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SÃO PAULO - XXII DEZEMBRO DE EDIÇÃO 268

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O SANTUÁRIO DA PENHA

DEZEMBRO DE 2020

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Meus queridos irmãos e irmãs, a paz de Cristo, o Emanuel, Deus-co-nosco, esteja com todos vocês!

Estamos próximos do Natal do Senhor e constatamos que o contexto em que estamos vivendo não está sendo fácil: ainda tendo que lidar com a pandemia do novo coronavírus; sentindo por tantas famílias que per-deram entes queridos e nem sequer puderam expressar seu luto de forma adequada; sentindo também por mui-tos irmãos e irmãs vivendo a angústia do desemprego e das dívidas a serem pagas; lembrando ainda as queimadas que assolaram o Brasil consumindo a flora e a fauna do Pantanal, de muitos parques nacionais no centro do país e o crescimento do desmatamento na Amazônia – tudo isso acontecendo em meio a um planeta que já sofre há muito tempo...

Há muita preocupação por parte de muitas pessoas, há muitas dúvidas sobre como as coisas vão ficar, há muitos doentes cujos tratamentos foram adiados em razão da pandemia e que temem pela própria vida por conta de outras enfermidades e a tristeza de talvez não podermos nos reunir do modo como sempre fizemos

EDITORIAL / IGREJA

na celebração familiar do Natal... E apesar de tudo isso, há ainda os que pensam que tudo isso não passa de uma ficção! Mas é uma realidade. E é em meio a esta realidade que somos convidados a dar testemunho de nossa fé e de nossa esperança!

Algo aconteceu há mais de dois mil anos atrás e mudou o rumo da história: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”! (cf. Jo 1,14). Eis aí onde se apoia a nossa fé: Deus veio ao nosso encontro em seu Filho, o qual se fez um de nós para nos tornar participantes de sua divindade. Eis aí a nossa esperança: Ele se fez um de nós para, passando pela morte, vencê-la e dar-nos vida para sempre!

Um Deus que ama assim jamais abandona os seus. E penso que seja esta a verdade que precisamos lembrar neste Natal tão diferente. A verdadeira novidade é aquela que celebramos e proclamamos a cada Natal: Ele montou a sua tenda no meio de nós para estar conosco de modo que, conhecendo-O e acolhendo-O, nós possamos estar para sempre com Ele, a fonte da Vida!

“A esperança, com efeito, é para nós como uma âncora, segura e fir-me” (Hb 6,19), nos afirma o escritor

sagrado. Sim, a esperança que procede da fé é nossa âncora: ela mantém o barco de nossa vida a salvo em meio aos sobressaltos e tempestades para que não fiquemos à deriva. Cristo é a ancora da barca de nossa vida e é também o porto seguro para onde na-vegamos. Ele é a pedra-alicerce sobre a qual construímos a nossa casa, isto é, a nossa existência, de modo que fique firme e segura, suportando os ventos contrários e a chuvas torrenciais (cf. Mt 7, 24-27). Em meio a tudo o que esta-mos atravessando é bom nos lembrar-mos destas verdades e também de que o amor deve nos impelir a estender a mão àquele ou àquela que está prestes a naufragar: um gesto de carinho, de atenção, uma prece, a partilha com o necessitado, enfim o testemunho da fé que age pela caridade (cf. Gl 5, 6). O consumismo, que tantas vezes sufocou o verdadeiro sentido do Natal, mostra-se incapaz de preencher os corações, ao passo que a fé testemunhada no amor pode transformar vidas. Vamos, portanto, nos empenhar neste sentido.

E lembremo-nos de rezar de modo especial por aqueles que, já se sentin-do sós antes da pandemia, sentem-se assim ainda mais agora; por aqueles

que deverão estar nos hospitais cui-dando dos enfermos e distantes da família; por aqueles que não podem ir ao encontro de seus familiares inter-nados por conta da pandemia e pelos que nem sequer têm uma casa ou uma família com que se reunir. E que Deus nos conceda a graça de lembrarmos que nada pode alterar o amor de Deus por nós ou nos separar dele (cf. Rm 8, 38-39), por isso “continuemos a afirmar a nossa esperança, sem esmorecer, pois aquele que fez a promessa é fiel” (Hb 10,23).

Em meu nome, em nome do Pe. Diego e do Pe. Tiago, e também de toda a nossa comunidade: um santo e feliz Natal a todos!

Um abraço fraterno, em Cristo, Pe. EDILSON DE SOUZA SILVA

Pároco da Basílica de Nossa Senhora da Penha

GUADALUPE: Mensagem de Amor e Carinho

O Santuário mais importante da de-voção a Nossa Senhora de Guadalupe encontra-se no México, próximo à Capi-tal, na colina de Tepeiac, que se avista imponente a quem se aproxima. Nesse local, aconteceram as quatro aparições da Virgem ao índio Juan Diego. Aí também se encontra a tilma, espécie de manto, no qual, indelével, ficou impressa de forma admirável e miraculosa a imagem de Nossa Senhora, na última aparição no ano de 1531.

A história da devoção a Nossa Se-nhora de Guadalupe, cheia de fatos admiráveis e milagrosos, mostra-nos o grande amor e carinho de Nossa Senho-ra por todos nós. Vejam-se suas palavSenho-ras dirigidas ao índio a quem chamava de “Dieguito” ou “Juanito”, “meu pequenino filho”: “Por que estás preocupado e com medo, se eu sou sua mãe? Por acaso, não estou aqui?” Juan Diego estava triste pensando em seu tio com quem morava que estava no leito, muito doente. Entretanto, ao chegar à sua casa, vê, admirado, que o tio está curado e bem disposto. Relata-lhe, então, o tio, que a Virgem havia aparecido, concedendo-lhe a cura.

