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PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS E COMPLICAÇÕES NO PUERPÉRIO: UMA ANÁLISE SOBRE A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO DURANTE A ASSISTÊNCIA A MULHER NA FASE PUERPERAL

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¹Graduandos do curso de Enfermagem da Faculdade Guanambi.

²Enfermeira, Profª da Faculdade Guanambi, especialista em Gestão e Sistema de Saúde, pós graduada em Saúde Coletiva com ênfase em PSF.

ASSISTÊNCIA A MULHER NA FASE PUERPERAL

Ana Luisa Mendes Barros¹

Breno Rodrigues Alves¹ Daiane Casado Barbosa¹ Eldenir Ribeiro P. dos Santos¹ Thaís Santos Pinto¹ Alzira Stela Boa Sorte Moraes²

RESUMO

O Puerpério é o período que inicia logo após o parto, que se estende até a sexta semana puerperal em que ocorrem as modificações locais e sistêmicas no organismo materno, que seguem até o retorno do organismo da mulher às condições pré-gravídicas. Este estudo teve como objetivo conhecer a percepção do enfermeiro no período puerperal, bem como as intervenções de enfermagem visando reduzir as ocorrências e complicações no puerpério. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio e junho de 2012 com cinco enfermeiros que atuam em unidades básicas de saúde que prestam assistência as puérperas. O instrumento usado foi um questionário semi - estruturado. A pesquisa em estudo foi escolhida por se tratar de um tema de grande relevância para os profissionais de saúde. Os resultados evidenciaram que os enfermeiros participantes da pesquisa possuem conhecimento sobre as condutas adotadas frente às ocorrências e complicações puerperais.

PALAVRAS-CHAVE: Puerpério; Complicações; Assistência de enfermagem. ABSTRAT

The Puerperium is the period that begins immediately after birth, which extends to the sixth week postpartum changes that occur in local and systemic reactions in the mother, who follow up the return of the woman's body to pre-conditions gravidarum. This study aimed to understand the perception of nurses in the postpartum period as well as nursing interventions aimed at reducing the occurrence and complications in the puerperium. This is a descriptive, qualitative and quantitative. Data collection was performed between the months of May and June 2012 with five nurses working in primary health care units to assist the mothers. The instrument used was a semi - structured. The research study was chosen because it is a topic of great relevance to health professionals. The results showed that nurses study participants have knowledge on the approaches adopted in the face of events and puerperal complications

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INTRODUÇÃO

O Puerpério é o período do ciclo gravídico puerperal que se inicia logo após a saída do feto e expulsão da placenta em que ocorrem as modificações locais e sistêmicas pela gestação no organismo materno, que perduram até o retorno do organismo da mulher às condições pré-gravídicas.

Durante esse período, a mulher necessita de um acompanhamento realizado pelo Enfermeiro, garantindo o bem estar materno e do recém-nascido, acolhendo-os desde o início até o seu término, prevenindo os agravos decorrentes das complicações puerperais e realizando orientações em saúde através das atividades nas Unidades Básica de Saúde.

No início do século XX, a assistência em saúde prestada para as mulheres era precária, oferecida apenas para alguns procedimentos na gravidez. O movimento feminista lutou pela melhoria das políticas públicas voltadas às mulheres. A partir da implantação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) em 1983, a saúde desse grupo tem sido priorizado no Brasil (BRASIL, 2009).

Segundo Rezende (2010), o puerpério é classificado em três períodos: Puerpério imediato – inicia-se após a dequitação e se estende até o 10° dia do pós-parto. Caracteriza-se por regressão das alterações gravídicas locais e gerais. Puerpério tardio – inicia-se no 10º dia e vai até o 45º dia. Puerpério remoto – É o período que decorre do 46º dia até a completa recuperação das alterações imprimidas pela gestação e a volta dos ciclos menstruais.

Durante o período puerperal a mulher está suscetível a complicações devido às mudanças fisiológicas e psicológicas, podendo acarretar infecções puerperais, mastite, hemorragias e outras.

