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ANAIS DO I SIMPÓSIO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DO IF SUDESTE MG CAMPUS SANTOS DUMONT

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ANAIS DO I SIMPÓSIO DE

ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

DO IF SUDESTE MG CAMPUS

SANTOS DUMONT

André Diniz de Oliveira - Diretor Geral Benedito Zomirio de Carvalho - Diretor de Ensino

Márcio de Paiva Delgado - Diretor de Extensão, Pesquisa e Inovação

Comissão Geral e Editorial Arthur Nascimento Assunção

Fernando Paulo Caneschi Flávia Calvano

Guilherme do Carmo Silveira Patrícia Morais Gomes

Sandro Farias Pinto Silvana Rodrigues Pires Moreira

Tiago Fávero Oliveira

Apoio financeiro aos projetos:

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IFSudesteMG) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

(3)

APRESENTAÇÃO

É com muita satisfação que apresentamos o livro de resumos expandidos do I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG realizado em 17 de outubro de 2018. Este Simpósio foi o primeiro do tipo organizado pela Direção de Extensão, Pesquisa e Inovação e pela Direção de Desenvolvimento Educacional, através de suas coordenações e comissões, e propõe, dentro de suas atividades, a divulgação e a valorização dos trabalhos acadêmicos realizados no âmbito de ensino, da extensão e da pesquisa. Nesta 1a edição, foram apresentados 22 projetos, sendo 6 no eixo ensino, 10 no eixo extensão e 6 no eixo pesquisa, de diversas áreas do conhecimento. Os trabalhos foram apresentados de forma oral e avaliados por pares, premiando o melhor trabalho em cada eixo. Assim, os estudantes tiveram a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e vivenciar uma experiência genuinamente acadêmica. Deste modo, fica o nosso agradecimento aos estudantes e aos orientadores pelo empenho, competência e compromisso com os trabalhos desenvolvidos na instituição. Além disso, agradecemos à toda comissão organizadora do Simpósio, pelo trabalho intenso desenvolvido para a realização do evento. Finalmente, fica o nosso agradecimento às agências financiadoras de nosso programa institucional de bolsas de iniciação científica e de nossas ações de ensino, pesquisa e extensão, IF Sudeste MG, CNPq e FAPEMIG. Através desta iniciativa o campus se prepara para realização de importantes eventos de maior abrangência, como o SIMEPE 2019 do IF Sudeste MG que será realizado em Santos Dumont e poderá receber trabalhos apresentados e debatidos neste importante evento inserido no calendário acadêmico de nossa instituição.

Comissão Organizadora - I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do IF Sudeste MG campus Santos Dumont

(4)

S

UMÁRIO

C

APÍTULO

I: R

ESUMOS EXPANDIDOS DO EIXO

E

NSINO

GEOIFSABER: APRENDENDO GEOGRAFIA NAS REDES SOCIAIS . . . 2 GOMES, Patricia Morais; CALVANO, Flávia.; MENDES, Lívia Escobar

IMPACTO DA MONITORIA DE INFORMÁTICA BÁSICA NOS ESTUDANTES DO IF SUDESTE MG

CAMPUSSANTOSDUMONT . . . 6 CARREIRA, Jonathan H.; ASSUNÇÃO, Arthur N.

LAÇOS EM NÓS - VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS? PRÁTICAS DA DISCIPLINA

RELAÇÕES INTERPESSOAIS . . . 10 SOARES, Geísa Martins; EVANGELISTA, Estephany Fernanda, MOREIRA Anderson; NASCIMENTO, Diennifer Lima. NASCIMENTO, Werick Ribeiro; OTÁVIO, Jennifer; PEREIRA, Nicole Emanuele de Souza M; SILVA, Talita Mariana; SILVA, Larissa Ferreira

PROJETO "LITERATURA - DA FANTASIA AO PENSAMENTO CRÍTICO": FORMANDO LEITORES

CRÍTICOS . . . 14 CASTRO, Karine Aparecida Gomes de; PINTO, Priscila Júlio Guedes; BARBOSA, Antônia Amélia

TRABALHOS ESCOLARES: DA IDEIA AORESULTADO . . . 18

LEITE, Daniel dos Santos; LIMA, Maria Cristina Garcia; SILVA, Paula Souza da

VIAGEM LABORATÓRIO DESTINOSERRA DOFUNIL- A VIAGEMDOSSONHOS . . . 21 SOARES, Geísa Martins; ESTEVES, Joyce Eliane de Paulo

C

APÍTULO

II: R

ESUMOS EXPANDIDOS DO EIXO

E

XTENSÃO

CINE IF SUDESTE-MG:UMA EXPERIÊNCIA DE ARTE E CULTURA EMSANTOSDUMONT . . . . 26 REIS, Priscila Fernanda de Souza; JUNIOR, Gésio Paulo da Costa; SILVA, Hugo Leonardo Oliveira da; FAGUNDES, Gabriela Fernandes; PINTO, Priscila Júlio Guedes; OLIVEIRA, Tiago Fávero; NASCIMENTO, Iara Marques; ASSUNÇÃO, Arthur Nascimento

COLORINDO VIDAS: ARTETERAPIA NOCAMPUS,NO MUSEU E NASESCOLAS . . . 30

SOARES, Geísa Martins; MUNCK, Sarah Vieira; VELOSO, Cintia

CURSO DEEXTENSÃO– INVESTIMENTO EMAÇÕES NABOLSA DEVALORES . . . 34 KALIL, João Paulo A.

CLUBE DEXADREZIFSD . . . 36 SILVA, Guilherme M.; PINTO, Sandro F.; LEAL, Carlos Artur A.

GRUPO DEDANÇAS URBANASIFSD: COREOGRAFIAMALANDRA . . . 40

PAULA, Maria V; AFONSO, Hedirlayne C.; TOMAZ, Ellen A.; MOREIRA, Luciano G.

(5)

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA VINCULADA A QUESTÕES TÉCNICAS, CURRICULARES E

METODOLÓGICAS REFERENTES AO ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL . . . 44

ALHADAS, Marcony Meneguelli; CARVALHO, Marcella Cristina Alves de

PRÁTICA ESPORTIVA - FUTSAL EHANDEBOL . . . 47 MENDES, Jean de A.; SOUZA, Felipe Robertson; ROSA, Diogo T. M.; SOUSA, Gustavo P.

PROJETO "PRÉ-IF" . . . 51 SILVA, Hugo Leonardo Oliveira da; MOREIRA, Silvana Rodrigues Pires; BARBOSA, Antônia Amélia

PROJETO: TURISMO ÉBOM E DÁTRABALHO! . . . 55 SOARES, Geísa; BRITTES, Gicele

PROMOÇÃO À SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO PARA SERVIDORES DO CAMPUS

SANTOSDUMONT . . . 59 OLIVEIRA, Clara L.; COELHO, Ana L.G.; RIBEIRO, Dener M.; PASQUALINI, Hérica E.C.; SOUSA, Gustavo P.

C

APÍTULO

III: R

ESUMOS EXPANDIDOS DO EIXO

P

ESQUISA

ANÁLISE DOSIMPACTOSAMBIENTAISASSOCIADOS AOMODAL DETRANSPORTEFERROVIÁRIO NO BRASIL . . . 64 AMORIM, Paola G.; SILVA, Luana A.; SILVEIRA, Guilherme do C.

APLICATIVO MÓVEL DE REALIDADE AUMENTADA NO ENSINO DE MOVIMENTO CIRCULAR

UNIFORME . . . 68

PORTES, Gabriel V.; COELHO, Pedro J. G; FLORES, Aline A. M; PINTO, Sandro F.; ASSUNÇÃO, Arthur N.

CIDADES CRIATIVAS- CULTURA, ECONOMIA EIDENTIDADES . . . 72 CANUTO, Isaías de Araújo; NASCIMENTO, Iara Marques do

INFLUÊNCIA DE UM APLICATIVO DE REALIDADE AUMENTADA NO ENSINO DE LANÇAMENTO

OBLÍQUO . . . 77

FLORES, Aline A. M; PORTES, Gabriel V.; COELHO, Pedro J. G; PINTO, Sandro F.; ASSUNÇÃO, Arthur N.