O fato mais importante da história

foi o pedido de Nossa Senhora para que o bispo da região providenciasse a constru-ção de um templo, no local das aparições, em sua honra. Diante da incredulidade do bispo, frente às palavras do humilde índio, Nossa Senhora atende seu pedido de dar-lhe um sinal, uma prova de que o pedido era verdadeiro. Após muita insistência, Juan Diego é recebido pelo bispo e lhe en-trega, de presente, rosas envoltas na tilma. Para espanto do prelado e também para sua emoção vê-se diante de lindas rosas não existentes na região daquele tempo. Além disso, ao abrir o manto, surge a figura de Maria, rica e artisticamente reprodu-zida na tilma. Em lágrimas, ajoelha-se diante do milagre. Uma pequena capela guarda, inicialmente, a imagem, mas, diante da grande repercussão e devoção geradas, outra maior foi sendo erigida. Em tempos normais, fora da pandemia, o Santuário recebe cerca de vinte mi-lhões de peregrinos, ao ano.

O manto foi, ao longo dos tempos, sendo avaliado e estudado por técnicos e cientistas que atestaram não ser possível descobrir sua origem e autoria. Ainda se descobriu que os olhos da “Virgem Mestiça” refletia a imagem do índio Juan e do próprio bispo. Constata-se, pois, tratar-se de uma

imagem “achi-ropita”, isto é, não feita por mãos humanas.

E m 1 9 4 5 Papa Pio XII declara Nos-s a S e n h o r a de Guadalupe padroeira da

América Latina. O Papa João Paulo II, em visita ao Santuário, em 1979, fez a consagração solene de toda a América Latina a Nossa Senhora.

San Juan Diego foi canonizado em 2002, pelo Papa João Paulo II. Em 2016, o Santuário recebe a visita do Papa Francisco, que se apresenta como “missionário de misericórdia e de paz, mas também como um filho que quer prestar homenagem à sua mãe, a Virgem de Guadalupe, e deixar-se olhar por Ela”.

O Papa, recordando a mensagem amorosa de Maria, pede a todos que se deixem olhar por Nossa Senhora e lem-bra que, ainda hoje nos diz: que tens, meu filho, o menor de todos? O que entristece o teu coração? Porventura não estou aqui Eu. Eu que sou sua mãe?

IDEOVALDO R. ALMEIDA

Pascom

PASTORAL DO

DIZIMO

Sua contribuição pode ser

feita de segunda à sábado

na secretaria da Basílica nas

missas de domingo ou através

de depósito ou transferência

bancária

Banco Santander

Agência: 2196 –

C/C: 13000175-9

Mitra Diocesana de

São Miguel Paulista

CNPJ:

61.378.741/0003-67

EDITORIAL

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O SANTUÁRIO DA PENHA

DEZEMBRO DE 2020

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PUBLICIDADES

“O TEMPO DO ADVENTO SIGNIFICA ESTARMOS VIGILANTE E CONSCIENTE DA LIBERDADE QUE DEUS NOS CONCEDE E ORIENTAR NOSSAS ATITUDES NA BUSCA DA JUSTIÇA DO REINO”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº 227/nov.2020 – pág. 108)

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O SANTUÁRIO DA PENHA

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PUBLICIDADES

“ILUMINADOS PELA PALAVRA DE DEUS E NA FRATERNIDADE ENDIREITEMOS NOSSA VIDA E NOSSAS AÇÕES E, COMO JOÃO, SEJAMOS MENSAGEIROS DA BOA NOVA QUE ESTÁ PARA CHEGAR”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 32)

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O SANTUÁRIO DA PENHA

DEZEMBRO DE 2020

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

SASP – Serviço Social da Penha

O espírito do Natal é o do amor, da generosidade e da bondade. Ele ilumina a jane-la da imagem da alma e nos tornamos mais interessados nas pessoas; vemos alegria à nossa volta e respeitamos os verdadeiros valores. Neste dia peculiar, Jesus zela pela nossa paz e harmonia. Todos nós sabemos que Jesus é o nosso Salvador, é o porto seguro, em quem depositamos nossas esperanças. Vamos libertar em todos nós as bênçãos da confraternização! Natal é a

ternura do passado, o valor do presente e a esperança de um futuro melhor. É comungar com as pessoas que amamos a fartura e o amor que nos foi dado pelo sacrifício de um homem que nasceu menino e subiu aos céus para se sentar ao lado do Criador. É o desejo mais sincero de que cada co-ração se encha com bênçãos, para que cada caminho nos leve à paz. Vamos fazer nossa Novena de Natal em família, agradecendo pelo fato de estarmos vivos, apesar de um

NOS CAMINHOS DE MARIA

TESTEMUNHO DE

GRAÇA ALCANÇADA

Aproxima-se o Natal do Se-nhor. Com o tempo do Advento, a pessoa de Maria é evidenciada como indispensável colaborado-ra do plano salvífico de Deus. A Liturgia e a piedade popular aproximam-nos da Mãe de Deus invocada como Nossa Senhora da Expectação do Ó ou da Expecta-ção do Parto, celebrada a 18 de dezembro. Nem todos sabem, contudo, que a Paróquia da Penha tem algo em comum com Nossa Senhora (da Freguesia) do Ó.

Em 1796, na cidade de São Paulo, havia apenas uma Fre-guesia, isto é, uma Paróquia, a de Nossa Senhora da Assunção, sediada na Sé Catedral na região central do município. Por ordem da Rainha de Portugal, D. Maria I, foram desmembradas duas novas freguesias (paróquias) daquela da Sé, a fim de atender a popu-lação mais distante do centro, nos dois extremos da cidade e para além deles: eram criadas, em 15 de setembro daquele ano, as freguesias de Nossa Senhora da Expectação do Ó (ou,

sim-plesmente, Nossa Senhora do Ó) ao norte; e a de Nossa Senhora da Penha de França, a leste da cidade. Surgiam aí, a nossa Paró-quia da Penha e a do atual bairro da Freguesia do Ó – pequenos núcleos surgidos com capelas séculos antes da sua elevação a freguesia. Temos, então, que as comunidades paroquiais de Nossa Senhora da Penha e de Nossa Senhora do Ó são, na verdade, paróquias-irmãs. Recordamo-nos, aqui, dos grandes festejos de 1996 que marcaram os 200 anos de criação dessas freguesias.