Na visão de Piato (2009), as mudanças psicológicas do puerpério dividem-se, classificamente, em quadros de depressão mais leve, chamado blues puerperal ou Disforia do pós-parto que é caracterizado por período entre 3 a 10 dias, durante as duas primeiras semanas do pós-parto, no qual a puérpera mostra tristeza, irritabilidade, tensão, sentimentos de inadequação e instabilidade emocional. E a depressão puerperal que é um quadro depressivo moderado ou grave, de início insidioso, normalmente após a segunda ou terceira semana do pós-parto. Inicia-se, geralmente, com sintomas de ansiedade e insônia.

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Para Neme (2005), a infecção puerperal é originada no aparelho genital, a mesma ocorre após o parto ou abortos recentes. As principais manifestações clínicas são hipertermia acima de 38°C, que se manifesta 24 horas após o parto ou pode ocorrer em pelo menos dois dias dentre os primeiros 10 dias pós-parto; mal-estar; calafrios; útero sensível, aumentado, amolecido e dolor à palpação; cefaléia; lóquios diminuídos ou aumentados com secreção purulenta e fétida. Os causadores microbianos responsáveis pelas infecções puerperais são bactérias como Staphylococcus aureus, Estreptococo dos grupos A, B e D, Peptococcus sp, e vários outros microrganismos.

Com base nos estudos de Carvalho (2004), a propagação de hipertermia ocorrida ao final do puerpério é uma das característica frequentemente de Mastite. A mastite é um processo inflamatório da mama causada por Staphylococcus aureus e outros microrganismos. Desenvolve-se geralmente em primíparas por terem um tegumento cutâneo mais delicado, devido o aumento das mamas, surgindo rachaduras e fissuras.

Inclui-se ainda as hemorragias puerperais, que são as perdas sanguíneas persistentes ou recorrentes, constituindo uma causa importante de mortalidade materna. A causa mais frequente dessa ocorrência é a presença de restos placentários, cujo descolamento parcial segue-se do rompimento de vasos presentes na área deslocada.

Durante a fase puerperal, a mulher necessita de orientação, apoio afetivo e atenção, sendo assim, a assistência de enfermagem é de extrema importância, já que estes profissionais têm habilidades técnicas e científicas para desenvolver todos os cuidados necessários, proporcionando assim uma melhor recuperação, prevenção de possíveis complicações, fornecendo informações a respeito das mudanças ocorridas durante esta fase e consequentemente espera-se com isto reduzir a morbimortalidade materna.

Conforme preconiza o Ministério da Saúde, o retorno da puérpera e do recém-nascido ao serviço de saúde, inicia-se entre 7 a 10 dias após o parto, podendo ser estendido até 42 dias pós-parto, deve ser incentivado durante o pré-natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita domiciliar (BRASIL, 2006).

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A pesquisa em estudo foi escolhida por se tratar de um tema de grande relevância para a saúde pública visto que no cotidiano dos serviços de saúde pode-se perceber uma lacuna quanto às orientações fornecidas pelos profissionais de saúde direcionadas à mulher sobre as ocorrências e complicações na fase puerperal.

O presente artigo teve como objetivo conhecer a percepção do Enfermeiro durante o pós-parto imediato, tardio e remoto bem como as intervenções de enfermagem visando reduzir as ocorrências e complicações puerperais.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo descritiva e qualitativa na qual se utilizou como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas totalizando 10 questões no intuito de conhecer a percepção do enfermeiro durante a assistência à mulher na fase puerperal no ano de 2011.

Os dados foram coletados em cinco Unidades Básicas de Saúde do município de Guanambi - BA. Por questões éticas as unidades foram classificadas em: ESF A, ESF B, ESF C, ESF D, ESF E. As unidades de saúde foram escolhidas por apresentar uma grande demanda de atendimento observada pelos acadêmicos durante o período de estágio curricular. Os dados foram agrupados em 7 gráficos em forma de coluna e 2 tabelas. Na amostra foram entrevistados cinco enfermeiros das respectivas unidades durante o período de 23/05/12 à 08/06/12.

