g × 1 de reserva de potˆencia ativa;

• Γ: Conjunto dos geradores com reserva de potˆencia;

• τ : m´ınimo de reserva de potˆencia exigida em um subconjunto Γ de geradores; • Q: Matriz diagonal g × g da componente quadr´atica do custo de gera¸c˜ao; • R: Matriz diagonal n × n de resistˆencia das linhas;

• l: Vetor m × 1 de demanda de potˆencia ativa; • X: Matriz (n − m + 1) × n de reatˆancia das linhas;

• E: matriz de ordem m × g com cada coluna contendo exatamente um elemento igual a 1,

correspondendo `as barras de gera¸c˜ao, e os demais elementos nulos;

• c: Vetor g × 1 da componente linear do custo de gera¸c˜ao; • A: Matriz m × n de incidˆencia da rede de transmiss˜ao;

• fu, fl, pu, pl e reu: Vetores de limites de fluxo, de gera¸c˜ao de potˆencia ativa e de reserva de potˆencia requisitada respectivamente;

• α e β: pondera¸c˜oes dos objetivos a minimizar.

• v ´e um vetor g × 1 tal que vi = (

1 se o gerador i ∈ Γ 0 caso contr´ario

(4)

O sistema de transmiss˜ao ´e representado por um fluxo de carga CC com limites no fluxo de carga ativo. Para que as vari´aveis de gera¸c˜ao (p) e de transmiss˜ao (f) possam ser expressas simul-taneamente no modelo, as leis de Kirchhoff s˜ao apresentadas separadamente [Carvalho et al., 1988].

O conjunto de restri¸c˜oes para este problema ´e linear onde, as duas primeiras restri¸c˜oes representam a rede de gera¸c˜ao/transmiss˜ao, representando as leis de Kirchhoff pra n´os e circuitos respectivamente.

A terceira e quarta equa¸c˜oes representam a defini¸c˜ao e a restri¸c˜ao de reserva de energia respectivamente, as demais equa¸c˜oes representam as capacidades de gera¸c˜ao e transmiss˜ao do sistema e o limite de reserva de energia. A inclus˜ao de reserva de energia torna redundante o limite superior da capacidade de gera¸c˜ao das usinas.

A fun¸c˜ao de perdas na gera¸c˜ao hidr´aulica (ptQp + ctp) com Q matriz diagonal modela as trˆes formas mais importantes de perda:

• Varia¸c˜oes na cota de jusante;

• Perdas na tubula¸c˜ao de adu¸c˜ao da unidade geradora; • Perdas associadas `a eficiˆencia do par turbina-gerador.

O custo de gera¸c˜ao associado `as termoel´etricas tamb´em ´e uma fun¸c˜ao quadr´atica indepen-dente para cada gerador. Portanto, utilizando o modelo descrito para minimizar as perdas na gera¸c˜ao hidr´aulica e custos na gera¸c˜ao t´ermica, as duas componentes da fun¸c˜ao objetivo s˜ao quadr´aticas com vari´aveis separ´aveis, uma vez que a matriz R tamb´em ´e diagonal.

Vale ressaltar que os m´etodos de pontos interiores para problemas com esta caracter´ıstica apresentam desempenho similar ao obtido para problemas lineares. Em particular, o esfor¸co por itera¸c˜ao ´e virtualmente o mesmo em ambas as situa¸c˜oes.

3

Aplicando o M´

etodo Primal-Dual de Pontos Interiores

Colocando o problema (1) na forma padr˜ao, com ajuda de algumas mudan¸cas de vari´aveis e o acr´escimo de vari´aveis de folga, obt´em-se a seguinte formula¸c˜ao:

min α µ 1 2f tRf + ct ff+ β µ 1 2p tQp + ct pps.a Bf −Ep =b bl p + re = pu vtr e− s = τ f + sf = fu p + sp = pu re+ sre = reu (f, p, re, s, sf, sp, sre) ≥ 0 onde cf = Rfl , cp = c + Qpl, la= Ep l− Afl− l e lb= −Xfl B = " A X # , E =b " E 0 # , bl = " la lb # . Reescrevendo as restri¸c˜oes na forma matricial tˆem-se:

(5)

T q = b onde T =          B −Eb 0 0 0 0 0 0 I I 0 0 0 0 0 0 vt −I 0 0 0 I 0 0 0 I 0 0 0 I 0 0 0 I 0 0 0 I 0 0 0 I          q =             f p re s sf sp sre             e b =          b l pu τ fu pu reu          .