Nossa Senhora do Ó é um título mariano presente em muitos lugares do Brasil a partir da colonização. Comumente festejada em 18 de dezembro, como dissemos, é uma invo-cação da Virgem relacionada ao mistério da encarnação do Verbo Divino. Esse título advém da expectativa ou esperança (=expectação) da Virgem para o parto do Salvador. Tem origem nas antífonas litúrgicas rezadas no Ofício Divino durante os dias

que antecedem o Natal de Je-sus e que são introduzidas pela interjeição de vocativo “Ó”: “Ó Sabedoria”; “Ó Adonai”; “Ó Raiz de Jessé”; “Ó Chave de Davi”; “Ó Sol Nascente”; “Ó Rei das Nações”; “Ó Emanuel”. Na verdade, essas invocações, cantadas de 17 a 23 de dezem-bro, todas aludem à vinda do Menino Redentor da Humanidade a partir das profecias que a Escri-tura faz a respeito desse mistério. Interessante como as co-munidades eclesiais pelo Brasil afora, especialmente no interior, cada qual com sua identidade de fé e cultura, mantêm, celebram e cantam os ofícios da Mãe de Deus e as antífonas do Ó, numa legítima e bela expressão de religiosidade popular que se une às novenas de Natal, ladainhas, récitas de rosário, congadas e procissões. As mulheres grávi-das, por sua vez, procuram e invocam a proteção de Maria com o título de Senhora do Ó, assim como Senhora do (Bom) Parto e Senhora do Leite.

Ao contemplarmos Nossa Senhora do Ó, o mistério que rezamos e a própria iconografia dessa devoção mariana aludem à Imaculada Conceição de Maria, celebrada aos 8 de dezembro – 9 meses antes da nativida-de nativida-de Nossa Senhora em 8 nativida-de setembro. A imagem de Nossa Senhora do Ó (assim como a de

história da humanidade. Com Maria e por mercê de Deus, temos a esperança de vida nova em 2021, sem pandemia, sem guerras, sem disputas, sem racismo e outros preconceitos, sem corrupção e mentiras, sem descaso com a vida humana e a Casa Comum. Nossa espera por dias melhores, sinal do Reino de Justiça e Liberdade, é grande, como canta uma das versões populares das Antífonas do Ó, de Reginaldo Veloso: “Ó Senhor, ó Adonai, de Israel, do teu povo, és guia! Nu´a fogueira a Moisés te revelaste, no Sinai a teus servos entregaste uma Lei cheia de sabedoria, vem trazer a teu povo alforria, libertar com teu braço os que amaste, ó, ó... Vem, ó Filho de Maria, do teu povo és o guia! Quanta sede, quanta espera! Quando chega, quando chega aquele dia?”

LEONARDO CAETANO de ALMEIDA Pastoral da Comunicação e Associado da Academia

Ma-rial de Aparecida Nossa Senhora da Conceição ou

Imaculada Conceição) represen-ta a Virgem de Nazaré em pé, grávida do Salvador, com as mãos postas em sinal orante ou com elas apoiadas sobre o ventre. Vencedora sobre o mal porque concebida pura e sem a mancha do pecado original no ventre de sua mãe, Santa Ana, Maria pisa a serpente, símbolo da morte. Por toda a vida, Maria exprimiu sua adesão à vontade do Pai, não co-nhecendo o pecado e, portanto, não passando pela corrupção da morte: ao fim de sua vida terre-na, foi assunta aos céus!

Ora, a celebração da Sole-nidade da Imaculada Conceição (dogma proclamado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854), estabelece um parale-lismo entre CRISTO, CORDEIRO IMACULADO que tira o pecado do mundo e MARIA IMACULADA, ADVOGADA DA GRAÇA, desde a eternidade pensada para digna Mãe do Senhor, modelo de san-tidade e imagem da Igreja que gera o Cristo, Senhor da Vida.

Como o Santuário de Nossa Senhora da Penha, Padroeira da cidade de São Paulo, a igreja matriz de Nossa Senhora do Ó também está numa colina, que permite uma vista panorâmica da Metrópole. As duas nos “ex-tremos” da cidade. Do alto des-ses outeiros, Maria acolhe e dá as boas-vindas aos que chegam e dá a sua bênção e proteção aos que partem desta capital paulista. Chegadas e partidas. Ciclos que se encerram e se iniciam. Anos civil e litúrgico que findam e começam. 2020 não foi dos melhores anos na

NossA seNhorA (dA expeCtAção)

do Ó, VirgeM dA esperANçA

ano com muitas dificuldades. Renovemos nossa esperança, pois Cristo nascerá.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo!

SOLEIMAR MARIA ROSSI

Equipe do SASP A senhora Vanira do Carmo

Carvalho é devota de Nossa Senhora da Penha há muito tempo. Herdou esse amor à Mãe de Deus de sua família, especialmente do pai, que vinha ao Santuário da Penha rezar o terço a Nossa Senhora. Conta Dona Vanira que, em 1972, sua filhinha, então com 2 anos, foi internada com uma grave desidra-tação. Por negligência do hospital, o caso se agravou. Levaram a criança, então, a um médico particular, que orientou uma nova interna-ção, desta vez no Hospital Santa Marcelina. O médico disse aos pais da menina:

“Vocês tem fé? Recomendo que rezem”. Colocaram-se, então, em oração e pediram a Nossa Senhora da Penha

que curasse a filha enferma. O milagre aconteceu. E como gesto de agradeci-mento à Senhora da Penha, peregrinaram a pé de sua re-sidência, na Vila Manchester, até a Igreja da Penha.

