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RELAÇÃO NUTRICIONISTA-PACIENTE: UM DESAFIO DO PROFISSIONAL NUTRICIONISTA

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Academic year: 2021

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RELAÇÃO NUTRICIONISTA-PACIENTE: UM DESAFIO

DO PROFISSIONAL NUTRICIONISTA

HORACIO, T.B.; MARIN, T.; ROCHA, B.A.

Resumo: A humanização gera uma mudança que altera o modo como

usuários e trabalhadores da área da saúde interagem entre eles. O objetivo do trabalho foi avaliar a relação entre nutricionista-paciente, visando suas dificuldades. O estudo tevecaracterística quantitativa e qualitativa e foi realizada em clínicas de Nutrição na cidade de Arapongas – PR.Conclui-seque há uma dificuldade nesta relação, onde poderia ter sido solucionado se houvesse uma abordagem maior durante a graduação.

Palavras chaves: Humanização, Competência clínica, Relação

profissional-paciente.

Abstract:Humanization generates a change that alters the way users and

healthcare workers interact with each other. The objective was to evaluate the relationship between patient-dietitian aiming their difficulties. The study was quantitative and qualitative characteristic, and was conducted in clinics in the city of Nutrition Arapongas - PR.In conclusion there is a difficulty in this relation, which would had been resolved if there was a bigger aproach during the graduation.

Keywords: Humanization, clinical competence, professional-patient relationship.

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Introdução: A relação nutricionista-paciente é um ponto que não deve ser

apenas discutido, mas sim posto em prática. Esta ideia muitas vezes é vista em algumas aulas da graduação, ou até então são feitos debates ideológicos com colegas, porém ficando apenas nisso.Em um atendimento na área da saúde, deve-se ter muita atenção e responsabilidade até descobrir a etiologia da doença para tratá-la, sendo feito através de muitas perguntas, incluindo os sinais e sintomas. Durante este percurso, o médico ou qualquer outro profissional da saúde que esteja investigando o caso, deve mostrar uma importância real pelo indivíduo. Essa forma de relação baseia-se no modelo biomédico de doença, que vem para aprimorar os resultados finais esperados, melhorar o humor e o comportamento do paciente durante uma consulta e o tratamento, fazendo com que traga segurança e confiança para ambos, ou seja, ela irá trazer respostas completas e satisfatórias (DEMÉTRIO, et. al. 2011 apud CAPRARA A, FRANCO ALS, 1999; CAPRARA A, RODRIGUES J, 2004; LUIZ MT, 1998; CASTIEL LD, DIAZ CAD, 2007).Na nutrição encontram-se muitas dificuldades similares a este ponto, mas ao contrário do que se observa para a área médica, são poucos estudos teóricos e empíricos no campo da nutrição voltado para o debate sobre a relação nutricionista-paciente no cuidado clínico-nutricional na contemporaneidade. Muitos nutricionistas não veem um ser humano como um todo (corpo e alma), e sim separados, e muitas vezes comparando o corpo de tal como uma máquina. Em decorrência dessa situação, o nutricionista, sendo na maioria das vezes recém-formado, não está preparado para enfrentar questões que envolvem seu lado emocional, deixando assim, se levar pela emoção e vendo seu trabalho técnico prejudicado. Sendo que seria necessário o lado profissional entendendo o sofrimento do outro, porém sem perder a objetividade para prestar-lhe a ajuda necessária.Portanto o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre nutricionista-paciente, visando suas dificuldades, tanto na perspectiva dos profissionais como na perspectiva dos pacientes.Com natureza qualitativa por possuir um caráter exploratório, pois irá conter questionários para estimularem os entrevistados a responderem de forma espontânea, como também, quantitativa por assumir caráter comprobatório numericamente, os questionários apresentavam questões objetivas e subjetivas. Sendo realizadas 30 entrevistas(26 para pacientes e 04 para profissionais). Nestes questionários

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foram avaliados os aspectos da consulta do profissional, em relação à humanização das consultas, e se os mesmos tem conhecimento sobre o tema do trabalho em questão.

Referencial teórico metodológico: A humanização centrada no paciente visa

nortear a política institucional de humanização no foco que representa a razão de ser e existir. Focalizar a humanização no paciente compreende, antes de tudo, uma relação efetiva de cuidado, que pode ser traduzida na acolhida, na ternura, na sensibilidade, no respeito e na compreensão do ser doente e não da doença (BACKES, FILHO, LUNARDI, 2005).

