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Índice

Introdução – O projecto Página Seguinte 10.º ano ...

3

– Manual

...

4

– Aula digital

...

6

– Bases para Transparências

...

6

– Caderno de Apoio ao Professor

...

6

– CD Áudio do Professor

...

6

– Caderno de Actividades

...

6

Planificação a médio e longo prazo ...

7

Avaliação ...

10

Testes de Avaliação e respectivas propostas de correcção ...

11

– Sequência de aprendizagem 1: – Teste de Avaliação 1

...

11

– Sequência de aprendizagem 2: – Teste de Avaliação 2

...

15

– Teste de Avaliação 3

...

18

– Sequência de aprendizagem 3: – Teste de Avaliação 4

...

21

– Teste de Avaliação 5

...

24

– Sequência de aprendizagem 4: – Teste de Avaliação 6

...

27

– Teste de Avaliação 7

...

30

– Sequência de aprendizagem 5: – Teste de Avaliação 8

...

34

– Teste de Avaliação 9

...

37

Propostas de correcção de algumas actividades do Manual ...

40

Grelha de correcção de testes sumativos...

45

Grelha de observação da expressão oral ...

47

Ficha de visionamento de um documento vídeo ...

48

Cine-ficha (apreciação de filmes) ...

49

Guião de observação / audição de uma reportagem...

50

Guião de actividade de debate ...

51

Modelo de relatório de visita de estudo...

52

Modelo de contrato de leitura...

54

Modelo de ficha de leitura (I) ...

55

Modelo de ficha de leitura (II) ...

57

Modelo de regulamento para a Oficina de Escrita ...

59

(3)
(4)

INTRODUÇÃO – O PROJECTO PÁGINA SEGUINTE 10.º ANO

Estimados colegas

Agradecemos o privilégio de contar com a vossa atenção para, mais uma vez, podermos sujeitar o nosso trabalho à vossa cuidada consideração e experiência profissional.

Desde o ano de 2003, ano do lançamento do primeiro projecto Página Seguinte, procurámos concretizar o espírito do Programa de Português, relativamente às competências nucleares aí enunciadas, entrecruzando-as com recursos scripto-áudio-visuais variados e diversos.

Assim, à semelhança dos projectos anteriores, o novo Página Seguinte concretiza, de forma equilibrada e harmoniosa, as competências nucleares do programa, desenvolvendo-as pertinentemente.

ELEMENTOS CONSTITUINTES DO PROJECTO PÁGINA SEGUINTE 10.º ANO

Para o(a) Professor(a) Para o(a) Aluno(a)

• Manual do Professor

• O Dicionário Terminológico e o Programa de Secundário

• Caderno de Apoio ao Professor • CD Áudio do Professor

• Aula Digital (Manual Multimédia, Preparação de aulas para Quadro Interactivo, Áudios, Vídeos, Testes Interactivos, Apresentação em PowerPoint, Bases para Transparências, Avaliação Interactiva)

• Apoio Internet: www.paginaseguinte10.te.pt

• Manual

• Caderno de Actividades • Avaliação Interactiva

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SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS

Sequência 0 • Diagnosticar – Três testes

Sequência de Aprendizagem 1 • Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo • Ficha Formativa

• Oficina de Escrita • Contrato de Leitura

Sequência de Aprendizagem 2 • Textos de Carácter Autobiográfico / Camões Lírico • Ficha Formativa

• Oficina de Escrita • Contrato de Leitura

Sequência de Aprendizagem 3 • Textos Expressivos e Criativos - Poetas do Século XX • Ficha Formativa

• Oficina de Escrita • Contrato de Leitura

Sequência de Aprendizagem 4 • Textos dos Media • Ficha Formativa • Oficina de Escrita • Contrato de Leitura

Sequência de Aprendizagem 5 • Contos do Século XX • Ficha Formativa • Oficina de Escrita • Contrato de Leitura

INFORMAÇÃO

MANUAL

O Manual está estruturado de acordo com as cinco sequências do Programa, havendo ainda uma sequên-cia inisequên-cial – Sequênsequên-cia 0.

A sequência inicial – Sequência 0 – DIAGNOSTICAR – apresenta três testes, de acordo com o espírito do programa:

«O 10.º Ano de escolaridade é um ano em que a orientação e as estratégias de recuperação e de acompa-nhamento devem ter uma grande relevância, com particular incidência nas primeiras semanas de aulas. Deve, pois, prever-se um módulo inicial que equacione os problemas relacionados com as competências nucleares da disciplina, que contribua para a aquisição de um patamar comum mínimo a partir do qual seja possível pôr em prática o programa do Ensino Secundário. O diagnóstico da aquisição das competências essenciais é fun-damental e pode ser concebido a partir dos seguintes itens:

Compreensão oral • identificar a intenção comunicativa do interlocutor;

• saber escutar e compreender géneros formais e públicos do oral;

• saber escutar criticamente discursos orais, identificando factos, opiniões e enunciados persuasivos.

Expressão oral • adequar o discurso ao objectivo comunicativo, ao assunto e ao interlocutor; • exprimir pontos de vista;

(6)

Expressão escrita • dominar técnicas fundamentais de escrita compositiva:

• organizar o texto em períodos e parágrafos, exprimindo apropriadamente os nexos temporais e lógicos;

• escrever com correcção ortográfica, morfológica e sintáctica; • usar vocabulário apropriado e preciso;

• aplicar correctamente regras básicas da pontuação.

Leitura • ler com fluência;

• apreender criticamente o significado e a intencionalidade de textos escritos; • seleccionar estratégias adequadas ao objectivo de leitura;

• distinguir tipos/géneros de textos; • reconhecer o valor estético da língua.

Funcionamento da Língua

• identificar classes e subclasses de palavras;

• reconhecer o valor polissémico das realizações lexicais; • dominar os paradigmas da flexão nominal, adjectival e verbal; • identificar modos e tempos verbais em frases simples e complexas; • reconhecer funções sintácticas nucleares;

• distinguir relações de coordenação e de subordinação.

Previamente Apresentação de conceitos de acordo com os conteúdos da sequência Oralidade Exercícios de compreensão e expressão oral

Leitura Leitura e análise de textos das tipologias textuais propostas pelo Programa Funcionamento da Língua Exercícios diversificados (conteúdos potenciais e previsíveis) – de acordo com

o Dicionário Terminológico

Escrita Produção de textos de diferentes tipologias Aprender Sistematização esquematizada dos conteúdos

Saber Mais... Aprofundamento de conhecimentos – conteúdos do Programa Ficha Formativa Treino e preparação para a avaliação escrita

Oficina de Escrita Trabalho de escrita – aplicação das regras da textualidade Contrato de Leitura Sinopses e propostas de obras para cumprimento do C.L. Cidadania Activa Textos informativos para envolver activamente o aluno-cidadão A propósito... Textos complementares e esclarecedores dos temas explorados

Caso o resultado do diagnóstico se mostre insatisfatório, no sentido de constatar insuficiências na aquisi-ção das referidas competências, torna-se imperativo desenvolver estratégias e conceber instrumentos que auxiliem na superação das dificuldades, de forma a permitir o desenvolvimento do programa.»

Estrutura de cada Sequência de Aprendizagem

Cada Sequência de Aprendizagem explora as competências nucleares enunciadas no programa e está estruturada do seguinte modo:

O Manual apresenta propostas de soluções para a Oralidade, para a Orientação de Leitura e para o Funcio-namento da Língua, sugestões metodológicas, remissões para Informação e para o Caderno de Actividades.

(7)

AULA DIGITAL

Este recurso põe à disposição dos docentes múltiplos recursos que poderão ser utilizados de acordo com a organização das suas aulas e as características específicas das turmas que leccionam.

Possui diversas valências, evidenciando-se: Manual Multimédia, Preparação de aulas para Quadro Interac-tivo, Áudios, Vídeos, Testes Interactivos, Apresentações em PowerPoint, Bases para Transparências, Avaliação Interactiva.

BASES PARA TRANSPARÊNCIAS

SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS

Sequência de Aprendizagem 1 Transparência 1 – Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

Sequência de Aprendizagem 2 Transparência 2 – Memórias Transparência 3 – Retrato Transparência 4 – Auto-retratos Transparência 5 – Camões

Sequência de Aprendizagem 3 Transparências 6 e 7 – Poesia

Sequência de Aprendizagem 4 Transparência 8 – Textos Jornalísticos

Transparência 9 – Textos Jornalísticos – esquema-síntese Transparência 10 – Globalização

Sequência de Aprendizagem 5 Transparências 11 e 12 – Conto

CADERNO DE APOIO ao PROFESSOR

Planificação anual a médio e longo prazo; testes de avaliação e propostas de correcção, sugestões metodo-lógicas para organização de portefólio e cumprimento de contrato de leitura; grelhas, fichas e guiões.

