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Tratamentos químicos em volumosos: revisão de literatura

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Tratamentos químicos em

volumosos: revisão de literatura

Alimentação, conservação, forragem, pecuária. Alex Lopes da Silva1

Diego Sousa Amorim1 Dalva Batista de Sousa3 Sheila Vilarindo de Sousa2 Keilane Menes da Silva4 1

Aluno de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas bolsista CNPq, Bom Jesus, Piauí, Brasil, 64.900-000. alex.lopes77@hotmail.com

2

Mestre em Zootecnia, bolsista CNPq da Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus, Piauí, Brasil, 64.900-000.

3

Aluna de Graduação em Agronomia, Universidade Estadual do Piauí, Campus Salomão Mascarenhas Cavalcante, Corrente, Piauí, Brasil.

4

Aluna de Pós-Graduação em Solos, Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas bolsista Capes, Bom Jesus, Piauí, Brasil, 64.900-000.

Revista Eletrônica

Vol. 13, Nº 06, nov./dez.de 2016 ISSN: 1983-9006 www.nutritime.com.br A Nutritime Revista Eletrônica é uma publicação bimestral da Nutritime Ltda. Com o objetivo de divulgar revisões de literatura, artigos técnicos e científicos bem como resulta-dos de pesquisa nas áreas de Ciência Animal, através do

endereço eletrônico: http://www.nutritime.com.br. Todo o conteúdo expresso neste artigo é de inteira

res-ponsabilidade dos seus autores.

RESUMO

Objetivou-se com esta revisão compilar informações sobre a melhoria na composição dos alimentos

volumosos com tratamentos químicos. Os

tratamentos químicos são formas de melhorar digestibilidade dos volumosos com a adição de aditivos alcalinos, relacionada à ação da hidrólise alcalina, beneficiando o valor nutricional. Os efeitos da amonização sobre a estrutura da fibra dos volumosos incluem a solubilização da hemicelulose, o aumento da digestão da celulose e da hemicelulose em razão da expansão da fração fibrosa. Têm sido desenvolvidos com intuito de melhorar as características nutritivas e diminuir a frequência de corte pelo armazenamento da cana-de-açúcar a partir de seu tratamento com óxido (CaO) ou hidróxido de cálcio (Ca (OH)2). As

utilizações dos tratamentos químicos em volumosos

melhoram as composições dos alimentos,

principalmente nos teores de fibras e proteína, tornando-se uma opção para o aproveitamento dos alimentos de alto teor de fibra.

Palavras-chave: Alimentação, conservação, forragem, pecuária.

CHEMICAL TREATMENTS IN VOLUMINOUS: LITERATURE REVIEW

ABSTRACT

The objective of this review compile information about the improvement in the composition of bulky foods with chemical treatments. The chemical treatments are ways to improve digestibility of forages with the addition of alkaline additives, related to the action of alkaline hydrolysis, benefiting nutritional value. The effects of ammoniation on the bulky fiber structure include solubilize the hemicellulose, increasing the digestion of cellulose and hemicellulose due to the expansion of the fiber. Have been developed in order to improve the nutritional characteristics and decrease the cutoff frequency for the storage of sugarcane from treatment with oxide (CaO) or calcium hydroxide (Ca (OH) 2). The use of chemical treatments to improve

bulky food compositions, especially in terrors fibers and protein, making it an option for use of self fiber content foods.

Keyword: Conservation, food, fodder, livestock.

(2)

INTRODUÇÃO

A produção de ruminantes é uma das atividades que crescem rapidamente no Brasil, tornando a pecuária uma atividade que necessita de inovações e que produza alimentos a baixo custo e ciclos curtos. Quando se trata da alimentação dos animais, a pecuária a pasto quando bem manejada e planejada, é a forma mais barato de produzir, tanto na pecuária de corte como de leite, porém, como o Brasil é um país tropical, existem dificuldades de se manter competitivo no mercado, uma vez que existem épocas de abundância de alimentos e escassez, necessitando de meios que possam aproveitar os alimentos ou conservá-los. PÁDUA et al. (2011), restando os produtores procura alternativas que atendam às exigências, tais como reservando as pastagens ou conservando na forma de silagem ou fenos.