PROTOTIPAÇÃO DE UM BRAÇO ROBÓTICO MÓVEL CONTROLADO REMOTAMENTE PARA

MOVIMENTAÇÃO DECARGAS . . . 81

SOUZA, Richard R. S.; REIS,Flávio V. T.; OLIVEIRA, Elias Lopes; ROSSETI, Gustavo J. S.; MOREIRA, Luciano G.

PROTÓTIPOS DE MÁQUINACNC CONTROLADA REMOTAMENTE: UMAREVISÃO . . . 85 CARREIRA, Jonathan H.; DORNELAS, Rafaela B. C.; ASSUNÇÃO, Arthur N.; MOREIRA, Luciano G.

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I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

17 de outubro de 2018

GeoIFSaber: aprendendo Geografia nas redes sociais

GOMES, Patricia Morais1; CALVANO, Flávia.¹; MENDES, Lívia Escobar² 1

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG. ² Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG. 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG.

EIXO CATEGORIA ÁREA

(1) Ensino; (1) Nível Médio; (3) Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas. Linguística, Letras e Arte;

RESUMO

O crescente avanço tecnológico e o uso da internet como ferramenta didática no ambiente escolar têm se apresentado como instrumento útil ao processo de ensino-aprendizagem. O presente projeto de ensino vem sendo desenvolvido pelas professoras de Geografia do IF Sudeste MG – Campus Santos Dumont, Flávia Calvano e Patricia Morais Gomes, com o auxílio da bolsista Lívia Escobar Mendes e tem por objetivo buscar uma aproximação dos discentes com as temáticas relacionadas à ciência geográfica. Para tanto, utiliza-se a internet como uma ferramenta aplicada à prática pedagógica de modo que o seu uso e o uso de redes sociais sejam trabalhados como uma forma de facilitar a construção de conhecimentos inerentes à disciplina, permitindo a consolidação de novos espaços de reflexão fora do ambiente físico da sala de aula.

Palavras-chave: Geografia; TIC’S; Redes Sociais. INTRODUÇÃO

O crescente avanço tecnológico - principalmente no que se refere ao desenvolvimento da informática e internet - observado nos últimos anos, têm nos possibilitado a utilização de diferentes instrumentos capazes de nos manterem constantemente conectados uns aos outros e ao mundo. É incontestável o grande impacto que a informática, assim como seus demais ativos tecnológicos, tem produzido no modo de vida das pessoas e na produção das sociedades modernas.

Não de maneira distante, esse mesmo avanço tecnológico também se desenvolve e se emprega nos ambientes escolares como ferramenta didática que possibilita a transformação de modelos tradicionais de ensino. Dentre as muitas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), podemos destacar a internet como uma das mais populares e mais utilizada pela população em ge-ral e também pelas instituições de ensino, sendo esta uma importante ferramenta de conexão entre pessoas ao redor do mundo, trazendo consigo facilidades e interatividade até então não vistas no mundo. Nas escolas, novas atividades com interesses didáticos pedagógicos surgem com o auxilio da Internet, sendo a possibilidade de troca de experiências, a variedade de conteúdos e informações encontradas na Web opções que permitem uma quebra do tradicionalismo do ensino, fatos como esses consequentemente facilitam a construção de conhecimentos. Com o uso da internet há inúmeras possibilidades de encontrar e descobrir lugares que não se pensava existir, utilizar de softwares que permitem uma melhor compreensão por parte do aluno sobre o conteúdo que se pretende passar em diferentes disciplinas, possibilita o intercambio de experiências com outras pessoas e permite obter informações relevantes e pertinentes as várias áreas do saber (MORAN, 1997).

Ainda no que tange o ambiente escolar é nítido ver o quanto o acesso dos jovens às redes sociais tem se expandido de forma bastante significativa em nossa sociedade. Cotidianamente em nosso exercício docente, vemos nossos jovens conectados a diferentes dispositivos, tais como notbooks, tablets e smarthphones dentro e fora das salas de aulas ou ambientes escolares. Fato que

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I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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reafirma, assim, o quanto a sociedade contemporânea está estruturada pela tecnologia e como se faz importante a utilização dessa ferramenta como instrumento útil ao processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a internet tende a facilitar a motivação dos alunos, não só pela novidade empregada em favor de seu aprendizado, mas também possibilidades inesgotáveis de pesquisas e acesso a diferentes tipos de conhecimentos.

Para aproveitar das possibilidades de interatividade geradas pelo uso da internet, o projeto de ensino GeoSaber busca uma forma de inserir o uso da internet de forma positiva no contexto da educação, fazendo com que os jovens possam ampliar seus horizontes de conhecimento, interação e troca de experiências, estimulando a prática da pesquisa de forma prática e rápida e fazendo com que essa ferramenta se torne de grande valia para o aprendizado deles.

OBJETIVOS

O projeto de ensino GeoIFSaber: Aprendendo Geografia nas redes sociais, tem por objetivo utilizar da internet como ferramenta de auxílio no aprendizado de diferentes conceitos da ciência geográfica. Pensando nisso, o projeto pretende ser um aliado para as aulas de Geografia, uma vez que através da internet permitiremos a libertação do espaço físico da sala de aula, sem, contudo, perder o vínculo de aprendizado da disciplina de forma que os conceitos da disciplina possam ser revisitados e ampliados em outros espaços, neste caso em específico, o ciberespaço. O aluno, através desse projeto, poderá estar em permanente contato com a disciplina, já que o acesso on-line ao conteúdo facilitará sua visualização e por consequência sua análise e raciocínio frente aos conceitos publicados na página, fazendo-os refletir, questionar e dirimir possíveis dúvidas e questionamentos que por ventura surjam em virtude da visualização do conteúdo.

MATERIAL E MÉTODOS

O objetivo do projeto é estabelecer o uso de redes sociais como ferramenta para a compreensão e maior apropriação do conhecimento geográfico por parte dos alunos. Diante disso, para atender a esse objetivo, foi criada e estruturada uma página em rede social. A rede social utilizada para o início dos trabalhos foi o facebook, e a partir de sua criação a página vem sendo constantemente alimentada com postagens relacionadas a diferentes temáticas pertinentes a Geografia, em especial aos conteúdos trabalhados nas três séries do ensino médio, além de temáticas atuais e de grande relevância no mundo. Para que esse trabalho se desenvolva há reuniões periódicas entre as orientadoras e a bolsista. Tais encontros têm por finalidade discutir os assuntos a serem postados, assim como a abordagem que se dará em cada uma das publicações.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O projeto se inicia com a intenção de interagir por meio da rede social com assuntos geográficos da atualidade e resumos para estudos.

O início se deu através de reuniões para discursão para o design de uma página atrativa ao público, para que alcance uma maior visibilidade. Para a foto de perfil e capa utilizamos de várias montagens de diversas imagens relacionadas ao estudo geográfico como Bússola, mapas e globo terrestre.

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I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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Figura 1 e 2 – Fotos de perfil e capa da página GeoIFSaber.

Fonte: Projeto de Ensino GeoIFSaber.

Com essas reuniões também foram definidas as características das publicações, a forma como abordaríamos os temas e como as publicações poderiam ser direcionadas aos discentes do Campus Santos Dumont. Diante disso, definiu-se que teríamos hagtags próprias para os conteúdos que estivessem sendo trabalhados pelas professoras em sala de aula ao longo de todo o ano letivo, com indicações direcionando os alunos para cada série (#calourada, para o 1º ano do ensino médio; #veteranos, para o 2º ano do ensino médio; #formandos, para o 3º ano do ensino médio), assim como para fatos e acontecimentos que estivessem ocorrendo no mundo (#acontecendo no mundo). Dessa forma, a página trabalha não somente com conteúdos trabalhados em sala de aula, mas também com fatos, fenômenos e acontecimentos que se relacionam com a Geografia e que se apresentam em plena manifestação.