Hoje, sua filha, Cristiane Carvalho da Silva, é saudá-vel, casada e tem dois filhos. Mãe e filha, sempre que possível, retornam à Basílica para agradecer, diante da imagem milagrosa da Padro-eira, a graça alcançada há tantos anos.

Dona Vanira agradece a Nossa Senhora da Penha também pelo sucesso de uma recente cirurgia pela qual passou e pede, confiante, outras graças à Mãe, Rainha e Padroeira da cidade de São Paulo.

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O SANTUÁRIO DA PENHA

DEZEMBRO DE 2020

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

A preparação da mesa, do altar, para a santa Missa, é muito simples. É sinal das disposições interiores. É ofer-tório, oferenda das ofertas a Deus, para que Ele no-las de-volva, depois da consagração.

O rito do ofertório para o modo como o conhecemos hoje evoluiu ao longo dos tempos. Havia a preocupação de evitar uma identificação com os sacrifícios pagãos, nos primeiros séculos, onde havia sacrifícios-refeição aos deuses vários. Por outro lado, as recordações do antigo Israel continuavam atuantes e aca-baram por se introduzirem na preparação das oferendas. O pai de família era responsável por tomar o pão em suas mãos e apresenta-lo a Deus, ao

pro-TUA MISSA DO DOMINGO,

TEU TRABALHO DA SEMANA17

A LitUrgiA eUCArÍstiCA - o ofertório 2

PASTORAL DA ACOLHIDA DA BASÍLICA

DE NOSSA SENHORA DA PENHA

“Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu

para a glória de deus” (rm 15,7).

nunciar a oração à mesa. Este aspecto já se tinha consolida-do no século III.

O ofertório se firma como rito e ganha maior significa-ção. Trazem oferendas, mas não é só para tornar presente o sacrifício de Cristo. Acres-centam-se outras ofertas, que servirão para prover às neces-sidades do templo, como cera, óleo e para a manutenção dos ministros do altar e às neces-sidades dos pobres. Destacada atuação dos diáconos que detêm a supervisão para que essas ofertas sejam destinadas aos setores competentes de necessidade da Igreja. Desse modo, o diácono tornou-se como que “ministro das finan-ças” em Roma. E não é de ad-mirar que vários arquidiáconos

romanos fossem eleitos papas. Na Idade Média, começa a existir uma economia monetá-ria. A oferta de bens naturais passa a ser feita oferta em dinheiro. Na Alemanha ainda hoje se chama a oferta dos fiéis em espécie de “sacrifí-cio”. Existe até uma ligação simbólica com a patena, por meio do “prato do sacrifício”, onde os fiéis depositavam suas ofertas em espécie.

Contemporaneamente, o Movimento Litúrgico renovou, com muita felicidade, a forma do ofertório: cada fiel trazia uma hóstia para ser consa-grada pelo sacerdote sobre o altar. Nas grandes liturgias, solenidades e festas, a pro-cissão das oferendas é um dos elementos solenes preparados

e executados com carinho todo especial.

A criação de cânticos de ofertório entre os séculos XVIII e XX foi de uma contri-buição inestimável. Em geral, fazem a assembleia proclamar contanto: “Aceitai, Senhor, estes dons”. É o sentimento que está subjacente a todo canto de ofertório, no qual se diz, com simplicidade, que se ofertam a Deus os dons Dele, pedindo com fé que eles sejam transformados no grande Dom de Deus: o Corpo e o Sangue de Cristo, pelas palavras do sacerdote na consagração. Gostaria de mostrar um exem-plo antiquíssimo de canto de ofertório que exprime a an-tiga fórmula latino-grega de oblação: “TIBI, TUA, TUI, de TUIS” – A Ti, o que é teu, os teus, dos teus.

Cânticos como esses tradu-zem com clareza que aqui não se trata de dons, enquanto dons, mas dos dons enquanto sinais de nossos sentimentos, de nossa doação interior e da

vida toda a Deus. E mais: nos dizem que nossa doação não tem a ousadia ou a pretensão de substituir o sacrifício único de Cristo. Pelo contrário: ela quer se integrar no sacrifício de Cristo.

No próximo número, conti-nuaremos, se Deus quiser.

Que Maria, Senhora da Penha, Virgem Oferente sem igual, no ajude a cada vez mais participar frutuosamente dos santos mistérios.

ATÍLIO MONTEIRO JÚNIOR - Ministro da

Palavra e do Batismo

No dia 14 de novembro, nosso pároco, Padre Edilson de Souza Silva, ministrou uma formação e atualização para os membros da Pastoral da Acolhida, cujo objetivo é o acolhimento e a assistência dos irmãos e irmãs que partici-pam das celebrações em nossa paróquia.

A formação foi, especial-mente, para se conhecer os membros que entraram re-centemente para a equipe,

mas também para atualização de todos em virtude da pande-mia da COVID-19, que exigiu adaptações de acordo com as exigências das auto-ridades sanitárias, visando a participa-ção segura dos fiéis nas celebrações.

Em sua fala, o Pe. Edilson destacou o valor dos que se dedicam a essa missão, pois fazem de sua presença na Igreja a imagem do Cristo acolhedor, tendo a hospitalidade nos olhos e no coração, junto ao sorriso que abre as portas para que os irmãos se sintam bem vindos à casa de Deus. “Vocês devem ser os primeiros a chegar e os últimos a sair”, disse. Pe. Edil-son também alertou a todos no sentido de levar em

conside-ração a apresentação pessoal, principalmente no modo de se vestir sóbrio e descente. Falou da importância de estar em sintonia com os demais serviços da paróquia, ajudan-do-os em suas necessidades; e agir em situações de emer-gência inesperadas durante a celebração (orientar idosos, mães com criança de colo, etc.). Além disso, ressaltou ser importante: a disposição dos membros em cada espaço do início ao fim da celebração (nas laterais e nas entradas); saber o telefone da secretaria e ter sempre caneta e papel no bolso para a orientação dos fiéis; colaborar na coleta do ofertório; estar atento ao mo-mento da comunhão, ajudando o ministro da Eucaristia; e ou-tras. Ao final, Pe. Edilson agra-deceu e abençoou a todos os que disseram sim a esta missão.

