Cantinho da Oração em família
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| Santa Maria, Mãe de Deus
Encontraram Maria, José e o Menino.
A família reúne-se no seu «Cantinho da Oração». Sugere-se a colocação de uma cruz, uma vela acesa e uma imagem de Nossa Senhora. Podem usar-se estatuetas ou estampas. Se a família tiver alguma devoção especial a algum santo ou santa em particular, pode também colocar-se a sua imagem. A cruz deve ser sempre central. Convém que haja perto cadeiras para todos se sentarem.
Antes de começar a oração, é preciso combinar tarefas: uma pessoa preside (sugere-se que seja a criança) e são necessários 2 leitores. Caso no momento de oração participem apenas duas pessoas, então uma preside e a outra responde e faz as leituras.
Após alguns momentos de silêncio, todos rezam como se segue (o V. marca as intervenções de quem preside e o R. a resposta de todos):
V. Em nome do Pai, (†) do Filho e do Espírito Santo.
R. Ámen.
V.Jesus nasceu: vinde, adoremos!
R.O Senhor visitou e salvou o seu povo!
A seguinte jaculatória é rezada por todos ao mesmo tempo e repete-se três vezes:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
Então, a criança que preside explica o sentido da celebração:
O ano tem início sob o nome da Mãe de Deus: o dia 1 de Janeiro, além de «Dia de Ano Novo» e «Dia Mundial da Paz», é dia de «Santa Maria, Mãe de Deus». «Mãe de Deus» é o título mais importante de Nossa Senhora, porque é aquele que diz mais profundamente quem Maria é, no plano de Deus e na História da Salvação. Da maternidade de Maria derivam todos os outros dogmas («verdades de fé») relativos a Nossa Senhora: ela é a «Imaculada Conceição», ou seja, concebida sem pecado, porque é a Mãe de Deus; ela foi elevada ao céu («Assunção de Nossa Senhora»), por ser a Mãe de Deus. Dito de forma muito simples: desde o seu nascimento, Maria não tem pecado para
poder vir a ser a Mãe de Deus; no final da sua vida, Maria morre e a seguir
é ressuscitada por Deus porque é a Sua Mãe.
Deus está perto da humanidade como uma criança está perto da mãe que a traz no ventre. A palavra «mãe» (do Latim: «mater») remete para a palavra «matéria». Na Sua Mãe, o Filho de Deus, infinito como o Pai, fez-Se pequenino, fez-Se matéria, não só para estar connosco, mas também para ser como nós. O Ano tem início com esta novidade. E nós proclamamo-la dizendo assim: Maria é Mãe de Deus! É a alegria de saber que a nossa solidão está vencida. É a maravilha de nos sabermos filhos amados, de sabermos que esta nossa infância nunca mais nos poderá ser tirada.
Deixemo-nos agora guiar pelo Evangelho de hoje. Da Mãe de Deus, diz-se apenas uma frase: «Guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração». Então, sejamos como Maria: escutemos com toda a atenção e guardemos e meditemos a Palavra no nosso coração.
Todos se sentam. Então, entoa-se o seguinte cântico (repete-se duas vezes):
Salve, Rainha! Salve, Rainha! Senhora minha, Mãe de Jesus!
O leitor 1 proclama a seguinte leitura (Lc 2, 16-21).
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração. Os
pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circundado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.
Palavra da salvação.
R. Glória a Vós, Senhor.
Segue-se o Salmo Responsorial.
Deus tenha compaixão de nós, Ele nos dê a Sua bênção.
1| Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
na terra se conhecerão os seus caminhos e entre os povos a sua salvação.
2| Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais os povos com justiça e governais as nações sobre a terra.
3| Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra.
O leitor 2 faz a seguinte leitura:
Maria «guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração». Guardava. Simplesmente… guardava. Maria não fala: durante toda a
narração do Natal, o Evangelho não refere uma palavra sequer que ela tenha dito. Também nisto a Mãe se associa ao Filho: Jesus é infante – ou seja, Ele, o Verbo, a Palavra de Deus que «muitas vezes e de muitos modos falou aos nossos pais nos tempos antigos», agora, na «plenitude dos tempos» está mudo, «sem dizer palavra». Deus é agora um menino que não fala; e a Mãe associa-Se ao Filho, guardando silêncio.
A atitude de Maria mostra-nos que também nós, se nos quisermos guardar a nós mesmos, precisamos de silêncio. Olhando em silêncio para o presépio, deixemos que Jesus fale ao nosso coração: deixemos de lado o orgulho e as nossas «manias de grandeza» – sejamos pequenos, simples e atentos aos outros.