CD ÁUDIO DO PROFESSOR

Canções, declamações, crónicas radiofónicas, entrevistas, leitura expressiva de contos.

CADERNO DE ACTIVIDADES

Complemento do estudo com exercícios de aplicação de conhecimentos: • sistematização e esquematização de conteúdos;

• 19 fichas com exercícios de: – Leitura;

– Orientação de Leitura; – Funcionamento da Língua; – Escrita;

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PLANIFICAÇÃO A MÉDIO E LONGO PRAZO

Período Conteúdos Sequências Conteúdos / Blocos Suportes

1.o

Período

• Representação gráfica da linguagem: acentuação, ortografia, pontuação • Semântica lexical, figuras

de esti lo

• Conectores discursivos, classes de palavras, sintaxe, funções sin tácticas, expressão escrita

Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo • Declaração • Relatório • Requerimento • Regulamento • Contrato Funcionamento da Língua

• Actos de fala ou actos ilocutórios • Adequação discursiva • Lexicografia

• Morfologia

• Classes de palavras • Sintaxe

Textos de Carácter Autobiográfico

• Memórias • Diário • Cartas • Retratos Funcionamento da Língua • Referência deíctica • Interacção discursiva • Adequação discursiva • Modos de relato do discurso • Texto (continuidade, progressão, coesão e coerência) • Protótipos textuais • Morfologia • Classes de palavras • Sintaxe • Significação lexical • Neologia Sequência de Aprendizagem 0 – Diagnosticar Sequência de Aprendizagem 1 Sequência de Aprendizagem 2 Teste de Diagnóstico 3 blocos Textos Transaccionais e do Domínio Educativo 7 blocos Memórias, Diários, Cartas, Retratos 8 blocos AVALIAÇÃO 3 blocos OFICINA DE ESCRITA 1 bloco TOTAL = 22 blocos CD Áudio Aula Digital Transparências Caderno de Actividades

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Período Conteúdos Sequências Conteúdos / Blocos Suportes

2.o

Período

Camões Lírico

Textos Expressivos e Criativos

• Poetas Portugueses do Século XX • Poetas de Expressão Portuguesa do Século XX Funcionamento da Língua • Nível prosódico • Campo lexical • Campo semântico

• Texto (continuidade, progressão, coesão e coerência) • Paratextos • Morfologia • Classes de palavras • Sintaxe • Figuras de sintaxe

Textos dos Media

• Entrevista

Funcionamento da Língua

• Actos de fala ou actos ilocutórios

• Princípios reguladores da interacção discursiva

• Modos de relato do discurso • Texto (continuidade, progressão, coesão e coerência) • Protótipos textuais • Morfologia • Classes de palavras • Sintaxe Sequência de Aprendizagem 2 Sequência de Aprendizagem 3 Sequência de Aprendizagem 4 Camões Lírico 6 blocos Poetas do Século XX 10 blocos Entrevista 2 blocos AVALIAÇÃO 3 blocos OFICINA DE ESCRITA 1 bloco TOTAL = 22 blocos CD Áudio Aula Digital Transparências Caderno de Actividades

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Período Conteúdos Sequências Conteúdos / Blocos Suportes

3.o

Período

Textos dos Media

• Artigos de apreciação crítica • Textos de divulgação científica • Crónicas jornalísticas

e literárias

RESUMO

Contos de Autores do Século XX

• «Costureirinha», de Luísa Costa Gomes

• «Os namorados de Amância», de José Régio

• «Regressos», de Mário-Henri-que Leiria

• «Florença-a-Flor-que-Pensa», de Jacinto Lucas Pires • «O Homem da Rua», de Mia

Couto

• «O Pequeno Heidelberg», de Isabel Allende RECONTO e SÍNTESE Funcionamento da Língua • Língua, comunidade linguística, variação e mudança

• Referência deíctica: deixis (pessoal, temporal e espacial); anáfora e co-referência • Interacção discursiva (actos

de fala ou actos ilocutórios) • Texto (continuidade, progressão, coesão e coerência) • Protótipos textuais • Comunicação não-verbal • Morfologia • Classes de palavras • Sintaxe

• Relações entre palavras – relações semânticas (antonímia, sinonímia, hiperonímia, hiponímia) Sequência de Aprendizagem 4 Sequência de Aprendizagem 5 Artigo Crítico, Divulgação Científica, Crónica 6 blocos Contos de Autor 8 blocos AVALIAÇÃO 3 blocos OFICINA DE ESCRITA 1 bloco TOTAL = 18 blocos CD Áudio Aula Digital Transparências Caderno de Actividades

(11)

AVALIAÇÂO

«A avaliação da aprendizagem em Português deverá contemplar os seguintes aspectos:

– adequar técnicas e instrumentos aos objectivos e conteúdos, e ao processo de ensino-aprendizagem; – especificar, de forma clara, o objecto da avaliação, os critérios e as estratégias;

– considerar como objecto de avaliação processos e produtos; – propiciar a auto-avaliação e a co-avaliação;

– equacionar o percurso individual e o colectivo, considerando ajustamentos e correcções, de forma a reo-rientar as práticas pedagógicas;

– fornecer ao aluno um feedback em tempo útil.

Modalidades e instrumentos de avaliação

Através da avaliação, nas suas diferentes modalidades (diagnóstica, formativa e sumativa), será possível, utilizando os instrumentos adequados, proceder à despistagem das dificuldades e dos erros que, numa pers-pectiva formativa, servirão de suporte a uma prática pedagógica diferenciada. (…)

A observação directa, questionários, textos orais e escritos são elementos que fornecem ao professor dados a ter em conta no momento da atribuição de uma classificação. Caberá ao professor seleccionar aqueles que melhor se adequam ao objecto a ser avaliado: compreensão e expressão oral e escrita, bem como o funciona-mento da língua, transversal a todos os domínios.

Por exemplo, para observação da execução de uma tarefa, será útil recorrer a listas de verificação; para a avaliação do desempenho oral e escrito serão adequadas escalas de classificação (numéricas, de frequência e descritivas) onde constem os critérios de desempenho, tais como as competências linguística, discursiva e sociolinguística. (…)

A atribuição de uma classificação ao aluno deverá decorrer dos vários dados recolhidos em momentos de avaliação formais e informais (…) de várias produções do aluno, tais como elaboração de dossiês de vários tipos, projectos de escrita e de leitura, trabalhos realizados fora da sala de aula, cadernos diários, etc.»

(12)

Lê atentamente os textos.

Texto A

1.o– O Prémio Literário Correntes D’Escritas, instituído no dia 11 de Fevereiro de 2004, destina-se a

galar-doar, anualmente, um Conto ou um Poema inéditos, em português, escritos por jovens com idades compreen-didas entre os 15 e os 18 anos, naturais de países de expressão portuguesa.

2.o– O valor do Prémio Literário Correntes D’Escritas é, em 2010, de 1000 € (mil euros). Para além disso, o

Conto / Poema premiado será publicado na edição seguinte da Revista Correntes d’Escritas.

3.o– O Prémio será atribuído nos anos pares a Conto e nos anos ímpares a Poesia. Assim, em 2010, o

Pré-mio distinguirá Prosa.

4.o– A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, como organizadora do Correntes D’Escritas designará os

elementos do Júri.

5.o– O Júri será constituído por três elementos, só podendo decidir com a presença de todos os membros.

(…)

Regulamento do Prémio Literário Juvenil Correntes D’Escritas

Texto B

Entre Vendecar, Sociedade de Compra e Venda de Veículos Usados, adiante designada por 1.oContraente,

e João Manuel Oliveira Antunes, portador do Bilhete de Identidade número 1935211, adiante designado por 2.o Contraente, é celebrado o presente contrato de compra e venda de veículo usado, que se rege pelas

seguintes claúsulas:

1.a– Pelo presente contrato, o 1.oContraente vende ao 2.oContraente o veículo automóvel com as

caracte-rísticas e nas condições acordadas, que este aceita comprar para seu uso pessoal.

2.a– O veículo automóvel, objecto do presente contrato, é usado, apresentando um desgaste e

envelheci-mento inerentes aos seus anos e quilometragem. O 1.oContraente responde pelo bom estado e bom

funciona-mento do veículo, pelo prazo de um ano, a contar da data da sua entrega.

3.a– Antes da sua revenda, o 1.o Contraente inspeccionou o veículo automóvel e verificou as suas

condi-ções de funcionamento, corrigindo as anomalias detectadas, não inerentes ao desgaste e envelhecimento do veículo.

