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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Academic year: 2021

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NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

MATUCHESKI, Franciele Luci – PUCPR francielematucheski@yahoo.com.br Eixo Temático: Práticas e Estágios nas Licenciaturas Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

Este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência de estágio com aulas de Educação Física no contexto da Educação Física Infantil em um centro de Educação Infantil da Prefeitura de Curitiba. As idades das crianças que participaram das aulas foram de um ano e meio a três anos, distribuídas nas turmas de maternal I, maternal II e maternal III. Na Educação Infantil a Educação Física exerce um importante papel, pois, tem como essência o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, que são essenciais para a realização de atividades motoras especializadas e consequentemente contribuem para a inserção do individuo ativo na sociedade. As aulas tiveram a frequência de uma vez por semana no período da tarde, durante o primeiro semestre de 2011, e o planejamento foi desenvolvido de acordo com os objetivos da Educação Física nesta fase educacional e os conteúdos distribuídos entre jogos e brincadeiras, brinquedos cantados, brinquedos alternativos e atividades rítmicas e expressivas.

As aulas estão ostentadas em renomados autores da área como Garanhani (2008), Mattos e Neira (2008), Palma et.al (2008) e Freire (1991), que também fundamentaram este trabalho.Com as aulas de Educação Física, que tiveram propostas diferenciadas do que já vinha sendo desenvolvida, fez com que os educandos tivessem um desenvolvimento e aprimoramento motor e cognitivo, além de contribuir para a sociabilização, para a afetividade e também para o desenvolvimento de valores humanos, tendo portanto, a Educação Física uma dimensão maior do que simplesmente o movimento pelo movimento na Educação Infantil, esta contribui para o desenvolvimento humano.Este estágio foi de grande importância para o aprimoramento profissional, pois, a prática propicia a aquisição de diferentes conhecimentos que são indispensáveis para uma boa formação e também propicia indícios de que como ser um bom professor de Educação Física.

Palavras-chave:. Educação Física. Educação infantil. Prática pedagógica. Introdução

Este relatório foi desenvolvido acordo com o estágio supervisionado realizado na Educação Infantil em um Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI, da Prefeitura de Curitiba, com as turmas do maternal I, do maternal II e do maternal III.

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A Educação Infantil é uma fase educacional crucial para o desenvolvimento da criança em diferentes dimensões como a motora, cognitiva, emocional e social, e para que este desenvolvimento global da criança seja conquistado com êxito, o papel do professor de Educação Física se torna imprescindível. Este papel neste contexto divide-se entre o cuidar e o ensinar, pois teoricamente, a Educação Infantil se concretiza na casa com os pais e familiares, mas, na prática, em virtude desta sociedade em que os pais precisam trabalhar em período integral, está função também foi resignada para a escola. O trabalhado desenvolvido nesta etapa de ensino, por educadores, professores e outros agentes educacionais, está comprometido com a formação desta criança em cidadão crítica e ativo na sociedade.

O professor de Educação Física, na Educação Infantil, deve considerar o contexto da criança e respeitar as suas necessidades e limitações, por isso, o ato de brincar se torna uma ferramenta essencial de seu trabalho. Mas, para que a brincadeira e para que as aulas de Educação Física sejam significativas para o desenvolvimento da criança, os professores necessitam conhecer algumas particularidades como o desenvolvimento humano e as teorias de aprendizagem. O professor de Educação Física, precisa proporcionar as crianças diferentes estímulos, para que, estas se desenvolvam plenamente (MATTOS; NEIRA, 2008).

Estes estímulos, devem levar em consideração as fases de desenvolvimento da criança, sendo na Educação Infantil de 0 a 5 anos de idade.

Na acepção de Mattos e Neira (2008), o professor de Educação Física na Educação Física Infantil, deve ser um especialista em interação e um conhecedor da motricidade humana, visto que, nesta etapa de ensino, a criança está em um período sensível de desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais que são a base para os movimentos especializados futuros que vão permitir o aluno a participar de esportes e executar movimentos adequados no trabalho e nos momentos de lazer.