Os participantes da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e foram informados sobre os procedimentos realizados para aquisição dos dados da pesquisa.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente estudo buscou conhecer a percepção do profissional de enfermagem durante o puerpério bem como as intervenções de enfermagem visando reduzir as ocorrências e complicações puerperais.

Gráfico 1: Faixa etária das mulheres atendidas na assistência puerperal no período durante o ano de 2011

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 1, a faixa etária média das puérperas atendidas nas unidades básica de saúde do município de Guanambi-BA é de 26,5 anos de idade. Com os dados coletados verificou-se que não houve nenhuma puérpera atendida na faixa etária menor de 15 anos e acima de 45 anos, de 15 a 20 anos representou 22%, bem como a faixa etária de 30 a 45 anos representou 22%, e a faixa etária entre 20 a 30 anos apresentou maior índice com um percentual de 56%.

Costa e Sousa (2002), ao realizarem um estudo semelhante, constataram que a idade das gestantes pesquisadas em uma unidade básica de saúde no município de Goiânia/GO variou de 15 a 34 anos.

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Gráfico 2: Nível de escolaridade das puérperas

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme o gráfico 2, 90% das puérperas possuem ensino médio, 10% tem ensino fundamental e nenhuma das mulheres atendidas possui ensino superior como também não existe nenhuma analfabeta.

Os resultados da pesquisa em estudo são contraditórios em relação a pesquisa realizada por Costa e Sousa (2002), sendo que a maioria das suas pesquisadas possuíam ensino fundamental.

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Gráfico 3: Tipo de parto que mais apresentou complicações no puerpério no ano de 2011

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 3, 100% dos partos cesarianos apresentaram complicações puerperais. Corroborando com este estudo, Rezende (2010) afirma que o parto cesário apresenta mais complicações devido ao risco de infecção.

O parto cesário por ser um processo invasivo onde a paciente se submete a uma abertura na região pélvica ficando exposta e susceptível a micro-organismos causadores de infecções. O risco relacionado a problema hemorrágico é mais elevado por se tratar de um procedimento cirúrgico; o tempo de internação hospitalar em cesariana é maior e a recuperação é lenta em relação ao parto vaginal.

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Gráfico 4: Período do puerpério no qual ocorreram complicações

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme o gráfico 4 observou-se que o período que mais apresentou complicações foi o tardio com um percentual de 60% e o período imediato apresentou 40%.

Com base aos achados da pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o período imediato é o que mais ocorre complicações e risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por atonia uterina (BRASIL, 2001).

Acredita-se na importância de prestar uma atenção bastante peculiar e específica a cada período do puerpério, reconhecendo a individualidade de cada puérpera, visando assim um atendimento de enfermagem humanizado.

Na consulta puerperal a ação do profissional enfermagem não deve consistir apenas em realização de exame físico, como examinar a incisão da episiotomia ou da cesárea, mas também tem como função prestar assistência adequada às necessidades emocionais da mulher.

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Gráfico 5: Principais complicações puerperais ocorridas nas mulheres assistidas nas UBS no período de 2011

Fonte: Dados da pesquisa

Com base no gráfico 5, 43% das puérperas tiveram infecção puerperal, 29% apresentaram mastite, 14% Depressão e 14% outras complicações.

Acredita-se que o índice elevado de infecção puerperal seja devido ao aumento significativamente de partos cesarianos. Vários fatores podem explicar a incidência de infecção puerperal após o parto cesáreo como: presença de bactérias na incisão cirúrgica, perda moderada de sangue e baixa imunidade.

De acordo com Piato (2009), a infecção puerperal e suas complicações são responsáveis por elevados índices de morbimortalidade, especialmente nos centros menos desenvolvidos.

Percebe-se que a depressão apresentou um índice relevante. Sendo assim, a assistência de enfermagem durante o período puerperal não deve ser baseada somente nos aspectos físicos, necessita especialmente da compreensão dos processos psicológicos.