4.a– O preço de venda do veículo consta da Cláusula 6.a. Este deverá ser pago pelo 2.oContraente nos

ter-mos aí determinados.

Teste de Avaliação 1

Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

5

10

5

(13)

I Responde com clareza e concisão às questões.

1. Considera as especificidades dos textos A e B. 1.1 Apresenta a sua designação.

1.2 Esclarece a forma como estão estruturados os excertos aqui transcritos. 1.3 Explicita a finalidade de cada um dos textos.

2. Atenta no texto A.

2.1 Identifica o seu emissor e o seu destinatário. 2.2 Esclarece o seu interesse para o destinatário.

2.3 Transcreve a expressão que mostra que a entidade regulamentadora pretende atribuir o prémio de forma plural.

3. Relê o texto B.

3.1 Refere outra designação para as duas entidades envolvidas neste tipo de compromisso. 3.2 Substitui a expressão «corrigindo as anomalias detectadas» (l. 11) por outra equivalente.

II

1. Estabelece a correspondência entre a coluna A e a coluna B, identificando as palavras sinónimas:

2. Considera a seguinte frase do texto A: «O Júri será constituído por três elementos, só podendo decidir com a presença de todos os membros.»

2.1 Regista a classe e subclasse gramatical dos vocábulos sublinhados.

3. Faz corresponder à expressão da coluna A a substituição dos nomes por pronomes pessoais, escrevendo na tua folha de resposta a alínea correcta da coluna B:

Coluna A Coluna B

a) galardoar (ls. 1-2, Texto A) 1. combinadas b) inéditos (l. 2, Texto A) 2. subordina c) rege (l. 3, Texto B) 3. ligados d) acordadas (l. 6, Texto B) 4. originais e) inerentes (l. 8, Texto B) 5. estabelecidos f) determinados (l. 14, Texto B) 6. premiar

Coluna A Coluna B

A câmara designará os elementos do júri a) Ela designará-os b) Ela designá-los-á c) Ela designará-los

(14)

III

Quem não defende os direitos à vida, à liberdade e à igualdade como intocáveis? O problema é fundamen-tar racionalmente essa pretensão. Porque não posso atenfundamen-tar contra a vida de meu semelhante? Porque não posso usar da força para submeter as outras pessoas ao meu serviço?

José Luís Ames http://user.hotlink.com.br/fico/2005/11/locke-os-direitos-naturais-do-home-html

Relembra a Declaração dos Direitos do Homem e num texto expositivo, com oitenta a cento e vinte pala-vras, responde à questão ou às questões colocadas no enunciado transcrito.

(15)

Proposta de correcção

I 1.1 Texto A – Regulamento; Texto B – Contrato.

1.2 O texto A é constituído por cinco artigos. O texto B apresenta a abertura e quatro cláusulas.

1.3 O texto A regulamenta um concurso de carácter literário. O texto B estabelece um acordo entre duas partes – vendedor e comprador.

2.1 Emissor – Câmara Mu ni cipal da Póvoa de Varzim. Destinatário – «Jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, naturais de países de ex pressão portuguesa.»

2.2 Poder ser distinguido com o Prémio Literário Correntes D’Escritas. 2.3 «só podendo decidir com a presença de todos os membros.» 3.1 Outorgantes.

3.2 Eliminando as deficiências encontradas.

II 1. a) 6; b) 4; c) 2; d) 1; e) 3; f) 5.

2.1 por: preposição;

ele mentos: nome comum, contável. todos: quantificador universal. só – advérbio de inclusão e exclusão o – determinante artigo definido 3. b)

III Resposta livre.

(16)

Texto A

Pittsburgh 8 de Junho, 1873 Meu querido amigo

Esperei todos os dias, durante esta semana, vê-lo em Pittsburgh, tendo ficado desiludida.

Suponho que recebeu a minha carta e penso que, pelo menos, se não veio podia ter-me respondido. Tenho estado muito ansiosa porque, como adoeci desde o meu regresso, receei que também adoecesse, sozinho, numa terra estranha, o que me fez sentir pior, pensar que pudesse estar doente num hotel.

Mas porque não vem a Pittsburgh? Respondi imediatamente à sua carta dizendo-lhe que me sentia quase louca por vê-lo e não apareceu.

Estou por isso exasperada e não lhe escreverei mais até o ver, o que espero acontecerá muito brevemente. Muito sinceramente

Mollie

in Cartas de Amor (…) Para José Maria Eça de Queirós (…), Assírio & Alvim, 1998

Texto B João José Campos da Silva

Rua das Acácias, 125 4150-529 Porto

Eusébio & Filhos, S.A.

Departamento de Recursos Humanos Apart. 3 – 4720-285 Carrazedo Amares

Porto, 10 de Agosto de 2010

Exmo. Sr. Director do Departamento de Recursos Humanos,

Eu, João José Campos da Silva, 35 anos, residente na rua das Acácias n.o125, no Porto, com o telefone

n.o 25221000, venho por este meio solicitar a consideração da minha candidatura ao lugar de Director de

Obras, de acordo com o aviso publicado no Público do dia 14/6/2010.

Sou Engenheiro Civil e possuo um perfil profissional condicente com o definido no aviso supracitado, como facilmente se comprovará pelo Curriculum Vitæ apresentado em anexo.

Declaro-me disponível para uma entrevista em dia e hora considerados adequados. Subscrevo-me com a máxima consideração,

João José Campos da Silva

Teste de Avaliação 2

Textos de Carácter Autobiográfico

5 10 5 10 15 Lê atentamente os textos.

(17)

I Responde com clareza e concisão às questões.

1. Identifica a(s) tipologia(s) dos textos transcritos.

1.1 Transcreve expressões que confirmam a resposta à questão anterior. 1.2 Apresenta a estrutura de cada texto.

2. No texto A, o remetente manifesta sentimentos. 2.1 Refere-os e justifica-os.

2.2 Diz o nome da figura de estilo presente na expressão: «dizendo-lhe que me sentia quase louca por vê-lo». Esclarece o seu valor expressivo.

3. Explica a seguinte afirmação: O texto A é autobiográfico. 4. Explicita o objectivo do texto B.

II 1. Refere os actos de fala ou actos ilocutórios presentes em:

a) «Mas porque não vem a Pittsburgh?» (l. 8, texto A) b) «Declaro-me disponível» (l. 15, texto B)

1.1 Explicita a sua intencionalidade comunicativa. 2. Atenta nas seguintes frases:

«Tenho estado muito ansiosa porque, como adoeci, desde o meu regresso, receei que também adoecesse, sozi-nho, numa terra estranha, o que me fez sentir pior, pensar que pudesse estar doente num hotel.» (ls. 6-7, texto A)

2.1 Integra os vocábulos sublinhados na classe e subclasse a que pertencem. 2.2 Transcreve as formas verbais e regista o tempo e o modo em que se encontram. 2.3 Refere o valor aspectual da primeira e da segunda formas.

2.4 Classifica as orações:

a) «como adoeci» b) «porque recebi» c) «que pudesse estar doente num hotel» 3. Regista, do texto B, os deícticos de referência pessoal.

III

Redige um texto, de sessenta a cem palavras, optando por um(a) dos(das) seguintes temas / tipologias textuais:

A – Imagina-te sozinho(a) num país desconhecido, passando priva-ções ou dificuldades de qualquer índole.

Escreve uma página do teu diário nas circunstâncias propostas. B – Descreve o auto-retrato de Ester Olivé de Puig que, ao lado, se

apresenta.

Ester Olivé de Puig

(18)

Proposta de correcção

I 1. Texto A: carta informal / carta pessoal

Texto A: carta formal / car ta oficial.

1.1 A saudação inicial do texto A, «Meu querido amigo», a mensagem contida no corpo da carta e a despe-dida, «Muito sinceramente», revelam uma ligação afectiva e de cumplicidade entre o locutor e o interlo-cutor. No texto B, o emissor dirige-se formalmente ao destinatário, «Exmo. Sr. Director», e a despedida, «Subscrevo-me com a máxima consideração», traduz distanciamento e tratamento de corte-sia adequado ao teor da missiva.

1.2 Texto A – local e data, saudação inicial, corpo da carta, despedida, assinatura.

Texto B – identificação do remetente, identificação do destinatário, local e data, saudação inicial, corpo da carta, despedida, assinatura.

2.1 Os sentimentos são: desilusão, ansiedade, receio, preocupação, dúvida, saudade e desespero.

O emissor esperava ver o destinatário da carta, o que não aconteceu; não sabe o motivo por que não se encontraram, colocando a hipótese de ele estar doente.