Para Gallahue e Ozmun (2005), a criança aos seis e sete anos de idade deverá estar com os movimentos fundamentais de locomoção, manipulação e estabilização maduros. E a partir disto, o papel do professor de Educação Física na Educação Infantil, é justificado, pois, este necessita promover atividades lúdicas correspondentes a faixa etária, mas, que acima do momento de lazer proporcione o desenvolvimento motor da criança, que é a essência da Educação Física.

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O CMEI, no qual foi desenvolvido as aulas de Educação Física, possui seis turmas, o berçário I e II, maternal I, maternal II e maternal III, e Pré, atendendo crianças dos 3 meses até 5 anos de idade.

O aprendizado é ministrados dentro das salas por 3 professoras com o auxilio de 18 educadoras, sendo que ao todo são 150 alunos na escola divididos por turmas com aproximadamente 30 alunos por sala.

A escola atende principalmente crianças de nível sócio econômico baixo e moradores de habitações simples de construção mista, onde a média de renda é de 1 a 3 salários mínimos.

O estágio foi realizado no período da tarde das 13:30 até as 17:00 hrs, com as turmas do maternal I, II e III, com a faixa de idade variando entre 1 ano e 5meses até 3 anos.

As aulas de Educação Física foram desenvolvidas em sua maioria nas salas de aulas, que têm um espaço que proporciona a realização de diferentes atividades, e também nos solários. Os materiais utilizados como corda, arco, balões, jornais, fitas, cd´s, brinquedos alternativos entre outros, foram levados pelas estagiárias para a realização das atividades.

A escola para trabalhar o desenvolvimento motor das crianças, possui brinquedos como peças de madeira, blocos de montar, motos de brinquedos, colchonetes, mas, frente a pouca quantidade, preferimos levar os materiais de forma que os mesmos fossem suficientes e promovessem os objetivos estabelecidos nos planejamentos. E também para proporcionar as educadoras possibilidades diferenciadas de trabalhos com o movimento.

Os planejamentos das aulas levaram em consideração às necessidades motoras da faixa etária das crianças, assim como, a importância de sociabilização, e do lúdico para o desenvolvimento dos educandos.

O lúdico foi enfatizado servindo de base para o trabalho do desenvolvimento motor; todas as aulas foram iniciadas com uma brincadeira cantada e com exercícios de alongamentos de maneira simbólica.

As atividades propriamente ditas, em alguns momentos também foram fantasiosas, mas, que fizeram com que as crianças executassem diferentes ações corporais, que contribuíram para o desenvolvimento.

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O primeiro contato com a escola foi bem positivo, a diretora fez uma excelente recepção, apresentou as turmas, os espaços, as crianças, e também realizou sugestões e nos contou um pouco sobre a história e a rotina do CMEI.

Os espaços apresentados correspondem com as necessidades das crianças, com salas amplas, solários, banheiros adaptados, refeitório, espaço livre para brincadeiras e playground. As salas, o espaço livre e os solários são locais nos quais as aulas de Educação Física foram realizadas e possibilitaram a realização de todas as atividades. A dificuldade foi em relação ao espaço livre, que é amplo, mas, tem acesso a rua, e as crianças ficam agitadas quando passam pessoas e/ ou carros.

As educadoras no primeiro momento tiveram boa aceitação em ter aulas de Educação Física para as crianças, mas, em contra partida, não ofereceram nenhuma ajuda, o que de início gerou muita angústia e insegurança.

A coparticipação, um momento tão esperado, foi uma faca de dois gumes, pois, enquanto no maternal I, as educadoras realizaram uma atividade de movimento – a brincadeira da serpente- com início, meio e fim, e cumpriram o objetivo; no maternal II, as crianças ficaram brincando sem orientação com umas peças de madeiras, e no maternal III elas assistiram a um vídeo, que de nada contribuiu para o desenvolvimento motor.

Após esta coparticipação, observou-se a necessidade de ir à busca de literaturas que dessem suporte para o planejamento das atividades nesta fase educacional, que é um momento tão importante e essencial na vida das crianças. E que acima de tudo, ajudasse a atingir os objetivos como o desenvolvimento motor, a aprendizagem motora e, sobretudo o controle motor que é fundamental nesta etapa.

As brincadeiras, as músicas, os circuitos entre outras atividades foram experiências que a cada aula se aprimoraram, pois, as próprias crianças redefinem a aula pela motivação, entusiasmo e em algumas realizam sugestões.