Faisal-Cury e Menezes (2006, p.172) destacam que [...] o puerpério parece ser período de maior risco para o surgimento ou piora de distúrbios ansiosos, que nesta fase apresentam características particulares e causam problemas específicos [...].

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Gráfico 6: Visita domiciliar a puérpera na primeira semana após o parto durante o ano de 2011

Fonte: Dados da pesquisa

O gráfico 6 consta que, 38% das visitas domiciliares foram realizados pelos Enfermeiros, 31% pelos Agentes Comunitários de Saúde, 15% por outros profissionais, 8% por técnicos ou auxiliares de enfermagem, e pelo médico.

Sendo assim, a assistência de enfermagem durante a consulta puerperal na visita domiciliar é de suma importância para uma melhor recuperação da puérpera. Cabendo ao enfermeiro realizar avaliação das condições de saúde da mulher e do recém-nascido; registro das alterações; investigação e registro da amamentação; retorno da menstruação e atividade sexual; realização das ações educativas e condução das possíveis ocorrências e complicações.

Neste aspecto, Fontinele Júnior (2008), relata que cabe ao enfermeiro prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, organizada ou espontânea, na unidade de saúde da família, na comunidade, no domicílio e no acompanhamento ao atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar.

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Gráfico 7: Ocorrência de óbito materno devido complicações puerperais durante o ano de 2011

Fonte: Dados da pesquisa

O gráfico 7 consta que não tiveram óbitos devido a complicações puerperais neste período. Os óbitos maternos são aqueles que resultam de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério. Em contradição á pesquisa, o Ministério da Saúde expõe que:

Um estudo realizado pela Organizacao Mundial de Saude UNICEF, UNPFA e o Banco Mundial, estimou que, em 2005 aproximadamente 536.000 mulheres em todo o mundo morreram vitimas de complicacoes ligadas ao ciclo gravidico-puerperal. Apenas 15% delas viviam em paises desenvolvidos (BRASIL, p. 7, 2009).

Diante desta realidade, o Ministério da Saúde lançou em 2004, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal que reconhece a vigilância do óbito materno, por intermédio da organização da investigação dos óbitos de mulheres em idade fértil e da criação dos Comitês de Mortalidade Materna, como uma estratégia fundamental para o alcance dos seus objetivos (BRASIL, 2009).

Sendo assim, a assistência de enfermagem no acompanhamento pós-parto é de extrema importância para prevenir possíveis complicações e agravos na saúde materna.

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Tabela 1: Orientações dos enfermeiros nas consultas puerperais durante o ano de 2011 UNIDADE DE SAÚDE

DA FAMÍLIA

ORIENTAÇÕES DOS ENFERMEIROS NAS CONSULTAS PUERPERAIS

ESF A Amamentação exclusiva, informar sobre os riscos de hemorragias e infecções, cuidados com o RN.

ESF B Orientações puerperais em relação à higiene no local da sutura, avaliação dos lóquios.

ESF C Cuidados gerais de higiene para evitar infecções, cuidados com as mamas e repouso.

ESF D Orientações quanto ao resguardo, alimentação, repouso adequado, e aleitamento materno.

ESF E Orientar quanto ao preparo das mamas para a

amamentação, apoio psicoterapêutico e encaminhamento a assistente social.

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme a tabela 1, o atendimento prestado pelos enfermeiros no período puerperal nas unidades referidas, contribui para prevenir possíveis complicações como a infecção puerperal, hemorragias puerperais, mastite, depressão, hipertermia, e outras.

Almeida (2006), expõe que para que a consulta puerperal seja de qualidade é importante a avaliação do estado de saúde da mulher e do recém-nascido; orientação e apoio a amamentação; avaliação da interação da mãe com o recém-nascido, identificação de situações de risco ou intercorrências; orientação sobre o planejamento familiar; complementação ou realização de ações não executadas no pré-natal, e ainda, orientação sobre os cuidados básicos com o recém-nascido.