2.2 Hipérbole. Ela manifesta uma ansiedade de o ver, próxima do desespero.

3. Sim. Mollie expõe os seus sentimentos em relação ao destinatário da carta que designa por «Meu querido amigo»; relata situações do seu quotidiano; as formas verbais encontram-se na 1.apessoa do singular; são

utilizados determinantes possessivos e pronomes pessoais da 1.apessoa.

4. O texto B constitui a apresentação de uma candidatura ao lugar de Director de Obras. II

1. a) Acto directivo. b) Acto declarativo.

1.1 Na expressão do texto A a intencionalidade é perguntar, pretendendo obter uma resposta. Na expres-são do texto B a intencionalidade é declarar.

2.1 Classe / subclasse:

«muito» – advérbio de quantidade; «desde» – preposição; «meu» – determinante; possessivo;

«regresso» – nome; co mum, abstracto, contável; «estranha» – adjectivo; qualificativo em posição pós-nominal; «me» – pronome; pessoal.

2.2 «Tenho estado» – verbo «estar», Pretérito Perfeito Composto, Modo Indicativo; «adoeci» – verbo «adoecer», Pretérito Perfeito Simples, Modo Indicativo; «receei» – verbo «recear», Pretérito Perfeito Simples, Modo Indicativo; «adoecesse» – verbo «adoecer», Pretérito Imperfeito, Modo Conjuntivo; «fez» – verbo «fazer», Pretérito Perfeito Simples, Modo Indicativo; «sentir» – verbo «sentir», Modo Infinitivo; «pensar» – verbo «pensar» – Modo Infinitivo; «pudesse» – verbo «poder», Pretérito Imper-feito, Modo Conjun tivo; «estar» – verbo «estar», Infinitivo.

2.3 Habitual, perfectivo.

2.4 a) Subordinada adverbial causal. b) Subordinada adverbial causal. c) Subordinada substantiva, completiva.

3. Eu, venho (eu); sou (eu); possuo (eu); (declaro)-me; (subscrevo)-me. III

(19)

Que me quereis, perpétuas saudades? Com que esperança inda me enganais? Que o tempo que se vai não torna mais, E se torna, não tornam as idades. Razão é já, ó anos! que vos vades, porque estes tão ligeiros que passais, nem todos pera um gosto são iguais, nem sempre são conformes as vontades. Aquilo a que já quis é tão mudado, que quase é outra cousa, porque os dias Têm o primeiro gosto já danado. Esperanças de novas alegrias

não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,* que do contentamento são espias.

Maria Vitalina Leal de Matos, A Lírica de Luís de Camões, Seara Nova, Editorial Comunicação, 1981

* Várias edições têm geralmente corrigido errado, que ocorre na edição de 1598, para irado.

I Responde com clareza e concisão às questões.

1. O poeta interpela as «perpétuas saudades».

1.1 Explicita o significado da expressão sublinhada. 2. Interpreta os versos 3 e 4.

3. Identifica o sentimento dominante na primeira estrofe. 4. Atenta na segunda estrofe.

4.1 Esclarece o modo como o poeta experiencia a passagem do tempo. 5. O primeiro terceto contrasta o passado e o presente da vida do «eu» poético.

5.1 Apresenta as causas que determinam essa oposição.

6. A Fortuna e o Tempo são responsabilizados pelo sujeito poético. Justifica. 7. Transcreve do poema uma personificação, uma anástrofe e uma anáfora.

7.1 Refere o seu valor expressivo.

Testes de Avaliação 3

Textos de Carácter Autobiográfico

Paul Baudry

,Fortuna, com Menino

, 1857

5

10

(20)

II 1. Refere a classe e a subclasse das seguintes palavras.

a) «Que» (v. 1) b) «vos »(v. 5) c) «Aquilo» (v. 9) d) «primeiro» (v. 11) e) «já» (v. 11) f) «mas» (v. 13) g) «contentamento» (v. 14)

2. Escreve duas frases onde utilizes o vocábulo «Fortuna» com acepções diferentes. 3. Classifica as orações:

a) «Se torna» (v. 4)

b) «Que quase é outra cousa» (v. 10)

c) «Porque os dias / Têm o primeiro gosto já danado» (vs. 10-11) 3.1 Regista a função sintáctica dos vocábulos sublinhados.

III

Elabora um texto de cáracter autobiográfico, de cento e vinte a duzentas palavras, desenvolvendo apenas um tema.

A – «Eu, Camões, me confesso…»

B – «Eu, Camões, nasci em 1524, em Lisboa…» C – «A linguagem dos meus sentimentos.»

(21)

Proposta de correcção

I

1.1 Contínuas e obsessivas lembranças do passado que se presume serem muito agradáveis e que permanecem para sempre na me mória do «eu» poético.

2. A passagem do tempo é inexorável para o ser humano que vai envelhecendo sem poder regressar à sua juventude, ao contrário da natureza, que se renova ciclicamente.

3. Sentimento de desespero.

4.1 Segundo o sujeito poético, os anos estão a passar muito rapidamente. Con tudo, não tem experienciado a sua vida como desejaria.

5.1 O envelhecimento e a consequente mudança de atitude perante a vida.

6. São consideradas entidades «espias». O destino implacável compraz-se com o sofrimento e infelicidade do «eu» poético; o «Tempo» inexorável não pára, envelhecendo-o, degradando o único remédio (a juventude) que poderia mudar a sua vida, oferecendo-lhe novas oportunidades.

7. Personificação: «a For tuna e o Tempo errado/ Que do contentamento são espias» (vs. 13-14).

Anástrofe: «Com que esperança inda me enganais?» (v. 2). Anáfora: «Nem todos pera um gosto são iguais/ Nem sempre são conformes as vontades» (vs. 7-8).

7.1 Personificação: a Fortuna e o Tempo representam os obstáculos à felicidade do «eu» poético.

Anástrofe: o «eu» poético identifica e evidencia a razão do seu sofrimento: as obsessivas saudades do tempo passado criam-lhe vãs esperanças de voltar a ser feliz, mas ele sabe que isso é ilusório, enganador, impossível.

Anáfora: a repetição (em alternância) revela a negatividade dos efeitos da passagem dos anos vivenciados sob diferentes estados de espírito.

II

1.1 a) Pronome interrogativo. e) Advérbio de tempo.

b) Pronome pessoal. f) Conjunção coordenativa adversativa.

c) Pronome demonstrativo. g) Nome comum abstracto, não contável.

d) Adjectivo numeral. 2. Exemplo:

Ele ganhou uma fortuna no totoloto. Ofereceram-me uma estatueta da Fortuna. 3. a) Subordinada adverbial condicional.

b) Subordinada adverbial consecutiva. c) Su bordinada adverbial causal.

3.1 «Outra cousa» – predicativo do sujeito; «primeiro gosto» – complemento directo. III

(22)

Lê atentamente o texto.

Os livros. A sua cálida, terna, serena pele. Amorosa companhia. Dispostos sempre a partilhar o sol

das suas águas. Tão dóceis, tão calados, tão leais, tão luminosos na sua branca e vegetal e cerrada melancolia. Amados

como nenhuns outros companheiros da alma. Tão musicais

no fluvial e transbordante ardor de cada dia.

Eugénio de Andrade,

Ofício da Paciência

I

Apresenta, de forma bem estruturada, as respostas ao questionário. 1. Caracteriza os livros, utilizando uma linguagem denotativa. 2. Esclarece a importância dos livros na vida do sujeito poético.

3. Refere a figura de estilo predominante no poema e explicita o seu valor expressivo. 4. Transcreve o vocábulo que mais se repete ao longo do texto e interpreta a sua reiteração. 5. Explica o sentido da frase: «Tão musicais / no fluvial e transbordante / ardor de cada dia.» 6. Identifica o tema deste texto poético.

Teste de Avaliação 4

Textos Expressivos e Criativos

5

(23)

II

Estabelece a correspondência correcta entre os elementos da coluna A e os da coluna B:

III

Elabora um texto expressivo e criativo, de cento e cinquenta a duzentas palavras, subordinado ao título: Um livro inesquecível.

Coluna A Coluna B

a) «Amados como nenhuns» (vs. 9-10) b) «nenhuns» (v. 10)

c) «dispostos» (v. 3) d) «fluvial» (v. 12) e) «luminosos» (v. 7)

1. Pertence à classe dos quantificadores. 2. É uma forma verbal não finita.

3. É co-referente de «Os livros». 4. É co-referente de «o sol».

5. Pertence ao campo lexical de iluminação. 6. Pertence à classe dos pronomes. 7. Pertence ao campo semântico de «rio». 8. É uma forma verbal finita.