Desde sua criação, em agosto de 2018, a página já produziu conteúdo para treze publicações com conteúdos que perpassam temas como geologia, urbanização, refugiados, climatologia, economia, projeções cartográficas, mapas, expectativa de vida no Brasil e terremotos.

Figura 3 – Publicação sobre expectativa de vida da população brasileira.

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I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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CONCLUSÃO

O projeto GeoIFSaber foi aprovado pelo edital Nº 10/2018 da Direção de Desenvolvimento Educacional do Campus Santos Dumont. Desde sua aprovação tivemos os trâmites de seleção de bolsista, planejamento e execução dos trabalhos. A página entrou em funcionamento em 08 de agosto de 2018. Na sua primeira semana alcançou um número de 100 curtidas e ao longo dos dias foi alcançando um pouco mais do público. Por ser uma página recente, o nível de interação do público com a mesma é baixo, porém, pretendemos alcançar um grupo maior em breve, com realizações de atividades promovidas pela coordenação da página e com o apoio da instituição.

Diante dos resultados obtidos pelas curtidas, foi identificada a necessidade de ampliação do projeto para outras redes sociais com o objetivo de alcançar um número maior de usuários e pessoas interessadas nos conteúdos postados pelo projeto. Esse trabalho será realizado em breve e teve como motivação pedido dos discentes que utilizam outras plataformas sociais.

É importante destacar, também, o grande envolvimento e trabalho da bolsista Lívia que segundo seu relato avalia que: “Participar do projeto GeoIFSaber é abrir a mente para novos aprendizados, assuntos do cotidiano e acontecimentos geográficos. É estar disposto a aprender e compartilhar informações a todo momento. O projeto tem somado muito na minha realização acadêmica, pois a o pesquisar por dados acabo adquirindo conhecimentos interdisciplinar”.

Apesar do pequeno alcance apresentado até então, alguns resultados começam a se esboçar em sala de aula, pois, a cada dia, mais alunos fazem uso dos conteúdos postados em suas participações durante as aulas de geografia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARLOS, Ana Fani Alessandri. Novos Caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 2001.

MORAN, José Manuel. Novas Tecnologias e o re-encantamento do mundo. vol. 23. Rio de Janeiro, 1995.

___________________. Como Utilizar a Internet na Educação. vol. 26. Brasília, 1997.

___________________. A Internet na Educação. 2000a.

___________________. Ensino e Aprendizagem inovadores com tecnologias. 2000b.

RODRIGUES, Alexandre de Pádua de Sousa; SOUSA, Nilton Goulart de. A internet e o Ensino de Geografia. Revista Projeção e Docência. v. 3, n. 1, p. 37-55, mar. 2012.

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​ I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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IMPACTO DA MONITORIA DE INFORMÁTICA BÁSICA NOS

ESTUDANTES DO IF SUDESTE MG CAMPUS SANTOS DUMONT

CARREIRA, Jonathan H.; ASSUNÇÃO, Arthur N.​¹

¹ ​Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG.

E-mail: jonathanhauck2@gmail.com, arthur.assuncao@ifsudestemg.edu.br.

EIXO CATEGORIA ÁREA

Ensino; Nível Médio; Ciências Exatas e da Terra; RESUMO

Nestas últimas décadas, o Brasil tem ampliado o acesso à educação, contudo as altas taxas de evasão e reprovação tem se tornado realidade. Uma das causas é a falta de acesso a um computador com acesso a internet, principalmente em instituições localizadas em áreas longe dos centros urbanos. Para solucionar este problema diversas instituições têm mantido laboratórios de informática em suas instalações, porém nem sempre estes laboratórios estão disponíveis para acesso pelos alunos o tempo todo. Visando resolver este problema um projeto de monitoria foi realizado permitindo o acesso aos laboratórios de informática do IF Sudeste MG campus Santos Dumont em horários extraclasse. Dessa forma, alunos de todos os cursos, incluindo alunos matriculados em disciplinas de Informática Básica tiveram acesso a computadores com internet e puderam ser auxiliados em questões que envolvem conceitos da disciplina por um aluno monitor. Como resultados, foi possível perceber que muitos alunos tiveram maior acesso aos laboratórios, principalmente alunos do ensino médio.

Palavras-chave:​​ informática; educação; internet. INTRODUÇÃO

O Brasil tem avançado em termos de educação, como a partir da universalização do acesso ao ensino fundamental na década de 2000 (BARBOSA FILHO e MOURA, 2013), resultando em uma taxa de crescimento médio de 7% ao ano entre 2005 e 2013 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), porém os alunos da rede estadual tem tido desempenho estagnado desde 2009 (FALCÃO, 2015). Além disso, dados da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica mostram que a taxa de conclusão por ciclo das instituições é de aproximadamente 43,8% com uma taxa de evasão por ciclo de 49,5% (PEÇANHA, 2018). Essas taxas demonstram que, dentre outros fatores, os alunos estão tendo dificuldades no aprendizado dos conteúdos ministrados nas instituições de ensino.

Devido a isso, a informática tem sido inserida nas escolas e têm permitido a valorização do deslocamento das atividades de ensino para experiências e vivências virtuais, em lugares, tempos e espaços que permitam um enriquecimento pedagógico, deixando para o passado os restritos perímetros em que ocorre a relação tradicional e fechada entre professores e alunos (MACEDO, BIAZUS e FERNANDES, 2011).

Contudo, é notório que uma parcela dos estudantes não possuem computador ou internet em casa, o que afeta seu desempenho principalmente para a realização de trabalhos, pesquisas e atividades extraclasse, sejam individuais ou em grupo. Além disso, atualmente, na instituição abordada, os alunos só têm acesso extraclasse ao laboratório quando algum servidor tem disponibilidade para estar presente, o que torna o acesso nos horários dos entreturnos (horário de almoço e entre os turnos da tarde e noite) mais difícil.

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​ I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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Dessa forma, este trabalho, explorou a ampliação do acesso dos estudantes aos laboratórios de informática do IF Sudeste MG campus Santos Dumont com o intuito de permitir maior acesso em horários extra classe, fornecendo meios dos alunos terem um maior rendimento em quaisquer disciplinas que utilizem computador ou tenham conteúdos que necessitem do básico de informática, assim fornecemos um monitor da disciplina de informática básica para auxiliá-los. Este monitor pôde ajudar os estudantes em assuntos de quaisquer disciplinas quando estes se relacionavam com a ementa da disciplina de informática básica.

OBJETIVOS

Atuar como facilitador no processo de ensino e aprendizagem e solucionar uma das principais carências discentes em relação ao uso do computador/internet e tudo que envolva conceitos abordados na disciplina Informática Básica dos cursos do IF Sudeste MG campus Santos Dumont. O trabalho teve como objetivos específicos:

● Identificar e apresentar soluções para as dificuldades encontradas nas disciplinas relacionadas a informática básica o que permitiu maior envolvimento do professor responsável com o corpo discente;

● Criar horários extraclasse para o uso dos laboratórios de informática;

● Levar ao aluno o acesso aos recursos tecnológicos que a instituição dispõe para um melhor desempenho em seu processo de aprendizagem.

● Desenvolver meios e recursos que facilitem o reconhecimento das dificuldades encontradas no ensino/aprendizado e, posteriormente, auxiliem em seu esclarecimento.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a análise deste trabalho o monitor utilizou o horário entreturnos das 17h às 18h para permitir o acesso aos alunos e para auxiliá-los quando fosse necessário. Este horário foi apresentado aos estudantes da instituição por meio de grupos em aplicativos de mensagens.

Durante os horários o monitor preencheu uma planilha de controle onde foram marcados os números de alunos presentes e, assim, ter a informação do número de alunos por curso que necessitou do horário da monitoria.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Um total de 150 alunos compareceram aos laboratórios no horário previsto para a monitoria em um total de 81 dias, desconsiderando finais de semana, como ilustra o gráfico da Figura 1.

Figura 1. Composição dos dias de monitoria.