OBS: Convidamos a todos os irmãos e irmãs que dese-jarem participar da Pastoral da Acolhida que procurem no final da missa o Paulo ou a mim (Roberto) para

orien-tações e esclarecimentos. Sejam todos bem vindos!

ROBERTO A. de OLIVEIRA

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O SANTUÁRIO DA PENHA

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PUBLICIDADES

“VIVEMOS O TEMPO DA ESPERA E DA CONVERSÃO. DEUS VEM AO ENCONTRO DE SEU POVO PARA NOS DAR A VERDADEIRA LIBERDADE. CAMINHEMOS, POIS, AO ENCONTRO DO SENHOR”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 58/59)

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O SANTUÁRIO DA PENHA

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

SANTA LUZIA:

os oLhos dA

pUrezA e do AMor A JesUs

FAZER O PRESÉPIO É

CONVIDAR JESUS A

ENTRAR NA NOSSA VIDA

Lúcia de Siracusa, conhecida como Santa Luzia, era de origem italiana e de família nobre. Nas-cida no século III, morreu ainda jovem, vivendo apenas 21 anos. É conhecida como a padroeira dos olhos e dos profissionais de oftal-mologia, também reconhecida pela sua virtude heroica da pureza e do amor a Jesus. Sua devoção é popular entre os brasileiros e também em todo o mundo. Várias graças em torno das vistas são atribuídas a essa santa, principal-mente para aqueles que sofrem de problemas que para medicina não têm mais solução.

A VIDA DA JOVEM LUZIA E O SEU MARTÍRIO: Santa Luzia era de família abastada e católica. Desde pequena, foi educada na fé e seu interesse pela religião começou de berço. Através do seu amor a Jesus, a menina fez um voto de virgindade perpétua. Luzia sem-pre teve um desejo ardente pela vida religiosa e, com isso, não tinha pretensões de dar-se em casamento como as outras moças de sua época. Contudo, após a morte do seu pai, sua mãe queria que ela casasse com um jovem de família distinta de Siracusa e pagão. De fato, naquela época era comum que os pais, prin-cipalmente as famílias mais ricas, dessem os filhos em casamento. Foi neste contexto que Luzia começou a enfrentar problemas em relação ao seu desejo e aquilo que a sua mãe desejava.

Sendo virtuosa e obediente aos pais, Luiza decidiu pedir um tempo de discernimento para poder distinguir sua vocação, em cujo período a jovem

fez uma viagem e, em uma romaria, foi ao túmulo de Santa Águeda, santa e már-tir, que a inspirou a não desistir do seu desejo de viver o celibato, permane-cendo assim firme em seu voto virgi-nal, dando então a certeza que ela não deveria casar.

Após voltar da

viagem de romaria, com a cer-teza e o desejo da vocação, Luzia vendeu tudo o que tinha, deu aos pobres e decidiu viver o sofrimento em desafiar aquele casamento – pois já sabia o quão seria difícil - e o desejo daquele rapaz que a queria como esposa de todas as formas.

O jovem, quando descobriu que Luzia não o queria como marido e também não queria seguir os seus princípios pagãos de adoração aos ídolos, acusou Luzia ao governador, desafiando a sua fé e o seu amor a Cristo. Após as acusações, o imperador da época, Diocleciano, emitiu um decreto para condenar Lúcia. Dessa forma, a jovem foi levada a um prostibulo para tirarem a sua virgindade e para ser humilhada. O seu amor a Jesus, porém, era tão grande que a jovem tinha con-vicção que nada aconteceria e, que se fosse preciso, ela morreria mártir, assim como Santa Águeda. Quando levaram-na para con-sumirem os atos contra sua pu-reza, a jovem rezou e alegou a todos com fervor: “quem vive casta e santamente, é templo do Espírito Santo. Sem a mi-nha vontade, a virtude nada sofrerá”. Conta-se que, a partir desse momento, mais de dez ho-mens tentaram levantá-la, mas não conseguiram. O governador, irritado com a situação, mandou matar Lúcia. Os homens então jogaram azeite quente e resina sobre seu corpo para queimá-la, mas nada aconteceu. Foi então que eles arrancaram os olhos de

Luzia e a mataram. A santa entrou no céu no dia 13 de dezembro de 304, sendo exemplo da virtude da pureza e do Amor a Jesus.

ORAÇÃO À SANTA LUZIA

Ó Santa Luzia, que preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados, antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre ex-traordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos, para recompensar vossa virtude e vos-sa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos.

Ó Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santos.

Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé.

Amém!

Santa Luzia, rogai por nós! Oração disponível em: https://formacao. cancaonova.com/es-piritualidade/oracao/ rezemos-a-oracao-a- santa-luzia-protetora-dos-olhos/ NEYLANA CÂNDIDO DE OLIVEIRA Pascom N a A u d i ê n c i a Geral de 18 de de-zembro de 2019, Francisco contou que, no dia anterior, lhe deram de pre-sente uma imagem pequena, com José acudindo o Menino e Maria descansando,

cujo nome era: “Deixemos a mãe repousar”.

“Quantos entre vocês têm que dividir a noite entre ma-rido e mulher para acudir a criança que chora, chora, cho-ra...Deixemos a mãe repousar. É a ternura de uma família, de um matrimônio.”

IMAGEM ARTESANAL DE PAZ:

O presépio, portanto, é a ima-gem artesanal da paz num mundo onde todos os dias se fabricam inúmeras armas e tantas imagens violentas.

EVANGELHO VIVO: O presé-pio, de fato, é como um Evan-gelho vivo e nos recorda uma coisa essencial: que Deus não permaneceu invisível no céu, mas veio sobre a Terra, se fez homem.