O que resulta no seguinte problema dual associado:

max blty + p utyr+ τtw + futwf + ptuwp+ rteuwre−α2ftRf −β2ptQp s.a Tty ≤ C onde y =          y yr w wf wp wre          e C =             α(cf + Rf ) β(cp+ Qp) 0 0 0 0 0            

Acrescentando as vari´aveis de folga e fazendo as mudan¸cas de vari´aveis:

wf := −wf, wp := wp, e wre := −wre tˆem-se max blty + putyr+ τtw − futwf − putwp− rteuwre−α2ftRf −β2ptQp sa Bty − w f + zf − αRf = αcf −Ebty + y r− wp+ zp− βQp = βcp yr+ wτ − wre+ zre = 0 (w, wf, wp, wre, zf, zp, zre) ≥ 0

Logo tˆem-se as condi¸c˜oes de otimalidade:

(P ) =                  Bf −Ep =b bl p + re = pu vtre− s = τ f + sf = fu p + sp = pu re+ sre = reu (C) =                        F Zfe = µe P Zpe = µe ReZree = µe sw = µ SfWfe = µe SpWpe = µe SreWree = µe

(6)

(D) =      Bty − w f + zf − αRf = αcf −Ebty + y r− wp+ zp− βQp = βcp yr+ wτ − wre+ zre = 0

onde as vari´aveis F , P , Re, Sf, Sp, Sre, Zf, Zp, Zre, Wf, Wp e Wre s˜ao da forma Λ = diag(λ) e

e ´e um vetor de uns.

Aplicando o m´etodo de Newton `as condi¸c˜oes de otimalidade tˆem-se as dire¸c˜oes de Newton:

                                                               B∆f −E∆p = rb f p ∆p + ∆re = rpres vt∆r e− ∆s = rres ∆f + ∆sf = rf ∆p + ∆sp = rp ∆re+ ∆sre = rre Bt∆y − ∆w f + ∆zf− αR∆f = ryf −Ebt∆y + ∆y r− ∆wp+ ∆zp− βQ∆p = ryp ∆yr+ v∆w − ∆wre+ ∆zre = rwz F ∆zf + Zf∆f = rzf P ∆zp+ Zp∆p = rzp Re∆zre+ Zre∆re = rzre s∆w + w∆s = rsw Sf∆wf + Wf∆sf = rswf Sp∆wp+ Wp∆sp = rswp Sre∆wre+ Wre∆sre = rswre onde rf p = bl − Bf +Epb = τ − vtre+ s rpres = pu− p − re rf = fu− f − sf rp = pu− p − sp rsre = reu− re− sre ryf = α(cf + Rf ) − Bty + wf− zf ryp = β(cf + Qp) +Ebty + w p− zp rwz = −yr− vw + wre− zre rzf = µe − F Zfe rzp = µe − P Zpe rzre = µe − ReZree rsw = µ − sw rswf = µe − SfWfe rswp = µe − SpWpe rswre = µe − SreWree

No sistema anterior vamos isolar as dire¸c˜oes de Newton referentes as “vari´aveis de folga”, primais e duais, exceto ∆w:

∆zf = F−1(rzf− Zf∆f ) ∆zp = P−1(rzp− Zp∆p) ∆zre = Re−1(rzre− Zre∆re) ∆wf = Sf−1(rswf − Wf∆sf) ∆wp = Sp−1(rswp− Wp∆sp) ∆wre = Sre−1(rswre− Wre∆sre) ∆s = vt∆r e− rres ∆sf = rf − ∆f ∆sp = rp− ∆p ∆sre = rre− ∆re