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gráfico da Figura 2. Este gráfico apresenta o número de alunos que compareceram à monitoria entre os meses de agosto e dezembro do ano de 2017 e todos cursos são concomitantes e subsequentes, exceto os cursos integrados. É possível ver que dentre os alunos dos cursos oferecidos pela instituição, os mais frequentes foram do curso Mecânica Integrado com 94 alunos e o curso com menos alunos frequentes foi Mecânica subsequente/concomitante, onde nenhum aluno compareceu a monitoria. Essa contagem considera a soma de alunos que compareceram por dia, podendo ter os mesmo alunos em dias diferentes.

Figura 2. Frequência da presença dos alunos na monitoria por curso.

Além disso, neste gráfico podemos destacar que a monitoria teve como público principal os alunos dos cursos integrados, resultando em 117 alunos, ou seja, 78% dos alunos que frequentaram eram alunos do ensino integrado. Assim, o público secundário foram os alunos dos demais cursos com 22% da presença, como ilustra a Figura 3.

Figura 3. Proporção de alunos do ensino Integrado em relação aos alunos de outros cursos na monitoria.

Contudo, algumas dificuldades encontradas foram percebidas, a dificuldade de alguns alunos em pedir auxílio do monitor se destaca, pois estes chegam a procurar o professor em horários extraclasse, inclusive no horário que o monitor está presente. Outra dificuldade consistiu em um problema fora do escopo da monitoria: alunos procuraram o monitor para sanar dúvidas que vão além da disciplina de Informática Básica. Uma última dificuldade encontrada foi em relação ao

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​ I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

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regulamento do uso e configuração dos laboratórios que impossibilitou o acesso de arquivos por meio de pendrive, dessa forma alunos tiveram maior dificuldade, pois precisaram deixar todos dados em serviços na nuvem para ter acesso no laboratório. Levando em conta que não são todos os alunos que têm acesso a internet em casa, mesmo o arquivo estando salvo na nuvem, o aluno poderia não ter acesso ao mesmo, o que pode dificultar ao aluno o término de trabalhos, além de dificultar quando for um trabalho for apresentado, como seminários, pois se for utilizar o computador do professor(a), este deve ter acesso a internet.

CONCLUSÃO

A partir desses dados percebemos a influência da monitoria da disciplina de Informática Básica para o IF Sudeste MG campus Santos Dumont, pois auxilia diversos alunos de diversos campus e, principalmente, serve de apoio para alunos dos cursos integrados ao ensino médio realizarem tarefas diversas em horário extraclasse.

Contudo, certos regulamentos podem afetar negativamente os alunos apesar de suas necessidades. Assim, podemos concluir que novas formas de regulação podem ser pensadas para evitar problemas para os alunos, uma vez que instituições de ensino devem ter como prioridade o bem estar de seus alunos, evitando barreiras que podem prejudicar seu desempenho acadêmico.

Para trabalhos futuros questionários poderiam ser aplicados aos alunos que frequentam a monitoria a fim de entender suas necessidades, bem como quantos têm acesso a computador e internet em casa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA FILHO, F. H.; MOURA, R. L. Educação e Desenvolvimento no Brasil. In: PEREIRA, L. V.; VELOSO, F.; BINGWEN, Z. (Org.). ​Armadilha da Renda Média: Visões do Brasil e da China​​. Rio de Janeiro: Editora FGV: IBRE, 2013. v. 1, p. 107-133.

FALCÃO, Maria Ana Clemente. ​A evolução dos gastos em educação no Brasil e sua relação com indicadores educacionais​​. Monografia. UFRJ. 2015.

PEÇANHA, Plataforma Nilo.​ Plataforma Nilo Peçanha​​. Disponível em: <https://www.plataformanilopecanha.org>. Acesso em: 10 ago. 2018.

MACEDO, Suzana da Hora; BIAZUS, Maria Cristina Villanova; FERNANDES, Filipe Arantes. Uso da Realidade Aumentada como Apoio ao Ensino do Campo Magnético de um Ímã. ​Cadernos de Informática​​, v. 6, n. 1, p. 117-123, 2011.

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LAÇOS EM NÓS – VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS?

PRÁTICAS DA DISCIPLINA RELAÇÕES INTERPESSOAIS.

SOARES, Geísa Martins1; EVANGELISTA, Estephany Fernanda, MOREIRA Anderson; NASCIMENTO, Diennifer

Lima. NASCIMENTO, Werick Ribeiro; OTÁVIO, Jennifer; PEREIRA, Nicole Emanuele de Souza M; SILVA, Talita Mariana; SILVA, Larissa Ferreira².

1 Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG. ² Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus

Santos Dumont - MG. E-mail: geisa.soares@ifsudestemg.edu.br;

EIXO CATEGORIA ÁREA

(1) Ensino (1) Nível Médio (3) Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas. Linguística, Letras e Arte

RESUMO

O Projeto de Ensino Laços em Nós nasceu na primeira aula da disciplina de Relações Interpessoais, do Curso Técnico em Guia de Turismo, ministrada pela professora Geísa Martins Soares, a partir da qual são orientadas dinâmicas e reflexões acerca dos conceitos centrais contidos no documento Programa Analítico de Disciplina. Com o intuito de trazer aulas mais produtivas, são propostas dinâmicas e contação de histórias em que se trabalha a motivação, o autoconhecimento e a autoestima, em todas as aulas. A princípio o projeto tem tido excelente aceitação pelos alunos e, mesmo que precocemente, já traz resultados positivos apreciados por todos os envolvidos.

Palavras-chave: Laços em Nós. Disciplina Relações Interpessoais. Guia de Turismo. INTRODUÇÃO – VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS?

O Laços em Nós é um projeto de ensino que nasceu na disciplina de Relações Interpessoais, ministrada pela Professora Geísa Soares. As práticas de aprendizagem conduzidas na referida disciplina, almejam oportunizar aos alunos do Curso Técnico em Guia de Turismo (TGT), a reflexão e compreensão das características motivacionais e comportamentais nas relações humanas.

De acordo com a ementa da disciplina, que contempla os conceitos e temas relacionados as relações interpessoais no trabalho, são trabalhados textos e dinâmicas que objetivam “incentivar a compreensão e análise crítica, em uma visão geral, dos componentes estruturais e funcionais das relações humanas” (SOARES, 2018).

No Programa Analítico da disciplina a ementa traz:

Relações humanas. Necessidades interpessoais. Mediação e solução de conflitos. Ética e Cidadania. O Guia de Turismo: Relações humanas e atuação profissional, habilidades e atitudes, aparência e conduta, liderança, motivação, etiqueta social, marketing pessoal. Atendimento ao turista. Características motivacionais e comportamentais do turista. (SOARES, 2018).

O projeto Laços em Nós – Você é do Tamanho dos Seus Sonhos? nasceu de maneira não intencionada, naturalmente, a partir das dinâmicas desenvolvidas nas aulas. A partir de uma aula em que a professora Geísa Soares trouxe a contação de uma história de uma menina pobre, que tinha muitos sonhos. Apesar dos desafios enfrentados ao longo de sua jornada, a menina pobre sonhadora, se torna vitoriosa e realiza seus sonhos através da dedicação aos estudos e ao trabalho.

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I Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão

17 de outubro de 2018

2 depoimentos pessoais nas rodas de conversa com contação de histórias.

Assim, iniciado o projeto em agosto de 2018, numa perspectiva pedagógica dialogal, as aulas são direcionadas pela docente, sempre almejando que os ‘nós’ que cada um de nós traz consigo, oportunizem reflexões interessantes para o grupo, através dos depoimentos pessoais. E que laços de amizade, companheirismo e autoestima, sejam enlaçados entre nós.

OBJETIVOS

Propor uma nova dinâmica de aprendizado a partir da disciplina Relações Interpessoais, que visa oportunizar aos alunos do Curso Técnico em Guia de Turismo, a compreensão e valorização das características das relações humanas através do autoconhecimento e enfrentamento de suas histórias pessoais e aumento da autoestima.

MATERIAL E MÉTODOS – RODAS DE CONVERSA E BOAS HISTÓRIAS!