“Fazer o presépio é cele-brar a proximidade de Deus: é redescobrir que Deus é real, concreto, vivo e palpitante. Não é um senhor distante ou um juiz desapegado, mas é Amor humilde, que desceu até nós.”

Parar diante do Menino Jesus no presépio, aconselhou o Papa, é uma ocasião para falar das pessoas e das situações que te-mos no coração, fazer com Ele o balanço do ano e compartilhar as expectativas e as preocupações.

Ao lado de Jesus, vemos Nossa Senhora e José. A Sagrada Família é um evangelho domésti-co. A palavra presépio, explicou Francisco, significa literalmente “manjedoura”, enquanto a cida-de do presépio, Belém, significa “casa do pão”. Esses elementos nos recordam que Jesus é o nutrimento essencial, o pão da vida. “É Ele que alimenta o nosso amor, é Ele que doa às

nossas famílias a força para ir avante e nos perdoar.”

CONVITE À CONTEMPLA-ÇÃO: O presépio, acrescentou o Papa, nos oferece outro ensi-namento de vida: nos ritmos às vezes frenéticos de hoje é um convite à contemplação. Recor-da-nos a importância de parar.

“Porque somente quando sa-bemos nos recolher, podemos acolher o que conta na vida.”

“Queridos irmãos e irmãs”, concluiu o Papa, “do presépio podemos colher o ensinamento sobre o sentido próprio da vida. Agora não estamos mais sós, há uma novidade decisiva: Jesus”.

“Jesus vem na nossa vida concreta, por isso é impor-tante fazer um pequeno pre-sépio sempre, porque nos recorda que Deus veio entre nós, nasceu entre nós, nos acompanha e se fez homem como nós. Na vida de todos os dias, não estamos mais sós. Ele habita conosco. Não muda magicamente as coisas, mas, se O acolhermos, todas as coisas podem mudar. Eu então faço votos de que fa-zer o presépio seja a ocasião para convidar Jesus na vida. Quando fazemos o presépio em casa, é como abrir a porta: en-tre Jesus. Fazer concreta esta proximidade, este convite a Jesus para que venha na nossa vida. Porque se Ele a habita, renasce. E se a vida renasce, é verdadeiramente Natal. Feliz Natal a todos!” https://www.vaticannews. va/pt/papa/news/2019-12/ audiencia-geral-presepio-con-vidar-jesus-na-nossa-vida.html FRANCISCO

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O SANTUÁRIO DA PENHA

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““COM O ‘SIM’ RESOLUTO DE MARIA, A PROMESSA DE DEUS É REALIZADA. DEUS VEM AO NOSSO ENCONTRO, SE FAZ PRESENTE ENTRE NÓS NA SIMPLICIDADE DA CRIANÇA DE BELÉM”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 80)

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O SANTUÁRIO DA PENHA

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

DIOCESE CELEBRA O XI ENCONTRO

DOS MINISTROS NÃO ORDENADOS

No último dia 22 de

novem-bro, quando a Igreja celebrou a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, e também o dia dedicado aos cristãos leigos e leigas, a Diocese de São Miguel Paulista realizou o 11º encontro dos ministros não ordenados, como já é costume em nossa Igreja particular. Neste ano, no entanto, devido à pandemia do coronavírus, a celebração foi realizada com representações, e cada pa-róquia foi orientada a enviar apenas dois ministros.

A celebração, que acon-teceu na Basílica de Nossa

Senhora da Penha respeitando todas as normas de higiene e distanciamento social, foi presidida pelo nosso bispo dio-cesano, Dom Manuel Parrado Carral, e constou de três mo-mentos distintos: após a acolhi-da, foi feita uma memória dos ministros e ministras das nossas paróquias que, neste meses, perderam a batalha para a Covid-19, citando seus nomes um a um; depois, a liturgia da Palavra, com o ensinamento de Dom Manuel; e, por fim, o momento de adoração e bên-ção do Santíssimo Sacramento. Em sua homilia, Dom

Ma-nuel realçou sua alegria em estar com os ministros, não deixando de mencionar, po-rém, uma certa tristeza, visto que, nos anos passados, a Ba-sílica estava repleta de irmãos e irmãs. “Este momento, no entanto, nos mostra a gra-vidade do nosso contexto, o qual precisamos levar a sé-rio”, disse. O bispo, refletindo as leituras propostas para a ce-lebração, também fez um ape-lo para que, a partir daquele momento, todos se empenhas-sem, sobretudo, em trazer de volta às comunidades aqueles e aquelas que, de certa forma,

se acomodaram em suas casas devido à pandemia. “Colabo-rem com seus párocos neste intuito. Estes irmãos e irmãs precisarão especialmente da nossa atenção”, pediu.

Diante do Santíssimo, como Igreja, todos rezaram pelos doentes, pelos falecidos, pela famílias enlutadas, e não deixaram também de pedir pelos médicos, profissionais da saúde e cientistas, para que também se empenhem em descobrir uma cura e a imuni-dade para a Covid-19. Ao final da celebração, o coordenador diocesano dos ministérios, Pe.

Eduardo Nery Nunes, agrade-ceu a presença, a participação e o trabalho de todos, pela organização e preparação da celebração, e lembrou que, em virtude da pandemia, o calendário para o próximo ano ainda está suspenso.

http://www.diocesesa-omiguel.org.br/index.php/ noticias-2/2020/1604-dio- cese-celebra-o-11-encontro-dos-ministros-nao-ordenados Com informações da PASCOM da Diocese de São Miguel Paulista

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“É NATAL, É VIDA, É COMPAIXÃO. DEUS SEMPRE NOS SURPREENDE COM SUAS ATITUDES AMOROSAS E MISERICORDIOSAS, E NOS FAZ CONTEMPLAR A ETERNIDADE JÁ AQUI NA TERRA”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 104)

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“A FAMÍLIA DE NAZARÉ: MARIA E JOSÉ CUMPREM PERFEITAMENTE O DESÍGNIO DIVINO E ACOLHEM JESUS, O FILHO ETERNO DO PAI, ASSUMEM SUA MISSÃO E FORAM FIÉIS A DEUS”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 114)

