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Definição de Resíduo Industrial: Aplicação de Cianobactérias/Microalgas no Tratamento de Resíduos Industriais. Biotecnologia/ Biotecnologia Ambiental

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(1)

Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCCAMP

Aplicação de Cianobactérias/Microalgas no

Tratamento de Resíduos Industriais

Eduardo Jacob Lopes

Campinas, 2005

INTRODUÇÃO

ƒ

Definição de Resíduo Industrial:

O resíduo industrial pode ser considerado como uma perda de materiais que não foram aproveitados no processo, por não fazerem parte do produto final, ou processos que não consigam aproveitar estes compostos completamente.

ƒ

Métodos de Tratamento de Resíduos

ƒFísicos

ƒQuímicos

ƒBiológicos

¾Aplicação Engenharia Bioquímica no tratamento de resíduos ¾Reatores Bioquímicos (Biorreatores)

¾Biotecnologia Ambiental

ƒ

Biotecnologia/ Biotecnologia Ambiental

ƒAplicação da bioquímica, da biologia, da microbiologia e da engenharia química aos processos e produtos industriais (incluindo os produtos relativos a saúde, energia e agricultura) e ao meio ambiente.

Union Internationale de Chimie Pure et Appliqueé

ƒ

Valorização dos resíduos

ƒ Tecnologias associem tratamento de resíduos com o aproveitamento de nutrientes;

ƒTransformação matérias primas de interesse

ƒResíduo = Nutriente

ƒ

Microrganismos Interesse Ambiental

ƒBactérias

ƒFungos/Leveduras

ƒAlgas

ƒCianobactérias

(2)

ƒ

Cianobactérias/microalgas

ƒProcariontes/eucariontes

ƒGram-negativos

ƒFotossintetizantes

ƒMetabolismos auxiliares

ƒFontes natural de moléculas bioativas

ƒ

Metabolismo Cianobactérias

Necessidades nutricionais mais simples todos seres vivos

ƒFotossintético

assimilação CO2

ƒRespiratório

utilização de substratos orgânicos como fonte de carbono

ƒFixação Nitrogênio

captação do N2 atmosférico

ƒAplicação de cianobactérias no tratamento de resíduos ƒRemoção de nitrogênio, matéria orgânica, fósforo, nutrientes inorgânicos (CO2), metais pesados;

ƒAproveitamento biomassa (fonte nutrientes);

ƒValoração resíduos. ƒ

Gêneros utilizados

ƒSpirulina ƒChlorella ƒDunaliella ƒOscilatória ƒAphanothece ƒScenedesmus

ƒ

Biomassa gerada (Proteínas Unicelulares)

ƒ Single Cell-Protein

¾Instituto Tecnológico de Massachusetts (1966) referindo-se a biomassa microbiana utilizada como alimento ou aditivo.

¾Inclui: fungos, leveduras, bactérias,cianobactérias

ƒ

Valor Nutricional

ƒQuantitativo (superior fontes tradicionais)

ƒQualitativo (aminoácidos essenciais, acidos graxos ω3 ω6, clorofila, β-caroteno);

ƒPossibilidade de manipulação da composição através de variáveis ambientais.

(3)

ƒ

Perfil Bioquímico

Proteínas: 40 – 70 % Carboidratos: 20 % Lipídeos: 10 % Cinzas: 20 % Vitaminas: traços Pigmentos: traços

Aminoácidos essenciais X FAO

Ácidos graxos essenciais: (ω3 e ω6)

Substâncias Funcionais: (clorofila, β-caroteno)

Aplicação 1:

Remoção de metais pesados a partir

cianobactérias visando o tratamento de efluentes

ƒ

Metais Pesados

¾ Cu, Cd, Zn, Pb, Cr, Ni e Co ¾Ampla aplicação industrial:

• manufatura do aço • papel

•couro •fertilizantes

•indústria petroquímica.

ƒ

Remoção metais pesados

Processos tradicionais

(físico-químicos) ¾precipitação química ¾tecnologia de membranas ¾osmose reversa

¾extração por solventes

ƒ

Dificuldades Operacionais

¾Custo elevado

¾Remoção incompleta metais ¾seletividade

¾geração de outros resíduos de elevada toxidade

ƒUso de cianobactérias na remoção de metais pesados ¾alternativa frente aos métodos convencionais

¾elevada afinidade com metais polivalentes

¾afinidade é devida basicamente a necessidade da presença destes compostos em sítios ativos de enzimas essenciais, as quais os envolvem em rotas metabólicas e ainda devido a interações físico-químicos da membrana

(4)

Aplicação 2

Seqüestro de CO

2

em fotobiorreatores por

cianobactérias

¾

Efeitos provocados pelas emissões de CO

2

¾Emissão de dióxido de carbono

ƒ Efeito Estufa

ƒ 20 bilhões de toneladas/ano de CO2

ƒ Ultimo século:

•0,6ºC na temperatura atmosférica •elevação do volume dos oceanos em 10 cm

¾Redução emissões CO

2

:

Técnicas físico-químicas: membranas peneiras moleculares tecnologias de adsorção injeção geológica e oceânica

• Técnicas biológicas: reflorestamento biotecnologia ¾

Processos Biotecnológicos

redução CO2 • incorporação Biomassa ¾

Cianobactérias

• metabolismo fotossintético • CO2+ Luz ¾

Presença de pigmentos

• clorofila a • carotenóides • ficobilinas ¾

Absorção luz:

• 665-680 nm (clorofila) • 620 nm a 560 nm (ficocianina e ficoeritrina)