A utilização da ureia no tratamento químico de volumosos é estratégia simples e fácil de ser executada, podendo ser utilizadas em tratamento de subprodutos de altos teores de fibra, considerada uma prática viável com produto de fácil disponibilidade para os pequenos produtores rurais, lhes conferindo o melhoramento de alimentos fibrosos fornecidos aos animais (PINHEIRO et al., 2009). Formas de tratamentos químicos podem servir também para conservação de alimentos tais como a cal virgem. DOMINGUES et al. (2012), assim agentes alcalinizastes, seriaram capazes de conservar materiais picados, no caso da cana-de-açúcar, reduzindo a mão-de-obra diária.

Formas de aproveitamento de alimentos volumosos como bagaço de cana, palhadas, cascas de arroz, pastagens em estágio avançado ou melhorar as condições de feno e silagens, são alternativas de otimizar os sistemas de produção dos pecuaristas, sendo os tratamentos químicos uma saída, como é o caso da amonização e hidrolização, estes melhoram a degradabilidade da fibra tornando mais digestível. Assim esses alimentos que possuem baixos valores nutritivos, podem ser aproveitados permitindo um planejamento alimentar que evita perdas nutricionais drásticas dos rebanhos. DOMINGUES et al. (2011) eram utilizados alimentos de baixa qualidade com

alto teor de fibra afetando seu aproveitamento.

Nesses processos normalmente são utilizados ureia dissolvida em água para amonização e cal virgem dissolvida em água para a hidrolização. ANDRADE & QUADROS (2011) a alimentação de animais ruminantes, importante componente econômico dentro do processo produtivo, busca alternativas que reflitam na diminuição de custos. Dessa forma objetivou-se com esta revisão compilar informações sobre a melhoria na composição dos alimentos volumosos com tratamentos químicos.

REVISÃO DE LITERATURA

Importância dos tratamentos químicos

As pastagens tropicais durante o período chuvoso de produção encontram-se em grande vigor e apta a ser pastejadas com adequado valor nutritivo, porém, quando no período seco, apresentam uma baixa produção e baixo valor nutritivo com baixa digestibilidade devido seu elevado teor de lignina, diante das dificuldades surge opções de conservação de forragens como é o caso da silagem e fenação. KOEFENDER et al. (2013), a importância econômica da pecuária nacional necessita de pesquisas que visam minimizar custos de produção em sazonalidade na disponibilidade de forragens em animais criados a pasto, pois é o causador de baixos índices produtivos na pecuária. PÁDUA et al. (2011), afirmam que quando a indisponibilidade de forragens de qualidade para essas duas técnicas, apresenta-se como fator limitante para garantir os índices de produtividade, podem ser utilizadas outras alternativas, tais como: tratamentos físicos, químicos ou biológicos, suplementação ou combinação de dois ou mais destes.

Dietas no período seco que visam melhorar o desempenho dos ruminantes economicamente viáveis é de extrema importância, ROMÃO et al. (2013) assim podemos dizer que uma das formas é a digestibilidade melhorada dos volumosos com a adição de aditivos alcalinos, relacionada a ação da hidrólise alcalina, beneficiando o valor nutricional. GARCEZ et al. (2014) a amonização é utilizada com intuito de melhorar o valor nutritivo dos volumosos por meio do fornecimento de nitrogênio, e redução do teor de fibra, quando se usa hidróxido de sódio

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(NaOH) e o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), estes são

eficientes no tratamento de alimentos fibrosos, devido à elevada capacidade alcalinizante.

Os pecuaristas vivem em déficit de produção, e existem formas de otimizar seus sistemas e aproveitar os alimentos, principalmente quando estão em estágio avançado ou muitos fibrosos, que são os tratamentos químicos. PINA et al. (2011), são alternativas para aumentar a fração potencialmente digestível da fibra ou sua taxa de digestão. Dessa forma possibilita aproveitamentos desses volumosos ganhando peso (Tabela 1).