(24)

Proposta de correcção

I

1. Os livros são ternos, aconchegantes, tranquilizantes, íntimos, fiéis, confidentes, ou seja, os livros estão sem-pre disponíveis para os leitores seja qual for o motivo e o momento em que se deseje lê-los.

2. Os livros são os melhores amigos do sujeito poético, os seus preferidos.

3. A figura de estilo predominante é a personificação. É utilizada porque o sujeito poético dá «vida» aos livros, considerando-os uma excelente companhia, amados por ele como os melhores amigos.

4. O vocábulo que mais se repete é «tão». A sua reiteração pretende superlativar as qualidades dos livros, no panegírico que o sujeito poético lhes faz.

5. A frase significa que os livros concedem alegria de viver o dia-a-dia a quem os lê. 6. O amor aos livros.

II a) 3; b) 1; c) 2; d) 7; e) 5

III Resposta livre.

(25)

Lê atentamente o poema.

Navio naufragado Vinha de um mundo

Sonoro, nítido e denso.

E agora o mar o guarda no seu fundo Silencioso e suspenso.

É um esqueleto branco o capitão, Branco como as areias,

Tem duas conchas na mão Tem algas em vez de veias

E uma medusa em vez de coração. Em seu redor as grutas de mil cores Tomam formas incertas quase ausentes E a cor das águas toma a cor das flores E os animais são mudos, transparentes. E os corpos espalhados nas areias Tremem à passagem das sereias, As sereias leves dos cabelos roxos Que têm olhos vagos e ausentes E verdes como os olhos de videntes.

Sophia de Mello Breyner, in Dia do Mar, Editorial Caminho, 2003

I

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas ao questionário. 1. Atenta na primeira estrofe.

1.1 Transcreve os vocábulos que descrevem os mundos que se opõem. 1.2 Explicita o seu sentido.

2. «É um esqueleto branco o capitão» (v. 5)

2.1 Mostra que a figura do capitão é poeticamente transfigurada. 3. Selecciona os elementos que caracterizam o fundo do mar.

3.1 Neste contexto, interpreta a presença das sereias, tendo em conta que se inscrevem no domínio do ima-ginário.

Teste de Avaliação 5

Textos Expressivos e Criativos

5

10

(26)

4. Regista do texto uma comparação e uma hipérbole, referindo o seu valor expressivo. 5. Justifica o título do poema.

II

1. Apresenta sinónimos de: «nítido» (v. 2), «suspenso» (v. 4), «espalhados» (v. 14), «videntes» (v. 18). 2. Regista palavras do campo lexical de «mar».

3. Identifica a relação semântica existente entre «corpos» (v. 14) e «olhos» (v. 17).

4. Escreve duas frases em que utilizes palavras homónimas de «guarda» (v. 3) e de «são» (v. 13).

5. Integra na classe e subclasse os vocábulos: «agora» (v. 3), «seu» (v.3), «branco» (v. 5), «duas» (v. 7) e «Que» (v. 17).

6. Refere a função sintáctica dos elementos constituintes do verso «E agora o mar o guarda no seu fundo» (v. 3). III

Elabora um texto expressivo e criativo, de cem a duzentas palavras, subordinado ao título: Uma magnífica

(27)

Proposta de correcção

I

1.1 À superfície (Terra) – «Sonoro, nítido e denso»; Fundo do mar – «Silencioso e suspenso».

1.2 O espaço terreno é descrito como um lugar onda há sonoridade de coisas, objectos e seres concretos, não transfigurados. O fundo do mar é um lugar aquático, caracterizado pela ausência de sonoridades onde objectos, coisas, animais e corpos flutuam.

2.1 O «eu» transfigura poeticamente o capitão, descrevendo-o como um ser que já pertence ao mundo marítimo, envolvido pelos elementos marinhos, que dele fazem parte integrante. O capitão fundiu-se nesse ambiente, por isso a sua pele tomou já a cor branca das areias, na mão segura duas conchas, está envolvido por algas e o coração é uma medusa. Há como que uma perda da sua identidade humana, hibridamente confundida com a de um belo ser marinho. O intenso visualismo é transmitido pelo enquadramento do capitão num cenário em que as flores, o movimento suave dos animais e das sereias conferem profunda beleza e magia.

3. Grutas, flores, animais, corpos e sereias.

3.1 As sereias são seres imaginários que conferem à descrição o poder de evocar um espaço de beleza mágica e perfeita.

4. Comparação: «E verdes como os olhos de videntes» – Os olhos das sereias são descritos como os olhos de visionários, olhos extraordinários com o poder de adivinhação.

Hipérbole: «as grutas de mil cores» – No fundo do mar, o cromatismo é soberbo, nele as águas transparen-tes ganham infinitas tonalidades.

5. O título justifica-se pela presença do capitão e de corpos (provavelmente marinheiros) espalhados no fundo do mar. O navio naufragou, mergulhando os seus ocupantes na profundidade das águas marítimas, tendo perdido a vida. Sob essa massa de água, os cadáveres, com destaque para o capitão, um esqueleto, adqui-rem uma estranha beleza, algo sedutora e mágica.

II 1. Límpido, pendente, dispersos, visionários.

2. «areias», «conchas», «medusa», «águas», «se reias». 3. Relação de meronímia – «olhos», merónimo de «corpos». 4. O meu prédio tem um guarda à porta.

Mantém uma alma sã num corpo são. 5. Classe / Subclasse.

«agora» – advérbio de predicado, valor temporal «seu» – determinante; possessivo

«branco» – adjectivo; qualificativo pós-nominal «duas» – quantificador; nume ral

«que» – pronome; relativo

6. «agora» – modificador «o guarda» – predicado «o mar» – sujeito simples «no seu fundo» – modificador «o» – complemento directo

III Resposta livre.

(28)

Teste de Avaliação 6

Textos dos Media

Sou um persistente visitante da pintura de Júlio Resende, sem dúvida um dos mais importantes artistas contemporâneos portugueses. Desde uma longínqua exposição na Galeria Divulgação, à Estefânia, passando pelos livros que entretanto reproduziam coisas anterio-res, tudo fui seguindo na medida do possível, não exaustivamente, mas no tempo que podíamos partilhar, o artista e eu, incluindo a notícia, as ilustrações vindas do Porto, do Brasil, de Cabo Verde, um testemunho patrimonial já sem idade, páginas da História, o futuro, os afectos entretanto. Por isso é que não tomo como crítica de arte este artigo feito demasiado sobre a hora, mas antes como a carta que se escreve ao amigo e nela o saudamos por estar presente, por já viver fora das cronologias e dos pragmatismos.

A exposição de parte da obra de Júlio Resende, colecção do Millennium, foi organizada na Socie dade Nacional de Belas-Artes e sobre ela muito pouco se disse. (…) Resen de foi aparecendo muito de passagem, não há um grande filme sobre ele, mas todos nos lem-bramos de Helena Almeida, Julião Sarmento, Júlio Pomar. E desta vez, em Lisboa, com a colecção a que nos referimos, é exposta a grande obra parietal Ribeira

Negra, um percurso que envolve 120 m2e cuja grandeza

estética tem um lugar único no nosso moderno patri-mónio deste domínio.

Ribeira Negra

A peça mural não grita entre restos de uma guerra feia, como a Guernica, mas os espanhóis, se a

possuís-sem, não minimizariam – esse monumento catártico que ensaia um enorme travelling pela vida de uma população urbana, ou da margem, ou do Norte, ou da melancolia meridional e da escassez, feito de encadea-dos entre o negro, o branco e admiráveis cinzas de admiráveis trânsitos visuais, síntese, desdobramento, um ruído que apenas desabrocha no interior das nos-sas cabeças, e o resto, que é tudo, serve para um olhar lateral e comovido, paragens, fragmentos deslumbran-tes, a realidade, o sonho, a faina fluvial, o Douro, as fotografias meio rasgadas e sobrepostas na mente: Do rio, no rio, o barco antigo descobre os acenos. Crian-ças. Mulhe res carregadas. Cães vadios e sombras e arcadas e travessas de madeira, âncoras do mundo.

Aqui não há tempo nem espaço para falar desta obra mal-amada E assim não é difícil perceber, num pequeno texto de Resende para este catálogo, as seguintes palavras:

«Toda a repreensão em causa própria seria inútil». «Como se constata, percurso longo que a natureza aleatória da apresentação não especifica, nem essa era a intenção. Compensando tal hiato, a Ribeira Negra, obra de 1984, é apresentada em Lisboa, com os seus 120 m2. Aconteceu num registo instintivo que motivou

um mural em grés fixado ulteriormente na cidade do Porto. Não é de forma intrusa que figura na presente mostra, porque confirma os fins últimos da Pintura que sempre defendi: o seu objectivo mural».