A metodologia de trabalho do Projeto Laços em Nós, está ancorada em uma relação dialética, por meio da qual se permite troca de saberes e vivências, considerando a singularidade de cada participante. Os encontros são pensados e planejados privilegiando o espaço de diálogo entre os envolvidos, e a troca de informações sobre suas vivências e realidades, ou seja, a partir das rodas de conversa, criam-se espaços e momentos em que todas e todos – que se sentem à vontade em fazê-lo, possam se expressar e fazer depoimentos – sobre sua vida pessoal.

Nesta esteira de condução, a organização das atividades se dá a partir de etapas sequenciais, em que cada encontro – ou aula, traz reflexões sobre determinado tema da ementa, como autoestima, liderança e empatia, porém, trabalha em conjunto, possibilidades de desatar nós do passado vivido, a partir das vivências de cada um, e de criar reflexões enlaçadas na produção de conhecimento.

Em um dos encontros, foi proposto pela professora que a turma pensasse na realização de um sonho. A proposta é que seja definido em conjunto com todos os envolvidos, um sonho, ou seja, um evento, ou viagem, ou confraternização, uma ação desejada, que se revele em um sonho a ser realizado no findar do semestre. Sonho este que está em fase de escolha pelos alunos.

De acordo com Espíndola (2008), quando se propõe trabalhar com projetos há, inerente a esta prática educativa, a realização de um sonho, de um desejo, de um desafio, de uma necessidade, a qual se pretende realizar. E para que o objetivo de solucionar um determinado desafio seja alcançado,

O uso dos projetos como estratégia pedagógica não pode ser realizado de forma aleatória ou improvisadamente. Apesar de visar atender aos interesses dos alunos, há que se efetivá-lo de forma organizada, para que se torne instrumento confiável na obtenção dos resultados desejados. Nesse diapasão, há uma lógica de passos a serem dados, para que os próprios alunos se sintam confiantes e seguros. (PIRES, Apud ESPÍNDOLA, 2008).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

RELATOS DOS ALUNOS: SÃO AULAS INESQUECÍVEIS!

Como foi elucidado em sessão anterior, em alguns encontros, os alunos tinham que trazer suas histórias com seus depoimentos de vida. A indicação é que podia ser uma história com um personagem, que podia ser contada ou lida. Cada personagem – aluna e aluno, teve seu tempo na roda de conversa. Todos os participantes ouviam e, quando quiseram, se envolveram com os depoimentos, fazendo observações e trazendo novos depoimentos.

A partir dos encontros em que foi proposta a dinâmica com a roda de conversa e os depoimentos, o encantamento e a sensação de gratidão por participar dos encontros, são os

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3 sentimentos que dominam a todos os personagens – alunas, alunos e professora, envolvidos no projeto.

Para a elaboração deste trabalho foi sugerido a todos os envolvidos no projeto, que elaborassem depoimentos, simples declarações, para que pudéssemos, juntos, criar a oportunidade de contar para outras pessoas o quão bacana e valioso está sendo a condução deste projeto em nossas vidas. Assim, os depoimentos a seguir trazem um pouco da gratidão e emoção que todos os personagens sentem ao participar do projeto.

Eu pensava em desistir, pensava em sair do curso e não fazer mais nada. A partir das aulas de Relações Interpessoais eu refleti sobre a vida. Eu ouvi a trajetória de vida da professora Geísa Soares e dos demais amigos. E pensei: calma... Espere... VOCÊ PODE! VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS! Essa frase foi a que eu aprendi que eu sou do tamanho dos meus sonhos. E quem tem que gostar de mim é eu. Quem tem que lutar por mim é eu. Pois afinal, quem está comigo 24 horas por dia sou EU. Gostaria que mais pessoas tivessem a oportunidade de participar desse projeto. Para se sentirem aliviadas e ouvirem mais histórias. Todos têm problemas, temos que abraçar as pessoas. A turma do curso TGT do Módulo II está muito mais unida, a partir dessas aulas. Aí percebemos os resultados benéficos a todos! Nicole Emanuele, 16 anos.

Meu nome é Diennifer, tenho 16 anos. A experiência que tive nas aulas de Relações Interpessoais foi ótima pois, consegui falar e colocar pra fora sentimentos que me incomodavam e que nunca tinha falado pra ninguém. A professora Geísa foi um anjo na nossa vida. Ouvimos a história de cada um aluno do TGT 2 e ficamos mais próximos uns dos outros, pois no primeiro módulo, a sala era dividida em grupinhos, e agora no segundo módulo todos conversamos uns com os outros, graças às aulas. As conversas ampliaram minha visão sobre outras pessoas e creio que meus colegas de classe também passaram a enxergar de outra forma, passamos a não julgar as pessoas pelo que parecem ser.

Para mim a aula foi de grande importância, foram momentos de olharmos para dentro, para enxergarmos o outro com amor e empatia e entender que todos nós passamos por lutas internas e que ser luz no dia de alguém e essencial. O projeto "Laço em Nós" está sendo de grande aprendizado. Nas aulas nós ouvimos as pessoas e falamos também, e nesse mundo de hoje é tão difícil encontrar alguém que nos ouça sem olhos de condenação. O projeto traz abraços e carinhos na alma, queria que todos tivessem essa oportunidade maravilhosa! Esthéfany Fernanda, 18 anos. O trabalho desenvolvido na disciplina de relações interpessoais tem mudado minha maneira de ver o mundo. Saí da casa de meus pais com 21 anos para tentar lhes proporcionar uma melhor qualidade de vida. Enfrentando vários desafios eu acabei guardando muitas mágoas comigo, nas aulas tenho aprendido a me expressar e a gostar mais da vida. Anderson Moreira, 32 anos. Como está sendo a experiência em participar dessas aulas da Geísa? Bom, apesar de nos fazer chorar bastante (risos), posso afirmar que não tem aula melhor, depois dessa aula viramos outro TGT, e pode acreditar, é outro mesmo. Conhecemos melhor um ao outro, nos desculpamos por erros banais. Só na aula da Geísa tive coragem de falar sobre mim. Depois dessa aula tudo mudou, lembro das palavras que a professora Geísa me disse depois de contar minha história (lembro de tudo), e depois dessas palavras passei acreditar mais em mim, lutar mais pelo o que eu quero, sou eternamente grata por essas aulas incríveis. Digo que é o que todos precisam, do famoso "Laços em Nós". Jennifer Otávio.

A experiência nas aulas de interpelações pessoais foi muito especial pra mim, pois foi o jeito que todos nós sabemos que todos nós temos nossas tristezas, motivos, perdas enfim...adorei demais ter participado destas aulas foi um jeito de nós unir mais com todas aquelas brigas que alguns teve no meio do curso e acabaram se desculpando porque não sabemos o que aquela pessoa se passa nela, não sabe como foi o dia dela enfim...e que venha mais e mais aulas desse tipo pois, estou amando muito... Talita Mariana, 16 anos.

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4 As aulas de relações interpessoais fez a gente se aproximar mas do que antes e aprender a não jugar pela aparência e sim aprender olhar não só o físico mais o interior que e mas importante pois podemos ver como cada um e de verdade, nem tudo q vemos e como é não sabemos o q estão passando se estão felizes ou triste alguns tentam disfarça por medo de falar e incomodar mas acho que com essas aulas as coisas mudaram pois perdem o medo de falar o que sentem. As aulas de relações interpessoais acho q tem tido um impacto muito grande nas nossas vidas pois falam de coisas que nunca tiveram coragem de falar pra ninguém. Larissa Ferreira da Silva, 18 anos. Olá sou o Werick, tenho 23 anos e sou aluno do IFET da Cidade de Santos Dumont MG. Faço Curso de Guia de Turismo, eu vim falar sobre a aula da professora Geisa, de segunda-feira que mudou a vida dos alunos da minha turma e a minha. Nas aulas você pode falar sobre você mesmo da sua vida, da sua história. Nomeamos as aulas com um nome especial que é: Laços e nós. Por que desse nome? Por que todos na vida tem momentos bons e ruins e muitos acumulam dores, sofrimento e solidão em seu peito. Aprendi que nunca devo julgar ninguém sem conhecer sua história pois, muitos têm histórias que se você ouvir vai fazer você mudar seu pensamento sobre a pessoa. Não devemos julgar as pessoas e sim amar, como diz o Senhor, amar o seus irmãos como a si mesmo.