¾

Composição bioquímica: 40% carbono

• 1,5 Kg de CO2para a produção de 1 Kg de biomassa

¾Crescimento em atmosferas entre 3 a 60% de CO2

¾

Capacidade da assimilação CO

2

(5)

¾

Fotobioreatores

¾ Sistemas utilizam fotobioreatores

• processos naturais (conversão CO2em produtos como O2, H2, carboidratos e proteínas)

¾ Reatores cultivo microalgas

• luz, dióxido de carbono e nutrientes dissolvidos

¾Configurações:

• geometria tubular, cônica e esférica

Aplicação 3:

Aplicação de cianobactérias no tratamento

de efluentes agroindustriais

ƒ

Efluentes gerados pela agro-indústria

ƒIndustria de carnes

ƒLacticínios

ƒProcessamento de arroz e soja

ƒIndustria da pesca

ƒProcessamento frutas

ƒProcessamento cana açúcar

ƒ

Características

ƒElevadas concentrações de DQO, N-NTK

ƒRazões C/N e N/P adequadas desenvolvimento microrganismos

ƒPresença de fósforo, vitaminas, sais minerais

Tratamento Biológico de Efluentes

N-NT; N-NH3; N-NO-2; N-NO-3; DQO; AVT; P-PO4-3; SO

4 -2; SST

Incorporação a biomassa (metabolismo microbiano)

(6)

ƒ

Condições operacionais

ƒReator biológico de mistura (coluna bolhas/air lift) ƒAusência de luminosidade ƒTemperatura 25 – 35 ºC ƒpH: 7.0 – 10.0 ƒRazão C/N 20 ƒAeração constante 0 3 6 9 12 15 28 21 24 Time (h) 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,2 6,4 6,6 ln X

ƒ

Dados cinéticos do efluente parboilização arroz

Curva de crescimento da cianobactéria Aphanothece (água maceração arroz)

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 Time (h) 0 20 40 60 80 100 E -CO D ( % )

Eficiências remoção de DQO do efluente

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 Time (h) 0 20 40 60 80 100 E-T K N ( % )

Eficiências remoção de NTK do efluente

72.74 E-NTK (%) 83,44 E-DQO (%) 11,40 YX/S(mg cel.mgN-TKN-1) 0,17 YX/S(mg cel.mgCOD-1) 0.11 μmax(h-1) 6.3 tg (h) 100 Xo (mgL-1) 520 X (mgL-1) 15 Δt (h) Valor Parâmetro

ƒ

Dados cinéticas do processo:

ƒ

Conversão em biomassa (proteína unicelular)

50,98 Proteína unicelular (ton/ano)

106,09 Biomassa formada (ton/ano)

11,40 Fator de conversão (mg cel/mg N)

7,19 Produção nitrogênio/ano (ton)

103.680 Q efluente (m3/ano)

18 Q efluente (m3.h-1)

250 Capacidade por tanque (kg)

14 Nº de tanques de parboilização 4 L H2O / Kg arroz 69,32 NTK (mg.L-1) Especificação Parâmetros

(7)

Aplicação 4:

Avaliação da toxidade de efluentes

industriais através de biomarcadores

™

Toxidade de Efluentes

ƒ Avaliação da toxidade de efluentes industriais é comumente realizada através de respostas não específicas como índices físico-químicos ¾ DQO ¾ DBO ¾ NTK ¾ P-PO4-3 ™

O controle poluentes

ƒ Parâmetros globais: Eficiências remoção

ƒ Efeitos biológicos destes compostos

9 distúrbios ecossistemas aquáticos através 9 perda da diversidade biológica

9 aumento na bioacumulação de toxinas na cadeia alimentar

™

Marcadores Biológicos

ƒAplicação de organismos vivos na avaliação da toxidade; ƒ Medir efeito tóxico causado em organismos teste; ƒ Utilização em paralelo ao controle físico-químico;

ƒ Obrigatório em determinados países antes do despejo corpo receptor; ™

Organismos

ƒ Bactérias bioluminescentes ƒ Micro-crustáceos ƒ Cianobactérias/ microalgas ™

Bactérias bioluminescentes

ƒProdução de luminosidade nestes microrganismos é proporcional ao estado metabólico das células e a inibição da atividade celular é refletido em um decréscimo da bioluminescência;

(8)

™ Vibrio fischeri (foto-bactéria)

™

Condições de Prova

¾Exposição ao efluente

¾ Condições constantes (tempo, salinidade, temperatura, pH) ¾ Avaliação: fluorimetria 100 ) ( min ) ( min 1 min % = − × controle escência Lu efluente escência Lu escência biolu

™ Daphia magna (micro-crustáceo)

™

Condições de Prova

¾Exposição ao efluente;

¾ método estático, sem reposição da contaminantes; ¾ Condições fixas (temperatura, luminosidade, fotoperíodo); ¾ Alimentação com microalgas/cianobactérias (níveis tróficos); ¾ Avaliação: sobrevivência dos organismos.

™ Cianobactérias/ Microalgas

Aphanothece microscopica Nageli (230X)

™

Condições de Prova

¾Exposição ao efluente;

¾ Condições fixas (agitação, temperatura, luminosidade,

fotoperíodo);

¾ Avaliação: cinética crescimento

t

μ

=

t

X

X

X

dX

dt

o o máx

2

ln

tg

μ

=

(9)

™ Avaliação nível genético

ƒEletroforese

ƒ Polymerase Chain Reaction (PCR)

Eduardo Jacob Lopes

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Faculdade de Engenharia Química

Laboratório de Engenharia Bioquímica Campinas, SP, Brasil

CEP 13083-862 tel: +55 (19) 3788 3896

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