Lemos isto, com esta simplicidade, e da moral fala-remos um dia.

inJornal de Letras,

26 de Abril a 9 de Maio de 2006

Júlio Resende: pintura sem idade

Rocha de Sousa

Artes visuais

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 Lê atentamente o texto.

(29)

I

1. Rocha de Sousa avalia a pintura de Júlio Resende e afirma que este artigo não pode ser considerado pro-priamente «crítica de arte». Justifica.

2. Identifica o motivo pelo qual, na opinião de Rocha de Sousa, a pintura de Júlio Resende tem sido devida-mente valorizada. Justifica a resposta.

3. O autor aprecia, particularmente, a peça mural Ribeira Negra.

3.1 Explica o significado da expressão «esse monumento catártico que ensaia um enorme travelling pela vida de uma população urbana».

3.2 Refere as temáticas que a obra, artisticamente, desenvolve e selecciona os elementos nela representados. 4. Na parte do artigo designada por Ribeira Negra, o autor utiliza um discurso valorativo que assenta em

várias figuras de estilo. Transcreve expressões que evidenciem o uso de: a) enumeração

b) antítese c) polissíndeto

4.1 Distingue as figuras de sintaxe das de nível interpretativo. Justifica.

5. Regista os vocábulos e expressões que revelam a apreciação crítica do articulista. II

1. Na expressão «a carta que se escreve a um amigo e nela o saudamos» (ls. 13-14), identifica os elementos anafóricos que sustentam a coesão do enunciado.

2. Na parte do texto Ribeira Negra, encontram-se frases nominais. Transcreve duas. 2.1 Explicita a sua expressividade.

3. Rocha de Sousa joga com as palavras «mural» e «moral».

3.1 Designa estes vocábulos tendo em conta a sua semelhança fonética e gráfica.

4. Quando nos deslocamos, lenta e gravemente, ao longo da Ribeira Negra, sabemos que há muitas mais obras expostas na sala.

4.1 Classifica as orações da frase.

4.2 Identifica as funções sintácticas dos vocábulos sublinhados, estabelecendo a correcta correspondência entre a coluna A e a coluna B:

III

Imagina uma entrevista a uma pessoa que admires (ex.: professor, cientista, artista, desportista). Escreve o texto, aplicando os teus conhecimentos sobre essa tipologia textual.

Coluna A Coluna B a) «nos» b) «lenta e gravemente» c) «na sala» 1. modificador adverbial 2. modificador preposicional 3. complemento directo

(30)

Proposta de correcção

I

1.1 O articulista afirma estar ligado a Júlio Re sen de por uma enorme admiração, avaliando a obra do pintor de forma pouco isenta.

2. Rocha de Sousa afirma que não, pois os órgãos de comunicação social pouco se debruçaram sobre a expo-sição organizada pela Sociedade Nacional de Belas-Artes (colecção do Millennium). Afirma, ainda, que

Ribeira Negra é uma «obra mal-amada».

3.1 Esta extraordinária obra de arte reflecte e perspectiva a(s) forma(s) de vida da população, proporcio-nando a quem observa a uma análise purificadora.

3.2 A realidade, o sonho, a faina fluvial, o Douro. 3.2.1 Crianças, mulheres carregadas, cães vadios.

4. Enumeração: «paragens, fragmentos (…) as fotografias» (ls. 39-40); Antítese: «o negro, o branco» (l. 34);

Polissíndeto: «Cães vadios (…) de madeira» (ls. 42-43).

4.1 As figuras de sintaxe são a enumeração e o polissíndeto porque evidenciam modos particulares de cons-trução das frases. A antítese integra-se no nível interpretativo, opondo conceitos.

5. «Sem dúvida (…) portugueses» (ls. 2-3); «um testemunho patrimonial já sem idade» (ls. 9-10); «o sauda-mos (…) pragmatissauda-mos» (ls. 14-15); «é exposta a grande obra parietal» (l. 23); «e cuja grandeza deste domínio» (ls. 24-25); «os espanhóis, se a possuíssem, não a minimizariam» (ls. 30-31) «esse monumento catártico» (l. 30); «admiráveis» (l. 35); «fragmentos deslumbrantes» (ls. 38-39); «obra mal-amada» (l. 45).

II 1.1 «Nela» e «o».

2. «Crianças» (ls. 42-43). «Mulhe res carregadas» (l. 43).

2.1 Estas frases põem em evidência as figuras que se destacam na pintura (não as acções). 3.1 Parónimas.

4.1 «Quando nos deslocamos, lenta e gravemente ao longo da Ribeira Negra» – subordinada adverbial tem-poral; «sabemos» – subordinante; «que há muitas mais obras expostas na sala» – subordinada substan-tiva complesubstan-tiva.

4.2 a) 3; b) 1; c) 2.

III Resposta livre.

(31)

Cafés

O Café foi e continua a ser – continuaria a ser se os Cafés não estivessem a desaparecer da geografia de Lisboa – um local de conversa ou de sossego, de tranquilidade total, por isso mesmo de criação. Não sei se Bocage escreveu algumas poesias sobre as mesas do seu Café, mas é natural que o tenha feito. Ele e tan-tos, tantos outros poetas, já que de poetas se trata. «As mesas do Café endoideceram feitas de ar.», dizia Sá-Carneiro. E na «Apoteose»: «Sereno / em minha face assenta-se um estrangeiro / Que desdobra o

Matin». No Café passa gente que nunca mais vemos, e que desdobra o Matin ou qualquer outro jornal.

Ou reúnem-se pessoas conhecidas-desconhecidas que conversam. Bocage, que morreu conformista e a fazer traduções para subsistir – ainda frequentaria o Nicola nessa altura? Ficaria decerto espantado se cá pudesse voltar e encontrasse um Banco (Já houve um que teria oferecido 14 000 contos de trespasse…). Não tenho nada contra os Bancos mas, vendo bem, não deveria o Nicola ser preservado, com os seus qua-dros evocativos? Há tempos uma amiga brasileira de visita a Lisboa, depois de ir ao Jerónimos, à Torre de Belém e às Janelas Verdes, foi aos Irmãos Unidos ver o retrato de Fernando Pessoa pintado por Almada e olhar demoradamente o local onde o poeta passara tanto do seu tempo. Porquê esta morte violenta dos Cafés de Lisboa? É certo que a cidade cresce, muda de face, actualiza-se – mas para que há-de ela repetir por suas mãos (é um modo de dizer) a catástrofe de 1755 que quase nada deixou atrás de si? Por que não poupar algumas casas que têm recordações, que têm história? Quando, no liceu, comecei a aprender Lite-ratura, lembro-me de ver o nome do Nicola ou de o ouvir citar a propósito de Bocage. O poeta situava-se, pois, em Lisboa, ali, em pleno Rossio, era muito vivo assim. Agora, se o Nicola desaparece, vai-se com ele um pouco do poeta do Sado. Eis Bocage com residência fixa para todo o sempre em Setúbal, sua terra natal.

Maria Judite de Carvalho

I

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas ao questionário. 1. A temática do texto incide sobre os Cafés.

1.1 Refere como é encarado este espaço pela autora.

1.2 Identifica os nomes da literatura portuguesa associa aos cafés de Lisboa, justificando. 2. Atenta na afirmação: «reúnem-se pessoas conhecidas-desconhecidas». (l. 7)

2.1 Explicita a acepção do vocábulo «reúnem-se».

2.2 Explica a ligação, através de hífen, dos vocábulos «conhecidas» e «desconhecidas». 3. «Irmãos Unidos» é um café apresentado como referência turística.

3.1 Fundamenta a afirmação anterior.

3.2 Esclarece porque é valorizado este espaço.

4. Explica o motivo pelo qual Maria Judite de Carvalho evoca a «catástrofe de 1755». 5. Indica a consequência do provável «desaparecimento» do café Nicola.

Teste de Avaliação 7

Textos dos Media

5

10

15

(32)

6. A interrogação retórica é uma figura de estilo de grande significado. Explicita o seu valor expressivo. 7. Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações:

a) Os Cafés são espaços cosmopolitas. b) Os poetas são pessoas boémias.

c) O Café é o melhor sítio para ler o jornal. d) A literatura fez história nos Cafés lisboetas.

e) As questões economicistas são sensíveis às referências culturais.

f) A autora deseja que os interesses do presente não aniquilem o passado histórico. II

1. Transcreve, da primeira frase do texto, os vocábulos do campo semântico de «paz».

2. Classifica o acto ilocutório presente na frase «Porquê esta morte violenta dos Cafés de Lisboa» (ls. 13-14)? 2.1 Esclarece a sua intencionalidade comunicativa.