Na assistência de enfermagem é de suma importância a utilização de uma linguagem adequada e clara durante as orientações prestadas, através de uma escuta ativa, ressaltando que deve haver compreensão e privacidade em todo momento deste atendimento, garantindo assim uma postura de respeito aos direitos das puérperas.

Neste contexto, o Ministério da Saúde preconiza que a puérpera deve ser bem acolhida, isso inclui apresentar-se e chamá-la pelo nome, atendendo com respeito e gentileza. Durante a consulta, escutar o que a mulher tem a dizer, incluindo possíveis queixas, estimulando-a a fazer perguntas; informar sobre os passos da consulta e esclarecer dúvidas (BRASIL, 2006).

Corroborando com esta pesquisa, Pinho (2000) esclarece que não basta apenas repassar informações, mas que os profissionais devem atender sua clientela

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individualmente, pois cada indivíduo é único e carrega consigo vivências, medos, dúvidas, angústias, curiosidades e expectativas.

Tabela 2: Conduta adotada pelos enfermeiros frente às complicações puerperais durante o ano de 2011

UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

CONDUTA ADOTADA PELOS ENFERMEIROS FRENTE ÀS COMPLICAÇÕES PUERPERAIS

ESF A Consulta puerperal, anamnese bem feita,

encaminhamento de urgência para consulta médica ou encaminhamento para o Hospital Regional de Guanambi. ESF B Encaminhamento a médica da unidade

ESF C Encaminhamento para o Hospital Regional de Guanambi ESF D Consulta de enfermagem para avaliar complicações,

encaminhamento se necessário para consulta médica da própria unidade ou para o Hospital Regional de

Guanambi

ESF E Avaliar, encaminhar ao serviço médico se necessário, orientar e acompanhar a evolução do quadro.

Fonte: Dados da pesquisa

Na tabela 2 observa-se que o profissional de enfermagem exerce um papel importante na promoção e prevenção da saúde das puérperas. Em casos de ocorrências e complicações no agravo da saúde das mesmas, essas são encaminhadas ao serviço médico da unidade ou para a unidade hospitalar de referência do município em estudo.

Neste aspecto o Ministério da Saúde relata que, é dever do município dispor de sistema para a assistência pré-natal, parto, puerpério e neonatal devidamente organizado (BRASIL, 2000).

Sendo assim, o enfermeiro é o profissional que mais se relaciona com a mulher durante o ciclo gravídico-puerperal e tem importante papel nos programas de educação em saúde, evitando assim possíveis complicações. Caso haja ocorrências cabe ao profissional de enfermagem encaminhar ao profissional habilitado e/ou para unidade de referência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento desse estudo, foi possível identificar que os enfermeiros responsáveis pela assistência ao puerpério nas Unidades Básicas de

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Saúde possuem conhecimento sobre as condutas frente ao surgimento de possíveis complicações puerperais.

Ao analisar os dados obtidos, percebe-se que apesar das incidências de complicações puerperais, não foram registrados nenhum óbito materno no período de 2011, notando que os profissionais de enfermagem estão prestando assistência puerperal de forma adequada, buscando a promoção e prevenção em saúde.

Com vistas a melhor qualificação profissional, devem ser garantidos maiores investimentos na capacitação e atualização desses profissionais, pois quando capacitados adquirem habilidades necessárias, gerando uma assistência mais qualificada e diminuindo conseqüentemente a incidência de problemas relacionados às puérperas.

Esta pesquisa é relevante por conhecer a percecpção dos enfermeiros durante o pós-parto imediato, tardio e remoto, bem como as intervenções de enfermagem buscando reduzir as ocorrências e complicações puerperais.

Espera-se que o presente estudo possa contribuir com os profissionais de saúde bem como pesquisadores que demonstrem interesse em manter discussões e questionamentos sobre o tema abordado, com propostas de desenvolver estratégias e ações que garantam uma assistência de enfermagem qualificada e humanizada à mulher no ciclo gravídico-puerperal visando reduzir os índices de morbimortalidade materna e infantil.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: em 23/06/2012 às 15h25min.

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Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília: Ministério

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______. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção a Saúde. Política Nacional de

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Referências

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