CONSIDERAÇÕES

É perceptível o crescimento dos alunos, em sua maioria, com a realização das dinâmicas nos encontros de aulas.

Muitos depoimentos trouxeram as verdades de cada personagem, que a partir dos desabafos, encantaram, emocionaram e trouxeram lágrimas. Foram trocas de vivências, olhares de perdão e verdades sentidas que comoveram e trouxeram lágrimas de medo e de angústias passadas que se misturavam as lágrimas de alívio e de perdão. Foram momentos especiais, renovadores, ímpares e quase indescritíveis.

Os participantes das dinâmicas elaboraram depoimentos valiosos, dizendo que a participação nas atividades do projeto – da disciplina, lhes trouxe sentimentos surpreendentes, e que lhes causaram transformações positivas e de encantamento.

Mesmo que precocemente, pois estamos ainda no meio do semestre, destacamos que a experiência de compartilhar destes momentos de práticas educacionais, nos faz acreditar que o bom relacionamento humano no trabalho depende essencialmente, do autoconhecimento e da autoestima. Participar deste projeto está sendo motivador para todos nós!

“Nas aulas tivemos fortes emoções, choramos, rimos, brincamos, nos divertimos e aprendemos que as coisas mais importantes da vida não se compram, se conquistam. Agora é daqui para melhor!” (RELATOS DE ALUNOS, 2018).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANELA, Norberto Geraldi. Você é do Tamanho dos seus Sonhos. Texto extraído de palestra de Cesar Souza, 2013. Disponível em: http://www.ngcanela.com/voce-e-do-tamanho-dos-seus-sonhos/. Acesso em 13 de agosto de 2018.

ESPÍNDOLA, Pablo Guilherme. A metodologia de projeto no ensino superior de turismo. Dissertação de Mes-trado. Programa de Pós-Graduação em Turismo. Universidade Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2008.

RELATOS DE ALUNOS. Relatórios de alunos (em construção). Projeto de Ensino: Laços em Nós. Direção de Desenvolvimento Educacional. IF Sudeste MG. Campus Santos Dumont MG. Setembro de 2018.

SOARES, Geísa Martins. Programa analítico de disciplina. Relações Interpessoais. Curso Técnico em Guia de Turismo. Direção de Desenvolvimento Educacional. IF Sudeste MG. Campus Santos Dumont MG. Julho de 2018.

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PROJETO “LITERATURA – DA FANTASIA AO PENSAMENTO

CRÍTICO”: FORMANDO LEITORES CRÍTICOS

CASTRO, Karine Aparecida Gomes de; PINTO, Priscila Júlio Guedes; BARBOSA, Antônia Amélia.1

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG.

EIXO CATEGORIA ÁREA

Ensino. Nível Médio. Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas. Linguística, Letras e Arte.

RESUMO

Este trabalho consiste em um relato de experiência do projeto de ensino “Literatura – da fantasia ao pensamento crítico”, iniciado neste ano no IF SUDESTE-MG (Campus Santos Dumont). Destinado a alunos dos cursos técnicos integrados (Manutenção de Sistemas Metroferroviários, Mecânica e Eletrotécnica), tal projeto busca resgatar o valor da leitura, possibilitando-lhes vivenciarem experiências que proporcionem e solidifiquem os conhecimentos significativos no processo de aprendizagem, além de estimular o gosto pela leitura. Para o desenvolvimento da competência leitora dos estudantes, adotam-se algumas concepções teóricas, como: leitura como prática social (KLEIMAN, 1996); leitura como processo cognitivo, semântico-pragmático e linguístico (ROJO, 2002); a relação literatura e organizações sociais (CARPEUX apud BOSI, 2002). Através dessas concepções e dos estudos interacionistas da linguagem – o texto se constrói na interação, realizam-se diversas atividades de leitura (roda de conversa, cafés literários), em que não só se discutem os textos lidos, mas também há apresentações artísticas que permitem aos discentes exporem as suas reflexões sobre a vida em sociedade e tornarem conscientes do estar no mundo.

Palavras-chave: Leitura; literatura; pensamento crítico; ensino. INTRODUÇÃO

Com o avanço tecnológico, houve um crescente aumento do contato dos alunos com computadores, celulares, videogames e TV, contribuindo, assim, para que estes se desinteressassem, cada vez mais, pela leitura de textos acadêmicos e literários. Como reflexo disso no processo de aprendizagem, os estudantes encontram dificuldades para compreenderem textos escritos formais, para produzirem textos ou para expressarem sua opinião sobre determinado assunto, além de demonstrarem conhecimento restrito quanto ao uso adequado da norma padrão culta da língua portuguesa, apresentando desvios gramaticais, o emprego recorrente da linguagem coloquial e um vocabulário precário.

Diante dessa realidade, propõe-se a realização do projeto de ensino “Literatura – da fantasia ao pensamento crítico” para resgatar o valor da leitura, levando os alunos a vivenciarem experiências que proporcionem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem, proporcionando-lhes momentos que possam despertar neles o gosto pelos livros e estimular o hábito da leitura. Tal projeto, ainda em desenvolvimento, vincula-se à disciplina de Língua Portuguesa/Literatura e visa atender alunos dos cursos técnicos integrados (Manutenção de Sistemas Metroferroviários, Mecânica e Eletrotécnica) do IF SUDESTE-MG (Campus Santos Dumont).

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Para a execução deste projeto, adotaremos a concepção de leitura, proposta por Kleiman (1996) como uma prática social, uma vez que ao lermos qualquer texto, colocamos em ação todo o nosso sistema de valores, crenças e atitudes que se coadunam com o grupo social em que estamos inseridos.

Ao tratarmos a leitura como prática social, diversas capacidades devem ser desenvolvidas durante o processo de compreensão de textos:

Recuperação do contexto de produção do texto; (...) percepção de relações de intertextualidade; (...) percepção de relações de interdiscursividade; (...) percepção de outras linguagens (imagens, som, diagramas, gráficos, etc.) como elementos constitutivos dos sentidos dos textos e não somente da linguagem verbal escrita; (...) elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; (...) elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos (...). (ROJO, 2002).

De acordo com ROJO (2002), as atividades de leitura, em síntese, cobrem não só um amplo leque de estratégias cognitivas, mas também mobilizam conhecimentos prévios dos alunos, valores semântico-pragmáticos e questões que se direcionam aos aspectos linguístico-textuais responsáveis pela construção da textualidade.

Além disso, a inserção do texto em seu contexto histórico-social de produção permite aos estudantes observarem melhor o jogo ideológico presentes nos textos, na medida em que os autores dos textos são pessoas socialmente identificáveis que se dirigem direta ou indiretamente ao leitor.

Essa associação entre textos e contextos de produção permite aos discentes reconhecerem relações entre a literatura e as organizações sociais, pois:

A literatura não existe no ar, e sim no Tempo, no Tempo histórico, que obedece ao seu próprio ritmo dialético. A literatura não deixará de refletir esse ritmo – refletir, mas não acompanhar. Cumpre fazer essa distinção algo sutil para evitar aquele erro de transformar literatura em mero documento das situações e transições sociais. (...) A relação entre literatura e a sociedade não é mera dependência: é uma relação complicada, de dependência recíproca e interdependência dos fatores espirituais (ideológicos e estilísticos) e dos fatores materiais (estrutura social e econômica). (CARPEAUX apud BOSI, 2002).

Em consonância com o exposto, nota-se que a literatura é produto e conformadora de um conjunto de tendências sociais, culturais e linguísticas. Refletir sobre essa condensação de fatores pode ser uma via legítima de contato com os textos literários, ou seja, o contato com textos literários e com a historicidade da cultura possibilita aos alunos perceberem que a obra se insere no espaço e no tempo de um conjunto de ideias e valores, além de a apreensão do texto literário, em sua singularidade, demonstrar seu caráter expressivo e criativo.