3. Estabelece a correcta correspondência entre os marcadores discursivos da coluna A e os da coluna B:

3.1 Esclarece o valor de cada um na estruturação do discurso.

4. Considera a seguinte frase: «Não sei se Bocage escreveu algumas poesias sobre as mesas do seu Café, mas é natural que o tenha feito.» (ls. 2-3)

4.1 Integra, na classe e subclasse a que pertencem, os vocábulos sublinhados. 4.2 Identifica:

a) a oração coordenada adversativa; b) a oração subordinante;

c) as orações subordinadas substantivas completivas. 4.3 Refere a função sintáctica das palavras:

a) Bocage b) natural c) o

5. A autora utiliza, repetidamente, os parênteses e as aspas.

5.1 Esclarece as circunstâncias que justificam a utilização dos referidos sinais auxiliares gráficos da escrita.

Coluna A Coluna B 1. «mas» (l. 3) 2. «já que» (l. 4) 3. «decerto» (l. 8) 4. «Quando» (l. 17) a) todavia b) visto que c) evidentemente d) no momento em que

(33)

III

Resume o texto a seguir transcrito, constituído por duzentas e sessenta e duas palavras, num texto de setenta a cento e dez palavras.

As origens da introdução da Árvore de Natal em Portugal

Em Portugal, até meados do século XIX, a tradição do Natal tinha como centro a figura do Presépio. No entanto, finda a Guerra Civil de 1832-34, que opôs os Liberais aos Miguelistas, da Corte, a tradição da Árvore de Natal foi passando das elites para uma parte da população. Mas a grande difusão da Árvore de Natal foi no século XX, na década de 60, graças à revolução nos meios de informação e comunicação, como a televisão. Altura em que também a figura do «Pai Natal», símbolo claramente economicista e materialista, começou a «ganhar terreno» ao Menino Jesus – única verdadeira razão pela qual se celebra o Natal, pois Natal significa nascimento; neste caso, é a celebração do nascimento de Jesus Cristo.

Com a ascensão ao Trono de Portugal da Rainha Dona Maria II, os hábitos da Corte Portuguesa, por altura do Natal, mudaram. Assim, em 1836, a Rainha casou com o Príncipe Ferdinand von August Franz Anton von Sachsen-Coburg-Gotha-Koháry, mais tarde, D. Fernando II, o Rei-Artista. Deste casamento nasceram muitos filhos, dois dos quais foram, mais tarde, os reis Dom Pedro V e Dom Luís I. Com a vinda para Portugal de Dom Fernando II, foi introduzida, na Corte Portuguesa, a tradição da Árvore de Natal. Dona Maria II ficou conhecida na História com o cognome de «A Educadora», tal era a sua preocupação com a educação dos seus filhos. O ambiente familiar assemelhava-se bastante a uma família burguesa no período do auge do Romantis-mo. Consta, segundo registos, que Dom Fernando II, na Noite de Natal, vestia-se de S. Nicolau e distribuía presentes aos seus filhos numa festa genuinamente familiar.

David Garcia, Jornal de Sintra, 25/12/2009 (adaptado)

5

10

(34)

Proposta de correcção

I

1.1 Como um espaço de descontracção, propenso ao acto criativo.

1.2 Bocage, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, porque Bocage frequentava o café Nicola e Fernan-do Pessoa o café Irmãos UniFernan-dos.

2.1 Encontram-se.

2.2 Porque o café é um espaço cosmopolita onde os conhecidos e os desconhecidos confraternizam. 3.1 Uma amiga brasileira do sujeito de enunciação, estando de visita a Lisboa, inclui no mesmo roteiro

turístico os Jerónimos, a Torre de Belém e o café Irmãos Unidos.

3.2 Por ser frequentado assiduamente por Fernando Pessoa, encontrando-se aí o retrato do poeta.

4. Porque o terramoto de 1755 destruiu Lisboa e na actualidade é o homem que destrói casas de referência histórica pelas suas próprias mãos.

5. A perda da ligação de Bocage a Lisboa.

6. O texto é opinativo e argumentativo. A interrogação retórica surge como um processo retórico para envol-ver o leitor na argumentação apresentada de modo a este aderir à tese defendida pela cronista: o café, espaço cultural a preservar.

7. a) V; b) F; c) F; d) V; e) F; f) V.

II 1. Conversa, sossego, tranquilidade.

2. Acto directivo. 2.1 Perguntar. 3. 1 c); 2 b); 3 d); 4 a).

3.1 1. Conector discursivo de oposição / restrição; 2. conector discursivo de causa; 3. operador discursivo: função de reforço; 4. estruturador da informação.

4.1 Não – advérbio de negação; algumas – quantificador indefinido; mesas – nome comum, contável; seu – determinante possessivo; que – conjunção subordinativa integrante; o – pronome pessoal.

4.2 a) mas é natural; b) Não sei;

c) Se Bocage escreveu algumas poesias sobre as mesmas do seu café; que o tenha feito. 4.3 a) Bocage – sujeito;

b) natural – predicativo no sujeito; c) o – complemento directo.

5. A presença destes sinais auxiliares de escrita justificam-se pois entre aspas aparecem nas citações poéticas. Entre parênteses são apresentadas informações complementares e um aparte.

III

Em Portugal, até metade do séc. XIX a figura do Natal era o presépio. A partir de 1834, a Árvore de Natal chegou ao povo. Só em 1960, através dos media, é que é feita a grande divulgação da Árvore de Natal e do Pai Natal, representativo do consumismo, sobrepondo-se à essência do espírito natalício.

Com o casamento de D. Maria II com D. Fernando, mudaram os hábitos da corte. Estes tiveram muitos filhos que a rainha educou com esmero. Afirmou-se, desde então, a tradição da Árvore de Natal na noite de Natal, o rei vestia-se de S. Nicolau e oferecia presentes aos filhos num ambiente familiar.

(35)

Foi por estas alturas que se apresentou Domigos, o primeiro pretendente sério de Amância. Demasiado sério, ai!

Demasiado sério: Era um rapaz dos seus vinte e cinco anos, moreno e simpático, talvez já um pouco pesado. Aliás de boa figura, mas vulgar, sem atractivos especiais para uma bela rapariga moderna. Filho único do mais bem afreguesado ourives da terra, já empregado na loja que viria a herdar – toda a gente achou que era óptimo partido para a filha de um modesto amanuense. Os próprios pais de Amância o acharam; mas sem se atreverem a tentar qualquer pressão sobre o espírito da filha. Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevanta-dos na filha de um modesto amanuense, declarando não corresponder Domingos ao seu «ideal». Além de que não estava disposta a casar tão nova! Queria gozar a sua juventude, e, sem se comprometer, recolher incenso dos vários turíbulos… Ora Domingos pretendia casar-se quanto antes. Há mais de um ano que Amância dera pela sua paixão. Há mais de um ano que ria, simultaneamente lisonjeada e sempre um tanto desdenhosa, ao cruzar procurando os seus, onde quer que se encontrassem, esses olhos leais e súplices de tímido… Não era caso para rir! Demasiado sério, talvez já um pouco pesado, muito apegado ao trabalho, muito metido consigo como quase todos os tímidos e surdos (pois também era um pouco duro de ouvido), Domingos podia muito bem saber amar com uma energia e uma delicadeza cada vez mais raras. Por isso mesmo, porém, que futuro poderia esperar a sua futura mulher? O de uma dona de casa vivendo para o marido, para os filhos, para os cuidados domésticos. Adeus liberdade de viver como a borboleta, espanejando os seus brilhos ao ar e ao sol! Mesmo que Domingos lhe agradara (e não era bem o caso), muito dificilmente pudera resolver-se Amância a aceitar tão nova a prisão dos seus braços honrados. Assim Amância ria. Não era caso para rir! Mas quem pode-ria zangar-se com o riso de Amância? Não mostrava ela tão lindos dentes, iguais e pequeninos? E não era ele natural, nessa deliciosa boca suculenta, como o colorido numa flor ou a frescura na água de uma fonte?

Por fim, a instâncias do enamorado, teve o pai de Amância de dar uma resposta: que a filha ainda era muito nova, e não queria sujeitar-se tão cedo aos cuidados do matrimónio. Agradecia a honra que lhe era feita, reconhecia as excelentes qualidades do seu pretendente, desejava-lhe todas as felicidades com aqueloutra que não teria dificuldade em achar… O amanuense havia estudado este pequeno discurso. Domingos fez --se, primeiro, muito vermelho; e cravara no seu interlocutor uns olhos vidrados, fixos, que pareciam examiná-lo e em verdade o não viam. Depois, ficou pálido como um cadáver. Por fim respondeu, com uma voz presa e baixa, descendo os olhos sobre as mãos que tremiam torturando-se uma na outra:

– Diga-lhe que esperarei. Ela há-de cansar-se de se divertir… O amanuense não gostou desta insinuação.