Substituindo esses valores nas dire¸c˜oes de Newton obtidas acima chega-se ao seguinte sistema reduzido:

(7)

                   B∆f −E∆p = rb f p ∆p + ∆re = rpres Bt∆y − D f∆f = eryf −Ebt∆y + ∆y r− Dp∆p = eryp ∆yr+ v∆w − Dre∆re = erwz s∆w + wτt∆re = ersw onde Df = Sf−1Wf + F−1Z f + αR Dp = Sp−1Wp+ P−1Zp+ βQ Dre = S−1 re Wre+ Re−1Zre e ryf = ryf+ Sf−1rswf − S−1f Wfrf − F−1rzf e ryp = ryp− P−1rzp+ Sp−1(rswp− Wprp) e rwz = rwz+ Sre−1(rswre− Wrerre) − R−1e rzr e rsw = rsw+ wres

observe que Df, Dp e Dre s˜ao matrizes diagonais.

Agora, isolando as dire¸c˜oes de Newton relacionadas as vari´aveis primais do sistema anterior: ∆f = −D−1f (reyf− Bt∆y)

∆p = −D−1

p (reyp+Ebt∆y − ∆yr) ∆re = −D−1re(rewz− v∆w − ∆yr)

Substituindo estas dire¸c˜oes no sistema reduzido acima tˆem-se o seguinte:

     ¯ M ∆y −EDb −1 p ∆yr = ref p

−D−1p Ebt∆y + Dyr∆yr+ D−1rev∆w = repres

wvtD−1 re∆yr+ (s + wvtDre−1v)∆w = rbsw onde ¯ M = BDf−1Bt+EDb −1 p Ebt Dyr = D−1re + D−1p e rf p = rf p+ BDf−1eryf−EDb p−1eryp e rpres = rpres+ Dp−1eryp+ D−1rerewz b rsw = resw+ wτtD−1rerewz

Da segunda equa¸c˜ao do sistema anterior obt´em-se

∆yr= D−1yr(erpres+ D−1p Ebt∆y − Dre−1v∆w)

Substituindo ∆yr nas equa¸c˜oes restantes tˆem-se o seguinte sistema:

( M ∆y + U ∆w = rbf p wVt∆y + h∆w = ¯rsw onde M = M −¯ EDb p−1Dyr−1Dp−1Ebt U = EDb −1 p D−1yrD−1rev h = s + wτtD−1 rev − wvtDre−1Dyr−1Dre−1v b rf p = ref p+EDb −1 p D−1yrrpre e rpres = rpres+ D−1p reyp+ Dre−1erwz ¯ rsw = rbsw− wτtD−1 reDyr−1repres

(8)

O sistema obtido pode ser resolvido como em [Oliveira and Lyra, 2004] da seguinte forma:          ∆w = r¯sw− wVty0 h + wUty1 ∆y = y0+ y1∆w onde y0 = M−1ref p y1 = −M−1U

Assim o fluxo de potˆencia ´otimo com restri¸c˜oes de reserva de potˆencia operacional pode ser resolvido aplicando-se o m´etodo primal-dual de pontos interiores com a mesma eficiˆencia obtida no problema sem essas restri¸c˜oes.

4

Estudos de Casos

Foram feitos alguns estudos de casos utilizando o sistema IEEE 30. Inicialmente ser˜ao feitos estudos de an´alise de sensibilidade do modelo b´asico, n˜ao exigindo uma reserva de potˆencia. Esses estudos consistem em altera¸c˜oes nos valores de α e de β, no custo de alguns geradores e do limite de fluxo de potˆencia em algumas linhas de transmiss˜ao do sistema.

Em seguida ser˜ao feitos estudos de casos exigindo reserva de potˆencia. Afim de comparar resultados, a mesma reserva ser´a exigida para diversos subconjuntos de geradores. Ser´a feita ainda uma compara¸c˜ao com os resultados obtidos utilizando o modelo sem restri¸c˜oes de reserva de potˆencia.