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“NA FAMÍLIA DE NAZARÉ NASCE A INSPIRAÇÃO PARA QUE VIVAMOS HOJE DE ACORDO COM A VONTADE DIVINA, FAZENDO DE NOSSA CASA, UM LUGAR DE PAZ, ENCONTRO E ESPERANÇA”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 114)

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

“Quem perder a sua vida por causa de mim, a encon-trará” (Mt 16, 25)

Infelizmente, palavras como sacrifício, renúncia, abnegação e, até mesmo martírio, embora façam parte da Espiritualidade Cristã, e tenham suas raízes na Palavra de Deus, foram colo-cadas de lado ou substituídas por ideias que transformaram a religião cristã em uma “filosofia de vida” em que Deus concede o bem-estar e a prosperidade como sinais de bênçãos.

Nesse pensamento, Deus se tornou um realizador dos capri-chos humanos, e toda a radicali-dade exigida para o seguimento de Jesus de Nazaré foi revestida por um marketing religioso em que não se contempla mais os valores evangélicos que devem ser assumidos pelos discípulos e discípulas de Jesus.

No seguimento do galileu, os apóstolos e tantos outros, homens e mulheres, foram até as últimas consequências por causa do nome de Jesus. Um bom exemplo disso é a narrativa trazida por Lucas: “chama-ram de novo os apóstolos e açoitaram-nos com vara. E, depois de intimá-los a que não falassem mais no nome de

SANTO ESTEVÃO E O MARTÍRIO HOJE

CELEBRAÇÃO DO DIA DE FINADOS

Jesus, soltaram-nos. Quanto a eles, saíram do recinto do Sinédrio regozijando-se, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus” (At 5, 40-41).

No dia 26 de dezembro, a Igre-ja faz memória festiva de Estevão, o protomártir, ou seja, o primeiro a derramar o sangue por causa de Jesus. E seguindo os passos do seu Senhor que, na cruz, pediu pelos seus algozes, Estevão, diante dos homens que, vorazes, esperavam para apedrejá-lo, fez a seguinte oração: “Senhor Jesus, recebe meu espírito. Senhor, não lhes leve em conta este pecado” (At 7, 59-60).

Com Santo Estevão, inicia-se uma linda trajetória de mártires que confirmaram a fé com a oferta da própria vida, testemunhando que em Jesus, Deus se fez homem para abrir ao Homem o Reino dos céus. A memória de Estevão lembra a nós cristãos que “nunca se deve separar o compromisso social da caridade do anún-cio corajoso da fé” (Papa Bento XVI. Audiência Geral: Estevão, o protomártir. 10 de janeiro de 2007).

Todavia, quando falamos de sacrifício e martírio, não

podemos cair na “teologia de um Deus sádico” que se agrada do sofrimento humano. Não estamos defendendo e nem pregando uma espiritualidade masoquista, como se a dor e as lágrimas dos filhos de Deus fos-sem prazerosas para Ele. Quando falamos de dificuldades e per-seguições, nas palavras do Papa Francisco, “fala-se, porém das perseguições inevitáveis, não daquelas que nós próprios po-demos provocar com um modo errado de tratar os outros” (Papa Francisco. Gaudete et Exsultate, nº 93).

A cruz que precisamos abra-çar (Cf, Lc 9, 23), por vezes carregada de perseguição, é a consequência do próprio se-guimento, pois ela só pode ser entendida na sua profundidade e beleza a partir do seguimen-to fiel a Jesus Crisseguimen-to. Em ou-tras palavras, na aplicação do Evangelho na sociedade, forças contrárias vão se levantar, pois é “impossível solidarizar-se com os que sofrem e buscar sua felicidade e libertação, sem sofrer a reação dos po-derosos” (PAGOLA, Antônio. É bom crer em Jesus. Petrópo-lis, RJ: Vozes, 2016).

Sabemos que, nos tempos

hodiernos, em muitos lugares do mundo professar a fé cristã re-quer o heroísmo dos mártires. Não precisamos ir muito longe: basta nos lembrarmos da Irmã Dorothy (morta por defender os fragiliza-dos na Amazônia), de Dom Oscar Romero, bispo de El Salvador (morto por denunciar a ditadura em seu País); e de tantos outros que, católicos ou não, deram a vida pelo Evangelho, manifestado no amor aos irmãos, preferencial-mente os mais pobres.

Por fim, nos dias atuais, o martírio é vivido de diversas formas e maneiras, como bem nos lembra o Papa Francisco, já citado nesta reflexão: “não me refiro apenas às situações cruentas de martírio, mas às humilhações diárias daque-les que calam para salvar a sua família, ou evitam falar bem de si mesmos e preferem louvar os outros em vez de se

gloriar, escolhem as tarefas menos vistosas e às vezes até preferem suportar algo de injusto para oferecê-lo ao Senhor” (Papa Francisco. Gaudete et Exsultate, nº 119).

Inspirados por esses grandes personagens da história cristã, sejamos nós também corajosos anunciadores de Jesus, vivendo de forma coerente a nossa fé e, com o testemunho da pró-pria vida, estejamos prontos a responder a quem quer que nos pergunte sobre a razão da esperança (Cf. 1Pd 3, 15), que mora em nosso coração. “Abra-çar diariamente o caminho do Evangelho, mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade”! (Papa Francisco. Gaudete et Exsultate, nº 94).

Padre DIEGO NASCIMENTO

Vigário Paroquial

Nas celebrações da co-memoração dos fiéis fa-lecidos deste ano, além da memória dos que se foram, fizemos também homenagem às vítimas da Covid-19 no Brasil e no mundo. Em nossa Basílica, as três missas – 10h30, 15h e 18h - ocorreram con-forme as orientações das autoridades sanitárias (com medição de temperatura, distribuição de álcool gel 70% na entrada e distan-ciamento entre os bancos evitando aglomerações). Muitos irmãos e irmãs visi-taram o veleiro e o ossuá-rio, para fazer orações para seus entes queridos.