O contato direto com seres humanos coloca o profissional de saúde diante de sua própria vida, saúde ou doença, dos próprios conflitos e frustrações. Se ele não tomar contato com esses fenômenos, correrá o risco de desenvolver mecanismos rígidos de defesa que podem prejudicá-lo tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, como também este profissional da saúde, ao entrar em contato com os seres humanos, pode utilizar o distanciamento como mecanismo de defesa (MOTA, MARTINS, VÉRAS, 2006).

Martins (2001) relata que a humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam insegurança. Os padrões conhecidos parecem mais seguros; além disso, os novos não estão prontos nem em decretos nem em livros, não tendo características generalizáveis, pois cada profissional, cada equipe, cada instituição terá seu processo singular de humanização.

Considerando que o paciente do nutricionista é influenciado por muitos fatores como a cultura e a família, perceber algumas características relacionadas a aspectos psicológicos durante o atendimento nutricional possibilita ao nutricionista uma compreensão mais completa do ser humano além de influenciar na relação profissional-paciente (VIANA, 2002)

Como exemplo dentro da área da nutrição, o objetivo do cuidado nutricional é assegurar a ingestão alimentar, conforme as necessidades e recomendações nutricionais, por meio da orientação da dieta, da avaliação e monitoramento do estado nutricional (CARO; LAVIANO; PICHARD, 2007).

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De acordo com Araújo e Silva (2007), a comunicação verbal adequada, como medida terapêutica eficaz, também constitui uma das bases dos cuidados paliativos, além do relacionamento interpessoal, como essência do cuidado e da leitura de sinais não verbais, estabelecidos por uma relação de confiança entre o paciente, o profissional de saúde e a família e/ou cuidador.

A forma como as informações são transmitidas, por meio da comunicação verbal e não verbal, refere-se à expressão de palavras, posturas e atitudes, e requer especial atenção e cuidado para a escuta, percepção, compreensão, identificação das necessidades e o planejamento das ações. Em virtude da presença de diversos profissionais, a comunicação entre eles é essencial para oferecer um plano de cuidados consistentes tanto para o paciente quanto para seus familiares (BACHMANN et al., 2001).

No entanto, alguns estudos mostram que profissionais de saúde estão fechados à comunicação quando se sentem incapazes de oferecer ajuda prática ou quando percebem sua incapacidade em administrar a preocupação do paciente (HOPKINSON; WEIGHT; CORNER, 2006).

Conclusão: No conjunto dos resultados, foi possível observar que o tema é

pouco abordado durante a formação do profissional nutricionista resultando em algumas consultas falhas (relatado por alguns pacientes). Os pontos falhos diagnosticados no trabalho foram o conhecimento sobre o tema relação profissional-paciente na graduação, onde 75% afirmaram ter sido um tema pouco abordado e uma afirma nunca ter ouvido sobre o tema durante sua graduação, onde relataram terem tido grande dificuldade quando começaram a atuar.Assim, podemos destacar que este tema é de suma importância para a vida profissional e que o mesmo deve ser melhor compreendido.

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Referências

ARAÚJO, M.M.T., SILVA, M.J.P. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Rev. Esc. Enferm. USP. São Paulo, 2007.

BACHMANN, P., MARTI-MASSOUD, C., BLANC-VINCENT, M.P., DESPORT, J.C., COLOMB, V., DIEU, L., et al. Standards, optionsetrecommandations: nutrition em situationpalliative ou terminale de l’adulteporteur de câncer évolutif. Bull Cancer, 2001. BACKES, D.S., FILHO, W.D.L., LUNARDI, V.L. Humanização hospitalar: percepção dos pacientes. Acta. Sci. Health Sci. Maringá, v.27, n.2, p. 103-107, 2005.

CARO, M.M.M., LAVIANO, A., PICHARD, C. Nutritional intervention and quality of life in adult oncology patients.Clin. Nutr. 2007.

DEMÉTRIO, F., PAIVA, J.B., FRÓES, A.A.G., FREITAS, M.S., SANTOS, L.A.S. A nutrição clínica ampliada e a humanização da relação nutricionista-paciente: contribuições para reflexão. Rev. Nutr., campinas, set./out., 2011.

HOPKINSON, J., WRIGHT, D., CORNER, J. Exploring the experience of weight loss in people with advanced câncer. J. Adv. Nurs, 2006.

MARTINS, M.C.F. Humanização das relações assistenciais de saúde: a formação do profissional de saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

MOTA, R.A., MARTINS, C.G.M., VÉRAS, R.M. Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n.2, p. 323-330, mai/ago. 2006.

VIANA, V. Psicologia, saúde e nutrição: Contributo para o estudo do comportamento alimentar. Análise Psicológica, v.4, p. 611-624, 2002.

Referências

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