TABELA 1. Consumo e desempenho de animais alimentados com alimentos usando tratamentos químicos

Assim podem ser usados na alimentação dos ruminantes, obedecendo às exigências de cada espécie ou categoria animal. Priorizando os custos e o bem-estar dos animais onde um dos fatores importantes é o consumo dos alimentos pelos animais e a resposta da dieta contendo forragens com tratamentos químicos além da disponibilidade do produto. Os resultados podem ser obtidos nas diferentes concentrações e produtos, conferindo redução de gastos coma alimentos de custos mais elevados.

Amonização em silagem

A silagem é um método de conservação de foragem em seu estado úmido, ocorrido devido a fermentação por bactérias anaeróbicas, promovendo uma queda do pH, assim permite a conservação por um longo

1

Volumoso: concentrado; 2Consumo de matéria seca dia-1; 3Ganho médio diário; 4Materia seca; 5Materia natural. Fonte: Adaptado dos autores citados.

período (SANTOS et al., 2010). Sendo que a mesma pode ser conservada com adição de nitrogênio ou

amonizadas melhorando sua qualidade

principalmente em termos nutricionais, assim disponibiliza mais nutrientes para absorção pelos ruminantes. PANCOTI et al. (2011) teores de minerais em algumas dietas podem ser facilmente corrigido com suplementação mineral, enquanto o de proteína pode ser corrigido utilizando-se fontes de nitrogênio não proteico ou suplemento proteico. LIMA JÚNIOR et al. (2010) corrigindo com o abaixamento da fermentação alcoólica.

A celulose e hemicelulose estão agrupadas em arranjo sistemático de encostamentos de lignina (OLIVEIRA et al., 2011). A amonização pode solubiliza-la, disponibilizando para ser aproveitada na digestão. SEGUIN et al. (2012) sendo a

hemicelulose, o segundo tipo mais abundante de polissacáridos de biomassa ao lado da celulose.

Segundo SOUZA et al. (2001) o tratamento químico de volumosos com amônia ou ureia eleva o teor de nitrogênio e aumenta a disponibilidade dos componentes nutritivos para os microrganismos ruminais. BARROS et al. (2010), observaram que quando se utiliza 100% bagaço de cana-de-açúcar amonizado com ureia como fonte de volumoso, onde tem disponibilidade de aquisição é uma alternativa viável para confinamentos de bovinos.

Amonização de forragens utilizando fontes de N, como a amônia anidra, amônia líquida ou ureia, tem sido uma das alternativas em razão de ser de fácil aplicação, não poluir o ambiente, provocar decréscimo no conteúdo de fibra em detergente

neutro (FDN), aumentar o consumo e a

4856 Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.13, n.6, p.4854-4860, nov./dez., 2016. ISSN: 1983-9006

Espécie/Categoria Relação 1

(Vo/Co)

Níveis de tratamento no volumoso hidrolisado (%) 2 CMS 3GMD Autor Ovinos Macho inteiro 40:60 2% de ureia 4MS 0,85 0,18 Pinheiro et al. (2009) Fêmea 0,86 0,16 Bovinos

Novilhos inteiros 70:30 0,9% hidróxido de cálcio 5MN 7,48 1,08 Freitas et al. (2011)

(4)

digestibilidade, além de conservar as forragens com alto teor de umidade (ROSA & FADEL, 2001). FORTALEZA et al. (2012) devendo ter cuidados pois, sugerindo que a liberação de amônia, ao se dissolver a ureia na água, gera perdas significativas de nitrogênio.

Amonização em fenos

Alimentos alternativos de baixo custo ou a disponibilidade de alimento durante todo o ano são alternativas de alimentação de interesse para os produtores, sendo importante para avaliar a inclusão na dieta de gramíneas com estágio vegetativo avançado para os animais (PINHEIRO et al., 2009). Dessa forma métodos adotados para melhorar a degradabilidade de fenos através da amonização pode ser uma alternativa de melhorar o desempenho nutricional dos ruminantes.