O trabalho com a Educação Física com várias datas a serem cumpridas, em um primeiro momento parecia complicado, pela falta de interesse de algumas educadoras, pela faixa etária, e até pelo contexto das crianças, que em sua maioria são carentes financeiramente e afetivamente. Mas, com o passar das aulas, tudo passou a ser um desafio, que só veio a contribuir com a formação, pois, este foi um momento de muito aprendizado prático, que é essencial e indispensável para uma boa formação.

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Para planejar as aulas, primeiramente foi construído um projeto de intervenção, no qual, foram colocados todas as aulas que seriam desenvolvidas, levando em consideração a faixa etária, o período sensível de desenvolvimento motor, as necessidades de sociabilização e interação, as teorias de aprendizagem e a abordagem utilizada que foi a desenvolvimentista.

Para dar suporte na organização das aulas, foram utilizados os autores como Palma et al. (2008), os quais, sistematizaram os conteúdos da Educação Física da educação básica e contemplaram assim, a Educação Infantil. Os conteúdos se distribuíram em: conhecimento do corpo, movimentos locomotores fundamentais, jogos populares, expressão corporal, dança, brincadeiras cantadas, danças folclóricas e hábitos de higiene. Ademais, estes autores deixam claro, como devem ser trabalhados estes conteúdos, o que faz com que nas próximas séries as atividades não sejam repetidas. Teóricos como Piaget e Vygostky também foram considerados no planejamento e na execução das aulas, de modo que, o lúdico pelo lúdico não acontecesse, e os objetivos de desenvolvimento fossem atingidos. Assim como, a aprendizagem fosse concedida a todos os alunos, considerando as suas potencialidades e limitações. E foi a partir destes teóricos que as aulas diferenciadas foram planejadas, visto, que é importante propiciar diferentes estímulos, desequilibrando os alunos para que a aprendizagem aconteça.

Como apontam Mattos e Neira (2008), as crianças para aprender necessitam ser estimulas a encontrar soluções para as tarefas difíceis, porém, passível de ser realizadas; é importante também combinar as ações com o que o aluno já conhece e ousar e ir além dos limites, fazendo que o aluno construa o conhecimento por meio de desafios.

Seguindo os estudos de Piaget, é necessário que o aluno interaja com o objeto a ser conhecido, para assim, adquirir a aprendizagem; e é nessa perspectiva, que em quase todas as aulas os alunos exploraram o material, com o objetivo de além de gerar motivação, também facilitar a aquisição do conhecimento.

Em relação à exploração do material há muito a se estudar, para desvendar questões encontradas na realização do estágio como, por exemplo, o porquê que em algumas turmas ocorre tranquilamente e em outras é quase impossível deixar o aluno interagir livremente com o material, em qual momento da aula é ideal? quanto tempo é necessário?

Nas aulas que tiveram a exploração do material, esta foi realizada no final após a concretização das atividades, pois, anteriormente as crianças ficam muito agitadas e não se concentram no restante da aula. É claro, que o correto é deixar explorar o material e fazer um

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volta calma e posteriormente a isto, continuar a aula, mas, com o tempo médio de 30 minutos, que é o ideal para a faixa etária, é quase impossível.

As aulas com o objetivo de aprimorar as habilidades básicas de movimento foram realizadas com materiais diferenciados para motivar os alunos na realização das mesmas. E, com a aprendizagem destas habilidades, assegurou-se o desenvolvimento das capacidades físicas e das capacidades perceptivo-motoras.

A abordagem utilizada nas aulas, juntamente com a desenvolvimentista, foi à construtivista-interacionista, a qual é uma maneira de ultrapassar os moldes tradicionais de ensino, pois considera no processo de ensino e aprendizagem o conhecimento que o aluno já possui, resgatando a sua cultura de jogos e brincadeiras (DARIDO, 2008).

Ademais, esta abordagem entre em consonância com a abordagem desenvolvimentista, que também é essencial e indispensável na Educação Infantil, já que, para Gallahue e Ozmun (2005), aos seis anos a criança já deve estar com os as habilidades motoras fundamentais em estágio maduro.