– Pois que espere! – disse Amância quase desabridamente, quando o pai lhe transmitiu o recado. E conti-nuou a rir com uns e outros, recolhendo incenso de diversos turíbulos.

José Régio, «Os Namorados de Amância», Contos, Publicações Europa-América (excerto)

I

1. «Demasiado sério» (ls. 1-2), assim é apresentado «o primeiro pretendente sério de Amância». 1.1 Faz o retrato de Domingos.

1.2 Refere o processo de caracterização que predomina na sua descrição. Exemplifica. 2. Refere a opinião de «toda a gente» e dos pais de Amância sobre este pretendente.

2.1 Apresenta a opinião da jovem, relativamente ao filho do «ourives da terra».

Teste de Avaliação 8

Contos do Século XX 5 10 15 20 25 30 Lê atentamente o texto.

(36)

3. Indica o sentimento que tinha Domingos para com a rapariga e como se revelava. 4. Clarifica o que significava o casamento para Amância.

5. «Assim Amância ria. Não era caso para rir!» (ls. 19-20).

5.1 Tendo em conta a expressão sublinhada, classifica o narrador desta história: 5.1.1 quanto à presença;

5.1.2 quanto à posição.

5.2 Apresenta outro exemplo em que esteja presente a opinião do narrador.

6. Identifica os argumentos utilizados pelo pai de Amância, para recusar o pedido de casamento de Domingos. 6.1 Indica as diferentes reacções do rapaz.

6.2 Identifica a figura de estilo presente em «com uma voz presa e baixa» (ls. 29-30) e refere a sua expressi-vidade.

6.3 Mostra como a resposta final do jovem é sinónimo de uma forte paixão.

7. O último parágrafo apresenta um traço caracterizador de Amância que perdurará no futuro. Identifica-o. II

1. Transcreve do texto três co-referentes do nome Domingos. 2. Atenta nas frases:

a) «Diga-lhe que esperarei.» (l. 30) b) «Pois que espere!» (l. 32)

2.1 Classifica os actos de fala ou ilocutórios presentes nas mesmas e esclarece a sua intencionalidade comu-nicativa.

3. «Era um rapaz dos seus vinte e cinco anos, moreno e simpático, talvez já um pouco pesado.» (ls. 3-4)) 3.1 Integra os vocábulos sublinhados na classe e sublasse a que pertencem.

4. Classifica as seguintes orações:

a) «que era óptimo partido para a filha de um modesto amanuense» (ls. 5-6) b) «mas sem se atreverem» (ls. 6-7)

c) «Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados...» (ls. 7-8) 4.1 Refere as funções sintácticas de:

a) «óptimo partido»; b) «logo»;

c) «a filha»;

d) «revelou espíritos».

III

Num texto narrativo, de cento e cinquenta a duzentas palavras, imagina um final feliz para esta história de amor.

(37)

Proposta de correcção

I

1.1 Domingos era um rapaz de vinte e cinco anos, moreno, um pouco forte, um pouco surdo. Tinha uma boa figura, mas não era sedutor. Era simpático, mas taciturno «sério». Traba lhava como ourives na loja do pai da qual viria a ser dono.

1.2 Caracterização directa: «moreno e simpático», «um pouco pesado». 2. Domingos era considerado um «óptimo partido» para casar com Amância.

2.1 Amância afirmava que Domingos não era o seu «ideal», isto é, o rapaz não tinha as características que a jovem desejava para seu marido.

3. Uma paixão obsessiva; amor platónico. Esse sentimento revelava-se pelo olhar leal e suplicante de Domingos que observava Amância com timidez.

4. Amância considerava o casamento uma prisão. 5.1.1 Não participante.

5.1.2 Subjectivo.

5.2 «e não era bem o caso» (l. 18)

6. Amância era muito jovem; não queria casar-se tão cedo.

6.1 Domingos ficou vermelho, olhou fixamente o pai de Amância, ficou muito branco, «pálido como um cadáver».

6.2 Metáfora. O rapaz ficou tão nervoso que quase não conseguiu falar.

6.3 A resposta mostra que Domingos acreditava que o seu amor por Amância era tão forte que resistiria ao tempo e ao ciúme.

7. Amância era leviana.

II

1. «um rapaz dos seus vinte e cinco anos» (l. 3); «Filho único do mais bem afreguesado ourives» (ls. 4-5): «pretendente» (l. 1).

2. a) Acto declarativo – assertivo; afirmar. b) Acto expressivo; exprimir sarcasmo. 3.1 Classe / Subclasse

«Era»: verbo; copulativo. «rapaz»: nome; comum, contável. «seus»: determinante; possessivo. «vinte e cinto»: quantificador; numeral. «simpático»: ad jectivo; qualificativo. «já»: advérbio; valor temporal. 4. a) Subordinada substantiva completiva.

b) Coordenada adversativa. c) Subordinada adverbial causal. 4.1 a) Predicativo do sujeito.

b) Modificador. c) Sujeito simples.

d) Predicado verbal, transitivo directo.

III Resposta livre.

(38)

Lê atentamente o texto.

Miura Palmas, gritos.

Desesperado, tornou a escarvar o chão, agora com as patas e com os galhos. O homem!

Mas o inimigo não desistia. Talvez para exaltar a própria vaidade aparentava dar-lhe mais oportunidades. Lá vinha todo empertigado, a apontar dois pequenos paus coloridos, e a gritar como há pouco.

– Eh! toiro! Eh! boi!

Sem lhe dar tempo, com quanta alma pôde, lançou-se-lhe à figura, disposto a tudo. Não trouxesse ele o pano mágico, e veríamos!

Não trazia. E, por isso, quando se encontraram e o outro lhe pregou no cachaço, fundas, dolorosas as duas farpas que erguia nas mãos, tinha-lhe o corno direito enterrado na fundura da barriga mole.

Gritos e relâmpagos escarlates de todos os lados.

Passada a bruma que se lhe fez nos olhos, relanceou a vista pela plateia. Então?!

Como não recebeu qualquer resposta, desceu solitário à consciência do seu martírio. Lá levavam o mori-bundo em braços, e lá saltava na arena outro farsante dourado.

Esperou. Se vinha sem a capa enfeitiçada, sem o diabólico farrapo que o cegava e lhe perturbava o enten-dimento, morria.

Mas o outro estava escudado.

Apesar disso, avançou. Avançou e bateu, como sempre, em algodão. Voltou à carga.

O corpo fino do toureiro, porém, fugia-lhe por artes infernais. Protestos da assistência.

Avançou de novo. Os olhos já lhe doíam e a cabeça já lhe andava à roda.

Humilhado, com o sangue a ferver-lhe nas veias, escarvou a areia mais uma vez, urinou e roncou, num sofrimento sem limites. Miura, joguete nas mãos de um Zé-Ninguém!

Num ímpeto, sem dar tempo ao inimigo, caíu sobre ele. Mas quê! Como um gamo, o miserável saltava a vedação.

Desesperado, espetou os chifres na tábua dura, em direcção à barriga do fugitivo, que arquejava ainda do outro lado. Sangue e suor corriam-lhe pelo lombo abaixo.

Ouviu uma voz que o chamava. Quem seria? Voltou-se. Mas era um novo palhaço, que trazia também a nuvem, agora pequena e triangular.

Mesmo assim, quase sem tino e a saber que era em vão que avançava, avançou. Deu, como sempre, na miragem enganadora.

Renovou a investida. Iludido, outra vez.

Parou. Mas não acabaria aquele martírio? Não haveria remédio para semelhante mortificação? Num último esforço, avançou quatro vezes. Nada. Apenas palmas ao actor.

Quando? Quando chegaria o fim de semelhante tormento?

Subitamente, o adversário estendeu-lhe diante dos olhos congestionados o brilho frio de um estoque. Quê?! Pois poderia morrer ali no próprio sítio da sua humilhação?! Os homens tinham dessas generosidades?! Calada, a lâmina oferecia-se inteira.

Calmamente, num domínio perfeito de si, Miura fitou-a bem. Depois, numa arremetida que parecia ainda de luta e era de submissão, entregou o pescoço vencido ao alívio daquele gume.

Miguel Torga, Bichos, Coimbra Editora

Teste de Avaliação 9

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