BEZERRA et al. (2014) quantificando população de mofos e leveduras e avaliando as perdas de matéria seca e a composição bromatológica de fenos de capim-buffel amonizado com ureia, observaram que a aplicação de ureia não proporciona benefícios em relação à recuperação de matéria seca, exceto na dose de 1,0%, no entanto, é eficiente em reduzir a população de mofos e leveduras e aumenta o teor de PB em fenos de capim-buffel.

GARCEZ et al. (2014) Avaliando efeito de tratamentos alcalinos por amonização com ureia e por NaOH e Ca(OH)2 sobre a composição química e

degradação ruminal da MS, PB e FDN do feno de folíolos de pindoba de babaçu, observaram que os tratamentos alcalinos melhoram a composição química do feno de folíolos da pindoba de babaçu, com redução nos teores de hemicelulose, lignina e nitrogênio insolúvel e incremento no teor de proteína, e que o feno de folíolos de pindoba de babaçu apresenta uma reduzida degradação da matéria seca, proteína e fibra, o que se atribui à intensa lignificação da parede celular, com limitação à utilização como volumoso em dietas para ruminantes. Comprovando que em fenos a amonização apresenta resultados favoráveis para a sua utilização.

Amonização em bagaços e palhas

Quando se trata de fontes de alimentos como palhas

e bagaços ou resíduos, onde o aproveitamento pelos animais é mínimo, MOREIRA FILHO et al. (2013) afirmam que o efeito da amonização do restolho de milho, o teor de proteína e matéria seca e degradabilidade da proteína na cinética de degradação in situ e aumento de amonização com 3% de ureia na MS da palha de milho safra associada a fertilizações de 40 ou 120 kg N ha-1, não justificando amonização de restolho das culturas resultante dessas culturas adubadas com 200 kg N ha-1.

Em um tratamento diferente, como avaliado por OLIVEIRA et al. (2011) observaram que o aumento das doses de ureia no processo de amonização do bagaço de cana-de-açúcar implicou em redução dos teores de FDN, FDA, celulose, hemicelulose e lignina, e aumento dos teores de PB. O que pode afirmar é que melhorou as condições para o aproveitamento dos nutrientes com o aumento da digestibilidade desse alimento. Quando se avalia o comportamento animal consumindo estes alimentos com palhadas, bagaços de cana-de-açúcar ou silagens amonizadas podem obter bons resultados, BARROS et al. (2011) observaram que a substituição da silagem de sorgo por bagaço de cana-de-açúcar amonizado com ureia provocou alterações no comportamento ingestivo, reduzindo o tempo de alimentação e aumentando o tempo de ruminação dos animais, afetando número de ciclos de ruminação e a duração destes ciclos ambos volumosos substitutos.

É importante encontrar fontes alternativas de suplementos de proteína, o que possa minimizar a competição por terra e com entrada mínima externo, especialmente para os pequenos agricultores (NURFETA et al., 2009). A busca de melhorar o aproveitamento desses alimentos não com objetivo de ser uma fonte de proteína mais, pode ser adicionada com uma fonte de proteína e assim otimizando a produção no período de escassez de alimentos com o fornecimento de alimentos de baixo custo.

Hidrolização

A digestibilidade de alimentos com alto teor de fibra pode ser favorecida com a utilizaçãoda amonização,

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tornando mais fácil o aproveitamento na alimentação dos rebanhos. Hoje estudos buscam melhorar o desempenho dos animais através dos tratamentos com amonização não apenas com alimentos de baixo valor nutritivo, mas sim para maximizar o aproveitamento dos mesmos, um exemplo mais comum é a cana-de-açúcar. CARVALHO et al. (2011) avaliando efeito do tratamento da cana-de-açúcar com doses de óxido de cálcio sobre o

comportamento ingestivo de caprinos em

crescimento observaram que o uso de óxido de cálcio no tratamento da cana-de-açúcar em doses de até 2,25% não altera a eficiência de alimentação e ruminação em caprinos. ROMÃO et al. (2013) porcentagens de óxido de cálcio a partir de 1,5% na cana-de-açúcar promovem aumento da fração solúvel e da fração disponível da fibra e reduzem a fração indigestível.