E estas aulas, também levaram em consideração os três eixos propostos no caderno pedagógico de movimento da Prefeitura Municipal de Curitiba (2009), que são: autonomia e identidade corporal, sociabilização e ampliação das práticas corporais infantis. A autonomia e identidade corporal foram trabalhadas por meio de brincadeiras cantadas a atividades com materiais como balões, jornais; fazendo com que o aluno conheça o seu corpo e dos outros. A sociabilização embora não foi um objetivo geral das aulas, estava presente em todas as atividades de modo que o aluno aprimorasse o trabalho em equipe e que respeitasse os colegas durante as brincadeiras; e por fim, a ampliação de práticas corporais, que foi claramente trabalhada, visto que, as crianças não possuem muitas aulas dirigidas do movimento. E com estes três eixos, pode-se ampliar a cultura corporal dos educandos de modo a contribuir para a sua formação humana.

E ainda, o movimento foi trabalhado na forma de linguagem com os alunos, já que estes se comunicam e se expressam pelo movimento, de modo que, não só se desenvolva as habilidades motoras, mas também, as capacidades expressivas.

As aulas foram realizadas neste ano de 2011 nas seguintes datas: 17/03 com a observação do local de estágio, 24/03 com a coparticipação, 31/03 atividades com balão, 07/04 atividades com corda, 14/04 com os movimentos locomotores, 05/05 foi trabalhado o desenvolvimento motor, 12/05 atividades de expressão corporal com fita, 19/05 movimentos

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manipulativos com jornais, 26/05 atividades com arco, 02/06 foi realizado um momento com materiais alternativos como caixas de papelão, garrafas etc., 09/06 circuito locomotor, e o estágio foi finalizado no dia 16/06 com a ginástica artística. O estágio foi realizado das 13:30 até 17:00 hrs. As aulas foram realizadas por duas estagiárias de Educação Física de uma universidade de grande porte. conseguiu atingir os objetivos dos exercícios propostos, forneceu instruções visuais e orais para os alunos, proporcionou a sociabilização entre eles e teve como dificuldade o domínio dos alunos em alguns momentos das aulas; dificuldade a qual foi vivenciada e analisada pela dupla. Mas como os objetivos das aulas estavam sendo atingidos, não nos prendemos ao comportamento, até porque, o tempo de estágio é curto se comparado com o tempo que as educadoras permanecem com os alunos, então, em alguns momentos estas nos ajudavam, e buscamos driblar a agitação das crianças com brincadeiras que prendessem a atenção delas.

Os planejamentos como já mencionado foram elaborados em conjunto e embasadas em autores do desenvolvimento infantil, das teorias de aprendizagem, especialistas em Educação Física Escolar e no caderno pedagógico da Prefeitura Municipal de Curitiba. Portanto, foram bem elaborados e foi um alicerce para as aulas, que tiveram começo, meio e fim bem definidos. Nestes, também foram colocados mais atividades para o tempo estipulado, para que também subsidiasse em qualquer emergência.

Os alunos em totalidade gostaram das atividades e dos materiais, e no decorrer das aulas, estes foram mostrando evoluções nas habilidades motoras básicas como no andar, correr, saltar, lançar; alguns também aprimoraram o equilíbrio, o conhecimento do corpo e a noção de tempo e espaço.

A sociabilização entre os educandos também foi desenvolvida nas aulas de Educação Física, pois, de inicio muitos não queriam realizar as atividades, não compartilhavam brinquedos, e ao final das aulas, já estavam trabalhando em grupo e participando atividades das brincadeiras.

Estas evoluções tanto motoras quanto sociais, foram observadas, não houve tempo hábil para mensurá-las de maneira quantitativa, e as avaliações das aulas foram estas observações nas melhoras, tendo como base autores que descrevem o desenvolvimento da criança pequena. Ademais, esta forma de avaliar, contempla a abordagem pedagógica da Educação Física, a qual estruturou as aulas, que é a desenvolvimentista, mas também a construtivista-interacionista, que visa uma dimensão maior do que os dados nos moldes

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tradicionais, e, valoriza a interação do indivíduo no ambiente, propicia diferentes experiências e considera os conhecimentos que os alunos já possuem. Pois como aponta Darido (2008), a abordagem construtivista-interacionista não escolhe os alunos mais habilidosos, e proporciona possibilidades de aprendizagens a todos, considerando as suas potencialidades e limitações.