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“AGRADEÇAMOS AO DEUS DA VIDA, QUE NOS DEU SEU ÚNICO FILHO, JESUS, QUE SE PÔS AO LADO DE NOSSA HUMANIDADE, E NOS ELEVOU A DIGNIDADE DE FILHOS E FILHAS DE DEUS”. (Deus Conosco Dia a Dia – nº228/dez.2020 – pág. 128)

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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

CONFISSÕES INDIVIDUAIS

PARA VOCÊ LEMBRAR!

MISSAS NA BASÍLICA DE NOSSA

SENHORA DA PENHA: 2ª feira às 15h00 4ª feira às 15h00 6ª feira às 15h00 DOMINGO às 7h30, 10h30 h e 19h00. MISSA DO DIA 08:

Missa de Nossa Senhora da Penha na Basílica às 7h30; 15h00 e 19h30.

MISSAS NA COMUNIDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA:

Todos os Domingos às 9h00. Todos os dias 13 do mês às 20h00 (exceto no domingo)

MISSAS NO SANTUÁRIO EUCARÍSTICO:

3ª a 6ª feira às 7h15 e 17h00. Sábado às 7h15 h e 16h00. DOMINGO às 9h30

BATIZADOS e CASAMENTOS:

Marcar de 2ª à 6ª feira das 8h30 às 11h30 e das 14h00 h às 17h00 e Sábado das 8h30 às 11h30 e das 14h00 às 15h30 na secretaria da Basílica.

SANTUÁRIO EUCARÍSTICO DIOCESANO:

Terça à Sexta: das 09:00 h às 11:00 h e das 15:00 h às 16:00 h

Sábado: das 09:00 h às 11:00 h.

BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA:

Sexta: das 16h00 h às 17h15. - Sábado: das 09h00 às 11h45 e das 14h00 às 16h00. Domingo: das 16h00 às 17h30 – NÃO HAVERÁ ATENDIMENTO DE CONFISSÕES DURANTE AS MISSAS

NOTAS!

O SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Fica exposto durante o dia (exceto às 2ª feiras) no Santuário Eucarístico Diocesano (Igreja Velha da Penha).

VISITA AOS DOENTES:

Para receber a visita do Padre ou de Ministros (as) para comunhão, necessário agendar na livraria ou na secretaria (deixando: en-dereço, telefone e horários mais

convenientes).

CAMPANHA DOS ALIMENTOS PARA AS FAMÍLIAS CARENTES:

Trazer como ofertório nas missas do dia 08 de cada mês, na Basílica.

SECRETARIA DA BASÍLICA

AGENDA PAROQUIAL de DEZEMBRO e JANEIRO/2021

Segunda à Sexta-Feira das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 17:30 h

Sábado das 08:30 h às 12:00 h e das 14:00 às 16:00h. A secretaria está fechada aos Domingos e Feriados

ÓRGÃO INFORMATIVO E FORMATIVO DA BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DA PENHA PADROEIRA DA CIDADE DE SÃO PAULO DIOCESE DE SÃO MIGUEL PAULISTA | RUA SANTO AFONSO, 199 – FONES: 2295-4462 – SÃO PAULO.

Site: www.basilicadapenha.com.br / e-mail: basilicansdapenha@yahoo.com.br http://facebook.com/basilicansradapenhasp

• DIRETOR: Pe. Edilson de Souza Silva • EDITOR: Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias

• JORNALISTA RESPONSÁVEL: Ricardo Bigi - Mtb 39.450 • DIGITAÇÃO e MONTAGEM: Roberto

A. de Oliveira • REVISÃO: Eduardo Mazzocatto • RELAÇÕES PÚBLICAS/ COMERCIAIS: Elvis R.

Bertola e Roberto A. de Oliveira • ASSINATURAS: José Pinfildi Filho • COLABORADORES: : Pe.

Edilson de Souza Silva, Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias, Pe. Diego Nascimento Silva, Atílio Monteiro Junior, Ideovaldo Ribeiro de Almeida, Leonardo C. de Almeida, Marilena A. T. Lima, Neylana Cândido de Oliveira, Roberto A. de Oliveira, Soleimar M. Rossi.

• ILUSTRAÇÕES e FOTOS: Roberto A. de Oliveira (Pascom da Basílica); Inventy Soluções Criativas;

Vinícius Rocha (Pascom Diocesana)• MURAL: Juliana A. Pinfildi • SITE e FACEBOOK: Emerson Pinfildi,

Lécia Braz Bittencourt • TIRAGEM: 2.000 exemplares

• EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: José Hildegardo – Fone: (88) 99974-9086

• FOTOLITO e IMPRESSÃO: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. – Fone: (11) 4615-4680 As matérias assinadas são de total responsabilidade de seus autores.

05/dez Batizados na Basílica, às 9h00

08/dez Missas em louvor à NOSSA SENHORA DA PENHA às 7h30; 15h00 e 19h30, na Basílica. 19/dez Batizados na Basílica, às 9h00

19/dez Ordenação Presbiteral do Diácono Benedito Odilon da Silva, na Catedral de São

Miguel Arcanjo, às 9h30

19/dez Missa da 1ª Eucaristia das Crianças da Catequese, às 16h00, na Basílica 24/dez MISSA DA VÉSPERA DE NATAL – às 20h00, na Basílica.

25/dez MISSAS DE NATAL – às 9h00; 15h00 e 18h00, na Basílica. 31/dez MISSA DA VÉSPERA DE ANO NOVO – às 20h00, na Basílica.

01/jan/2021 MISSA DE MARIA, MÃE DE DEUS – às 9h00 e às 15h00 (Novena Perpétua), na Basílica. 08/jan/2021 Missas em louvor à NOSSA SENHORA DA PENHA às 7h30; 15h00 e 19h30, na Basílica.

Referências

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