A linguagem de programa¸c˜ao utilizada foi MATLAB 6.5 em um processador Intel r°CoreTM2

CPU 6600 2, 4GHz com 2GB de mem´oria RAM.

Para a convergˆencia do m´etodo foi utilizada uma precis˜ao na ordem de 10−8

O sistema IEEE 30 possui 30 barras sendo 6 delas geradores, com uma demanda de 283, 4M W . Na Figura 1 pode-se observar seu diagrama unifiliar.

Figura 1: Diagrama unifiliar do Sistema IEEE30.

Afim de simplificar a interpreta¸c˜ao dos resultados, ser˜ao considerados os seguintes dados iniciais:

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• A potˆencia m´ınima gerada de cada gerador ser´a considerada com sendo 0M W , ou seja, pl= 0;

• Fun¸c˜ao de custo quadr´atico pura, isto ´e, no sistema 1, a fun¸c˜ao objetivo com cp = 0

• Geradores de custos iguais, ou seja, matriz Q = I;

• Limite de Fluxo fu = 200M W nas linhas de transmiss˜ao ´e fl= −fu;

• Geradores sem limites de produ¸c˜ao;

Iniciando os estudos de casos, minimizando apenas perdas nas linhas de transmiss˜ao (T) (alpha = 1 e β = 0) faz com que os geradores mais pr´oximos das cargas produzam maior potˆencia, visto que n˜ao h´a limites para a produ¸c˜ao de cada gerador, o despacho obtido produz a menor perda poss´ıvel.

Como a matriz Q = I, minimizar apenas o custo na gera¸c˜ao (G) (α = 0 e β = 1) faz com que o despacho de potˆencia ´otimo distribua de forma uniforme a potˆencia entre os geradores do sistema, j´a que ainda n˜ao ´e imposto um limite de gera¸c˜ao entre eles que impessa essa uniformidade.

Reduzindo o custo do gerador 1 pela metade e dobrando o do gerador 5 (Gc) ´e de se esperar que este ´ultimo produza metade da potˆencia obtida pelos que n˜ao tiveram seus custos alterados, da mesma forma, espera-se que o primeiro, por ser mais barato, produza o dobro da potˆencia obtida por estes geradores. Esses despachos podem ser observados na Figura 3 ´ıtens (T), (G) e (Gc).

Agora mantendo o cen´ario anterior, e impondo os limites de produ¸c˜ao (Gcl) da Tabela 1 o ´

unico gerador no estudo (Gc) que viola seu limite ´e o 1, desta forma, este gerador at´ınge sua m´axima produ¸c˜ao e a potˆencia deixada de ser produzida passa a ser distribu´ıda entre os demais geradores.

At´e ent˜ao observou-se o despacho de potˆencia sem considerar limites de gera¸c˜ao, para os testes de agora em diante os limites ser˜ao os seguintes:

Gerador 1 2 5 8 11 13 Limite (MW) 55 55 70 70 60 60

Tabela 1: Limites de gera¸c˜ao de potˆencia nos geradores do sistema IEEE 30

O limite de fluxo m´aximo de potˆencia na linha de transmiss˜ao 9-11 (Gclf) foi reduzido para 25MW. Como esta ´e a ´unica linha de transmiss˜ao do gerador 11 (ver Figura 1) ´e de se esperar que sua produ¸c˜ao diminua para 25MW, fazendo com que a potˆencia restante seja distribu´ıda entre os demais geradores ainda com capacidade.

Finalizando os estudos de casos, agora ser´a feito com que o modelo minimize as perdas nas linhas de transmiss˜ao e o custo na gera¸c˜ao (TGclf), para isso ser´a considerado α = cm e β = 1, onde cm ´e o custo marginal dos geradores no estudo anterior. Os despachos para esses estudos podem ser observados na Figura 2 ´ıtens (Gcl), (Gclf) e (TGclf).

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Figura 2: Despachos de potˆencias sem exigˆencia de Reserva.