Maria «guardava todas estas coisas», meditando-as. Quais eram estas coisas? Eram alegrias e aflições: por um lado, o nascimento de Jesus, o amor de José, a visita dos pastores, aquela noite de luz; mas, por outro, um futuro incerto, a falta de uma casa («porque não havia lugar para eles na hospedaria»), o desconsolo de ver fechar-se-lhes a porta; a desilusão por Jesus nascer num curral. Esperanças e angústias, luz e trevas: todas estas coisas preenchiam o coração de Maria. E que fez Ela? Meditou-as, isto é, repassou-as com Deus no seu coração. Nada conservou para si, nada encerrou na solidão nem na amargura: tudo levou a Deus. Foi assim que guardou. Entregando, guarda-se: quando dialogamos com Deus, ou seja, quando rezamos, apresentando-Lhe todas as coisas que nos acontecem, então Deus vem habitar nas nossas vidas.
importante. Temos hoje diante de nós o ponto de partida: a Mãe de Deus e nossa Mãe. Pois Maria é como Deus nos quer, como quer a sua Igreja: Mãe terna, humilde, pobre de coisas e rica de amor, livre de pecado, unida a Jesus, que guarda a Deus no coração e o próximo na vida. Para recomeçar, ponhamos os olhos na Mãe. No seu coração, bate o coração da Igreja. Para avançar é preciso recuar: é preciso recomeçar do presépio, da Mãe que tem Deus nos braços. No tempo de silêncio que se vai seguir, vamos pedir a graça de, ao jeito de Maria, saber ser portadores de paz para o mundo neste novo ano que começa.
No final da meditação, vem um momento longo de silêncio (3 minutos). Todos são convidados a pedir a graça de, ao jeito de Maria, neste novo ano levar a paz a todos. Quem quiser, pode ajoelhar-se.
Ao fim do tempo assinalado, todos se levantam e cantam:
Coração virginal de Maria, Coração virginal de Maria,
Sede luz e guia, sede luz e guia, sede luz e guia do pobre mortal.
A criança que preside inicia as preces:
Na solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, façamos subir até ao Pai a nossa oração pela paz e o bem-estar em toda a terra, dizendo, com alegria:
Senhor, dai-nos a Vossa paz.
Os leitores 1 e 2, alternadamente, propõem as preces.
1| Para que o Senhor dê aos fiéis da Sua Igreja e àqueles que os dirigem e apascentam um ano de bênçãos e de graças, oremos.
2| Para que o Menino encontrado pelos pastores ensine aos homens que trabalham pela paz a construí-la em fidelidade à voz de Deus, oremos.
3| Para que a Virgem, que deu à luz o Redentor, venha em socorro de todas as mulheres que vão ser mães e são pobres como ela, oremos.
4| Para que o nome de Jesus dado ao Menino esteja no coração daqueles que sofrem e nos lábios de cada moribundo, oremos.
5| Para que Deus volte para nós o seu olhar, nos dê a paz, nos abençoe e nos proteja, e faça crescer em santidade a nossa família, oremos.
A criança que preside inicia o Pai Nosso, que todos rezam juntos. No final, conclui com a seguinte oração:
V. Pai Santo, que chamais Vossos filhos àqueles que promovem a paz, concedei-nos a graça de trabalhar incansavelmente pela instauração da justiça, que pode garantir aos homens a paz firme e verdadeira. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Ámen.
Todos se voltam para a imagem de Nossa Senhora. Quem preside introduz a oração:
Porque Santa Maria deu à luz o Redentor e foi coroada como Rainha, saudemo-la como filhos muito queridos.
E todos rezam em conjunto:
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos
Virgem Maria. Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen.
Então, em silêncio, todos se benzem.
Para os pais…
Hoje o desafio é para os pais!
A Caminhada Diocesana do Advento ao Batismo do Senhor (2020/21) propõe-nos para hoje uma palavra-chave:«Unidade».
A unidade é superior ao conflito. Há um «artesanato» da paz,que nos envolve a todos, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio em vez de o conservar, abrindo caminhos de diálogo em vez de erguer novos muros. Então, desafiamos-vos a realizar um gesto de reconciliação, em família, com um vizinho. Ou então enviar, «postar» e divulgar nas redes sociais algum pensamento da Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2021.1
1 Pode encontrar-se em:
http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/peace/documents/papa-francesco_20201208_messaggio-54giornatamondiale-pace2021.html