Com base nisso, acredita-se que, através da leitura de textos literários ou não literários, os estudantes sejam capazes de alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização, pois com o hábito de ler, eles desenvolverão outras habilidades ligadas ao processo de educação, como: aprenderão a pesquisar, resumir, resgatar a ideia principal do texto, criticar, analisar e posicionar-se em defesa de um ponto de vista. Ademais, por meio da leitura de obras literárias, eles serão capazes de exercer o pensamento crítico e de entender o estar no mundo, tornando-os cidadãos mais conscientes do mundo a sua volta.

OBJETIVOS

O projeto Literatura – da fantasia ao pensamento crítico visa criar condições ao educando de desenvolver habilidades de leitura, de compreender a realidade, de aprimorar sua habilidade comunicativa, ampliar significativamente sua capacidade crítica, conhecer alguns dos tipos e gêneros textuais que compõem a Língua Portuguesa, estudar e analisar obras literárias. Além disso, a partir da leitura de textos de diversos gêneros textuais (contos, poemas, romances, etc.), literários

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ou não, propõem-se: (i) despertar o gosto pela leitura, estimulando o potencial cognitivo e criativo do aluno; (ii) promover o enriquecimento do vocabulário, bem como o desenvolvimento linguístico- discursivo e comunicativo do estudante; (iii) diversificar o repertório de leituras, promovendo o contato do aluno com textos de diversas áreas do conhecimento; (iv) possibilitar o acesso aos diversos tipos de leitura na escola, buscando efetivar, enquanto processo, a leitura e a escrita; (v) possibilitar produções orais, escritas e em outras linguagens; (vi) ampliar os horizontes pessoais e culturais dos discentes, garantindo a sua formação crítica e emancipadora.

MATERIAL E MÉTODOS

O projeto pauta-se nos estudos interacionistas da linguagem, os quais defendem que todo e qualquer texto se constrói na interação, já que, conforme demonstram as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2008), é na interação em diferentes instituições sociais (família, comunidades de bairro, o trabalho, escola, etc.) que o sujeito aprende e apreende as formas de funcionamento da língua e os modos de manifestação da linguagem, construindo, assim, seus conhecimentos relativos aos usos da língua e da linguagem em diferentes situações sociais.

A partir dessa concepção de ensino de língua voltada para a apreensão de práticas de linguagem por parte dos alunos e modos de uso da língua construídos nas interações em sociedade, centrou-se a proposta de trabalho que, conforme exposto, consiste na leitura de textos de diversos gêneros textuais, literários e não literários, através dos quais os estudantes discutem, analisam obras, bem como produzem e apresentam atividades artístico-culturais (paródia, rap, encenação teatral, poesia, jogos, etc.) em cafés literários e seminários.

Com base nessa proposta interacionista de linguagem e sob a orientação das docentes- coordenadoras, o projeto iniciou-se com a leitura de livros contemporâneos, os quais se apresentam em uma linguagem mais acessível ao cotidiano dos estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio (ABREU, 2014; GOMES, 2012, 2014, 2010,2009; NESTI, 2006; SCLIAR, 2018). Isso foi de fundamental importância para que os alunos tivessem contato com o fazer literário de forma prazerosa e, também, para desenvolver a competência leitora literária em cada turma trabalhada. Depois, os discentes foram orientados a fazer leitura de obras literárias clássicas (canônicas), relacionando-as às obras contemporâneas. Por último, cada turma foi dividida em grupos para a apresentação de seminários e troca de experiências.

Por meio da leitura de livros atuais, os discentes puderam compreender melhor obras literárias clássicas, como: Navio negreiro- Castro Alves; I Juca Pirama e Canção do exílio- Gonçalves Dias; Noite na Taverna e Lira de vinte anos- Álvares de Azevedo, etc., pois os textos contemporâneos fazem alusão a essas obras canônicas. A relação intertextual entre uma obra atual com a clássica, bem como a associação com conteúdos históricos e características a que a obra literária clássica pertenceu, contribui para ampliar os conhecimentos dos estudantes e entender a importância da literatura na nossa formação acadêmica, cultural, social e cidadã, visto que a literatura nos proporciona refletir sobre os acontecimentos do mundo, o nosso papel nele, o nosso protagonismo, e a entender como se deu a construção de nossa identidade e diversidade cultural.

Posteriormente à leitura e à análise das obras, foram realizados cafés literários, nos quais os estudantes apresentaram suas produções artísticas (contos, filmes, fotografias, músicas, histórias em quadrinhos, etc.) a respeito dos livros lidos. Durante as apresentações, os alunos correlacionaram as questões sociais, culturais abordadas nas obras com a realidade atual e com conhecimentos de outras áreas: história, filosofia, sociologia, etc., promovendo a articulação de saberes tão importante para o desenvolvimento do senso crítico e formação integral de estudantes do Ensino Técnico e Médio.

Além desses trabalhos, foi proposta a leitura de obras da literatura afro-brasileira, como: Olhos d´água (Conceição Evaristo) e Diário de Bitita (Carolina Maria de Jesus), através das quais foram levantadas discussões sobre a questão étnico-racial em momentos de roda de conversa. A

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partir do trabalho com tais livros, os discentes puderam refletir criticamente sobre a experiência de estar no mundo sob o olhar da figura feminina negra na sociedade brasileira.

Esse trabalho com a literatura afro-brasileira finalizará com a exposição de produções artísticas dos alunos em um sarau a ser realizado no IF SUDESTE-MG (Campus São João Del Rei) em novembro de 2018.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diante de tudo o que foi exposto, percebe-se que os métodos utilizados nas aulas de Português/Literatura têm atendido aos objetivos propostos, desenvolvendo a competência leitora, o pensamento crítico e a formação cidadã dos alunos. Como o projeto finalizará no final de 2018, espera-se que até este período haja indivíduos com suas habilidades de leitura mais amplas.

CONCLUSÃO

A proposta deste projeto, ainda em andamento, enfoca sobre a questão da leitura no ensino de Português/Literatura no contexto de cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio. Pode-se concluir que não é possível considerar o desenvolvimento da leitura, ou seja, não é possível criar alunos leitores e críticos se não lhes são oferecidas ferramentas de construção do saber. Sendo assim, só é possível aprender a ler, lendo, com possibilidades de ampliar seus conhecimentos de mundo.

Com base nos pressupostos teóricos aqui apresentados, pode-se dizer que a literatura está a serviço da formação de leitores críticos e conscientes. Dessa maneira, por acreditar que o aluno é um indivíduo reflexivo, o projeto tem desenvolvido estratégias para se compreender a função social dos textos, mostrar que a leitura faz parte da vida social do discente e que ele deve tomar conhecimento dos textos e interagir com estes, posicionando-se e argumentando.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, M. Morrer amanhã. 1º ed. São Paulo: FTD,2014.

BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

CARPEAUX,O.M. apud BOSI, A. Por um historicismo renovado: reflexo e reflexão em história literária. In: Literatura e Resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.7.

EVARISTO, C. Olhos d´água. Rio de Janeiro: Pallas- Fundação Biblioteca Nacional, 2016. GOMES, Álvaro Cardoso. Liberdade ainda que tardia. 1º ed. São Paulo: FTD, 2012.

GOMES, _____________. Memórias quase póstumas de Machado de Assis. 1º ed. São Paulo: FTD, 2014

GOMES, ______________. O poeta que fingia. 1º ed. São Paulo: FTD, 2010.

GOMES, ______________. Por mares há muito navegados. 2º ed. São Paulo: Ática, 2009. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 4ª ed. Campinas- SP: Pontes, 1996. JESUS, C.M.de. Diário de Bitita. São Paulo: SESI-SP, 2014.

LAJOLO, M. O poeta do exílio. 1º ed. São Paulo: FTD,2011.

NESTI, F. Os Lusíadas em quadrinhos. 1º ed. São Paulo: Peirópolis, 2006.

ROJO, R.H.R. A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: Ler é melhor do que estudar. In: FREITAS, M.T.A; COSTA, S.R. (Orgs.). Leitura e escrita na formação de professores. São Paulo: Musa/UFJF/Inep-Comped, 2002. p. 31-52.