Observe que mesmo o gerador 5 sendo mais caro que os demais, este atingiu seu limite de produ¸c˜ao, j´a o gerador 1, o mais barato, teve menor produ¸c˜ao. Isso se d´a devido a proximidade dos geradores das cargas do sistema.

Assim, os testes feitos at´e o momento asseguram a funcionabilidade do modelo.

4.1 Reserva de Potˆencia no sistema IEEE 30

Os testes a seguir ser˜ao feitos para minimizar os custos na gera¸c˜ao (G), com os limites impostos aos geradores na tabela 1, exigindo 70M W de reserva de potˆencia em cada conjunto Γn espe-cificado. Esta escolha foi feita simplesmente para que haja uma maior visualiza¸c˜ao dos efeitos provocados no despacho de potˆencia ao se exigir uma reserva em um determinado subconjunto de geradores do sistema.

Assim, para iniciar seja Γ1 = {5, 8}. A Figura 3 Γ1 ilustra o despacho obtido:

Note que os gerador 5 e 8 satisfazem a exigˆencia de reserva, reduzindo sua produ¸c˜ao, o que faz com que os demais aumentem para satisfazer a demanda do sistema (comparar Fig. 3 G com Fig. 3 Γ1. Note tamb´em que os geradores que est˜ao com reserva de potˆencia produzem, entre si,

a mesma quantidade. Os demais geradores tamb´em apresentam o mesmo comportamento entre eles.

Agora aumentando o n´umero de geradores com exigˆencia de reserva, sendo Γ2= {2, 5, 8}. A

Figura 3 Γ2. ilustra o despacho obtido:

Observe que este despacho de potˆencia, al´em de satisfazer a reserva exigida em Γ2, apresentou

o mesmo comportamento do despacho em Γ1, uniformizando a potˆencia produzida entre os geradores de cada grupo. O mesmo pode ser notado na Figura 3 Γ3., que ilustra o despacho de

potˆencia com reserva em Γ3= {1, 2, 5, 8, }.

Figura 3: Despachos de potˆencias com exigˆencia de Reserva.

(11)

atingiu seu limite de produ¸c˜ao, caso isso acontecesse, a distribui¸c˜ao uniforme de potˆencia acon-teceria entre os demais geradores fora da reserva com seus limites ainda n˜ao atingidos.

A tabela 2 resume os resultados obtidos para o sistema IEEE30: Reserva

Testes Itera¸c˜oes Tempo(s) Natural(Mw) Alcan¸cada (Mw)

Γ0 8 0,010 86,62

-Γ1 11 0,018 45,54 70

Γ2 9 0,014 53,31 70

Γ3 9 0,014 61,08 70

Tabela 2: Dados Obtidos: Testes com IEEE30

Conclus˜

oes

Dos dados da Tabela 2 pode-se tirar as seguintes conclus˜oes: 1) Quanto a varia¸c˜ao do n´umero de itera¸c˜oes:

1.1) Quanto maior ´e o n´umero de geradores com restri¸c˜ao de reserva, menor ser´a o n´umero de itera¸c˜oes;

1.2) Quanto menor for a diferen¸ca entre a reserva de potˆencia exigida e a reserva natural do subconjunto Γ, menor ser´a o n´umero de itera¸c˜oes.

2) O valor da fun¸c˜ao objetivo, quando exigido reserva de potˆencia, tende a obtida pelo modelo sem restri¸c˜oes de reserva quando o n´umero de geradores com esta restri¸c˜ao aumenta; 3) O tempo de processamento do modelo com restri¸c˜oes de reserva ´e praticamente o mesmo

que o do modelo sem tais restri¸c˜oes;

Assim conclui-se que para o sistema IEEE 30 os testes foram satisfat´orios. Os testes tamb´em foram feitos para alguns sistemas maiores:

Figura 4: Tabela de resultados para sistemas maiores

Nos sistemas da Tabela acima, o conjunto Gamma com restri¸c˜oes de reserva tiveram no m´aximo 20 geradores. Os resultados tamb´em foram satisfat´orios para esses sistemas.

Referˆ

encias

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Referências

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