Conclusão

A partir dos estágios com as aulas de Educação Física na Educação Infantil, foi possível adquirir novos conhecimentos sobre esta fase educacional, como por exemplo, as atividades que potencializam o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social das crianças, as atividades que são de interesse destas crianças, a importância do lúdico nas aulas, entre outros, que enriquecem a prática profissional.

As aulas com diferentes objetivos, que se distribuíram principalmente no desenvolvimento e aprimoramento do esquema corporal, da estruturação espacial e da orientação temporal, fizeram com que as crianças além de se divertirem com as atividades de movimento diferenciadas, também conquistassem um melhor domínio corporal, equilíbrio, lateralidade, entre outras habilidades, que são indispensáveis para o crescimento e desenvolvimento.

Muitos autores reforçam a necessidade da Educação Física para o desenvolvimento da criança, Mattos e Neira (2008), salientam que o desenvolvimento da lateralidade, da noção temporal, facilita a alfabetização, pois, segundo estes mesmos autores, como é possível uma criança escrever em uma pequena folha, com linhas, se esta, não domina o conhecimento do próprio corpo.

Para Gallahue e Ozmun (2008), estas atividades, que os quais denominam perceptivo-motoras, além de contribuir para o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, também podem potencializar o desempenho acadêmico da criança, já que as habilidades motoras estão inter-relacionadas com o cognitivo

Mattos e Neira (2008) comentam que as ações motoras são à base do desenvolvimento cognitivo.

As brincadeiras foram à essência das aulas, pois, este é o meio mais favorável de aprendizagem da criança, mas, estas, estavam fundamentadas teoricamente, e com objetivos bem definidos, pois, como comenta Garanhani (2008), o lúdico pelo lúdico não desenvolve.

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Portanto, brincando com ou sem materiais, as crianças apresentaram uma melhora nas habilidades motoras básicas como caminha, correr, saltar, agarrar, lançar, e um maior envolvimento com os demais colegas. E, foi possível também verificar uma melhora cognitiva, já que no decorrer das aulas a compreensão das atividades foi ficando mais fácil para os alunos, e estes já opinavam sobre as atividades que mais gostavam.

Com este estágio, foi possível verificar de fato, a importância da Educação Física para as crianças pequenas, pois, estas estão no período sensível de desenvolvimento, e necessitam de atividades adequadas para este período e que acima de tudo, seja também prazerosa.

E como já foi visto, estas atividades devem ter objetivos embasando as brincadeiras, e os movimentos das crianças devem ser encarados com muita intenção e significado (MATTOS E NEIRA, 2008).

O professor de Educação Física é um especialista em movimento humano, conhece os períodos sensíveis dos seus alunos e as estratégias para o desenvolvimento das habilidades motoras. Há estudos de autores renomados na área como Garanhani (2008), que apontam a importância deste profissional no contexto da Educação Infantil, e também apontam as atividades que mais contribuem com esta fase.

Com o estágio, foi possível verificar que além das brincadeiras, é possível trabalhar com os jogos, com as atividades rítmicas e expressivas, com circuitos, que aumentam o acervo motor e cognitivo da criança pequena; além de propiciar novos desafios e consequentemente novas aprendizagens.

Ademais, o estágio se torna uma prática necessária e indispensável na formação de um bom professor de Educação Física, uma vez que propicia conhecimentos práticos que muitas vezes a teoria por si só não subsidia as ações pedagógicas.

REFERÊNCIAS

CURITIBA. Caderno Pedagógico – Educação Infantil. Movimento. 2009. Disponível: http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=106. Acesso em: 20.Mar.2011.

DARIDO, Suraya Cristina;Rangel, Irene Conceição Andrade. Educação Física na Escola: Implicações para a Prática Pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

GARANHANI, Marynelma. A Educação Física Na Educação Infantil: uma proposta em construção. In: FILHO, Nelson Figueredo de Andrade. (org). Educação Física para a Educação Infantil: Conhecimento e Especificidade. Sergipe: UFS, 2008.

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MATTOS, Mauro Gomes; NEIRA Marcos Garcia. Educação Física Infantil: Construindo o Movimento na Escola. 7ºed. São Paulo: Phorte, 2008.

PALMA, Ângela Pereira Teixeira Victoria; et al. Educação Física e a Organização

Referências

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