CARVALHO et al. (2009) afirma que quando aplicada em um eventual sistema de alimentação, dietas balanceadas com volumosos tratados podem predispor animais a desempenhos semelhantes ao obtido com dietas de alta qualidade. Estudos mais atuais mostram resultados opostos, DOMINGUES et al. (2012) avaliando desempenho, consumo e conversão alimentar de novilhas mestiças (Angus x

Nelore) alimentadas com cana-de-açúcar

hidrolisada, nas condições proposta eles concluíram que a hidrólise da cana-de-açúcar com cal virgem não aumentou o consumo e o desempenho dos animais avaliados. MISSIO et al. (2013) trabalhando com desempenho de novilhas Nelore alimentadas com dietas contendo cana-de-açúcar in natura ou tratada com hidróxido de cálcio e armazenada por diferentes períodos, observaram que dietas com elevada proporção de cana-de-açúcar hidrolisada não são recomendadas para alimentação de novilhas Nelore, em virtude da adição de 0,5% de hidróxido de cálcio, na matéria natural, limitar a ingestão de alimento e reduzir o ganho de peso.

Cana-de-açúcar hidrolisada

Na alimentação dos animais ruminantes, a utilização da cana-de-açúcar, é utilizada com a combinação com ureia e enxofre, porém, requer muito trabalho, pois a mesma tem que ser cortada com mais frequência para ser fornecida diariamente.

Em virtude disso, estudos têm sido desenvolvidos com intuito de melhorar as características nutritivas e diminuir a frequência de corte pelo armazenamento da cana-de-açúcar a partir de seu tratamento com óxido (CaO) ou hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)

(PANCOTI et al., 2011).

FREITAS et al. (2011) avaliando o desempenho de novilhos recebendo dietas à base de cana-de-açúcar

in natura ou hidrolisada observaram que a

cana-de-açúcar com adição de 0,5% de hidróxido de cálcio, se fornecida após 24 horas de armazenamento, não prejudica o desempenho dos animais. ENDO et al. (2014), avaliando desempenho e consumo de nutrientes em cordeiros alimentados com cana-de-açúcar hidrolisada in natura ou hidrolisado em condições aeróbias e anaeróbias, concluíram que cana hidrolisada sob condições aeróbias e anaeróbias não afetam o desempenho nem a ingestão de nutrientes dos animais. LIMA JÚNIOR et al. (2010) assim uso de corretivos, ensilagem, fenação, tratamentos físicos e químicos são estratégias que melhoram a disseminação da cana-de-açúcar como opção volumosa de qualidade para animais nos sistemas de produção.

A aplicação desse tratamento é aplicada na forma de cal virgem, variando a sua concentração diluída em 4 litros de água, para ser pulverizada a cada 100 kg de cana-de-açúcar, (Tabela 2) mostra algumas concentrações testadas com sucesso com seus respectivos autores.

SANTOS et al. (2014), com uma nova tecnologia de pré-tratamento hidrotérmico mostrou uma boa eficiência na remoção da hemicelulose da palha de cana-de-açúcar, além de fornecer substratos de alta susceptibilidade à hidrólise enzimática. Neste sentido para melhorar as características dos alimentos a pesquisa vem mostrando que é possível otimizar economicamente a utilização da cana-de-açúcar hidrolisada, uma vez que, os gastos dos produtos são em pequenas quantidades, tornado uma estratégia para pequenos, médios e grandes produtores.

(6)

TABELA 2. Concentrações de hidróxido de cálcio (Ca (OH)2 ) utilizados na hidrolise de cana-de-açúcar

Autor Concentração % Carvalho et al. (2011) 2,25 Domingues et al. (2011) Freitas et al. (2011) Missio et al. (2013) 0,5 Domingues et al. (2012) 1,0 Romão et al. (2013) 4,5 Romão et al. (2014) 1,5

Fonte: Adaptado dos autores citados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As utilizações dos tratamentos químicos em

volumosos melhoram as composições dos

alimentos, principalmente nos terrores de fibras e proteína, tornando-se uma opção para o aproveitamento dos alimentos de alto teor de fibra.

As aplicações da amonização e hidrolização devem ser exploradas respeitando as suas concentrações de uso para não comprometer o consumo dos animais.

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