TELLES, L. F. Venha ver o pôr do sol e outros contos. 2º ed. São Paulo: Ática, 2007. SCLIAR, M. O amigo de Castro Alves. 2º ed. São Paulo: Ática, 2018.

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TRABALHOS ESCOLARES: DA IDEIA AO RESULTADO

LEITE, Daniel dos Santos1; LIMA, Maria Cristina Garcia2; SILVA, Paula Souza da3.

1,2,3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont - MG.

E-mails: {daniel.leite, mariacristina.lima, paula.silva}@ifsudestemg.edu.br

EIXO CATEGORIA ÁREA

(1) Ensino; (1) Nível Médio; (2) Nível Superior;

(3) Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas. Linguística, Letras e Arte;

RESUMO

A estreita relação entre a pesquisa e o ensino se dá pelo fato de o papel da escola ir muito além da transmissão de conteúdos, ensinando a aprender, auxiliando os discentes a reconstruir o conhecimento preexistente. Neste sentido, a pesquisa é uma importante fonte para a reconstrução do conhecimento, já que, por meio de um olhar crítico para a interpretação das diferentes fontes consultadas, surge a possibilidade da elaboração de um novo conhecimento. Ao longo da vida escolar, os discentes desenvolvem vários tipos de atividades que requerem algumas habilidades para que sejam bem desenvolvidas e apresentem os resultados esperados pelos docentes. Grande parte destas atividades é voltada para pesquisa. A ideia deste projeto parte do relato de docentes em relação à necessidade de aprimoramento dos trabalhos escolares em todas as suas fases e, ainda, da ansiedade dos alunos quando a eles são propostos trabalhos, já que a expectativa é realizá-los da melhor forma possível. Para que o trabalho seja bem embasado, faz-se necessário desmistificar o “Santo Google”, habitualmente a única fonte de pesquisa dos nossos alunos, que, em sua grande maioria, desconhecem o potencial do seu próprio acervo e dos infinitos acervos virtuais disponibilizados na internet, além dos repositórios digitais, das bases de dados de domínio de público e das infinitas revistas científicas com acesso livre.

Palavras-chave: trabalho escolar; normalização; comunicação. INTRODUÇÃO

A apresentação de trabalhos é um dos principais elementos que demandam adaptação dos estudantes na transição do Ensino Fundamental para um curso técnico. O nível de exigência cresce, e é necessário lidar corretamente com as informações em diferentes estágios: pesquisa, redação e exposição do conteúdo solicitado. O projeto visa minimizar as dificuldades dos estudantes nessa transição, para que eles passem com mais convicção por todas as etapas da produção de um trabalho. A iniciativa pretende atender, se não todas, a grande maioria das disciplinas que compõem o quadro curricular dos cursos, já que o desenvolvimento de trabalhos científicos é solicitado pela maioria dos professores de todos os cursos técnicos e superiores.

OBJETIVOS

Orientar e assessorar alunos dos cursos técnicos e de graduação do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Santos Dumont, quanto à realização de trabalhos escolares, contribuindo para que atinjam o seu potencial de ensino e aprendizagem ao serem pensados, executados,

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apresentados e entregues dentro dos padrões estabelecidos pelas normas técnicas, pela escola e almejados pelos professores, melhorando assim a apreensão dos conteúdos pesquisados e a transformação destes em conhecimento.

MATERIAL E MÉTODOS

As atividades do projeto serão realizadas em sala de aula, utilizando slides e exposição teórica, sendo a teoria explanada pelos profissionais das áreas de Biblioteconomia, Jornalismo e Pedagogia. A metodologia adotada contempla as seguintes etapas:

1 – Pré-pesquisa (definição): neste momento os discentes deverão seguir as orientações iniciais dos docentes, desenvolvendo as seguintes questões:

• tema a ser desenvolvido: com a orientação do professor e a delimitação do tema, o discente deverá ter em mente quais os objetivos do trabalho a ser desenvolvido;

• individual ou em grupo: para que se possa delinear os passos a serem seguidos e a divisão de tarefas, no caso de trabalho em grupo (importa frisar que, mesmo com a divisão de tarefas, todos os integrantes do grupo deverão ter domínio do trabalho como um todo);

• indicação de fontes: delinear quais serão as fontes a serem consultadas (as que o docente indicar e as complementares);

• prazo para elaboração e entrega: elaborar um cronograma com as tarefas a serem desenvolvidas para que sejam realizadas de acordo com o prazo estabelecido.

2 – Formato do trabalho (estruturação): cartaz, artigo, apresentação oral etc. (para cada formato os alunos serão orientados nos procedimentos a serem adotados, de acordo com as normas da ABNT); 3 – Fontes a serem pesquisadas (embasamento): critérios de busca das fontes a serem utilizadas e a importância da autenticidade (ex: base de dados). Serão apresentadas algumas das infinitas possibilidades para se buscar informação de forma tradicional e virtual, com destaque sobre a necessidade de avaliá-las, consoante a finalidade a que se destinam, com base em critérios como autoria/responsabilidade, atualidade/atualização, rigor, objetividade e confiabilidade, publicidade, e o domínio será o momento da redação.

O resultado final da pesquisa será o produto da interpretação das diferentes fontes.

4 – Elaboração: redação (vocabulário, formatação, slides). Essa etapa do projeto auxiliará os estudantes na utilização da norma culta da língua. Além disso, destacaremos a importância de utilizar os slides como um apoio, uma espécie de guia da apresentação, e não a apresentação completa em si. Isso significa preparar os estudantes para expor o tema sem recorrer à leitura do documento (salvo casos específicos), mas utilizando os slides como um complemento à fala.

5 – Normatização: referências, normas da ABNT, citações, sumário etc.) A apresentação de trabalhos científicos é regida por diversas normas, como por exemplo, ABNT, APA, ISO,

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Vancouver. Entretanto, serão apresentadas aos discentes as orientações inerentes a norma ABNT, mais especificamente NBR 6023 – Referências – Elaboração, NBR 10520 – Citações em documentos – Apresentação, e NBR 14724 – Trabalhos acadêmicos – Apresentação.

6 – Apresentação Oral: postura e fala. A linguagem oral, embora tenha suas especificidades e diferenças em relação à escrita, também exigirá respeito à norma culta. No entanto, como já mencionado no item 4, essa precisão não implica leitura do conteúdo. Assim, será trabalhada com os estudantes a importância do domínio do tema e da utilização de palavras-chave como um recurso para a exposição e a argumentação do conteúdo.

Para a realização do projeto serão utilizadas duas horas-aula (1h30min) por turma. Os estudantes terão ainda a oportunidade de consultar, ao longo do ano escolar, os profissionais envolvidos no projeto para que coloquem em prática os princípios abordados.

O público-alvo prioritário serão as turmas ingressantes a cada semestre. Porém, o projeto prevê o atendimento a todas as turmas de cursos técnicos e graduações em andamento.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O projeto teve início em junho de 2018 e até o momento foram atendidas 7 turmas, totalizando, aproximadamente, 150 alunos. Por estar em fase inicial, ainda não há como mensurar a efetividade do projeto, porém, percebemos uma maior preocupação dos estudantes com a adoção das normas e uma melhor apresentação dos trabalhos, percebida pela busca de assessoria junto aos profissionais envolvidos.

CONCLUSÃO

No período inicial de execução do projeto, percebemos um significativo apoio de professores e diretorias sistêmicas, incentivando e disponibilizando os horários de aula para realização do projeto. Verificamos, ainda, o interesse a participação satisfatórios dos alunos ao longo do projeto. Temos, portanto, a expectativa de que esta ação se reflita na qualidade dos trabalhos que serão desenvolvidos pelos estudantes nos próximos semestres.

Um dos desdobramentos, já consolidado, é a oferta de um minicurso durante a I Semana da Engenharia, da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Estamos avaliando a possibilidade de que este projeto possa atender alunos de outras instituições de ensino, convertendo-se em uma iniciativa de extensão.

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